ARTILHARIA DA F TERRESTRE
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- gabriel219
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Sem dúvidas é possível produzir ATHOS aqui - há um erro na matéria ao citar o M-71, esse não é mais produzido até onde eu saiba e existe uma boa diferença entre a peça L/52 atual pro M-71 de L/39 - porém só torço um pouco o nariz para obuseiros 105 mm, pois cada vez mais morteiros 120 mm vem cumprindo bem esse papel, mas não deixa de ser boa notícia.
- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
os obuseiros 105mm ainda caem bem nas bdas leves para apoio de fogo direto e\ou indireto. principalmente pelo alcance. os morteiros são complementares, mas não chegam a substituir os aqueles nas funções que desempenham a médio e longo alcance em nível brigada.
está se arrumando uma moda nova de tornar os morteiros cada vez mais mecanizados, sobre diversas plataformas, mas isso por si só é bom a meu ver para OM ao estilo das bdas inf mtz e\ou mec\bldas do exército, não para unidades leves como pqd, mth ou amv. nestas, e na inf sl, os morteiros levados no ombro ainda são o necessário e pertinente de batalhão para baixo.
pela matéria da T&D, resta aguardar para ver se sai ainda este ano o RFI para ambos obuseiros, ou se para apenas um deles. pelo cenário de catástrofe orçamentária e financeira que se vislumbra no curto prazo, é provável que se deixe os obuseiros 155mm para um outro momento, já que os 105mm são mais baratos, e podem ser obtidos em maiores quantidades do que aqueles.
a ver o que os interessados tem a apresentar. os britânicos saíram na frente, e foram mais rápidos que a concorrência, assim como no caso da VBC Fuz. isto só confirma que eles tem as propostas a serem batidas pelos demais. e como o EB já opera L-118, e os militares detestam mudanças muito radicais, o negócio está se mostrando favorável a eles.
está se arrumando uma moda nova de tornar os morteiros cada vez mais mecanizados, sobre diversas plataformas, mas isso por si só é bom a meu ver para OM ao estilo das bdas inf mtz e\ou mec\bldas do exército, não para unidades leves como pqd, mth ou amv. nestas, e na inf sl, os morteiros levados no ombro ainda são o necessário e pertinente de batalhão para baixo.
pela matéria da T&D, resta aguardar para ver se sai ainda este ano o RFI para ambos obuseiros, ou se para apenas um deles. pelo cenário de catástrofe orçamentária e financeira que se vislumbra no curto prazo, é provável que se deixe os obuseiros 155mm para um outro momento, já que os 105mm são mais baratos, e podem ser obtidos em maiores quantidades do que aqueles.
a ver o que os interessados tem a apresentar. os britânicos saíram na frente, e foram mais rápidos que a concorrência, assim como no caso da VBC Fuz. isto só confirma que eles tem as propostas a serem batidas pelos demais. e como o EB já opera L-118, e os militares detestam mudanças muito radicais, o negócio está se mostrando favorável a eles.
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- Fábio Machado
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
El Ejército brasileño estudia la producción nacional de obuses autopropulsados de 105 mm.
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -evaluando
Excelente, querem produzir o L118 light gun da BAE system (ou semelhante). Finalmente, sempre achei que o EB deveria investir na produção nesse tipo de arma, abre-se as portas para outras coisas, como (quem sabe?) canhões de CCs.
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -evaluando
Excelente, querem produzir o L118 light gun da BAE system (ou semelhante). Finalmente, sempre achei que o EB deveria investir na produção nesse tipo de arma, abre-se as portas para outras coisas, como (quem sabe?) canhões de CCs.
- knigh7
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Da matéria acima:
O requisito absoluto do obuseiro de 105mm é que tenha, no mínimo, 30 calibres. Não é para o M-56, que tem 14 calibres.No mês passado, o diretor de Fabricação do Exército, general-de-divisão Tales Eduardo Areco Villela, esteve em La Spezia, aproveitando uma das reuniões de aprovação da VBC Cav na Itália, e conheceu o processo e tecnologias aplicadas ao armamento.
- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
A questão que chama a atenção para este processo de produção local, ou seu desejo, que é o que é de fato neste momento, começa pelas quantidades a serem produzidas, ou seja, quantos obuseiros seriam necessários a fim de tornar o retorno do investimento, custos de produção e valores unitários aceitáveis para ambas as partes envolvidas no processo?
Pelo atual planejamento do EB, nos dois estudos de viabilidade existentes, de setembro de 2023, há a demanda para a compra de 54 peças de 105mm AR e outras 48 peças de 155mm AR. Não há indicações naqueles estudos sobre a continuidade e\ou alteração de quantidades especificadas. No todo são 102 peças, considerando ambos modelos. Se este número envolvendo ambos modelos é suficiente para tornar uma linha de produção possível, ainda é algo a se saber.
Notar que quanto menor a quantidade de peças a encomendar, maiores serão seus custos, seja comercial, de produção, operação e de sistemas e equipamentos auxiliares e logísticos. Particularmente duvido que alguma empresa se empolgue a permitir produção licenciada de apenas 54 ou 48 unidades de seus produtos. É muito pouco a meu ver.
No entanto, se houver cláusulas de continuidade de produção, uma vez que as quantidades acima não chegam nem perto de atender as necessidades de todos os GAC que o exército possui, então temos um negócio potencial em mãos. O problema como sempre é de onde o EB irá tirar recursos para isso a fim de manter o processo no longo prazo. O mal exemplo do Gripen E\F está aí para ninguém duvidar de como são as coisas aqui.
A ver.
Pelo atual planejamento do EB, nos dois estudos de viabilidade existentes, de setembro de 2023, há a demanda para a compra de 54 peças de 105mm AR e outras 48 peças de 155mm AR. Não há indicações naqueles estudos sobre a continuidade e\ou alteração de quantidades especificadas. No todo são 102 peças, considerando ambos modelos. Se este número envolvendo ambos modelos é suficiente para tornar uma linha de produção possível, ainda é algo a se saber.
Notar que quanto menor a quantidade de peças a encomendar, maiores serão seus custos, seja comercial, de produção, operação e de sistemas e equipamentos auxiliares e logísticos. Particularmente duvido que alguma empresa se empolgue a permitir produção licenciada de apenas 54 ou 48 unidades de seus produtos. É muito pouco a meu ver.
No entanto, se houver cláusulas de continuidade de produção, uma vez que as quantidades acima não chegam nem perto de atender as necessidades de todos os GAC que o exército possui, então temos um negócio potencial em mãos. O problema como sempre é de onde o EB irá tirar recursos para isso a fim de manter o processo no longo prazo. O mal exemplo do Gripen E\F está aí para ninguém duvidar de como são as coisas aqui.
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- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Se este processo de produção local estiver focado no longo prazo, acredito que seja o caminho certo, pois existe potencial para mais de 200 peças de 105mm AR, para ficar só neste modelo, dentro dos GAC do exército.Fábio Machado escreveu: ↑Qua Jul 17, 2024 3:54 pm El Ejército brasileño estudia la producción nacional de obuses autopropulsados de 105 mm.
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -evaluando
Excelente, querem produzir o L118 light gun da BAE system (ou semelhante). Finalmente, sempre achei que o EB deveria investir na produção nesse tipo de arma, abre-se as portas para outras coisas, como (quem sabe?) canhões de CCs.
Mas como se sabe, projetos de longo prazo na área de defesa são essencialmente uma dor de cabeça a mais para qualquer comando ou ministro da defesa, haja vista a total inépcia e irresponsabilidade com que todos os partidos\ideologias e seus séctos políticos tratam o pensar o país para além do horizonte pífio de seus mandatos eletivos.
Somente aqui na minha região, das 6 brigadas, apenas duas tem GAC Sl, com as demais sendo na prática GU incompletas no que tange quase tudo que diz respeito as suas OM orgâncicas. E tem gente no EB que acha isso muito natural...
Enfim, será uma boa notícia se o EB estiver pensando no longo prazo, e não apenas olhando o seu bolso agora e buscando, mais uma, solução de oportunidade a si a fim de manter a "formação de doutrina" habitual.
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- Pablo Maica
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Esse é um processo de ToT que eu acho que podemos lidar bem no longo prazo, afinal mesmo que nossa escala não seja grande ainda podemos manter linhas abertas com produção anual baixa, perene e lidar com o custo.
Um abraço e t+
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- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
A julgar pela cadência produção esperada para o Centauro II com apenas 98 unidades, de pouco mais de 10 anos, dos 420 LMV em outros 10 anos, e dos VBTP\VBE Guarani, com prazos esticados até 2038, mesmo o projeto tendo início há mais de uma década atrás, então, com certeza isso aí de produzir obuseiros no Brasil a conta gotas é o caso de encomendar, e receber, se muito, uma dúzia por ano, e olhe lá. Se não for metade disso, ou até menos.
Quando o último for entregue, já vão estar usando o que no mundo real lá fora...
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- Pablo Maica
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Infelizmente essa sempre foi nossa realidade e vai continuar sendo por um bom tempo. Mas mesmo com escala pequena (não microscópica/artesanal) nada impede o desenvolvimento constante e eventuais boosts com exportações pontuais.
A não ser que o BR vire um país minimamente sério da noite para o dia, sempre teremos gaps de no mínimo 15 ou 20 anos em relação à forças que operam no estado da arte, e o problema da escala pífia. Mas enfim, ainda é MENOS PIOR que sacrificar a operatividade das forças por décadas, com programas caríssimos que vão acabar deixando produções minúsculas e sumindo por falta de continuidade e escala. Temos que começar a nos dar por conta que com a nossa política de defesa, atualmente existem certos programas de ToTs, que outrora conseguimos realizar e que hoje devido ao relativo encarecimento das tecnologias de ponta, e a histórica instabilidade econômica brasileira, trazem legados financeiros que deixam nossas forças perto de não conseguirem mais cumprir com suas missões constitucionais.
Um abraço e t+
A não ser que o BR vire um país minimamente sério da noite para o dia, sempre teremos gaps de no mínimo 15 ou 20 anos em relação à forças que operam no estado da arte, e o problema da escala pífia. Mas enfim, ainda é MENOS PIOR que sacrificar a operatividade das forças por décadas, com programas caríssimos que vão acabar deixando produções minúsculas e sumindo por falta de continuidade e escala. Temos que começar a nos dar por conta que com a nossa política de defesa, atualmente existem certos programas de ToTs, que outrora conseguimos realizar e que hoje devido ao relativo encarecimento das tecnologias de ponta, e a histórica instabilidade econômica brasileira, trazem legados financeiros que deixam nossas forças perto de não conseguirem mais cumprir com suas missões constitucionais.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Tenho aqui para mim que o EB com essa história de produção local nos Arsenais de Guerra, está mais interessado no processo industrial de manutenção e logística dos produtos do que na produção em si dos obuseiros, tendo em vista as quantidades pífias apontadas até o momento para aquisição.
E não tenho dúvidas que com apenas 54 unidades de 105mm a serem produzidas, não mais que meia dúzia sejam entregues por ano, dado que é o que caberia no orçamento anual sem macular outros projetos já em andamento. E como artilharia nunca foi exatamente uma prioridade. Em termos de cronograma seria parecido com o que já temos divulgado para outros projetos.
Resta saber quais dos candidatos nos modelos 105mm seriam mais baratos de adquirir, tanto em preço unitário, quanto em direitos autorais a serem pagos ao seu fornecedor. O L-118 nunca foi barato, desde o começo, tanto que o EB jamais comprou nada além dos lotes iniciais, que hoje equipam apenas dois GAC. E ainda precisaria de um "banho de loja" em vista de sua modernização, pois é um projeto com mais de 40 anos. Idem os LG-1 Mk III franceses, que são reconhecidamente caros em tudo que vendem. O Boran turco ainda é uma incógnita, dado que está entrando em serviço agora no exército do país, mas seria a meu ver, também, uma forma de sair um pouco do cercadinho em que nos colocamos em relação aos fornecedores tradicionais. E os turcos podem ser, talvez, mais flexíveis uma vez que são neófitos no mercado brasileiro e ainda precisam se provar o quão bons podem ser como fornecedores fiáveis.
Quanto aos obuseiros 155mm, bom, isso aí está a meu ver praticamente fechado com os israelenses, que como dito na matéria, devem oferecer o Athos como off set ao programa da VBCOAP SR. E seria algo lógico, pois no futuro acredito que o EB poderá atualizar os M-109A5 BR+ \ M-109A5 com o mesmo tubo, oferecendo melhores condições de operação e logística de manutenção.
A ver que oferece a melhor solução custo x benefício.
E não tenho dúvidas que com apenas 54 unidades de 105mm a serem produzidas, não mais que meia dúzia sejam entregues por ano, dado que é o que caberia no orçamento anual sem macular outros projetos já em andamento. E como artilharia nunca foi exatamente uma prioridade. Em termos de cronograma seria parecido com o que já temos divulgado para outros projetos.
Resta saber quais dos candidatos nos modelos 105mm seriam mais baratos de adquirir, tanto em preço unitário, quanto em direitos autorais a serem pagos ao seu fornecedor. O L-118 nunca foi barato, desde o começo, tanto que o EB jamais comprou nada além dos lotes iniciais, que hoje equipam apenas dois GAC. E ainda precisaria de um "banho de loja" em vista de sua modernização, pois é um projeto com mais de 40 anos. Idem os LG-1 Mk III franceses, que são reconhecidamente caros em tudo que vendem. O Boran turco ainda é uma incógnita, dado que está entrando em serviço agora no exército do país, mas seria a meu ver, também, uma forma de sair um pouco do cercadinho em que nos colocamos em relação aos fornecedores tradicionais. E os turcos podem ser, talvez, mais flexíveis uma vez que são neófitos no mercado brasileiro e ainda precisam se provar o quão bons podem ser como fornecedores fiáveis.
Quanto aos obuseiros 155mm, bom, isso aí está a meu ver praticamente fechado com os israelenses, que como dito na matéria, devem oferecer o Athos como off set ao programa da VBCOAP SR. E seria algo lógico, pois no futuro acredito que o EB poderá atualizar os M-109A5 BR+ \ M-109A5 com o mesmo tubo, oferecendo melhores condições de operação e logística de manutenção.
A ver que oferece a melhor solução custo x benefício.
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- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Conforme matéria publicada no site da T&D, de autoria do Paulo Bastos, o EB tem em carga as seguintes quantidades de obsueiros 105mm AR:
1. 140 peças M101;
2. 54 peças M56;
3. 40 peças L118.
Total: 234 peças
https://tecnodefesa.com.br/obuseiro-m11 ... -o-brasil/
Como está descrito na matéria, todos os modelos contam com mais de vinte anos de uso initerrupto nos GAC do exército, com os vetutos M-101 tendo bem mais de 50 anos, seguidos dos M-56 e dos L-118.
A demanda do EB no estudo de viabilidade para o novo obuseiro 105mm AR é de apenas 54 peças, ou cerca de 1\4 da quantidade empregada atualmente.
Os M-56 são operados essencialmente pelo 8o GAC Pqd, e por dois GAC Sl, enquanto os L-118 são empregados nas 12a Bda Amv e na 11a Bda Inf Mec, além de também mobiliar o 10o GAC Sl.
Notar que os GAC Slv e paraquedista também dispõem de morteiros nacionais de 120mm formando uma de suas baterias, aparentemente, na falta de mais peças para completar a dotação necessária de cada OM.
A 4a Bda Inf Lv (Mth) seria uma unidade a nível bda que também deveria estar equipada com obuseiros mais leves como os M-56 ou L-118, mas o GAC de montanha ainda opera com os vetustos M-101, apesar da denominação categorização como infantaria leve da brigada.
O EB andou fazendo alguns retrofits nos L-118 e M-56, além de tentar fazer a substituição de algumas partes e peças por material produzido no arsenal de guerra de São Paulo. Mas nada que modernize de fato estes obuseiros, apenas o suficiente para prover melhor disponibilidade, enquanto não se arruma uma solução para retirá-los de uso. Idem nos M-101.
Bom, os números acima com certeza ainda não atendem na íntegra as necessidades de todas as bdas mtz, leves, pqd e slv que o EB possui, mas com certeza é mais que suficiente para chamar a atenção para a tentativa de produção local via arsenal de guerra.
A título de ilustração, considere-se 18 peças por GAC como padrão básico:
6 bda inf sl - 6 GAC > 108 peças
1 bda pqd - 1 GAC > 18 peças
1 bda Inf Amv - 1 GAC > 18 peças
1 bda Inf Lv Mth - 1 GAC > 18 peças
1 bda Inf Lv Pantanal - 1 GAC > 18 peças
5 bda Inf mtz - 5 GAC > 90 peças
SubTotal - 270
AMAN - 12 a 18 peças
ESA - 12 a 18 peças
EscLog - 12 a 18 peças
SubTotal - 36 a 54
Total Geral - 306 a 324 unidades
Estes números podem variar para mais ou para menos a depender do que o exército fará em relação aos obuseiros 155mm AR, que também pretende substituir, e cujo estudo de viabilidade dispõe sobre seu uso em nível brigada, além das AD.
De qualquer forma, temos os números do EB não chegam a ser impressionantes, mas, se mostram razoáveis no sentido de tentar produzir por aqui mesmo as quantidades acima apresentadas. Melhor do que a importação pura e simples.
A ver quem oferece o melhor negócio em custos x benefício.
1. 140 peças M101;
2. 54 peças M56;
3. 40 peças L118.
Total: 234 peças
https://tecnodefesa.com.br/obuseiro-m11 ... -o-brasil/
Como está descrito na matéria, todos os modelos contam com mais de vinte anos de uso initerrupto nos GAC do exército, com os vetutos M-101 tendo bem mais de 50 anos, seguidos dos M-56 e dos L-118.
A demanda do EB no estudo de viabilidade para o novo obuseiro 105mm AR é de apenas 54 peças, ou cerca de 1\4 da quantidade empregada atualmente.
Os M-56 são operados essencialmente pelo 8o GAC Pqd, e por dois GAC Sl, enquanto os L-118 são empregados nas 12a Bda Amv e na 11a Bda Inf Mec, além de também mobiliar o 10o GAC Sl.
Notar que os GAC Slv e paraquedista também dispõem de morteiros nacionais de 120mm formando uma de suas baterias, aparentemente, na falta de mais peças para completar a dotação necessária de cada OM.
A 4a Bda Inf Lv (Mth) seria uma unidade a nível bda que também deveria estar equipada com obuseiros mais leves como os M-56 ou L-118, mas o GAC de montanha ainda opera com os vetustos M-101, apesar da denominação categorização como infantaria leve da brigada.
O EB andou fazendo alguns retrofits nos L-118 e M-56, além de tentar fazer a substituição de algumas partes e peças por material produzido no arsenal de guerra de São Paulo. Mas nada que modernize de fato estes obuseiros, apenas o suficiente para prover melhor disponibilidade, enquanto não se arruma uma solução para retirá-los de uso. Idem nos M-101.
Bom, os números acima com certeza ainda não atendem na íntegra as necessidades de todas as bdas mtz, leves, pqd e slv que o EB possui, mas com certeza é mais que suficiente para chamar a atenção para a tentativa de produção local via arsenal de guerra.
A título de ilustração, considere-se 18 peças por GAC como padrão básico:
6 bda inf sl - 6 GAC > 108 peças
1 bda pqd - 1 GAC > 18 peças
1 bda Inf Amv - 1 GAC > 18 peças
1 bda Inf Lv Mth - 1 GAC > 18 peças
1 bda Inf Lv Pantanal - 1 GAC > 18 peças
5 bda Inf mtz - 5 GAC > 90 peças
SubTotal - 270
AMAN - 12 a 18 peças
ESA - 12 a 18 peças
EscLog - 12 a 18 peças
SubTotal - 36 a 54
Total Geral - 306 a 324 unidades
Estes números podem variar para mais ou para menos a depender do que o exército fará em relação aos obuseiros 155mm AR, que também pretende substituir, e cujo estudo de viabilidade dispõe sobre seu uso em nível brigada, além das AD.
De qualquer forma, temos os números do EB não chegam a ser impressionantes, mas, se mostram razoáveis no sentido de tentar produzir por aqui mesmo as quantidades acima apresentadas. Melhor do que a importação pura e simples.
A ver quem oferece o melhor negócio em custos x benefício.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Conversando com o Paulo Bastos, em relação a matéria dele no site da T&D, sobre os candidatos a obuseiro leve 105mm, segue a lista prévia dos mesmos, e que poderá crescer:
1. Oto Melara M-56
2. Bae Systems L-119A3
3. KNDS LG-1 Mk III
4. MKE Boran
5. NORINCO CS/AH2
6. Yugoimport SDPR M-56/33
7. Hyundai WIA KH178 MK1
8. GCF Jabalpur IFG
Conforme o próprio Paulo, assim que o EB liberar o RFI, esperado ainda para este ano, outra matéria descritiva sobre os possíveis candidatos será posta no site da revista.
De antemão, pesquisando rapidamente sobre os produtos acima, é possível notar que os 4 primeiros possuem peso abaixo das 2 ton, de forma a oferecer mais vantagem sobre os demais.
O produto da NORINCO, ainda está na fase de protótipo e sendo desenvolvido em conjunto com a Tailândia. Não encontrei informações sobre o peso do produto, mas como se trata de um obuseiro leve, o tipo deve estar entre 1,5 e 2,8 ton dos demais.
A Bae Systems, acredito, deve oferecer a última versão fabricada para o US Army, no caso do L-119A3, que entrou em serviço em 2013.
Conhecendo as coisas com são por aqui, o M-56 apesar de não atender aos requisitos do exército, por ter se adaptado extremamente bem ao ambiente de selva, pode fazer parte de uma solução binária, com o EB adotando dois modelos de obuseiros leves, o que não seria uma novidade, visto que hoje operamos três tipos diferentes. Se as modernizações propostas pelos italianos sugerirem uma boa solução custo x benefício, não vejo porque não adotá-la. Afinal, seriam 108 peças a serem fabricadas aqui, e o AGSP já domina plenamente todo o seu ciclo de manutenção\operação.
Resta aguardar para ver como franceses e turcos olharão para este processo, tendo em vista as quantidades possíveis que se pode chegar no longo prazo.
Dificilmente o EB disporá no RFI modelos que pesem mais do que as 1,8 ton dos L-118 que possuem.
1. Oto Melara M-56
2. Bae Systems L-119A3
3. KNDS LG-1 Mk III
4. MKE Boran
5. NORINCO CS/AH2
6. Yugoimport SDPR M-56/33
7. Hyundai WIA KH178 MK1
8. GCF Jabalpur IFG
Conforme o próprio Paulo, assim que o EB liberar o RFI, esperado ainda para este ano, outra matéria descritiva sobre os possíveis candidatos será posta no site da revista.
De antemão, pesquisando rapidamente sobre os produtos acima, é possível notar que os 4 primeiros possuem peso abaixo das 2 ton, de forma a oferecer mais vantagem sobre os demais.
O produto da NORINCO, ainda está na fase de protótipo e sendo desenvolvido em conjunto com a Tailândia. Não encontrei informações sobre o peso do produto, mas como se trata de um obuseiro leve, o tipo deve estar entre 1,5 e 2,8 ton dos demais.
A Bae Systems, acredito, deve oferecer a última versão fabricada para o US Army, no caso do L-119A3, que entrou em serviço em 2013.
Conhecendo as coisas com são por aqui, o M-56 apesar de não atender aos requisitos do exército, por ter se adaptado extremamente bem ao ambiente de selva, pode fazer parte de uma solução binária, com o EB adotando dois modelos de obuseiros leves, o que não seria uma novidade, visto que hoje operamos três tipos diferentes. Se as modernizações propostas pelos italianos sugerirem uma boa solução custo x benefício, não vejo porque não adotá-la. Afinal, seriam 108 peças a serem fabricadas aqui, e o AGSP já domina plenamente todo o seu ciclo de manutenção\operação.
Resta aguardar para ver como franceses e turcos olharão para este processo, tendo em vista as quantidades possíveis que se pode chegar no longo prazo.
Dificilmente o EB disporá no RFI modelos que pesem mais do que as 1,8 ton dos L-118 que possuem.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Da lista no post acima de pré-candidatos a fornecedores de obuseiros AR leves 105mm, as seguintes empresas\países podem também oferecer obuseiros AR 155mm.
Notar que no EV para este material, há claramente a indicação de que o mesmo será usado, também, a nível de brigada, o que pode influir na questão dos requisitos de peso e mobilidade da peça.
Resta confirmar o que será emitido brevemente no RFI\RFQ deste material e a definição de seus RO.
1. Bae Systems M-777
2. Nexter TRF-1
3. MKE Phanter
4. NORINCO AH-4
5. Índia ATAGS\MarG
6. Elbit Atmos
Dos modelos da lista, M-777 e TRF-1 não estariam em produção, podendo esta ser retomada em função de novos negócios.
O modelo AH-4 da Norinco não se tem informações fiáveis se está em uso no exército chinês ou mesmo foi exportado.
Todos os demais obuseiros apresentados estão em linha de produção para seus respectivos exércitos ou exportação.
Em todo caso, os israelenses tem certa vantagem com o ATMOS tendo em vista a homogeneidade material e facilitação logística trazida pelo tipo com as VBCOAP SR, podendo a posteriori ser expandido para outros GAC, o que penso deve ocorrer no médio a longo prazo.
A concorrência real mesmo pelo que tudo indica ficará entre franceses, turcos e britânicos para os obuseiros leves 105mm.
A ver.
Notar que no EV para este material, há claramente a indicação de que o mesmo será usado, também, a nível de brigada, o que pode influir na questão dos requisitos de peso e mobilidade da peça.
Resta confirmar o que será emitido brevemente no RFI\RFQ deste material e a definição de seus RO.
1. Bae Systems M-777
2. Nexter TRF-1
3. MKE Phanter
4. NORINCO AH-4
5. Índia ATAGS\MarG
6. Elbit Atmos
Dos modelos da lista, M-777 e TRF-1 não estariam em produção, podendo esta ser retomada em função de novos negócios.
O modelo AH-4 da Norinco não se tem informações fiáveis se está em uso no exército chinês ou mesmo foi exportado.
Todos os demais obuseiros apresentados estão em linha de produção para seus respectivos exércitos ou exportação.
Em todo caso, os israelenses tem certa vantagem com o ATMOS tendo em vista a homogeneidade material e facilitação logística trazida pelo tipo com as VBCOAP SR, podendo a posteriori ser expandido para outros GAC, o que penso deve ocorrer no médio a longo prazo.
A concorrência real mesmo pelo que tudo indica ficará entre franceses, turcos e britânicos para os obuseiros leves 105mm.
A ver.
Carpe Diem
- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Conforme notícia do site da revista T&D, o exército lançou hoje um RFI/RFQ para aquisição de pelo menos 54 peças de obuseiro leve 105mm.
Ainda segundo a revista, este processo irá correr em paralelo ao estudo de viabilidade de produção nacional por licença de um modelo a ser decidido ainda.
A meu ver, o EB segue a linha de pensamento de ter dois tipos de obuseiros leves. Um para a região norte e outro para as demais brigadas.
Ainda segundo a revista, este processo irá correr em paralelo ao estudo de viabilidade de produção nacional por licença de um modelo a ser decidido ainda.
A meu ver, o EB segue a linha de pensamento de ter dois tipos de obuseiros leves. Um para a região norte e outro para as demais brigadas.
Carpe Diem
- knigh7
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
O EB deve permanecer com os Oto Melara, mas vai retirá-lo da PQD.
Na Diretriz do obuseiro de 105mm do ano passado, aonde previa-se primeiramente 54, eles iriam para as Bdas: 23ªSlv, 12ª AMV e a PQD (com 18 cada).
Agora, os M101 precisarão ser substituídos: pelo o que o Gen Paixão disse, eles servem para treinamento e só.
Na Diretriz do obuseiro de 105mm do ano passado, aonde previa-se primeiramente 54, eles iriam para as Bdas: 23ªSlv, 12ª AMV e a PQD (com 18 cada).
Agora, os M101 precisarão ser substituídos: pelo o que o Gen Paixão disse, eles servem para treinamento e só.