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Rapidinho esqueceram o que o Alte Olsen falou outro dia sobre a esquadra e Nae.
Bom, 2028 tá logo aí.
Moderador: Conselho de Moderação
Boa tarde @FCarvalhoFCarvalho escreveu: Sex Mar 01, 2024 4:46 pmolá @jbmattosjbmattos escreveu: Ter Fev 27, 2024 10:28 pm Uma marinha de 80 mil homens para quantos navios?
Me permitam um pitaco de alguém que não vive o dia a dia da arma, mas acompanha o assunto a muitos anos..
Se dependesse de mim, só da minha vontade, eu criaria a guarda costeira, fruto de um convênio entre união e estados e transferiria para ela todos os recursos e meios da marinha - Capitanias dos Portos, embarcações de patrulha, etc. Porteira fechada com efetivo e tudo.
Faria um ajuste no efetivo, reduzindo para o "realmente" necessário e modificaria as aposentadorias. Seria no estilo previ/petros. O cidadão se aposenta com 30 anos de serviços prestados com o salário integral. Recebe o teto pelo INSS e o restante pelo plano de aposentadoria. Em 30 anos o estado não teria mais despesas com aposentadorias nas forças. Lógico que o estado continuaria pagando os que já recebem.
No que diz respeito a verba, ela seria dividida em duas partes: Custeio - levantamento anual, aprovado no orçamento, e investimento - Aquisição de armas, veículos, etc. Esse seria controlado pelo Ministério da Defesa a toda aquisição seria aprovada por projeto de Lei votado no congresso. Isso eliminaria as contingências e garantiria a tão sonhada continuidade.
Se reduzirmos em 10% o efetivo da Marinha é possível, com a economia gerada, se construir uma armada de respeito em 20 anos.
P.S.: não consigo trocar meu avatar. Apaguei o atual e o novo não carrega. Vou resolver em breve
Vamos por partes.
A ideia de se criar uma guarda costeira no Brasil é antiquíssima, mas esbarra na oposição ferrenha e visceral da própria MB, temente que seja relegada, mais ainda, para escanteio em termos da divisão de recursos dentro do orçamento da União. Os almirantes de certa forma não deixam de ter razão, uma vez que não existe no país, diga-se sociedade e poder político, uma clara e inequívoca consciência de para quê e porque temos uma marinha de guerra.
Isto dito, já aludi diversas vezes no tópico da guarda costeira e patrulha naval que se poderia tirar das costelas da MB tudo o que é necessário para criar uma guarda costeira, posto que toda a infraestrutura e pessoal para isso já existe, e está em pleno funcionamento sob o comando direto da marinha. Tirar da marinha esse setor seria como arrançar 60 a 70 por cento de tudo o que ela possui hoje, e restringir, ainda mais, as suas condições.
Devemos levar em consideração, também, que o simples fato de realocar o orçamento da MB para uma guarda costeira, não significa necessariamente que teremos uma marinha melhor e uma guarda costeira melhor. Pelo contrário. A primeira coisa que vai acontecer é o ministério da fazenda alegar que, já que a MB diminuirá de tamanho, e a guarda costeira também será uma organização menor, por conseguinte, os gastos com pessoal, custeio e investimento do governo devem ser igualmente menores com ambas. E não vai haver quem no congresso e\ou palácio do planalto apresente qualquer argumento em contrário. As consequências nós já conhecemos.
No mais, apoio o conceito de centralização no MD das contas de investimento e custeio, uma vez que os militares devem ser agentes executores e não planejadores\definidores da ações e da política nacional de defesa do país. Mas para isso nós precisamos antes de mais nada de um MD que realmente funcione, e queira ser, mais do que um reles pau de escora dos interesses políticos frente às ffaa's, e nada mais.
Quanto ao papel dos estados e municípios no que tange as atividades de segurança no litoral, penso que o que nos falta é definir claramente quem, onde quando, como e porque fazer as coisas. Neste aspecto, a nossa legislação precisa ser melhorada, e muito, já que temos prefeituras, estados, DPF e marinha concorrendo para fazer, não raro, as mesmas atividades, quando deve haver uma separação clara e objetiva sobre as responsabilidades de cada ente, assim como planejamento e organização integrada entre todos.
abs.
Olá jb.jbmattos escreveu: Sáb Mar 02, 2024 4:28 pm Boa tarde @FCarvalho
Você está certo. Como eu disse, "SE dependesse" da minha vontade, ou seja, em um mundo ideal que não existe.
Hoje temos um "ajuntado" de quebra galhos, que devem capacidades que a Argentina tinha em 1982!
Ainda hoje não temos uma única aeronave com capacidade crível de ataque a navios. Na real, nem navios de guerra...
A discussão sobre porta aviões deveria começar em 2030, agora temos que brigar por uma marinha de fato, coisa que não temos.
Eu não concordo com o uso de caças embarcados. O que temos que buscar são navios como o Giuseppe Garibaldi, equipado com misseis, drones e aeronaves remotamente pilotadas. Mais efetivo e bem mais barato de manter e operar. Dá para termos dois.
Verba a marinha tem. SE, veja bem SE tivessem partido do zero para a compra da Meko 200 básica ao invés de reinventar a roda, teríamos 6 fragatas novas a um bom tempo.
Esse projeto russo é muito grande pra nós, precisamos de um entre o Minas Gerias e o São Paulo, de preferência com propulsão nuclear, além de muito lento, só 26 nós na frente dos 30 nós que tínhamos antes, se bem que nem chegava isso....rsrsrsrFCarvalho escreveu: Sáb Mar 02, 2024 6:40 pmOlá jb.jbmattos escreveu: Sáb Mar 02, 2024 4:28 pm Boa tarde @FCarvalho
Você está certo. Como eu disse, "SE dependesse" da minha vontade, ou seja, em um mundo ideal que não existe.
Hoje temos um "ajuntado" de quebra galhos, que devem capacidades que a Argentina tinha em 1982!
Ainda hoje não temos uma única aeronave com capacidade crível de ataque a navios. Na real, nem navios de guerra...
A discussão sobre porta aviões deveria começar em 2030, agora temos que brigar por uma marinha de fato, coisa que não temos.
Eu não concordo com o uso de caças embarcados. O que temos que buscar são navios como o Giuseppe Garibaldi, equipado com misseis, drones e aeronaves remotamente pilotadas. Mais efetivo e bem mais barato de manter e operar. Dá para termos dois.
Verba a marinha tem. SE, veja bem SE tivessem partido do zero para a compra da Meko 200 básica ao invés de reinventar a roda, teríamos 6 fragatas novas a um bom tempo.
A marinha trabalha em seus planos com a posse e uso de recursos que lhe emprestem capacidade efetiva para dar conta das 4 variantes do emprego da teoria do poder naval, com a projeção de poder sendo a justificativa para a existência de um Nae em uma esquadra.
Mesmo que se entenda a priori que não precisamos, e não queremos, projetar poder em lugar algum ou sobre quem quer que seja, esta parte do poder naval pode ser aplicada adequada e objetivamente dependendo de cada situação. E nós temos algumas aqui que pleiteiam e embasam o seu uso no entorno estratégico traçado para nós, que é o Atlântico Sul, com o caribe e a costa ocidental sul americana junto ao pacífico à reboque, conforme o PEM 2040.
Não estou advogando que se mande construir um Nae amanhã, visto que nem sequer entendemos a existência de uma esquadra para o Brasil, mas, precisamos começar a pensar nesta hipótese como descrevi acima bem antes do atual plano encerrar-se daqui a 16 anos. É o tempo que leva para nós pensarmos direito, e decidirmos o que queremos da vida como país, e nossa relação com o mundo. Mas isso, creio, é pedir demais a um país cujo povo de analfabetos literais e funcionais e anecéfalos político, está sempre as voltas com suas mesquinharias e tibieza.
Por enquanto, o que temos a nossa frente é um quadro de desmanche total que precisa ser reconhecido e, tomadas todas as providências para evitar-se o colápso geral da esquadra, a começar do básico até o mais complexo sistema de superfície. com navios de patrulha, distritais, e posteriormente, navios de apoio e auxiliares, e por fim pensar em fragatas e semelhantes. E investir pesadamente em PDI, que é o que de fato nos garantirá no futuro que tenhamos aqui as condições necessárias para empenhar um projeto de Nae, se um dia esta for a nossa escolha política, e só depois militar.
Na minha ignóbil opinião, o projeto UMK VARAN do escritório de projetos russo Nevsky Desing Bureau - PKB, com sua modularidade a moda Meko tem qualidades que nos seriam adequadas daqui a vinte anos, dado que ele oferece, em teoria, a capacidade, e custos, que o capacitam desdobrar a partir do desenho básico do navio, diversas versões que podem derivar navios que são, e serão, necessários no futuro para substituir o pouco ou nada que temos por agora. É uma proposta de navio de apenas 45 mil ton e 250 metros de comprimento. Bem abaixo do que sê vê em termos de Nae mundo afora, mas, na minha perspectiva, bem dentro do que a MB anda pensando hoje em relação a este tipo de navio. Talvez valesse a pena conversar com os russos uma hora dessas e ver o que acontece. Mas antes precisamos arrumar uma esquadra para ele, claro.
O mundo gira e a Lusitana roda.FCarvalho escreveu: Qui Mar 07, 2024 9:11 pm Segundo o Alte Olsen em entrevista no Roda Viva da Bandeirantes, o subnuc Alte Álvaro Alberto só deverá ser lançado ao mar em 2034...![]()
Ou seja, temos mais 7 anos de orçamento comprometido totalmente pelo Prosub, com pouca ou nenhuma margem para outros investimentos tão importantes quanto em para diversos setores da esquadra que também demandam recursos, e que a Marinha nega peremptoriamente em virtude do que se obriga a apor naquele programa.
Então, se até 2028 cerca de 40% da esquadra vai virar sucata, e não se tem até o momento vislumbre de modificação no escopo de investimento e custeio da mesma, podemos esquecer literalmente qualquer tentativa de discussão na marinha sobre Nae até 2040, pelo menos, já que a presença operacional do submarino nuclear na esquadra irá demandar mais recursos ainda para que ele seja sustentável e de fato um ativo operacional, e não um elefante branco no porto. E nem estou considerando novas encomendas da classe Riachuelo, por mais necessárias que elas sejam, após a entrega do último navio.
Bom, a classe Tamandaré está restrita a no máximo 6 navios, que podem ser entregues, talvez, até 2031. E disso não passa. Se a MB quiser mais navios escoltas, presumivelmente irá se virar novamente para um novo processo de seleção internacional com os mesmos problemas e burocracias que o atual tem. Ou seja, a substituição de todos os navios da esquadra que até então tínhamos nos anos 1990 está praticamente descartada. As próximas aquisições de meios de superfície devem se concentrar nos 12 NaPaOc que tanto se fala, mas dos quais não há expectativa real de aquisição. Para não falar nos já caros NaPa 500BR.
Enfim, não temos como falar em Nae até o fim do atual PEM 2040, ou seja, pelos próximos 16 anos. Até lá, a única e objetiva tarefa que os futuros almirantes terão na prática e tentar não deixar a esquadra morrer de vez enquanto tal, e buscar recursos incansavelmente junto aos políticos para isso.
Com alguma sorte, nada de novo acontecerá no Atlântico Sul que justifique sobressaltos e aquisições de oportunidade pela marinha. Porque elas não existirão.
Enquanto isso o mundo gira.
Esse é o maior perigo, meu caro Lord, para o futuro da MB como expoente do poder naval brasileiro no Atlântico Sul.Viking escreveu: Sex Mar 08, 2024 2:20 am O mundo gira e a Lusitana roda.![]()
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Voto com o relator.
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Em minha opinião discutir sobre NAe na atual penúria e desmantelamento da MB não passa de ''conversa fiada''.![]()
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Sds
https://www.cavok.com.br/china-anuncia- ... ao-nuclearOs observadores relataram que a implantação de porta-aviões na China está alinhada com o padrão geral, onde um terço do tempo é gasto em manutenção, um terço em treinamento e apenas um terço em implantação. “Ter três porta-aviões significa que a Marinha do PLA só pode ter um porta-aviões à sua disposição em determinado momento”, observou um especialista. Com a adição de um quarto porta-aviões, a China pretende melhorar as suas capacidades estratégicas.
Há de se admitir que os projetistas chineses tenham aventados diversas plataformas em diferente configurações antes de chegar ao desenho final aprovado pela marinha do país.