Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Qualquer contabilidade futura para tentar enxergar o que virá depois das Tamandaré, a meu ver, é puro exercício teórico, pois o lastro da MB para os próximos vinte anos, pelo menos, é de tentar conseguir 8 navios de escolta, e com alguma sorte, depois deles, enveredar pela construção dos NaPaOc, os quais em preços de hoje já andam na casa da dezena de milhões de dólares, ou até mais, a depender do modelo escolhido.
Sou reticente quanto a falar em mais escoltas pós Tamandaré dado que não conseguimos aqui fazer nem o básico, que é adquirir e operar meios de patrulha.
Mas, boa sorte para quem quiser acreditar que depois das FCT ainda existirá espaço para qualquer coisa em termos de navios de escolta para a MB. Eu duvido.
Como diria Rui Barbosa: "esquadras não se improvisam."
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Vou fazer um comentário com relação a Live.
Foram colocadas ali, como possibilidades futuras depois das 4 Tamandarés, escoltas cujo valor unitário chega a €4 bilhões. O orçamento para investimento da MB fica em torno de R$1,9 a R$2,1 bilhões,ou seja, nem chega a USD400 milhões. É como alguém que ganha R$ 4 mil cogitar em adquirir uma Ferrari.
Abordaram também que quase tomamos a decisão de adquirir um lote d e3 escoltas de 6.000 toneladas com + 2 de opção. O que iria ocorrer se tivéssemos adquirido seria que acabaríamos em 3 com o valor do finaciamento sendo alongado, acabando por comprometer o orçamento da MB por 30 anos. Escoltas com 6.000 toneladas custando €700 milhões (na verdade, a construção aqui com ToT acabaria saindo mais caro ainda) seria mais um complicador.
No casco da FCT é possível colocar 8 mísseis antinavios (maiores e com capacidade de ataque em terra) aonde estão os 4. Aonde estão os 12 mísseis antiaéreos tem espaço para 24, com 12 CAMMs atuais em 3 células ExLS, bem compactos. E aonde estão os 12 atuais tem espaço para 12 mísseis antiaéreos de maior alcance. Também tem espaço para sonares rebocados. Se ela quiser radares mais potentes, os radares de nitrito de gálio com antenas fixas são mais precisos e potentes e podem ser levados nela.
Não dá para conceber uma escolta na MB com mais capacidade do que essa descrita, até por conta dos limites orçamentários. Então não há necessidade de um outro casco. Que as próximas 4 sejam uma FCT "tunada" como a descrita acima.
Foram colocadas ali, como possibilidades futuras depois das 4 Tamandarés, escoltas cujo valor unitário chega a €4 bilhões. O orçamento para investimento da MB fica em torno de R$1,9 a R$2,1 bilhões,ou seja, nem chega a USD400 milhões. É como alguém que ganha R$ 4 mil cogitar em adquirir uma Ferrari.
Abordaram também que quase tomamos a decisão de adquirir um lote d e3 escoltas de 6.000 toneladas com + 2 de opção. O que iria ocorrer se tivéssemos adquirido seria que acabaríamos em 3 com o valor do finaciamento sendo alongado, acabando por comprometer o orçamento da MB por 30 anos. Escoltas com 6.000 toneladas custando €700 milhões (na verdade, a construção aqui com ToT acabaria saindo mais caro ainda) seria mais um complicador.
No casco da FCT é possível colocar 8 mísseis antinavios (maiores e com capacidade de ataque em terra) aonde estão os 4. Aonde estão os 12 mísseis antiaéreos tem espaço para 24, com 12 CAMMs atuais em 3 células ExLS, bem compactos. E aonde estão os 12 atuais tem espaço para 12 mísseis antiaéreos de maior alcance. Também tem espaço para sonares rebocados. Se ela quiser radares mais potentes, os radares de nitrito de gálio com antenas fixas são mais precisos e potentes e podem ser levados nela.
Não dá para conceber uma escolta na MB com mais capacidade do que essa descrita, até por conta dos limites orçamentários. Então não há necessidade de um outro casco. Que as próximas 4 sejam uma FCT "tunada" como a descrita acima.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
FCarvalho escreveu: ↑Sex Ago 16, 2024 11:37 am
Qualquer contabilidade futura para tentar enxergar o que virá depois das Tamandaré, a meu ver, é puro exercício teórico, pois o lastro da MB para os próximos vinte anos, pelo menos, é de tentar conseguir 8 navios de escolta, e com alguma sorte, depois deles, enveredar pela construção dos NaPaOc, os quais em preços de hoje já andam na casa da dezena de milhões de dólares, ou até mais, a depender do modelo escolhido.
Sou reticente quanto a falar em mais escoltas pós Tamandaré dado que não conseguimos aqui fazer nem o básico, que é adquirir e operar meios de patrulha.
Mas, boa sorte para quem quiser acreditar que depois das FCT ainda existirá espaço para qualquer coisa em termos de navios de escolta para a MB. Eu duvido.
Como diria Rui Barbosa: "esquadras não se improvisam."
Prezado colega,
Saudações.
A live teve como objetivo demonstrar a deterioração da Esquadra no atual século, as iniciativas da MB para tentar conter este descalabro e teorizar sobre possibilidades caso houvesse prioridade para a agenda de Defesa e orçamento. Acredito que diante do quadro apresentado todos nos sabemos que aquelas ''belezuras' de fragatas são sonhos de noite de verão.
Depois das FCT serão mais FCT e se tudo der certo os NaPaOc.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
knigh7 escreveu: ↑Sáb Ago 17, 2024 8:30 pm Vou fazer um comentário com relação a Live.
Foram colocadas ali, como possibilidades futuras depois das 4 Tamandarés, escoltas cujo valor unitário chega a €4 bilhões. O orçamento para investimento da MB fica em torno de R$1,9 a R$2,1 bilhões,ou seja, nem chega a USD400 milhões. É como alguém que ganha R$ 4 mil cogitar em adquirir uma Ferrari.
Abordaram também que quase tomamos a decisão de adquirir um lote d e3 escoltas de 6.000 toneladas com + 2 de opção. O que iria ocorrer se tivéssemos adquirido seria que acabaríamos em 3 com o valor do finaciamento sendo alongado, acabando por comprometer o orçamento da MB por 30 anos. Escoltas com 6.000 toneladas custando €700 milhões (na verdade, a construção aqui com ToT acabaria saindo mais caro ainda) seria mais um complicador.
No casco da FCT é possível colocar 8 mísseis antinavios (maiores e com capacidade de ataque em terra) aonde estão os 4. Aonde estão os 12 mísseis antiaéreos tem espaço para 24, com 12 CAMMs atuais em 3 células ExLS, bem compactos. E aonde estão os 12 atuais tem espaço para 12 mísseis antiaéreos de maior alcance. Também tem espaço para sonares rebocados. Se ela quiser radares mais potentes, os radares de nitrito de gálio com antenas fixas são mais precisos e potentes e podem ser levados nela.
Não dá para conceber uma escolta na MB com mais capacidade do que essa descrita, até por conta dos limites orçamentários. Então não há necessidade de um outro casco. Que as próximas 4 sejam uma FCT "tunada" como a descrita acima.
Prezado colega,
A live teve como objetivo mostrar a degradação da flotilha de navios escolta e da própria Marinha, aspectos da intervenção politica nos orçamentos, ações da MB para tentar diminuir o estrago. Acredito que ficou claro na apresentação que não basta ter os navios e preciso ter recursos para operar, manter e armar. Na exposição fica evidente que não adianta ter um navio que lance 64 Aster e não ter os R$ para carregar todos os VLS, a chamada munição de guerra. Os navios apresentados nos da a ideia do que se pode fazer quando um país leva a sua agenda de Defesa á serio.
Concordo plenamente com o colega que as FCT podem ter 8X1 MSS do MANSUP ( talvez na versão ER no futuro) e 24 CAMM no futuro, a modularidade do conceito MEKO permite este tipo de incremento.
Também acredito que o caminho e a obtenção de mais FCT e dos NApaOc.
Sds
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Olá Paulo.Viking escreveu: ↑Dom Ago 18, 2024 11:00 amPrezado colega,FCarvalho escreveu: ↑Sex Ago 16, 2024 11:37 am Qualquer contabilidade futura para tentar enxergar o que virá depois das Tamandaré, a meu ver, é puro exercício teórico, pois o lastro da MB para os próximos vinte anos, pelo menos, é de tentar conseguir 8 navios de escolta, e com alguma sorte, depois deles, enveredar pela construção dos NaPaOc, os quais em preços de hoje já andam na casa da dezena de milhões de dólares, ou até mais, a depender do modelo escolhido.
Sou reticente quanto a falar em mais escoltas pós Tamandaré dado que não conseguimos aqui fazer nem o básico, que é adquirir e operar meios de patrulha.
Mas, boa sorte para quem quiser acreditar que depois das FCT ainda existirá espaço para qualquer coisa em termos de navios de escolta para a MB. Eu duvido.
Como diria Rui Barbosa: "esquadras não se improvisam."
Saudações.
A live teve como objetivo demonstrar a deterioração da Esquadra no atual século, as iniciativas da MB para tentar conter este descalabro e teorizar sobre possibilidades caso houvesse prioridade para a agenda de Defesa e orçamento. Acredito que diante do quadro apresentado todos nos sabemos que aquelas ''belezuras' de fragatas são sonhos de noite de verão.
Depois das FCT serão mais FCT e se tudo der certo os NaPaOc.
Eu assisti à toda a live, e no que cabe à Estratégica Defesa Marítima, como dispus também em comentário na página do BMVM sobre o vídeo, tudo o que vamos conseguir até 2040, ou seja, em mais 15 anos, com muita sorte, mas com muita sorte mesmo, e se a MB não declarar falência antes, são 4 FCT e, talvez, repito, talvez, 10 NaPaOc.
Hoje, diante do quadro que se coloca em termos de retenções financeiras para a Defesa, e que deve se arrastar pelo resto da década, para dizer o mínimo, o mais que a MB poderia se dispor, na minha ignóbil opinião, seria tirar da cabeça isso de 4 FCT adicionais, e investir qualquer centavo que entre nos próximos 15 anos em NaPaOc, NaPa BR e toda a tralha de navios auxiliares necessários à manutenção da operacionalidade dos Distritos Navais.
Quantos NaPaOc uma FCT hoje pagaria a construção? Quantos NaPa 500BR? Quantos navios auxiliares? Quantos NaPaFlu se pagaria com estas pseudo fragatas?
Conforme a matéria publicada no Estadão, até 2030 são mais 13,5 bilhões de reais a serem postos no programa das FCT. E o que isso irá trazer de bom para nós? 4 navios pequenos e desdentados com ares de uma aristocracia falida e boçal.
Sejamos honestos. Os almirantes, com essa mania de grandeza do Brasil, frente ao nanismo político, social e militar que somos no contexto internacional, não tem que ficar procurando sarna para se coçar atrás de mais fragatas. Precisamos, urgentemente, de navios de patrulha e auxiliares, para que a MB ao menos tente se dar o respeito enquanto guarda costeira. Porque é só o que esperam, e querem, dela aqui, nada mais.
Que se contentem com isso de uma vez por todas.
Editado pela última vez por FCarvalho em Ter Ago 20, 2024 6:59 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
No caso dos CAMM, no futuro, assim que as versões polonesa e italiana estiverem prontas, a MB poderá optar por compartilhar as células atuais com os mesmos, em um misto de alcances entre 25 e 100 km.knigh7 escreveu: ↑Sáb Ago 17, 2024 8:30 pm Vou fazer um comentário com relação a Live.
Foram colocadas ali, como possibilidades futuras depois das 4 Tamandarés, escoltas cujo valor unitário chega a €4 bilhões. O orçamento para investimento da MB fica em torno de R$1,9 a R$2,1 bilhões,ou seja, nem chega a USD400 milhões. É como alguém que ganha R$ 4 mil cogitar em adquirir uma Ferrari.
Abordaram também que quase tomamos a decisão de adquirir um lote d e3 escoltas de 6.000 toneladas com + 2 de opção. O que iria ocorrer se tivéssemos adquirido seria que acabaríamos em 3 com o valor do finaciamento sendo alongado, acabando por comprometer o orçamento da MB por 30 anos. Escoltas com 6.000 toneladas custando €700 milhões (na verdade, a construção aqui com ToT acabaria saindo mais caro ainda) seria mais um complicador.
No casco da FCT é possível colocar 8 mísseis antinavios (maiores e com capacidade de ataque em terra) aonde estão os 4. Aonde estão os 12 mísseis antiaéreos tem espaço para 24, com 12 CAMMs atuais em 3 células ExLS, bem compactos. E aonde estão os 12 atuais tem espaço para 12 mísseis antiaéreos de maior alcance. Também tem espaço para sonares rebocados. Se ela quiser radares mais potentes, os radares de nitrito de gálio com antenas fixas são mais precisos e potentes e podem ser levados nela.
Não dá para conceber uma escolta na MB com mais capacidade do que essa descrita, até por conta dos limites orçamentários. Então não há necessidade de um outro casco. Que as próximas 4 sejam uma FCT "tunada" como a descrita acima.
Em relação aos Mansup ER, é possível a adoção de lançadores quádruplos que permitiriam o navio levar até 16 mísseis.
A MB tradicionalmente utiliza lançadores singelos em todos os seus navios.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Dá pra ver que o SSN drena muito recurso mas o resto da força sofre com isso.
A MB vai acabar desse jeito.
Abraços
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Na prática, nos últimos vinte anos, o Prosub literalmente torpedeou a esquadra e a pôs a pique.
Mas ninguém liga para isso, afinal.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
AMRJ realiza primeiros cortes de chapa para construção do Navio-Patrulha Miramar
https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... chapa.html
abs.
arcanjo
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Nós teríamos aplicações para a área civil importantes que seriam derivadas da expansão da tecnologia nuclear. Deveria ser custeado pelo MCTI e não pelo MD.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Embora a probabilidade de a MB comprar este projeto da Índia seja menor do que eu ganhar sozinho na Mega da Virada, além dela, outros projetos daquele país na seara naval também foram aventados em termos de parceiras e desenvolvimento em conjunto durante a visita do Alte Olsen ao país.
Mesmo sem um tostão furado no bolso, há de se atentar porém a duas questões que devem se nos impor.
A primeira é a questão da possibilidade de negociação entre os dois países baseado em outra moeda que não o dólar, como está sendo estudado no BRICS, e se o governo indiano toparia fazer algo neste aspecto, já que a proposta é mais sino-russa do que propriamente do grupo em si.
A segunda é que a possível venda do KC-390 para a IAF acabe gerando por tabela uma série de obrigações com off set que o governo, este e qualquer outro no futuro, não esteja interessado em arcar no campo da defesa. Isto incluiria a compra e\ou parcerias em projetos indianos de sistemas de defesa, o que no caso, pode levar a um rombo mais que gigantesco nas contas do país, uma vez que, se os indianos comprarem 80 aviões da Embraer, estamos falando de off set na casa da dezena do bilhão de dólares. E isso é insofismável na mente de qualquer político tupiniquim em qualquer tempo.
Vamos ver até onde essa onda de BRICS e Brasil putência 2.0 consegue chegar.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Do tópico O Exército que temos e o Exército que precisamos.FCarvalho escreveu: ↑Sex Set 06, 2024 1:35 pm A notar algo que, penso aqui com meus botões, poderá, ou não, ser um ponto positivo na modernização das ffaa's por aqui.
O BRICS está analisando em vários de seus grupos de trabalho a criação de novas formas de transações financeiras internacionais sem o dólar norte americano como âncora, o que facilitaria, em tese, o comércio entre os países nas moedas ou critério financeiro a estabelecer. A entrada da Turquia, mais a presença de China, Rússia, Índia e África do Sul, além do UAE, Arábia Saudita e Egito, pode ser um fator importante tanto para nossas exportações, quanto, principalmente, para as importações.
Se pudermos lançar mão de outros referenciais financeiros que não o dólar em nossas operações comerciais internacionais com estes países, além de outros que também apoiam este conceito, segundo diz-se na imprensa mundial, a potencialidade desta nova plataforma transformar a nossa capacidade de investimento em meios materiais + PDI + BIDS pode ser mutuamente benéfica e expansível a níveis ainda não vistos até agora.
O EB, como sempre, tem mais projetos de modernização material do que pode dar conta. O que acontece se tirarmos o dólar da jogada e lançamos mão de outra moeda e\ou critério financeiro para materializar a modernização da força terrestre dentro do BRICS
Boa ou má ideia?
Para acrescer e explicar os argumentos logo abaixo.
Editado pela última vez por FCarvalho em Sáb Set 14, 2024 1:18 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Do tópico sobre o Exército que temos e o Exército que precisamos.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Set 14, 2024 1:02 pm Só para lembrar aos caros leitores do FDB, porque debate que é bom mesmo já não existe mais aqui há muitos anos, os três comandantes das ffaa's estiveram em visita oficial à Índia, com a FAB sendo a última das forças à aportar naquele país.
Várias discussões com as mais altas patentes militares indiana, e também com a BIDS local, a fim de aprumar o negócio do KC-390, que está com dois pés e uma mão na taça da concorrência da IAF e parece letra morta. Ao menos na perspectiva da imprensa indiana que cobre o assunto. Mas só confio nesta certeza deles depois de papel passado e reconhecido em cartório.
Por último, o MD brasileiro deve aparecer por lá até o final do ano, conforme notícias da mídia daquele país, o que, como já repliquei aqui no DB, ele não vai lá a passeio, e deve-se esperar algo concreto para a visita do mesmo. Visitas de alto nível, ou ministeriais, não são feitas à pagode, a título de boa amizade, ou para discursos de assuntos fúteis. As ffaa's que se preparem para a nota fiscal da garantia da venda dos KC-390 da Embraer aos indianos. E ela promete ser bem cara.
Do lado do EB, que é o que interessa aqui, a BIDS indiana tem uma lista muitíssimo extensa de produtos e soluções que cobrem na prática todos os projetos estratégicos do exército brasileiro.
Qual e\ou quais deles será aceitável aos nossos interesses e necessidades, bem, espera-se que tantas visitas mútuas entre militares de lá e de cá produzam algum resultado.
A ver.
Nos dois últimos parágrafos, onde se lê EB, leia-se Marinha do Brasil
E vemos o que acontece.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Além da classe de fragatas Nilgiri, ou P17A, a marinha indiana, para se bem mais honesto, os estaleiros indianos, tem ainda as seguintes classes de navios que podem ser negociados com a MB, todos recentes e projetados dentro do conceito de modularidade alemão MEKO.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Abr 27, 2024 6:02 pm Falando em China, BRICS e companhia, o governo bem que poderia deixar os almirantes mais felizes com projetos em conjunto para a construção de navios de escolta por aqui a partir dos países do bloco.
China, Rússia e Índia tem navios que se adequam bem às nossas necessidades. E como todos tem interesse em aumentar sua influência (político, econômica e militar) junto ao público tupiniquim, nada melhor do que fazer isso, também, via reequipamento da MB.
Modelos que poderiam ser pensados em produção sob licença para a MB.
China: Type 054B, -52D, -055
Rússia: Project 22350 e Project 11356R
Índia: Classe Kolkata, Visakhapatnam, Shivalik e Talwar
Estes navios, dentre outros que se possa aventar, e que não estejam no rol de emprego das respectivas marinhas, via de regra, apesar de não seguirem o padrão OTAN, a não ser, talvez, os indianos, podem nos sair mais baratos que as atuais FCT levando em conta a relação custo x benefício.
Tenho certeza que qualquer um dos governos atuais e futuros destes países fariam questão de ver com a nossa bandeira no Atlântico Sul navios de projeto e construção nacionais de seus escritórios de projeto e\ou estaleiros.
A MB ainda pensa em 12 navios, pelo menos, como uma quantidade minimamente útil para apor uma defesa que se possa dizer exequível, ou se muito, capaz de causar alguma boa impressão, quiçá, dissuasão a nível local. O que já é muito nos dias de hoje.
1. Classe Kolkata;
2. Classe Visakhapatnam;
3. Classe Shivalik;
4. Classe Talwar;
Por outro lado, eu olharia também para a classe Type 054 e suas variantes e que estão sendo introduzidas na PLAN, e mesmo a própria Type 054 original, que poderia ser negociada uma percentagem de nacionalização até onde e como fosse possível, tal qual as Meko A100 alemãs, apensar de que isso tornaria o navio bem mais caro do que seria aceitável, apenas para justificar sua produção no país.
Os navios da classe Type 056 também deveriam ser vistos como opção natural para os NaPaOc BR sob as mesmas regras do programa das FCT, de forma a produzir aqui e nacionalizar o máximo possível. Desde que isso não torne o projeto inviável do ponto de vista financeiro, claro.
Na nosso situação, é mil vezes preferível colocar as mãos em 10 Type 056 made in China a preços de custo, e depois vamos vendo o que se pode fazer por aqui via PMG, do que querer reinventar a roda com isso de nacionalização e produção no Brasil, que só torna qualquer projeto da MB literalmente inviável sob quaisquer aspectos.
Sinto muito pela indústria naval, e pela BIDS e setores de PDI, mas a marinha precisa de soluções urgentes, e para ontem, a fim de tentar salvaguarda um mínimo do mínimo de capacidades que lhe restam. E fragatas e demais navios de escolta é apenas a ponta do iceberg do descalabro material em que a força se encontra.
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