Marinha dos EUA

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Marinha dos EUA

#946 Mensagem por Renato Maurer » Ter Fev 06, 2024 6:57 pm

Suetham escreveu: Dom Fev 04, 2024 12:13 pm











Os EUA sempre muito a frente de todos.

Estão investindo pesado na pesquisa de drones navais, demonstrando como será a guerra marítima daqui a poucos anos. Eles planejam fazer uma força de drones que faram a parte suja do combate, com o fator humano só entrando em campo quando o teatro estiver mais frio. Enfim o EUA está anos luz a frente das outras marinhas.

Att,

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Re: Marinha dos EUA

#947 Mensagem por Suetham » Ter Fev 06, 2024 9:35 pm

Renato Maurer escreveu: Ter Fev 06, 2024 6:57 pm
Suetham escreveu: Dom Fev 04, 2024 12:13 pm











Os EUA sempre muito a frente de todos.

Estão investindo pesado na pesquisa de drones navais, demonstrando como será a guerra marítima daqui a poucos anos. Eles planejam fazer uma força de drones que faram a parte suja do combate, com o fator humano só entrando em campo quando o teatro estiver mais frio. Enfim o EUA está anos luz a frente das outras marinhas.

Att,

Renato Maurer
É parte constituída do plano de construção naval de 30 anos que eles estão aplicando, vale destacar também aqui os UUVs e toda a parte de gama ampla de drones subaquáticos em várias categorias de tonelagem.




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Re: Marinha dos EUA

#948 Mensagem por Suetham » Dom Fev 11, 2024 8:13 am


https://www.twz.com/news-features/cmv-2 ... est-report
CMV-22B Osprey “Not Operationally Suitable” According To Test Report

https://www.twz.com/air/mini-anti-ship- ... -wish-list
Mini Anti-Ship Cruise Missile That Fits Inside An F-35 Is On The Navy’s Wish List
The Air Force is also looking for very similar weapons, which would be small in size but possess substantial range.




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Re: Marinha dos EUA

#949 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mar 27, 2024 12:16 pm

Puro poder de fogo!!!
Chris Cavas escreveu:Assault ship AMERICA LHA6 following a line of 3 destroyers with RALPH JOHNSON DDG114 in the rear
Imagem




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Marinha dos EUA

#950 Mensagem por Suetham » Sáb Abr 06, 2024 9:30 am

https://breakingdefense.com/2024/02/nav ... f-missile/
Navy seeking to rapidly prototype new air-launched, stand-off missile
The service wants to produce up to 500 rounds per year and field an early version in fiscal year 2027.

https://www.linkedin.com/posts/geopol21 ... 6608-4EPD/
Imagem

https://asia.nikkei.com/Politics/Defens ... ilding-jam
U.S. cuts key submarine order for 2025 amid shipbuilding jam
Pentagon's 0.9% budget growth pales in comparison to China's 7.2%

https://www.cbo.gov/publication/59708
An Analysis of the Navy’s Fiscal Year 2024 Shipbuilding Plan



https://www.dailymail.co.uk/news/articl ... fired.html
US Navy fires third high-ranking leader this year: Captain of USS Ohio guided missile submarine is removed due to 'loss of confidence' weeks after USS Georgia captain and USS Howard Commander are also sent packing

https://nationalinterest.org/blog/buzz/ ... mes-210046
The U.S. Navy's Aircraft Carrier Dominance Could Go Up in Flames

https://nationalinterest.org/blog/buzz/ ... war-210007
The U.S. Navy's Aircraft Carriers Would Be Useless in a China War

https://nationalinterest.org/blog/reboo ... ins-209470
U.S. Navy Aircraft Carriers vs. China Ballistic Missiles: Who Wins?

https://nationalinterest.org/blog/buzz/ ... use-209485
Aircraft Carriers, Submarines and More: China's Navy Is a Real Powerhouse

Postei aqui porque essa sequência é interessante não sei o que acontecue com o NI


https://www.defensenews.com/naval/2024/ ... rly-2040s/
Navy delays next-generation submarine start to early 2040s

https://news.usni.org/2024/04/02/conste ... -says-navy
Constellation Frigate Delivery Delayed 3 Years, Says Navy




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Re: Marinha dos EUA

#951 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 06, 2024 11:50 am

A Marinha abusou mais uma vez e as Fragatas da classe Constellation que deviam ser uma opção rápida e fácil, estão a tornar-se cada vez mais distantes das suas primas Europeias. Aumentam a complexidade, o tempo em que vão demorar a chegaram à frota e para quê?!




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Re: Marinha dos EUA

#952 Mensagem por Suetham » Sáb Abr 06, 2024 4:42 pm

Considere que a fragata Constellation é um design europeu, enquanto a Europa não encomendou nenhum navio de design americano desde que a classe OHP foi construída sob licença na Espanha na década de 1980 ainda na Guerra Fria. Posteriormente, os projetos de navios foram influenciados pela inserção de sistemas americanos - mais notavelmente AEGIS, o Mk.41 e as turbinas a gás da General Eletric - mas não eram projetos americanos em termos de arquitetura naval. Se olharmos ao redor do mundo, são os europeus que exportam os seus navios, apesar do capital político muito menor a ser gasto na promoção das vendas nas tais licitações. Isso porque os americanos não têm nada para vender e, por sua vez, porque se comportam em termos de produção naval como uma Marinha de força bruta - além do seu próprio aspecto geográfico que explica muita coisa também em termos de direcionamento da construção naval.

Eles decidiram que não precisam de se preocupar com os assuntos e necessidades do mundo exterior e que podem alcançar a autossuficiência perpétua. A construção naval americana também atrofiou porque a construção naval americana é impulsionada pelas políticas corporativas da indústria de defesa e não pela indústria de construção naval. O ROK está produzindo navios como um louco, mas também produz fragatas Daegu para substituir as fragatas Ulsan e as corvetas Pohang. A Daegu é uma fragata leve com sistemas básicos. Eles mantêm os cascos em produção porque os cascos podem ser modernizados e armados e, ao mesmo tempo, ocupar a maior parte da infraestrutura. Em contraste com esta abordagem, os americanos assumem que cada casco tem de ser equipado com todos os sistemas e subsistemas top de linha e(veja o parágrafo anterior sobre a inserção dos sistemas americanos afirmado), como resultado, o preço é exorbitante, além de caro, demora-se para desenvolver e construí-lo. Também dificulta a preparação futura dos projetos, pois se o navio sair do estaleiro com um conjunto completo de sistemas novos e complexos e forem os sistemas que impulsionam o orçamento do desenvolvimento, a Marinha reduzirá os cascos tanto quanto possível nas encomendas, porque mais cascos mais rápidos significam sistemas mais caros mais rápido e também fornecer a redução de custos que algum sem noção do Congresso americano irá votar. O fato do Flight IIA mal ser capaz de obter através da atualização de meia idade o radar AN/SPY-6(v)4 é uma consequência direta disso.

Em termos mais simples, a razão pela qual a frota americana está a desmoronar é porque, ao contrário dos seus oponentes (China e Rússia) e da maioria dos seus aliados, os americanos já não tratam a sua construção naval como uma indústria estratégica. Dizem que é, mas agem como se não fosse. Eles tratam isso como uma desculpa para uma enorme captura de dinheiro, quase sem qualquer descuido. O mesmo se aplica aos demais ramos armados - foi daí que veio o desastre orçamentário ambulante do F-35. Apenas a força terrestre é poupada até certo ponto deste destino, mas isso acontece principalmente porque a guerra terrestre não mudou muito desde a Guerra Fria. Essas atitudes, por outro lado, decorrem diretamente da arrogância americana e das suas ilusões de grandeza e excepcionalismo que os atingiram depois de 1991 e especialmente depois de 2001.

Se analisar os gráficos detalhado dos gastos por cada atribuição, verá porque não pode haver qualquer expansão agressiva – os gastos com O&M são maiores do que o Procurement que atualmente substituem navios antigos. A fragata Constellation será mais barata, mas ainda não é um navio acessível. São tomadas de decisões errôneas uma após a outra. Em 1991, a USN tinha 99 fragatas - 46 da classe Knox e 53 da classe OHP. Todos os 46 Konxs e 12 OHPs de casco curto foram retirados em 1996, os 10 OHPs de casco curto restantes em 2003 e 31 OHPs de casco longo serviram como navios de patrulha sem atualizações até 2011-2015. Entretanto, foram substituídos por LCS que não entraram em serviço a tempo e foram reduzidos dos 55 para 35 originais. A primeira fragata Constellation estava programada para entrar em serviço em 2026, após uma década sem equivalente em serviço, o que irá retardar a introdução da classe, mesmo que a produção de 20 navios até 2030 não seja adiada - e está sendo adiado a cada revisão. Se, em vez do LCS politicamente concebido, a USN conseguisse novas fragatas, então, em 2030, a USN teria até 60 navios capazes e maduros e com logística funcional. Possivelmente mais do que isso, uma vez que não haveria pressão para produzir mais Flight III para socorrer navios mais antigos - já que os Flight I e II realizam missões que deveriam ser realizadas por fragatas modernas. O problema residia na fraqueza da classe OHP, que era um navio desatualizado e mal projetado - especialmente em comparação com as fragatas modulares europeias dos anos 90. Se a USN tivesse um projeto de fragata funcional, o LCS nunca teria decolado, mas o OHP foi um exemplo de como não projetar navios para que o LCS não tivesse concorrente.




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Re: Marinha dos EUA

#953 Mensagem por Suetham » Ter Abr 09, 2024 10:14 am

Os EUA assinaram um acordo com a Índia. Os navios de guerra dos EUA agora podem atracar no Estaleiro Cochin (Kochi) para manutenção e reparos.

Assim, Nova Deli está a ajudar os americanos com centros de manutenção para apoiar a presença naval avançada dos EUA na região Indo-Pacífico.




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Re: Marinha dos EUA

#954 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 27, 2024 10:08 am

Perfeito para o teatro Indo-Asiático!





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Re: Marinha dos EUA

#955 Mensagem por cabeça de martelo » Seg Jun 03, 2024 6:40 pm





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Re: Marinha dos EUA

#956 Mensagem por Suetham » Ter Jun 04, 2024 7:18 am

Nenhuma surpresa quanto a isso como já comentado em #952

O interessante do projeto também é isso:
https://news.usni.org/2024/05/29/conste ... e-says-gao
Constellation Frigate ‘Unplanned Weight Growth’ Could Limit Service Life, Says GAO

Da matéria, isso aqui também é interessante:
“Maybe if the Constellation, if that had not been underbid during the previous administration and hadn’t been delayed from the very beginning and they came in with a best value price for it, and the Navy had not accepted it back then, we’d be in a better place with regards to the frigate as well,” Del Toro told the panel.
Essa é a maneira mais fácil e politicamente viável de isentar o serviço a qual ele cumpre. Na administração Trump, um relatório apresentado da Marinha ao Congresso previa que 66 navios da Battle Force iria ser retirado/descomissionado nos próximos cinco anos. Mesmo levando em conta o novo projeto Constellation, a simples construção mais rápida de projetos existentes como o Burke Flight III ou projetados para o futuro como a Fragata não oferecia muita esperança de alcançar rapidamente uma Battle Force maior do que aquele ano, ficando bem longe do objetivo de 355 navios.

Na verdade, a USN tinha escolhas a fazer naquela época que poderiam sustentar uma Marinha maior sem incorrer em grandes gastos, mas eu duvido que isso foi seriamente discutido ao presidente anterior. Por exemplo, se a USN convertesse os 14 Ohios para SSGN, isso ofereceria uma solução indolor para a USN e contribuiria para uma maior dissuasão convencional, sendo uma solução provisÓria na medida que vão envelhecendo, a frota de SSGN ficaria assim com 18 SSGNs, com a postura nuclear também podendo eStender essa dissuasão, já que os mísseis de cruzeiro nuclear poderiaM ser lançados no SSGN, incluindo mísseis hipersônicos, isso claramente proporcionaria uma maior dissuasão dos EUA.

Outra maneira seria usar a base do LPD da classe San Antonio para construir um navio com capacidade de lançar mísseis com radares e VLS, a Huntington Ingalls produziu um modelo deste conceito entre vários outros projetos que poderiam servir para aumentar o poder de fogo, fazer a dispersão de meios e aumentar a contagem do Battle Force tentando alcançar o número estipulado por lei.

Existe esse estudo aqui do CSBA:
https://csbaonline.org/uploads/document ... dy_WEB.pdf


O estudo detalha que a USN poderia ser dividida em duas partes, uma força de dissuasão, com subdivisões entre os COCOMs, para oferecer capacidade de apoio em prontidão, tais navios seriam baseados em cada nível de ameaça de teatro que apoia um COCOM específico, por exemplo, no teatro do SOUTHCOM de baixa ameaça, o LCS e as fragatas reativadas da classe OHP, a USGC ou navios recém-projetados poderiam se concentrar em missões de baixo nível e liberar navios de guerra de alto nível para outros TOs. Já na área de operações do CENTCOM, os navios designados se concentrariam nas ameaças das centenas de embarcações de ataque rápido e costeiro como as empregadas pelo IRGCN. Já nas áreas de operações do INDOPACOM/EUCOM disponibilizaria os navios com missões de alto nível. A conversão dos SSBNs da classe Ohio para SSGNs poderiam servir para serem utilizados nessa área do INDOPACOM/EUCOM.

A segunda parte da frota seria uma força de manobra composta por FT de NAe e navios anfíbios maiores que substituiriam a força de dissuasão e forneceriam poder de combate sustentado. Ao manter essa FT unida e afastada da área imediata do conflito, poderia realizar mais formação de alto nível e não correr riscos na fase inicial do conflito. Seria retornar ao conceito de Mahan de manter uma FT concentrada e com capacidade de expandir. A USN ainda tenta fazer isso, principalmente no teatro do INDOPACOM, tentando operar consistentemente em conjunto, mas ainda está longe de ser uma abordagem operacional realista para a USN por causa do desiquilíbrio da frota, com a metodologia de implantação atual em que os navios mudam frequentemente de COCOM e tarefas subordinadas.

Essa solução provisória ainda nem seria a ideal. Fundamentalmente, um princípio fundamental que a USN e o Congresso se afastaram nas últimas duas décadas é que, antes de mais nada, é necessária uma Marinha para prevenir, e se necessário, travar uma batalha naval para manter a liberdade dos mares e para apoiar batalhas terrestres dentro e perto do litoral. Eles não precisam de uma marinha para conduzir missões de ataque terrestre a centenas ou milhares de km da costa, com apenas uma única exceção – a dissuasão nuclear estratégica submarina que oferece a terceira parte da tríade de dissuasão. Caso contrário, esqueça os submarinos que travam guerras terrestres com mísseis de cruzeiro de alcance intermediário, como os que implantam em SSGNs e SSNs da classe Virginia com os VPM. Esta é uma forma muito pobre, ineficiente e extremamente dispendiosa de conduzir guerras terrestres. Deixem que a USAF e o USA se preocupem em travar guerras terrestres – é para isso que servem, são bons e com extremamente capacidade de o fazer.

Fundamentalmente, a mudança na ênfase da USN na guerra terrestre de ataque de alcance intermediário na década de 1990 até hoje surgiu de uma crise de confiança depois que a Guerra Fria foi vencida e a USN não enfrentou mais qualquer necessidade de concorrentes navais semelhantes. Colocar a USN nesse escopo de ataques de alcance intermediário foi uma tentativa bastante descarada para os marinheiros de permanecerem relevantes quando as guerras não estavam mais nos mares azuis profundos ou mesmo em qualquer lugar próximo às costas.

Cada dólar naval que desperdiçam em SSGNs e SSNs inchados da classe Virgínia com VPMs, servindo como mini-SSGNs, está prejudicando a missão principal da guerra naval, que é atacar e proteger a navegação e permitir a guerra anfíbia litorânea. É por isso que os SSNs acabam ficando muito maiores do que o seu propósito geral, os SSNs da USN deveriam ser muito menores e mais baratos para construir e operar, semelhantes aos subs da classe Sturgeon da era da Guerra Fria, que foram otimizados para ISR e operações antinavio – que é o que os submarinos são realmente bons e econômicos em fazer.

Da mesma forma, os combatentes de superfície também conseguiram abrir caminho para a luta no interior, concentrando-se, mais uma vez, em missões de ataque terrestre de alcance intermédio, explodindo aeroportos, fábricas e outras coisas a centenas de km de qualquer costa. Mais uma vez, os navios constituem plataformas de ataque muito ineficientes em termos de custos para a guerra interior. Com a saída do INF, isso verbera ainda mais essa mudança de rumo que a USN vem tomando e continua a fazer, mesmo adaptando-se ao modo como a guerra naval é travada em conflitos modernos.

As aeronaves são plataformas de ataque de alcance intermediário muito melhores do que quaisquer navios ou submarinos. Eles voam muito mais rápido, são tão furtivos quanto um submarino, muito mais furtivos que um combatente de superfície e podem disparar uma salva de mísseis de cruzeiro e retornar à base e recarregar e sair novamente em questão de horas, em vez de semanas para qualquer navio ou submarino que precisam retornar a base para remuniciamento.

Portanto, se eliminar o papel de ataque terrestre de alcance intermediário dos navios e submarinos, poderiam aumentar enormemente o número de SSNs e o mesmo acontecerá com escoltas de superfície menores como fragatas e destroiéres para escoltar o transporte marítimo, como fizeram na SGM. Poderiam continuar a implantar CVNs para projeção de força móvel e poderiam construir as forças anfíbias necessárias para conduzir qualquer guerra plausível que possam travar no Indo-Pacífico, que seria necessariamente uma guerra de invasão anfíbia e contra desembarque anfíbio.

Dito isto, a China também enfrenta perigos no que diz respeito ao rápido aumento das suas forças navais. A expansão naval da China nos últimos 15 anos é, em alguns aspectos, semelhante às grandes expansões navais em tempos de paz da União Soviética, da Alemanha guilhermina, do Reino Unido e dos Estados Unidos. Entretanto, o desenvolvimento de programas massivos de armamento em tempos de paz resulta frequentemente em equipamento militar obsoleto. A União Soviética e a Itália enfrentaram este problema na década de 1940, e mesmo a vasta frota de dreadnoughts construída pelo Reino Unido nas primeiras duas décadas do século XX estava praticamente obsoleta em 1920. E claro, a China está a fazer um enorme investimento em aeronaves e porta-aviões, uma capacidade que muitos argumentam que as outras armas que a China desenvolveu (incluindo mais notavelmente, sistemas avançados de mísseis de cruzeiro e balísticos) as tornarão obsoletas, o que não é o caso.




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Re: Marinha dos EUA

#957 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jun 04, 2024 12:29 pm





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Re: Marinha dos EUA

#958 Mensagem por Suetham » Sáb Jun 15, 2024 1:27 pm




https://www.twz.com/air/navys-halo-hype ... ll-as-jets
Navy’s HALO Hypersonic Anti-Ship Missile Planned For Ships, Submarines, As Well As Jets
Arming Navy surface and subsurface fleets with hypersonic anti-ship cruise missiles would give them critical new maritime strike capabilities.




https://www.navalnews.com/cavasships/20 ... countdown/
U.S. Navy’s Cruiser Countdown
The U.S. Navy’s cruisers will all be gone before 2027 is over. Here’s the order in which they’ll go.

https://www.washingtonexaminer.com/rest ... ng-crisis/
Congress must step in to fix America’s shipbuilding crisis

https://www.cbo.gov/publication/59708
An Analysis of the Navy’s Fiscal Year 2024 Shipbuilding Plan




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Re: Marinha dos EUA

#959 Mensagem por akivrx78 » Sáb Jun 15, 2024 8:33 pm





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Re: Marinha dos EUA

#960 Mensagem por akivrx78 » Sex Jul 05, 2024 6:35 pm

A Marinha dos EUA construirá novos cruzadores?

A Naval News perguntou à Marinha dos EUA se ela projetaria e construiria novos cruzadores assim que os antigos cruzadores da classe Ticonderoga fossem aposentados. O Naval News também buscou a análise de dois analistas militares sobre a decisão da Marinha.

Peter Ong 04 de julho de 2024

Os cruzadores da classe Ticonderoga da Marinha dos EUA estão chegando ao fim de sua vida útil e serão desativados nos próximos anos. Em 2027, todos os cruzadores terão desaparecido. O que os substituirá e a Marinha dos EUA construirá novos cruzadores como substitutos?

A Marinha dos EUA tinha o programa Next-Generation Cruiser (CG(X)), iniciado em novembro de 2001, para projetar e substituir os cruzadores da classe Ticonderoga. O programa CG(X) foi cancelado em 2010. No lugar do programa cancelado do CG(X), a Marinha dos EUA decidiu adquirir o Voo III DDG-51, versões atualizadas dos destróieres da classe Arleigh Burke.

De acordo com o relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso (CRS) de 10 de junho de 2010 ao Congresso, “O programa CG(X) foi anunciado em 1º de novembro de 2001, quando a Marinha declarou que estava lançando um Programa Futuro de Combatentes de Superfície com o objetivo de adquirir um família de combatentes de superfície da próxima geração. Esta nova família de combatentes de superfície, afirmou a Marinha, incluiria três novas classes de navios.

• um contratorpedeiro chamado DD(X) – mais tarde renomeado como classe DDG-1000 ou Zumwalt – para missões de ataque preciso de longo alcance e tiros navais,

• um cruzador chamado CG(X) para a missão AAW [Guerra Antiaérea] e BMD [Defesa contra Mísseis Balísticos], e

• um combatente menor chamado Navio de Combate Litoral (LCS) para combater submarinos, pequenas embarcações de ataque de superfície e minas em áreas litorâneas (perto da costa) fortemente contestadas.” Os destróieres da classe Zumwalt (DDG-1000) de casco tumblehome e o Littoral Combat Ship (LCS) foram de fato construídos, mas o programa CG(X) não se tornou realidade.

Em junho de 2024, o Naval News perguntou ao Comando de Sistemas Marítimos Navais da Marinha dos EUA (NAVSEA) sobre substituições de cruzadores e se haveria alguma nova ressurreição do programa CG(X). A NAVSEA encaminhou minha solicitação ao escritório do Chefe de Informações da Marinha dos EUA (CHINFO), que respondeu:

“A Marinha não pretende substituir os cruzadores da classe Ticonderoga pelos CG(X). No curto prazo, o DDG 51 FLT III, e o DDG(X), no longo prazo, atendem aos requisitos historicamente apoiados pelos cruzadores da classe Ticonderoga.”

“Embora as capacidades do DDG 51 Flight III permitam que a força de superfície acompanhe as ameaças adversárias no futuro, após 40 anos de produção e 30 anos de atualizações, o formato do casco do DDG 51 tem espaço, peso, potência e margens de resfriamento inadequados (SWaP-C ) para atualizações futuras”,
“DDG(X) representa uma abordagem evolucionária vice-revolucionária que fornecerá à Marinha as capacidades de combate e margens SWaP-C para aliviar tanto o destróier da classe Arleigh Burke DDG 51 quanto o cruzador da classe Ticonderoga CG 47 como a próxima forma de casco duradouro.”

Quando questionado sobre a razão pela qual o programa CG(X) foi cancelado e se os Requisitos para o programa CG(X) ainda existem, o porta-voz do CHINFO disse: “CG(X) representou uma visão revolucionária para o futuro da Marinha. No entanto, o CG(X) foi baseado no casco DDG 1000 amadurecido, que enfrentou problemas técnicos e de acessibilidade significativos. Os requisitos que foram preenchidos pelo cruzador da classe Ticonderoga estão agora sendo preenchidos pelo DDG 51 FLT III no curto prazo e pelo DDG(X) no longo prazo. As atuais capacidades da Marinha residentes nas classes de navios DDG 51 FLT III e DDG(X) são suficientes para atender aos requisitos que o programa CG(X) pretendia cumprir. Estas capacidades são consideradas suficientes para apoiar a missão da Marinha de Superfície em toda a gama de operações militares. Conseqüentemente, não há nenhum plano para perseguir o CG(X).

Imagem

Algumas representações nocionais dos projetos de cruzadores de próxima geração CG(X) mostram os diferentes cascos e as superestruturas furtivas. Gráfico: GlobalSecurity.org
A Naval News contatou então dois institutos de pesquisa globais sem fins lucrativos e conversou com dois analistas militares.

RAND avalia os comentários do CHINFO da Marinha dos EUA
A Naval News contatou a RAND Corporation e conversou com o Dr. Bradley Martin, diretor do RAND National Security Supply Chain Institute e pesquisador sênior de políticas da RAND. Martin é um capitão aposentado da Marinha dos EUA apresentado no Naval News aqui, aqui e aqui.

Não vejo as designações de classe como algo particularmente importante.”


Dr. Bradley Martin, pesquisador sênior de políticas da RAND
“Não vejo as designações de classe como algo particularmente importante. A consideração fundamental é a capacidade relativa à missão. Há algumas coisas que os CGs poderiam fazer que os DDGs não poderiam - principalmente no domínio do comando e controle - mas no geral, eles são todos simplesmente grandes combatentes de superfície”, disse o Dr. Martin sobre a Marinha dos EUA não ter mais serviço ativo ou recentemente construímos cruzadores até 2027. “Mais uma vez, estamos mais na nomenclatura do que na capacidade real. O DDG(X) terá o mesmo radar e sistema de gerenciamento de batalha que o CG(X) provavelmente teria. Os CGs eram comandos principais, e o CO [Oficial Comandante] do navio poderia ser designado Comandante de Defesa Aérea [ADC] – e o CG tinha um pouco mais de pessoal para acomodar isso – mas com a capacidade de distribuir operações, duvido que essa diferença seja notada .

“As operações amplamente distribuídas e as capacidades C2 [Comando e Controle] diminuíram a necessidade de ter um navio cujo objetivo principal seja apoiar o ADC. A Defesa Aérea e Mísseis Integrada é uma arquitetura conjunta amplamente distribuída. É improvável que a falta de um CG na rede prejudique o C2.”

Os destróieres da Marinha dos EUA têm menos células do Sistema de Lançamento Vertical (VLS) do que os cruzadores. Martin ofereceu suas idéias sobre isso, observando o menor número de células VLS de um contratorpedeiro e uma arma a menos do que em um cruzador. “Depende do número de células finalmente projetadas em DDG(X), mas entre FFG(X) [fragata USS Constellation] e os DDGs legados, o número total de células em toda a frota provavelmente permanecerá o mesmo (na verdade, a limitação não estará em células, mas em mísseis para colocar nas células). Os canhões para NSFS [Naval Surface Fire Support] são, na melhor das hipóteses, uma capacidade herdada. Um ou dois canhões – é difícil aproximar um navio o suficiente para realmente fazer muito bem com o apoio de fogo de superfície.

“O DDG(X) provavelmente pode ser configurado para hospedar um Comandante de Defesa Aérea, caso seja desejado. A capacidade de alterar cargas úteis proporciona versatilidade e permite a distribuição de diferentes missões em navios semelhantes. No entanto, não existem tantas capacidades que os CGs possuam atualmente que os DDGs, e em particular o DDG(X), ainda não possuam.”

Martin apresentou suas reflexões finais sobre a decisão da Marinha dos EUA de não construir novos cruzadores. “Os CGs da era da Guerra Fria foram originalmente designados como DLGs, portanto não há nada particularmente significativo nas designações, que são em grande parte questões de convenção. A Marinha dos EUA pode estar investindo demais em combatentes de superfície grandes e complicados, e o problema pode ser menos o fato de a Marinha estar perdendo capacidade significativa com o descomissionamento de CGs, mas sim adicionando plataformas tripuladas realmente caras que, no final, se parecem exatamente com a aparência de um CG.”

CSIS avalia os comentários do CHINFO da Marinha dos EUA
O coronel aposentado da Reserva do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Mark Cancian, Conselheiro Sênior do Programa de Segurança Internacional do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), ofereceu seus insights sobre a decisão da Marinha dos EUA de não construir novos cruzadores.

“A distinção entre cruzadores e contratorpedeiros desapareceu com o tempo, à medida que os contratorpedeiros se tornaram maiores.”


Mark Cancian, consultor sênior do CSIS
“A distinção entre cruzadores e contratorpedeiros desapareceu com o tempo, à medida que os contratorpedeiros se tornaram maiores. O Voo III tem quase 10.000 toneladas totalmente carregado, 1.500 toneladas mais pesado que o Voo I original. A classe DDG-51 tem o dobro do deslocamento do contratorpedeiro da classe Adams dos anos 1980 e quatro vezes o deslocamento de um contratorpedeiro da classe Fletcher da Segunda Guerra Mundial. Na verdade, tem o deslocamento de um cruzador ligeiro da Segunda Guerra Mundial.

“A perda de células VLS é um problema porque a classe Ticonderoga tinha muitas. A contagem de VLS, de acordo com o plano de construção naval de 30 anos da Marinha, permanece constante na década de 2030, apesar dos planos de expansão da frota. “Os planos de construção naval da Marinha enfatizam os submarinos, e os SSBNs [classe USS Columbia] têm prioridade máxima. As diferentes arquitecturas de frota mostram um declínio nos grandes combatentes de superfície. Portanto, não é surpreendente que a Marinha tenha decidido manter as atualizações do DDG 51 e não investir recursos em uma nova classe de cruzadores.”

https://www.navalnews.com/naval-news/20 ... -cruisers/




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