Acredito que o principal motivo para que os Ukras estejam levando AAe desse nível para mais próximo das linhas é o fato dos Russos estarem macetando as suas posições com UMPCs, ficando praticamente impunes, o que é muitas vezes pior do que concentração de fogo de artilharia da SV, pois são bombas pesadas e ainda por cima guiadas.Suetham escreveu: ↑Dom Mar 10, 2024 12:33 pm Essa é a incógnita aqui. Por qual motivo eles não foram capazes de detectar? Se foram, por qual motivo não abateram? Não é de hoje que se fala que a Ucrânia está com falta de mísseis AAe, mas só o fato de posicionar esses sistemas próximo da linha de frente sugere que no mínimo eles estão com mísseis suficientes para realizar algumas interceptações, se não, os ucranianos estão sendo muito imprudentes deixando esses sistemas em uma estrada aberta parados posicionados apenas para serem atacados.
A única coisa que eu sei é que um dia antes desse ataque ao Patriot, os russos monitoraram um suposto abate de fogo amigo entre um sistema DAAe ucraniano e um caça ucraniano(Su-24):
Vermelho: Local onde o Patriot foi destruído
Azul: Local onde a aeronave ucraniana foi derrubada
Preto: Local de onde se efetuou o lançamento do míssil AAe que provavelmente deve ter sido o Patriot
Edit:
Pelas coordenadas, a posição exata:MiG-29 da Força Aérea Ucraniana abatido perto de Pokrovsk
De acordo com dados preliminares, o caça MiG-29 (identificado pelo seu chassi) foi atingido pela sua própria defesa aérea ucraniana.
Um avião de combate caiu perto da vila de Shevchenko, na parte ocupada do DPR, em uma “área segura” condicionalmente para as Forças Armadas Ucranianas ao retornar à base aérea (provavelmente o campo de aviação Aviatorskoe em Dnepropetrovsk).
Coordenadas aproximadas do acidente: 48.2308897, 37.1581913
Também é relatado que o piloto não conseguiu ejetar e morreu.
Os ucranianos confirmaram o fogo amigo mas foi um MiG-29 e não um Su-24.
Os Ucranianos tiveram sucesso duas vezes, uma em Kharkiv e outra em Kherson, após isso a VKS ficou esperta e tratou de achar essas baterias. É muito possível que os Russos tenham, de algum jeito, rastreado de onde o míssil abateu aquele MiG-29, até porque o informe do abate do MiG-29 foi muito rápido e já no início os Russos afirmaram ter ocorrido por fogo-amigo, então estavam monitorando a região, então não seria difícil triangular a posição e depois enviar um drone pra confirmar. Se a AFU disparou o míssil que abateu o seu MiG-29 e ainda assim manteve a posição das baterias, ai é amadorismo puro.
Um motivo que talvez a AAe da AFU não tenha tentado abater o drone é o uso gigantesco de EW pelos Russos. Desde o inicio da contraofensiva, eu tenho visto relatos semanais de alertas de Defesa AAe da AFU sobre supostos ataques de mísseis e drones, que acabavam nunca se confirmando, numa média de 4 vezes por semana. Talvez possa realmente ter sido um MALE/HALE, como o Orion, com algum pod EW que possa ter sugerido que o próprio Orion em si tratava-se de alguma interferência e por isso não optaram por gastar um míssil, mas é uma baita de uma especulação.
Eu ficaria extremamente assustado de um Patriot tivesse dificuldades de detectar um MALE, apesar de sabermos a dificuldade desse sistema com alvos voando lento e relativamente baixos, pelas experiencias no OM, apesar da propaganda da Ucrânia que esse sistema tenha abatido mais de 12 míssil hipersônicos, sendo que nem os P-800 e os Kh-22 a AFU consegue abater, mas enfim.
Eu ainda voto em drones pequenos, especialmente o T-90, que está sendo usado a dar com o pau, mas talvez isso abaixo responda a nossa pergunta.
Mudando o foco, mais nem tanto: apesar do uso mais inteligente dos sistemas Iskander, a introdução em massa do sistema Tornado-S e eu acredito que isso poderá ocorrer até com mísseis de cruzeiro e Gerans para atacar fortificações, as FAB-1500 terão um efeito devastador nos ataques Russos. Com os Russos aprimorando suas missões SEAD, é muito provável que abra-se um caminho para o uso de FABs dessa categoria diretamente contra fortificações de campo.
Vi um comentário também que os Russos estariam estudando um sistema de desminagem baseado em MLRS, com munições cluster, para abrir caminho de forma NLOS, fora dos tradicionais "Assault Breachers", que ficam expostos a drones FPVs. A intensão seria criar corredores para viaturas blindadas antes da operação em si.