O canhão do Merkava é Israelita.FCarvalho escreveu: Dom Mai 05, 2024 3:41 pm Uma olhada por dentro do VT-4.
A priori, se a Norinco for autorizada a negociar com o EB a produção sob licença deste CC no Brasil, as dificuldades e limitações seriam as mesmas de qualquer outro blindado europeu ou sul coreano que se propusesse o mesmo. A BIDS hoje não tem interesse e\ou capacidade para alocar tudo que é requerido no RTLI da VBC CC em termos práticos, e o desenvolvimento e produção de produtos para satisfazer tais requisitos no Brasil elevariam os custos de qualquer blindado escolhido.
Além disto, a construção de uma capacidade logística nacional para apoiar um CC montado localmente são bastante limitadas, e caras, vide os números propostos até o momento pelo exército em matéria de compra. Simplesmente não compensa o investimento.
Por outro lado, é possível pensar isto de forma pragmática, uma vez que o Centauro 2 será montado aqui, e consequentemente, vários de seus subsistemas; a partir disto se poderia pensar em respostas adequadas e cabíveis em termos industriais à VBC CC. Além deste blindado italiano, os israelenses também possuem margem de manobra para intuir produtos e soluções a um eventual CC montado no país; e isto deve aumentar com a aquisição dos ATMOS, junto aos off set e transferência de tecnologia que virão com eles.
Salvo melhor juízo, o principal problema do VT-4 é o seu canhão de 125mm, fora do escopo da logística nacional baseada no padrão OTAN\STANAG. Sua substituição, tendo em mente o parâmetro atual do RO, levaria a adotar uma peça de 120\50 da RUAG suÍça ou belga da Jonh Cockerril. Mas isto nos leva a outra questão: estas empresas teriam interesse, ou mesmo autorização de seus respectivos governos, para vender seus produtos ao exército levando em conta a aplicação em um bldo chinês?
Afora estas duas empresas europeias, restaria alemães, turcos e sul coreanos, que produzem, ainda que sob licença, no caso destes últimos, uma peça de 120\55, enquanto já há iniciativas para canhões em 130mm e 140mm. Estes muito longe da realidade tupiniquim. E totalmente inviáveis em termos de alocação a um produto chinês.
Na minha opinião esta seria a principal questão a se resolver em termos de montagem nacional do VT-4, no caso de ser negociada pelo exército. Aliás, o tipo de montagem do canhão no CC chinês deixa ainda mais estreita as alternativas ocidentais para sua substituição, uma vez que é baseada no modelo russo de carregamento automático. E o EB quer um sistema semi-automático, se muito, na VBC CC, conforme os requisitos absolutos. Como resolver isso, eu nãos sei. Uma alternativa seria os próprios chineses disporem de um canhão em 120mm para o VT-4, mas eu desconheço qualquer iniciativa ou disposição neste sentido da Norinco. Não ao menos de público.
Sistemas eletrônicos, ópticos, C4 e proteção podem ser ajuizados de acordo com os interesses do EB, de forma que os chineses já aludiram ao fato de que poderemos, em teoria, integrar os sistemas que se desejar ao blindado. Bom, uma coisa é a propaganda, bem outra é a realidade fática.
A parte de motor, suspensão e transmissão é algo que, talvez, não nos ofereça maiores problemas. O que pega é se o EB também insistir em apor sistemas e\ou padrões ocidentais a elas também. Aí já é praticamente matar qualquer chance de montar o CC no país, visto que dificilmente os chineses seriam liberais a tal ponto, ainda mais por apenas 65 veículos. Produzir localmente estes sistemas até poderia ser pensado, mas encontrar empresas nacionais de peças e serviços automotivos dispostas a suportar tal operação é bem complicado. No curto prazo, a meu ver, não há quem possa ou se interesse por isso. E não ter apoio local nesta parte do CC torna simplesmente inviável para o EB a compra do blindado chinês, ou de qualquer outro, mesmo ocidental.
Outro dia o Knigh7 disse que este número de 65 CC talvez fosse uma experiência do EB no sentido de reorganizar as bdas bldas, dispondo as mesmas de organização similar as suas similares do US Army. Se verdade ou não eu não sei, mas, no caso de ser isso mesmo, sairíamos de 108 CC para 65 por bda blda. Talvez esta diminuição e realocação de recursos seja algo bem vindo, e muito providencial, de forma a podermos no futuro a longo prazo mesmo pensar em bdas bldas em outras regiões do país, algo que considero necessário e urgente.
Norte, nordeste e centro oeste poderiam ser brindadas com uma bda blda cada um, como um padrão mínimo de disposição de capacidade. Apenas isto nos daria a possibilidade e alocar cerca de 190 CC netas regiões, além de outros 130 na região sul. Seriam 320 CC, o que ainda é a meu ver pouco, mas, diante na inépcia em que se vive há anos, podemos considerar um bom começo para justificar a produção local. Expandir esta frota seria uma opção, ou uma exigência da realidade.
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https://en.wikipedia.org/wiki/IMI_120_mm_gun