FIGHTERCOM escreveu: ↑Seg Fev 26, 2024 1:35 pm
FCarvalho escreveu: ↑Seg Fev 26, 2024 12:14 pm
Quanto à necessidade de termos Nae na esquadra, ela é inequívoca e elementar a um país da proporção geopolítica que o Brasil possui no mundo, além da gigantesca dependência do mar para nossa sobrevivência econômica.
Mas isso são quimeras em um país onde 80% da população adulta não sabe ler e\ou escrever, e quando o faz, não entende o que escreve e\ou lê.
Neste aspecto, concordo consigo que pensar em uma esquadra fomentada em Nae é uma distopia enorme, mas, não deixa de ter a sua importância para a definição de nossas políticas de defesa dentro do entorno estratégico definido.
A questão que fica sempre é a mesma: o que o Brasil quer ser quando crescer?
Eu acrescentaria, o Brasil realmente é aquilo que pensam dele ou somos de fato um mero lugar aprazível abaixo da linha do equador que alimenta o mundo, e não precisamos de mais nada além disso.
Olhando a situação da esquadra hoje, e nos último meio século, parece que a nossa vocação para senzala do mundo desenvolvido é a vocação escolhida. Neste aspecto, com certeza não precisamos de uma esquadra e nem de Nae. Só de praias e lindas bundas de fora, com um carnaval sem igual.
FCarvalho, veja bem...
Ter um único NAe e nada é a mesma coisa. Para o que você propõe, teríamos que ter pelo menos 2. Infelizmente, nunca na história desse país, chegamos perto disso (quando a MB adquiriu o Foch, "praticamente" encostou o NAe MG). Pior, duvido fortemente que algum dia chegaremos na metade do que foi proposto lá no passado naquele PEAMB.
Para mim a MB tem dois desafios: (1) A continuidade do PROSUB, que enquanto arma é mais efetivo às pretensões do Brasil. Não esquecendo que o SNA vai consumir ainda mais os parcos recursos da MB. Não entenda isso como uma crítica, pois sou 100% favorável ao SNA. Mas também não sou ingênuo de acreditar que isso não terá um custo $$$ para a força; (2) Força de superfície, sejam fragatas, corvetas ou navios de patrulha. As quatro unidades das Tamandarés não são suficientes nem para repor as fragatas da classe Niterói. E na espera por uma substituta temos Rademaker, Barroso, Júlio de Noronha, etc.
E querem falar de NAe?!
Abraços,
Wesley
Olá Wesley,
Vejas, quem começou de novo com esta conversa de Nae foi o próprio PR ao inquirir o cmte da marinha a troco de nada, ou quiçá por curiosidade.
Todos lembram aqui que o sonho de Brasil grande potência e de uma "super marinha" de águas azuis nasceu e se criou na cabeça do PR e de seus assessores nas duas primeiras passagens do mesmo pelo Planalto, e todo mundo sabe, também, no que deu. Só o PR é que deu uma de joão sem braço fazendo perguntas sobre coisas que ele mesmo mandou fazer, mas nunca suscitou os recursos necessários para tanto, não lembrar do que fez e elaborar perguntas do tipo.
No mais, a existência de Nae continua apenas indicado no planejamento estratégico da MB até 2040, porque só a marinha sabe e entende perfeitamente o seu significado para o contexto geoestratégico e político para o Brasil no âmbito do cone sul do mundo. E parou por aí. Não significa que teremos um ou mais Nae em tempo algum, mas intui a título de orientação das políticas de defesa nacional, leia-se poder político, a necessidade de dispor-se de um navio como este a esquadra poder exercer, a plenas capacidades, todos os quatro eixos do poder naval tal como reza o manual.
No mais, concordo e assino embaixo o que dizes. Não há qualquer chance de um Nae na marinha agora, e até 2040, se as condições orçamentárias atuais não forem modificadas. Traduzindo em miúdos, vamos levar duas décadas ou mais só para repor o mínimo do mínimo de capacidades em termos de meios de superfície e submarinos, ainda que o tal PAC Defesa assegure, na teoria, os recursos para tal.
Enfim, é só olhar o planejamento de construção da MB e as falas do Alte Olsen, bem mais de uma vez, sobre o atual desmonte da esquadra, e sua falência total a partir da próxima década, já que teremos mais de 40% dos meios de superfície virando sucata até 2028. Só o PR que não sabe, não viu a situação da marinha, sobre a qual o seu cmte deu voz a todos que o interpelaram de público, e repetiu honesta, e corajosamente, diria, à pergunta do cmte em chefe.
Bom, como disse, o PR vai ter que se contentar em assinar, no máximo, a lápide do caixão da esquadra, que ele e outros antes e depois dele ajudaram a enterrar.