Definitivamente não é.Viktor Reznov escreveu: ↑Dom Mar 31, 2024 10:07 pm Não acredito nem vendo. Isso tá me parecendo o finado acordo entre a Boeing e a Embraer, que ia também resultar no fim da Embraer no Brasil eventualmente.
AVIBRAS
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Re: AVIBRAS
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Re: AVIBRAS
Sinceramente, existe muita boataria nesta venda da Avibras e muita gente colocando isto an conta do Lula, como se agora fosse eleito para salvar empresa privada! De qualquer forma, o que eu escuto é que o governo atuou para salvar e deu diversas propostas a Avibras, inclusive comprá-la, algo que não foi para frente pelas diversas exigências do dono da Avibras! O que eu tenho lido é que o dono da Avibras queria que ela fosse vendida!
Se é o caso, então foda-se! De qualquer forma, parece que tem muita coisa ai que nao foi revelada!!! Deixa as informações corretas sairem antes da choradeira!
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Re: AVIBRAS
Se o governo tivesse se oferecido pra comprar a Avibras, isso teria sido notícia em todo orgão de imprensa especializado e também inclusive na imprensa marrom.
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Re: AVIBRAS
O governo pode estatizar a Avibras a hora que bem entender. A empresa é uma EED, e neste ponto, qualquer ação da administração e/ou donos dela que supostamente puserem em risco a empresa ou questões de segurança do Estado, servem de justicativa para fazer isso e dá um pé na bunda deles.
Mas não fizeram isso como seria do gosto de muita gente. O porquê, ninguém sabe, ainda.
Deixa rolar pra ver o que acontece. O negócio ainda não foi fechado.
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Re: AVIBRAS
Existem notícias na imprensa sobre possível estatização sim: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-c ... tos/mobileViktor Reznov escreveu: ↑Seg Abr 01, 2024 6:53 pm Se o governo tivesse se oferecido pra comprar a Avibras, isso teria sido notícia em todo orgão de imprensa especializado e também inclusive na imprensa marrom.
E como eu disse, tem muita boataria, um jornalista soltando uma nota aqui, um político soltando outra ali!
O que está constante em todas as notas é que o dono da Avibras é um pilantra e, além disso, tá querendo entregar a empresa para ganhar mais!
O que acho injusto é colocar isto na conta do Lula, como se o Lula não tivesse investido tempo do governo para achar uma solução e o que a que tudo indica o problema tá na direção da Avibras e não no governo! Mesmo se não conseguir, pelo menos o Lula tá tentado, diferentemente de outro presidente aí que não fez nada enquanto sentava na cadeira de presidente, e não faria absolutamente nada se ainda estivesse. E não seria tão cobrado por isto neste fórum inclusive!
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Re: AVIBRAS
Tá tentando não sei quê haja visto que o próprio MinDef participou das negociações da venda pra Defentex. Aliás, essas conversas que você ouviu por aí não passam de propaganda gerada pelo comando do PT pra absolver o Lula de culpa pela incompetência dele na gerência da crise da AVIBRAS.
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Re: AVIBRAS
Não foi o João que entregou a empresa, o cara tá praticamente sendo escorraçado pra empresa. A posição dele era a mesma do Sindicato, em Estatizar, ele se manter como Presidente da empresa e os funcionários que não quiseram ligar isso à politicagem, viram o que houve com a SIATT - algo que eu disse aqui no fórum 4 meses antes de sequer a Edge se envolver oficialmente com a SIATT e nem falo do acordo de 49% - e procuraram oportunidades.angelogalvao escreveu: ↑Seg Abr 01, 2024 7:57 pm Existem notícias na imprensa sobre possível estatização sim: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-c ... tos/mobile
E como eu disse, tem muita boataria, um jornalista soltando uma nota aqui, um político soltando outra ali!
O que está constante em todas as notas é que o dono da Avibras é um pilantra e, além disso, tá querendo entregar a empresa para ganhar mais!
O que acho injusto é colocar isto na conta do Lula, como se o Lula não tivesse investido tempo do governo para achar uma solução e o que a que tudo indica o problema tá na direção da Avibras e não no governo! Mesmo se não conseguir, pelo menos o Lula tá tentado, diferentemente de outro presidente aí que não fez nada enquanto sentava na cadeira de presidente, e não faria absolutamente nada se ainda estivesse. E não seria tão cobrado por isto neste fórum inclusive!
Só tira a politicagem da cabeça, Angelo, pois se for pra colocar politicagem por politicagem, 90% do que está aquecendo o setor Aeroespacial e Defesa está vindo de acordos assinados entre 2019 e 2021, isso com a criação de startups e injeção direta de países Árabes e do Sudeste Asiático.
Infelizmente muita gente no tópico tá si aventurando em afirmar o que não sabe!
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Re: AVIBRAS
https://www.defendtex.com/media-release/Avibras Indústria Aeroespacial and DefendTex hereby announce that they have been engaged in advanced discussions to facilitate a potential investment aimed at the economic and financial recovery of Avibras, with the goal of maintaining its manufacturing facilities in Brazil, resuming operations as soon as possible, and ensuring the fulfillment of contractual obligations with the Brazilian government and other clients.
Both companies are committed and diligently working to finalize the specific terms and conditions of the investment and will keep the market informed.
About Avibras:
Avibras is a Brazilian technology and innovation company with unique industrial capabilities, globally recognized for the excellence and quality of its products, systems, and engineering solutions in the Aerospace, Defense, Electronics, Vehicles, and Aeronautical sectors. With over 60 years of experience, Avibras has consolidated its position as one of the world’s leading companies in the Defense and Aerospace segments.
About Defendtex:
DefendTex is an international defense company headquartered in Australia and an established leader in multi-domain asymmetric warfare solutions. Providing world leading defense technologies, DefendTex’s capabilities include precision guided weapons, energetics, rocket manufacturing and loitering munitions. DefendTex has extensive experience in collaborative research, having commercialized ground breaking defense technologies.
Press Relations – info@defendtex.com
Deixo abaixo dois títulos para se aprofundarem:
"DefendTex achieves thermal management of its Additively Manufactured Rotating Detonation Engine"
"DefendTex takes Advanced Manufacturing of rocket boosters to space"
Respectivamente, Fevereiro 23 e Setembro 21.
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Re: AVIBRAS
Talvez fosse só ter havido mais encomendas por parte do Brasil, num fluxo mais ou menos contínuo de recursos, entre lançadores, munições e modernizações de equipamentos, que a empresa teria uma escala mínima de produção previsível.
Mas esse tipo de raciocínio vindo dos governos do Brasil parece ser proibido.
Ninguém consegue pensar lá em cima, muito menos pensar nas coisas do país.
Abraços
Mas esse tipo de raciocínio vindo dos governos do Brasil parece ser proibido.
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Re: AVIBRAS
Mais do que a Avibrás recebeu de verba? A Avibrás pegou a grana do MTC, SS-40G, SS-150 e Astros Mk6 e torrou em vários projetos, o prejuízo do Guará 4WS foi estratosférico, inclusive contrataram um monte de gente pro projeto e usaram boa parte da infraestrutura de desenvolvimento do Astros para desenvolver uma viatura que ninguém pediu, o que motivou uma debandada gigante no departamento de desenvolvimento, teste e validação. Na época, o maior especialista Brasileiro em LabVIEW saiu por essas e outras, o resto saiu junto com ele e foi pra Embraer e várias outras, muitas essas que decolaram por isso.saullo escreveu: ↑Ter Abr 02, 2024 7:49 am Talvez fosse só ter havido mais encomendas por parte do Brasil, num fluxo mais ou menos contínuo de recursos, entre lançadores, munições e modernizações de equipamentos, que a empresa teria uma escala mínima de produção previsível.
Mas esse tipo de raciocínio vindo dos governos do Brasil parece ser proibido.
Ninguém consegue pensar lá em cima, muito menos pensar nas coisas do país.
Abraços
A Avibrás está assim hoje por culpa única e exclusivamente da gestão interna dela, não há culpa nenhuma do GF e nem do EB nisso, nem do Lula, Temer, Dilma ou Bolsonaro. O MTC era para estar pronto em 2016, recebeu verbas pra isso e nada, a turbina começou o desenvolvimento após a cabeça-de-guerra e saiu muito antes!
Não é a toa que os funcionários da Avibrás sempre detestaram os Conselho de Gestão das empresas, entrava e saia gente, sempre da mesma turma. A Avibrás, no meio disso, perdeu um monte de bons negócios no Sudeste Asiático e no OM, mas muitos, o que daria até pra ser uma empresa quase que exclusiva pra exportação, mas não, queimou dinheiro no que não devia, em produtos que ninguém pediu. Olhem os atrasos e mais atrasos, mesmo com verba sendo liberada, para o programa espacial!
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Re: AVIBRAS
NOTA DA AVIBRAS:
A Avibras Indústria Aeroespacial e a DefendTex comunicam que vêm mantendo tratativas avançadas para viabilizar um potencial investimento que visa a recuperação econômico-financeira da Avibras, de forma a manter suas unidades fabris no Brasil, retomar as operações o mais breve possível e manter o fornecimento previsto nos contratos com o governo brasileiro e demais clientes.
Ambas as companhias estão empenhadas e trabalhando diligentemente para finalizar os termos e condições específicas do investimento e manterão o mercado informado.
Sobre a Avibras
A Avibras é uma empresa brasileira de tecnologia e inovação com capacidade industrial única e reconhecida mundialmente pela excelência e qualidade de seus produtos, sistemas e soluções de engenharia nas áreas de Aeronáutica, Espaço, Eletrônica, Veículos e Defesa. Com mais de 60 anos de atuação, a Avibras consolidou sua posição como uma das empresas líderes mundiais no segmento de Defesa e Aeroespacial.
Sobre a DefendTex
A DefendTex é uma empresa internacional de defesa com sede na Austrália e líder estabelecida em soluções de guerra assimétrica de múltiplos domínios. Fornecendo tecnologias de defesa líderes no mundo, os recursos da DefendTex incluem armas guiadas de precisão, energia, fabricação de foguetes e loitering munitions. A DefendTex tem ampla experiência em pesquisa colaborativa, tendo comercializado tecnologias de defesa revolucionárias.
Assessoria de Imprensa
A Avibras Indústria Aeroespacial e a DefendTex comunicam que vêm mantendo tratativas avançadas para viabilizar um potencial investimento que visa a recuperação econômico-financeira da Avibras, de forma a manter suas unidades fabris no Brasil, retomar as operações o mais breve possível e manter o fornecimento previsto nos contratos com o governo brasileiro e demais clientes.
Ambas as companhias estão empenhadas e trabalhando diligentemente para finalizar os termos e condições específicas do investimento e manterão o mercado informado.
Sobre a Avibras
A Avibras é uma empresa brasileira de tecnologia e inovação com capacidade industrial única e reconhecida mundialmente pela excelência e qualidade de seus produtos, sistemas e soluções de engenharia nas áreas de Aeronáutica, Espaço, Eletrônica, Veículos e Defesa. Com mais de 60 anos de atuação, a Avibras consolidou sua posição como uma das empresas líderes mundiais no segmento de Defesa e Aeroespacial.
Sobre a DefendTex
A DefendTex é uma empresa internacional de defesa com sede na Austrália e líder estabelecida em soluções de guerra assimétrica de múltiplos domínios. Fornecendo tecnologias de defesa líderes no mundo, os recursos da DefendTex incluem armas guiadas de precisão, energia, fabricação de foguetes e loitering munitions. A DefendTex tem ampla experiência em pesquisa colaborativa, tendo comercializado tecnologias de defesa revolucionárias.
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Re: AVIBRAS
A Avibras, como qualquer outra empresa EED, tal como reza a legislação atual, tem como particularidade o direito do governo, leia-se MD\ffaa's, de participar ainda que indiretamente, de toda e qualquer gestão no que tange projetos, produtos e soluções tecnológicas geradas seja por demanda interna ou externa. Nenhuma empresa nesta categoria pode se dar o luxo de exportar ou comercializar seus produtos sem o abit do MD e outros órgãos anexos. E também não podem vender, parte ou na íntegra, seu controle acionário, quando for o caso, ou propriedade, participação e\ou associação com outras empresas nacionais ou internacionais sem a autorização do governo.
Enfim, a Avibras não move um músculo em termos de gestão, para o bem e para o mau, sem o aval governamental. Se a empresa chegou ao ponto em que está, direta e indiretamente, é de responsabilidade, também, do Estado que mesmo tendo participação indireta na sua gestão via órgãos diretivos do setor de defesa, não fez o mais importante, que era intervir na gestão da empresa de forma a manter sua saúde financeira ao longo do tempo. Era, e é possível fazer isso de diversas formas previstas na lei, mas, fato é que este e outros governos passados não se importaram em intervir na Avibras simplesmente porque o assunto não fazia parte de sua pauta política-ideológica e econômica.
Como já disse de outras vezes, a empresa tem um cabedal tecnológico de produtos e serviços que nem de longe foi ou é explorado na íntegra pelo EB e demais forças, assim como o MD nunca se propôs a desenvolver ações no sentido de capitalizar os produtos da empresa para a modernização das ffaa's indiferente às burocracias e interesses particulares de fulano e beltrano. Cito, como exemplo, os sistemas desenvolvidos para as baterias de busca de alvos dos GAC que nunca saiu do papel mesmo sendo algo tecnologicamente avançado a nível de primeiro mundo. O EB nunca manifestou interesse e nem mesmo a compra de um protótipo para testar. Aliás, os GAC do exército ainda mantém apenas no papel a existência de tais Bia nos seus GAC.
Idem o Guará 4WS, que mesmo sem ter sido pedido, em seu projeto estava muito claro - e o EB e CFN testaram e provaram isso na prática - sua modularidade e capacidades para ser utilizado em diversas missões dentro dos GAC, AD e mesmo em outras armas do exército. A sua não compra não se deu porque não foi pedido, ou não havia recursos, mas, tão somente porque internamente os burocratas estrelados do EB estavam, e estão, fechados com as benesses propostas pelos italianos no LMV e sua montagem em Sete Lagoas. Para bom entendedor meia palavra basta.
Bom, a atual gestão da Avibras tem muita responsabilidade na situação em que a empresa está hoje, mas não se pode negar que se Defesa fosse um assunto sério no Brasil, por exemplo, o proposto ASTROS III já estaria em operação há muito tempo, entre outros sistemas e produtos desenvolvidos pela empresa na seara da artilharia. E sabemos que a Avibras propôs no passado diversas alternativas de emprego para o seu veículo base do Astros, mas que nunca saíram do papel, tal como o Tupã, e versões para defesa AAe, etc. Conquanto, nenhuma destas iniciativas da empresa logrou demover o exército e governo(s) a colocar a mão no bolso e planejar sua aquisição e desenvolvimento.
O resultado é o que se vê hoje com o EB com uns vinte projetos estratégicos, querendo tudo ao mesmo tempo, mas sem um único tostão para tirar qualquer um deles do papel. Se a Avibras está como está, não é apenas culpa da atual gestão, mas uma sobreposição de ações e omissões do Estado e da gestão da empresa que levaram a problemas seríssimos nunca foram sanados a tempo. E hoje ficam apontando o dedo uns para os outros, como se ninguém tivesse culpa no cartório.
Enfim, a Avibras não move um músculo em termos de gestão, para o bem e para o mau, sem o aval governamental. Se a empresa chegou ao ponto em que está, direta e indiretamente, é de responsabilidade, também, do Estado que mesmo tendo participação indireta na sua gestão via órgãos diretivos do setor de defesa, não fez o mais importante, que era intervir na gestão da empresa de forma a manter sua saúde financeira ao longo do tempo. Era, e é possível fazer isso de diversas formas previstas na lei, mas, fato é que este e outros governos passados não se importaram em intervir na Avibras simplesmente porque o assunto não fazia parte de sua pauta política-ideológica e econômica.
Como já disse de outras vezes, a empresa tem um cabedal tecnológico de produtos e serviços que nem de longe foi ou é explorado na íntegra pelo EB e demais forças, assim como o MD nunca se propôs a desenvolver ações no sentido de capitalizar os produtos da empresa para a modernização das ffaa's indiferente às burocracias e interesses particulares de fulano e beltrano. Cito, como exemplo, os sistemas desenvolvidos para as baterias de busca de alvos dos GAC que nunca saiu do papel mesmo sendo algo tecnologicamente avançado a nível de primeiro mundo. O EB nunca manifestou interesse e nem mesmo a compra de um protótipo para testar. Aliás, os GAC do exército ainda mantém apenas no papel a existência de tais Bia nos seus GAC.
Idem o Guará 4WS, que mesmo sem ter sido pedido, em seu projeto estava muito claro - e o EB e CFN testaram e provaram isso na prática - sua modularidade e capacidades para ser utilizado em diversas missões dentro dos GAC, AD e mesmo em outras armas do exército. A sua não compra não se deu porque não foi pedido, ou não havia recursos, mas, tão somente porque internamente os burocratas estrelados do EB estavam, e estão, fechados com as benesses propostas pelos italianos no LMV e sua montagem em Sete Lagoas. Para bom entendedor meia palavra basta.
Bom, a atual gestão da Avibras tem muita responsabilidade na situação em que a empresa está hoje, mas não se pode negar que se Defesa fosse um assunto sério no Brasil, por exemplo, o proposto ASTROS III já estaria em operação há muito tempo, entre outros sistemas e produtos desenvolvidos pela empresa na seara da artilharia. E sabemos que a Avibras propôs no passado diversas alternativas de emprego para o seu veículo base do Astros, mas que nunca saíram do papel, tal como o Tupã, e versões para defesa AAe, etc. Conquanto, nenhuma destas iniciativas da empresa logrou demover o exército e governo(s) a colocar a mão no bolso e planejar sua aquisição e desenvolvimento.
O resultado é o que se vê hoje com o EB com uns vinte projetos estratégicos, querendo tudo ao mesmo tempo, mas sem um único tostão para tirar qualquer um deles do papel. Se a Avibras está como está, não é apenas culpa da atual gestão, mas uma sobreposição de ações e omissões do Estado e da gestão da empresa que levaram a problemas seríssimos nunca foram sanados a tempo. E hoje ficam apontando o dedo uns para os outros, como se ninguém tivesse culpa no cartório.
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Re: AVIBRAS
Não tem nada a ver, não é porque é EED que faz o que o Governo pede, quem que pediu o Guará 4WS?
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Re: AVIBRAS
O pior é ter que ler nesse Press Release uma empresa irrelevante como a DefendTex como líder em alguma coisa. Dá vontade de enfiar o dedo no cu e puxar até rasgar. Essa empresa com certeza deve ser uma fachada do complexo militar industrial dos Five Eyes.mauri escreveu: ↑Ter Abr 02, 2024 9:53 am NOTA DA AVIBRAS:
A Avibras Indústria Aeroespacial e a DefendTex comunicam que vêm mantendo tratativas avançadas para viabilizar um potencial investimento que visa a recuperação econômico-financeira da Avibras, de forma a manter suas unidades fabris no Brasil, retomar as operações o mais breve possível e manter o fornecimento previsto nos contratos com o governo brasileiro e demais clientes.
Ambas as companhias estão empenhadas e trabalhando diligentemente para finalizar os termos e condições específicas do investimento e manterão o mercado informado.
Sobre a Avibras
A Avibras é uma empresa brasileira de tecnologia e inovação com capacidade industrial única e reconhecida mundialmente pela excelência e qualidade de seus produtos, sistemas e soluções de engenharia nas áreas de Aeronáutica, Espaço, Eletrônica, Veículos e Defesa. Com mais de 60 anos de atuação, a Avibras consolidou sua posição como uma das empresas líderes mundiais no segmento de Defesa e Aeroespacial.
Sobre a DefendTex
A DefendTex é uma empresa internacional de defesa com sede na Austrália e líder estabelecida em soluções de guerra assimétrica de múltiplos domínios. Fornecendo tecnologias de defesa líderes no mundo, os recursos da DefendTex incluem armas guiadas de precisão, energia, fabricação de foguetes e loitering munitions. A DefendTex tem ampla experiência em pesquisa colaborativa, tendo comercializado tecnologias de defesa revolucionárias.
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Re: AVIBRAS
Olá Gabriel.gabriel219 escreveu: ↑Ter Abr 02, 2024 2:49 pm Não tem nada a ver, não é porque é EED que faz o que o Governo pede, quem que pediu o Guará 4WS?
À época em que foi desenvolvido, e naturalmente ofertado ao EB, independente do resultado da VBMT LSR, tanto o mercado interno como, e principalmente, o externo estavam apresentando alta demanda para esse tipo de veículo. Demandas essas que continuam até hoje, mormente no Oriente Médio, África e Ásia Central.
Só posso lamentar que mesmo tendo necessidade e espaço de sobra para receber o bldo da Avibras, tenhamos nos acanhado, ou acovardado mesmo, preferindo deixar passar mais esta oportunidade de modernização da força terrestre, tão carente de tudo sob estes termos.
Hoje a Avibras oferece o Guará 4WS no lugar das AV-VBL para o sistema ASTROS 2020, quiçá para o ASTROS III, em diversas versões, e que substituem aqueles veículos de geração anterior, embora eu pessoalmente entenda que as AV-VBL ainda tem muito a nos oferecer em termos de plataforma multiuso, principalmente agora com os chassis TATRA.
É só fazer as contas que se pode verificar facilmente que apenas nas versões PC, Comunicação e Orientação de Tiro, que são básicas de todas as OM de combate do exército, este veículo teria uma linha de produção longeva por aqui. Demanda existe e sempre existiu aqui e lá fora. O EB não quis, e não quer, zelar pelo necessário e obrigatório amparo à BIDS, como se faz em qualquer país civilizado do mundo, preferindo simplesmente se omitir.
Versões proposta pela Avibras para o Guará 4WS:
1. Veículo Reconhecimento;
2. Veículo Observação Avançada;
3. Veículo Transporte Tropa (cabine estendida);
4. Veículo Posto Comando;
5. Veículo Porta Radar;
6. Veículo Forças Especiais;
7. Veículo Base p\ Container Especializado
O EB tem ainda demanda para as seguintes versões* em diversas OM mecanizadas e artilharia campanha:
1. Veículo Posto Comando;
2. Veículo Comunicação;
3. Veículo Orientação Tiro;
4. Veículo Ambulância.
* em nenhum momento o EB aludiu ao emprego do LMV em tais versões, que nas bdas e Btl\Reg mecanizados serão feitos por VBE Guarani ou outro veículo.
Nos GAC Bda e AD, além de suas respectivas subunidades, o Guará 4WS simplesmente teria emprego líquido e certo em todas elas com as versões acima.
Há ainda a possibilidade do desdobramento futuro de novas versões que venham a ser solicitadas, dada a modularidade da plataforma, como Anti carro, AAe, EW, apoio de fogo leve, etc. Imagino até mesmo este bldo como unidade tratora de obuseiros leves, ou mesmo servindo como plataforma base para estes, como se aventa por estes dias. Ele pode também servir como veículo trator de equipamentos especializados diversos, de acordo com cada caso. Variantes e oportunidades de emprego são muitas.
Por fim, notar que o veículo da Avibras pode ser emprego desde o alto comando até a mais simples subunidade de qualquer OM de artilharia de campanha do EB, dentre outras, de forma que a sua adoção não impede e não implica em diminuição ou travamento das compras dos LMV, pelo contrário, ele se torna mais um produto nacional com forte capacidade de exportação, concorrendo inclusive com o bldo italiano mundo afora. Mas se é mais fácil apenas enriquecer, ainda mais, os já cheios bolsos da IDV, fazer o que.
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