UM MBT NACIONAL
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Re: UM MBT NACIONAL
Uma olhada por dentro do VT-4.
A priori, se a Norinco for autorizada a negociar com o EB a produção sob licença deste CC no Brasil, as dificuldades e limitações seriam as mesmas de qualquer outro blindado europeu ou sul coreano que se propusesse o mesmo. A BIDS hoje não tem interesse e\ou capacidade para alocar tudo que é requerido no RTLI da VBC CC em termos práticos, e o desenvolvimento e produção de produtos para satisfazer tais requisitos no Brasil elevariam os custos de qualquer blindado escolhido.
Além disto, a construção de uma capacidade logística nacional para apoiar um CC montado localmente são bastante limitadas, e caras, vide os números propostos até o momento pelo exército em matéria de compra. Simplesmente não compensa o investimento.
Por outro lado, é possível pensar isto de forma pragmática, uma vez que o Centauro 2 será montado aqui, e consequentemente, vários de seus subsistemas; a partir disto se poderia pensar em respostas adequadas e cabíveis em termos industriais à VBC CC. Além deste blindado italiano, os israelenses também possuem margem de manobra para intuir produtos e soluções a um eventual CC montado no país; e isto deve aumentar com a aquisição dos ATMOS, junto aos off set e transferência de tecnologia que virão com eles.
Salvo melhor juízo, o principal problema do VT-4 é o seu canhão de 125mm, fora do escopo da logística nacional baseada no padrão OTAN\STANAG. Sua substituição, tendo em mente o parâmetro atual do RO, levaria a adotar uma peça de 120\50 da RUAG suÍça ou belga da Jonh Cockerril. Mas isto nos leva a outra questão: estas empresas teriam interesse, ou mesmo autorização de seus respectivos governos, para vender seus produtos ao exército levando em conta a aplicação em um bldo chinês?
Afora estas duas empresas europeias, restaria alemães, turcos e sul coreanos, que produzem, ainda que sob licença, no caso destes últimos, uma peça de 120\55, enquanto já há iniciativas para canhões em 130mm e 140mm. Estes muito longe da realidade tupiniquim. E totalmente inviáveis em termos de alocação a um produto chinês.
Na minha opinião esta seria a principal questão a se resolver em termos de montagem nacional do VT-4, no caso de ser negociada pelo exército. Aliás, o tipo de montagem do canhão no CC chinês deixa ainda mais estreita as alternativas ocidentais para sua substituição, uma vez que é baseada no modelo russo de carregamento automático. E o EB quer um sistema semi-automático, se muito, na VBC CC, conforme os requisitos absolutos. Como resolver isso, eu nãos sei. Uma alternativa seria os próprios chineses disporem de um canhão em 120mm para o VT-4, mas eu desconheço qualquer iniciativa ou disposição neste sentido da Norinco. Não ao menos de público.
Sistemas eletrônicos, ópticos, C4 e proteção podem ser ajuizados de acordo com os interesses do EB, de forma que os chineses já aludiram ao fato de que poderemos, em teoria, integrar os sistemas que se desejar ao blindado. Bom, uma coisa é a propaganda, bem outra é a realidade fática.
A parte de motor, suspensão e transmissão é algo que, talvez, não nos ofereça maiores problemas. O que pega é se o EB também insistir em apor sistemas e\ou padrões ocidentais a elas também. Aí já é praticamente matar qualquer chance de montar o CC no país, visto que dificilmente os chineses seriam liberais a tal ponto, ainda mais por apenas 65 veículos. Produzir localmente estes sistemas até poderia ser pensado, mas encontrar empresas nacionais de peças e serviços automotivos dispostas a suportar tal operação é bem complicado. No curto prazo, a meu ver, não há quem possa ou se interesse por isso. E não ter apoio local nesta parte do CC torna simplesmente inviável para o EB a compra do blindado chinês, ou de qualquer outro, mesmo ocidental.
Outro dia o Knigh7 disse que este número de 65 CC talvez fosse uma experiência do EB no sentido de reorganizar as bdas bldas, dispondo as mesmas de organização similar as suas similares do US Army. Se verdade ou não eu não sei, mas, no caso de ser isso mesmo, sairíamos de 108 CC para 65 por bda blda. Talvez esta diminuição e realocação de recursos seja algo bem vindo, e muito providencial, de forma a podermos no futuro a longo prazo mesmo pensar em bdas bldas em outras regiões do país, algo que considero necessário e urgente.
Norte, nordeste e centro oeste poderiam ser brindadas com uma bda blda cada um, como um padrão mínimo de disposição de capacidade. Apenas isto nos daria a possibilidade e alocar cerca de 190 CC netas regiões, além de outros 130 na região sul. Seriam 320 CC, o que ainda é a meu ver pouco, mas, diante na inépcia em que se vive há anos, podemos considerar um bom começo para justificar a produção local. Expandir esta frota seria uma opção, ou uma exigência da realidade.
A priori, se a Norinco for autorizada a negociar com o EB a produção sob licença deste CC no Brasil, as dificuldades e limitações seriam as mesmas de qualquer outro blindado europeu ou sul coreano que se propusesse o mesmo. A BIDS hoje não tem interesse e\ou capacidade para alocar tudo que é requerido no RTLI da VBC CC em termos práticos, e o desenvolvimento e produção de produtos para satisfazer tais requisitos no Brasil elevariam os custos de qualquer blindado escolhido.
Além disto, a construção de uma capacidade logística nacional para apoiar um CC montado localmente são bastante limitadas, e caras, vide os números propostos até o momento pelo exército em matéria de compra. Simplesmente não compensa o investimento.
Por outro lado, é possível pensar isto de forma pragmática, uma vez que o Centauro 2 será montado aqui, e consequentemente, vários de seus subsistemas; a partir disto se poderia pensar em respostas adequadas e cabíveis em termos industriais à VBC CC. Além deste blindado italiano, os israelenses também possuem margem de manobra para intuir produtos e soluções a um eventual CC montado no país; e isto deve aumentar com a aquisição dos ATMOS, junto aos off set e transferência de tecnologia que virão com eles.
Salvo melhor juízo, o principal problema do VT-4 é o seu canhão de 125mm, fora do escopo da logística nacional baseada no padrão OTAN\STANAG. Sua substituição, tendo em mente o parâmetro atual do RO, levaria a adotar uma peça de 120\50 da RUAG suÍça ou belga da Jonh Cockerril. Mas isto nos leva a outra questão: estas empresas teriam interesse, ou mesmo autorização de seus respectivos governos, para vender seus produtos ao exército levando em conta a aplicação em um bldo chinês?
Afora estas duas empresas europeias, restaria alemães, turcos e sul coreanos, que produzem, ainda que sob licença, no caso destes últimos, uma peça de 120\55, enquanto já há iniciativas para canhões em 130mm e 140mm. Estes muito longe da realidade tupiniquim. E totalmente inviáveis em termos de alocação a um produto chinês.
Na minha opinião esta seria a principal questão a se resolver em termos de montagem nacional do VT-4, no caso de ser negociada pelo exército. Aliás, o tipo de montagem do canhão no CC chinês deixa ainda mais estreita as alternativas ocidentais para sua substituição, uma vez que é baseada no modelo russo de carregamento automático. E o EB quer um sistema semi-automático, se muito, na VBC CC, conforme os requisitos absolutos. Como resolver isso, eu nãos sei. Uma alternativa seria os próprios chineses disporem de um canhão em 120mm para o VT-4, mas eu desconheço qualquer iniciativa ou disposição neste sentido da Norinco. Não ao menos de público.
Sistemas eletrônicos, ópticos, C4 e proteção podem ser ajuizados de acordo com os interesses do EB, de forma que os chineses já aludiram ao fato de que poderemos, em teoria, integrar os sistemas que se desejar ao blindado. Bom, uma coisa é a propaganda, bem outra é a realidade fática.
A parte de motor, suspensão e transmissão é algo que, talvez, não nos ofereça maiores problemas. O que pega é se o EB também insistir em apor sistemas e\ou padrões ocidentais a elas também. Aí já é praticamente matar qualquer chance de montar o CC no país, visto que dificilmente os chineses seriam liberais a tal ponto, ainda mais por apenas 65 veículos. Produzir localmente estes sistemas até poderia ser pensado, mas encontrar empresas nacionais de peças e serviços automotivos dispostas a suportar tal operação é bem complicado. No curto prazo, a meu ver, não há quem possa ou se interesse por isso. E não ter apoio local nesta parte do CC torna simplesmente inviável para o EB a compra do blindado chinês, ou de qualquer outro, mesmo ocidental.
Outro dia o Knigh7 disse que este número de 65 CC talvez fosse uma experiência do EB no sentido de reorganizar as bdas bldas, dispondo as mesmas de organização similar as suas similares do US Army. Se verdade ou não eu não sei, mas, no caso de ser isso mesmo, sairíamos de 108 CC para 65 por bda blda. Talvez esta diminuição e realocação de recursos seja algo bem vindo, e muito providencial, de forma a podermos no futuro a longo prazo mesmo pensar em bdas bldas em outras regiões do país, algo que considero necessário e urgente.
Norte, nordeste e centro oeste poderiam ser brindadas com uma bda blda cada um, como um padrão mínimo de disposição de capacidade. Apenas isto nos daria a possibilidade e alocar cerca de 190 CC netas regiões, além de outros 130 na região sul. Seriam 320 CC, o que ainda é a meu ver pouco, mas, diante na inépcia em que se vive há anos, podemos considerar um bom começo para justificar a produção local. Expandir esta frota seria uma opção, ou uma exigência da realidade.
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Re: UM MBT NACIONAL
Uma bda blda a 65 CC + 78 VBC FUZ, o que equivale, em teoria, à nova organização destas GU bldas, pode nos trazer inúmeros benefícios, com o principal sendo a possibilidade de expandir a presença de tais OM a outras regiões do país.
Como disse acima, hoje seria o caso de encaminhar a montagem sob licença de pelo menos 320 CC no país a fim de dotar as regiões norte, nordeste e centro oeste com estas OM, além das duas bdas blda do sul. A região sudeste poderia também ser incluída nesta conta, totalizando 385 CC, sem contar AMAN, ESA, EscLogEx e CIBld.
Suponho que esta iniciativa do EB levaria à extinguir os RCB das bdas cav mec, o que não considero um problema, pelo contrário, poderia abrir espaço para a modernização, também, da organização destas OM.
As VBC FUZ, nesta organização, teriam uma demanda para montagem\produção local de 608 blindados apenas na versão IFV, o que é a meu ver número mais que suficiente para negociar linhas de produção no Brasil.
Bom, nesta perspectiva acima, teríamos em mãos demanda crível para pouco mais de 400 CC e +600 IFV SL. Números já bem mais interessante em termos industriais para quaisquer fornecedores.
Em todo caso, o meu sonho de consumo seria o seguinte:
1. Nordeste: 4 bdas blda - 1 GU \ 7a Bda, 1 GU \ 10a Bda Inf, 1 GU\6a RM, 1 GU\10a RM estas sem bdas orgânicas;
2. Norte: 2 bdas bldas - 1 GU\RR apoio à 1a Bda Inf Sl e 1 GU\PA apoio à 23a Bda Inf Sl;
3. Centro-Oeste: 3 bdas - 1 GU\GO apoio 3a BInfMtz, 1 GU\MT 13a Bda Inf Mtz e 1 GU\MS apoio 17a Bda Inf Frt.
4. Sudeste: 1 bda - 1 GU\ES apoio 9a Bda Inf Mec
5. Sul: 2 bda - 1 GU\PR apoio 15a Bda Inf Mec, 1 GU\RS apoio 8a Bda Inf.
Somando, teríamos uma demanda para 12 bda cav blda, totalizando 780 CC + 936 IFV SL. Sem considerar VBC e VBE das respectivas viaturas. Se levarmos em conta estes últimos, ultrapassamos a casa das mil unidades para a VBC Fuz e pouco mais de 900 unidades entre CC e VBE.
Impossível? Eu diria que não. Inviável no curto e médio prazo? Com certeza.
A questão é: vamos nos manter eternamente sempre tendo como objetivo o mínimo básico necessário, tratando o tema Defesa como algo desnecessário e incômodo, vivendo entre o mendicância do possível e o "inalcançável" necessário, para somente depois, a qualquer momento, involuntariamente e a contra gosto, nos vermos obrigados a alcançar tais números em curtíssimo espaço de tempo, por alguma vicissitude e "imprevistos" da vida?
Como disse acima, hoje seria o caso de encaminhar a montagem sob licença de pelo menos 320 CC no país a fim de dotar as regiões norte, nordeste e centro oeste com estas OM, além das duas bdas blda do sul. A região sudeste poderia também ser incluída nesta conta, totalizando 385 CC, sem contar AMAN, ESA, EscLogEx e CIBld.
Suponho que esta iniciativa do EB levaria à extinguir os RCB das bdas cav mec, o que não considero um problema, pelo contrário, poderia abrir espaço para a modernização, também, da organização destas OM.
As VBC FUZ, nesta organização, teriam uma demanda para montagem\produção local de 608 blindados apenas na versão IFV, o que é a meu ver número mais que suficiente para negociar linhas de produção no Brasil.
Bom, nesta perspectiva acima, teríamos em mãos demanda crível para pouco mais de 400 CC e +600 IFV SL. Números já bem mais interessante em termos industriais para quaisquer fornecedores.
Em todo caso, o meu sonho de consumo seria o seguinte:
1. Nordeste: 4 bdas blda - 1 GU \ 7a Bda, 1 GU \ 10a Bda Inf, 1 GU\6a RM, 1 GU\10a RM estas sem bdas orgânicas;
2. Norte: 2 bdas bldas - 1 GU\RR apoio à 1a Bda Inf Sl e 1 GU\PA apoio à 23a Bda Inf Sl;
3. Centro-Oeste: 3 bdas - 1 GU\GO apoio 3a BInfMtz, 1 GU\MT 13a Bda Inf Mtz e 1 GU\MS apoio 17a Bda Inf Frt.
4. Sudeste: 1 bda - 1 GU\ES apoio 9a Bda Inf Mec
5. Sul: 2 bda - 1 GU\PR apoio 15a Bda Inf Mec, 1 GU\RS apoio 8a Bda Inf.
Somando, teríamos uma demanda para 12 bda cav blda, totalizando 780 CC + 936 IFV SL. Sem considerar VBC e VBE das respectivas viaturas. Se levarmos em conta estes últimos, ultrapassamos a casa das mil unidades para a VBC Fuz e pouco mais de 900 unidades entre CC e VBE.
Impossível? Eu diria que não. Inviável no curto e médio prazo? Com certeza.
A questão é: vamos nos manter eternamente sempre tendo como objetivo o mínimo básico necessário, tratando o tema Defesa como algo desnecessário e incômodo, vivendo entre o mendicância do possível e o "inalcançável" necessário, para somente depois, a qualquer momento, involuntariamente e a contra gosto, nos vermos obrigados a alcançar tais números em curtíssimo espaço de tempo, por alguma vicissitude e "imprevistos" da vida?
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Re: UM MBT NACIONAL
Eu nãos sei quanto tempo leva para produzir um CC, mas em se tratando de Brasil, eu duvido muito que isto se faria em menos de seis meses.
Considerando os dados acima, levaríamos quantos anos para sair do mínimo básico necessário até alcançar a quantidade efetiva e necessária para a defesa na íntegra do nosso território, sem soluções de continuidade ou quebra galhos do tipo "chama a cavalaria para salvar o dia" ?
Estes episódios das enchentes no RS deveriam estar servindo para nossa reflexão sobre as reais condições de resposta efetiva que as ffas's tem ou não tem para fazer frente a situações inopinadas ou fora da agenda política e social do país.
Considerando os dados acima, levaríamos quantos anos para sair do mínimo básico necessário até alcançar a quantidade efetiva e necessária para a defesa na íntegra do nosso território, sem soluções de continuidade ou quebra galhos do tipo "chama a cavalaria para salvar o dia" ?
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Re: UM MBT NACIONAL
Se não mudar o RO da VBC CC este veículo não entra. Um dos requisitos absolutos é o motor traseiro no veículo.
Até agora o EB conseguiu a proeza de tirar praticamente todos os principais CC comercializados no mundo de um eventual certame licitatório.
Sem brechas para soluções meia boca, como a da Bae Systems, ou integrais como KF-51, Leopard II ou K-2. Seja por custo, projeto, ou por limitações técnicas de obediência aos requisitos operacionais.
Se não alterar os requisitos vamos ficar sem CC por tempo indeterminado. Como se não fosse suficiente não ter nem para manter o pouco que sobrou dos Leo 1A5.
Até agora o EB conseguiu a proeza de tirar praticamente todos os principais CC comercializados no mundo de um eventual certame licitatório.
Sem brechas para soluções meia boca, como a da Bae Systems, ou integrais como KF-51, Leopard II ou K-2. Seja por custo, projeto, ou por limitações técnicas de obediência aos requisitos operacionais.
Se não alterar os requisitos vamos ficar sem CC por tempo indeterminado. Como se não fosse suficiente não ter nem para manter o pouco que sobrou dos Leo 1A5.
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Re: UM MBT NACIONAL
Pra quem sente tesão em ver burocrata gastar o preço de um M1A2 SepV3 numa caixa de ovo, parece ser uma boa opção. Um Lancet com ogiva HE arrebentou a lateral de um CV90MkIV, imagine se fosse uma simples PG-7, com o chassis lotado de munições 120 mm.
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Re: UM MBT NACIONAL
Com tudo isso que está acontecendo no sul, e que vai levar anos para ser remendado, muito provavelmente qualquer coisa em matéria de defesa será procrastinado ad infinitum como muitos no governo desejam.
A VBC-CC e VBC Fuz neste sentido não devem sair do papel antes do fim desta década, a não ser que algo muito fora da curva obrigue o governo de plantão a fazer algo diferente do que cortar verbas do MD.
No caso da artilharia, talvez o EB tenha alguma sorte se a Índia cobrar off set do KC-390 via produtos made in Índia, forçando o governo aqui a se mexer e comprar deles as contrapartidas obrigatórias. Mas isto serve apenas para a artilharia AR e Akash NG no curto prazo. O resultado deste processo deve ser visto este ano, ou no máximo em 2025. Vamos ver se o governo banca a Embraer ou se joga a toalha.
Os Leo 1A5 dificilmente verão algum tipo de modernização ou atualização, apenas a troca de itens consumíveis mais rapidamente, via indústria nacional, da qual já obtiveram alguns inputs. A ARES tem uma torre do CC do exército para testes e avaliações de uma possível atualização com insumos israelenses, além da troca da parte eletro-hidráulica da mesma. Mas isto já tem pelo menos uns 2 anos, e até agora nada.
De qualquer forma, comprar CC e IFV no curto prazo está fora de cogitação. Pelo menos até que o EB consiga resolver, na minha opinião, o problema da artilharia AR e AAe. E não estou falando do programa AAe comum. É aquela mísera bateria que o EB quer comprar mesmo com o Akash NG.
E ainda tem os boletos do Centauro II para pagar.
A VBC-CC e VBC Fuz neste sentido não devem sair do papel antes do fim desta década, a não ser que algo muito fora da curva obrigue o governo de plantão a fazer algo diferente do que cortar verbas do MD.
No caso da artilharia, talvez o EB tenha alguma sorte se a Índia cobrar off set do KC-390 via produtos made in Índia, forçando o governo aqui a se mexer e comprar deles as contrapartidas obrigatórias. Mas isto serve apenas para a artilharia AR e Akash NG no curto prazo. O resultado deste processo deve ser visto este ano, ou no máximo em 2025. Vamos ver se o governo banca a Embraer ou se joga a toalha.
Os Leo 1A5 dificilmente verão algum tipo de modernização ou atualização, apenas a troca de itens consumíveis mais rapidamente, via indústria nacional, da qual já obtiveram alguns inputs. A ARES tem uma torre do CC do exército para testes e avaliações de uma possível atualização com insumos israelenses, além da troca da parte eletro-hidráulica da mesma. Mas isto já tem pelo menos uns 2 anos, e até agora nada.
De qualquer forma, comprar CC e IFV no curto prazo está fora de cogitação. Pelo menos até que o EB consiga resolver, na minha opinião, o problema da artilharia AR e AAe. E não estou falando do programa AAe comum. É aquela mísera bateria que o EB quer comprar mesmo com o Akash NG.
E ainda tem os boletos do Centauro II para pagar.
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Re: UM MBT NACIONAL
Eu tô chegando à conclusão que esse RO do EB foi redigido especificamente pra não resultar em compra nenhuma pra agradar aos contadores do governo federal, por ordem de generais que estão mais interessados na futura aposentadoria do que desagradar o governo federal. Tanto da administração passada quanto da atual.FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 14, 2024 1:37 pm Se não mudar o RO da VBC CC este veículo não entra. Um dos requisitos absolutos é o motor traseiro no veículo.
Até agora o EB conseguiu a proeza de tirar praticamente todos os principais CC comercializados no mundo de um eventual certame licitatório.
Sem brechas para soluções meia boca, como a da Bae Systems, ou integrais como KF-51, Leopard II ou K-2. Seja por custo, projeto, ou por limitações técnicas de obediência aos requisitos operacionais.
Se não alterar os requisitos vamos ficar sem CC por tempo indeterminado. Como se não fosse suficiente não ter nem para manter o pouco que sobrou dos Leo 1A5.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: UM MBT NACIONAL
Acho que no fim a ideia era tentar cooptar alguém lá fora para fazer o mesmo que fizeram com o Guarani. Dá os requisitos e uma empresa com expertise assume todos os riscos de montar uma linha de produção aqui só para o EB e suas demandas mais do que medíocres.Viktor Reznov escreveu: ↑Qua Mai 15, 2024 4:29 pmEu tô chegando à conclusão que esse RO do EB foi redigido especificamente pra não resultar em compra nenhuma pra agradar aos contadores do governo federal, por ordem de generais que estão mais interessados na futura aposentadoria do que desagradar o governo federal. Tanto da administração passada quanto da atual.FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 14, 2024 1:37 pm Se não mudar o RO da VBC CC este veículo não entra. Um dos requisitos absolutos é o motor traseiro no veículo.
Até agora o EB conseguiu a proeza de tirar praticamente todos os principais CC comercializados no mundo de um eventual certame licitatório.
Sem brechas para soluções meia boca, como a da Bae Systems, ou integrais como KF-51, Leopard II ou K-2. Seja por custo, projeto, ou por limitações técnicas de obediência aos requisitos operacionais.
Se não alterar os requisitos vamos ficar sem CC por tempo indeterminado. Como se não fosse suficiente não ter nem para manter o pouco que sobrou dos Leo 1A5.
Pelo que parece, os alemães não toparam a brincadeira, e nem os japoneses, dado que o Type 10 seria o mais próximo daquilo que foi escrito no RO. A KMW ofereceu fazer um projeto para o exército, mas nunca saiu do papel, pois levaria pelo menos uns 10 anos até estar pronto, e o EB não tinha, e não tem, grana nem para pagar sequer o projeto de um CC.
Se fosse para comprar uns 400 a 500 blindados eu tenho certeza que haveria uma fila de espera na porta do centro de projetos do exército querendo oferecer seus produtos, mas, fato é que com apenas 65 unidades, e sem nenhuma perspectiva de novas compras em qualquer prazo, o projeto da VBC CC por si só não atrai ninguém seriamente. Apenas os alemães chegaram a fazer propostas reais e concretas desde o início. No mais não vi ninguém se mexer para atrair o interesse do exército. Descontando os turcos agora com aquele MMBT que vem aqui por estes dias.
Como disse, sem resolver os problemas mais imediatos que tem em mãos por agora, e que só se avolumam mediante o passar do tempo, e a contínua falta de recursos, substituir os Leo 1A5 torna-se cada vez mais uma solução sem alternativas palatáveis.
No fim vamos acabar comprando os tanques chinos e colocar neles tudo e mais um pouco que puder ser aposto do Centauro II neles. Até mesmo o canhão. E já vai estar bom tamanho. Junta a ele o VN-17 equipado com torre UT30 BR2, ou UT30 Mk II montada por aqui, e já arrumava motivos mais que suficientes para chamar estes blindados de nossos. Era só arrumar alguém que se dispusesse a montar e integrar eles aqui. Para isso acho que não vão faltar interessados.
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Re: UM MBT NACIONAL
O cmte do EB vai à China trocar figurinhas com o pessoal de lá. Uma viagem de alto nível como esta não é feita a troco de nada. Alguma coisa está sendo costurada nos bastidores que levam\levaram a esta visita oficial. E obviamente ele não irá falar com subalternos e\ou intermediários.
No fim, talvez se deixarem de lado esse preciosismo tosco e rabugento do século XX do essa história de "padrão Otan\Stanag", como se fosse uma panaceia incontornável, o mercado chinês de defesa pode ser a resposta para as nossas muitas mazelas materiais a preços, e financiamento, mais arrazoados conforme o orçamento disposto.
Se querem tanto manter um padrão ocidental só para ficar parecido com os primos ricos, bom, é só sentar e conversar com os chinas e ver o que a Norinco faz por nós. Dizem que são flexíveis no sentido de adaptar o VT-4 aos padrões exigidos pelo EB. Tá na hora de provar na prática o que eles afirmam de suas propostas. Se passarem no teste, o resto é luro.
E de lambuja ainda arrumamos isso aqui para o CFN.
Os bldos chinos se não são a última palavra em tecnologia, também não são a pior coisa do mundo. Se tivermos a possibilidade de mexer neles a vontade, colocando o que achar melhor, então não tem porque não comprar.
A não ser que o tio Sam ande mandando mais em Brasília hoje do que antes.
No fim, talvez se deixarem de lado esse preciosismo tosco e rabugento do século XX do essa história de "padrão Otan\Stanag", como se fosse uma panaceia incontornável, o mercado chinês de defesa pode ser a resposta para as nossas muitas mazelas materiais a preços, e financiamento, mais arrazoados conforme o orçamento disposto.
Se querem tanto manter um padrão ocidental só para ficar parecido com os primos ricos, bom, é só sentar e conversar com os chinas e ver o que a Norinco faz por nós. Dizem que são flexíveis no sentido de adaptar o VT-4 aos padrões exigidos pelo EB. Tá na hora de provar na prática o que eles afirmam de suas propostas. Se passarem no teste, o resto é luro.
E de lambuja ainda arrumamos isso aqui para o CFN.
Os bldos chinos se não são a última palavra em tecnologia, também não são a pior coisa do mundo. Se tivermos a possibilidade de mexer neles a vontade, colocando o que achar melhor, então não tem porque não comprar.
A não ser que o tio Sam ande mandando mais em Brasília hoje do que antes.
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Re: UM MBT NACIONAL
Motores baseados nos alemães, se entendi corretamente.
No mínimo vai dar até para aproveitar alguma coisa dos manuais do motor dos Leo 1A5.
E se bobear, até as peças são as mesmas. Ou muito parecidas.
Colocar a indústria de peças automotivas do país para sustentar esses motores não seria de todo um empecilho.
No mínimo vai dar até para aproveitar alguma coisa dos manuais do motor dos Leo 1A5.
E se bobear, até as peças são as mesmas. Ou muito parecidas.
Colocar a indústria de peças automotivas do país para sustentar esses motores não seria de todo um empecilho.
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Re: UM MBT NACIONAL
Já fui um crítico feroz de qualquer compra de material militar chinês. Agora tenho um visão mais tolerante sobre isso. A recente crise aqui em Porto Alegre demonstrou que, em caso de algo grande ocorrer, vamos ter necessidade de muito material bélico para uso imediato. Os blindados Guaranis, com todas possiveis limitações, conseguiram resgatar muita gente em zonas alagadas, ou seja na hora da necessidade eles estavam disponíveis. Igualmente quanto a um possível MBT chinês, se ele estiver disponível numa hora de necessidade, fará a diferença entre ter ele e não ter nada.
De outra parte dificilmente este govêrno comprará algo fora dos BRICS, além de levar em conta a importância da China como um dos nossos maiores parceiros comercial. Assim, entre possuir 100 Leopard ou 500 carros chineses, o melhor é ficarmos com os 500 da China, de preferência montados no Brasil com algum índice de nacionalização e um financiamento a perder de vista.
PS: 500 MBT é um número que inventei sem nenhuma conexão com a realidade.
De outra parte dificilmente este govêrno comprará algo fora dos BRICS, além de levar em conta a importância da China como um dos nossos maiores parceiros comercial. Assim, entre possuir 100 Leopard ou 500 carros chineses, o melhor é ficarmos com os 500 da China, de preferência montados no Brasil com algum índice de nacionalização e um financiamento a perder de vista.
PS: 500 MBT é um número que inventei sem nenhuma conexão com a realidade.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.