Sobre o KC-390
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Re: Sobre o KC-390
O principal argumento da LM pra vencer na Suécia é o pior deles, pois já mostra o quão esse projeto já está cansado e na sua máxima capacidade de upgrade estrutural, muito diferente da longevidade que o KC-390 tem.
Se ganhar, vai ganhar goela abaixo pra Suécia entrar na OTAN e por propina.
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- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Não tem como dar Hércules neste negócio. A principal e maior indústria do pais, a SAAB, está casada de papel passado e tudo com a Embraer, e isto vai muito além do KC-390. As cartas estão na mesa e o negócio é muito claro. O país e a indústria só tem a ganhar com a adoção do KC-390, que é uma escolha visando o longo prazo e todos os seus desdobramentos. Noruegueses e dinamarqueses vão decidir se param ou continuam com o C-130J em 2028, quando está agendada a avaliação\revisão da frota. Os aviões destes países já contam com mais de 15\20 anos nas costas.
A quantidade de clientes do avião brasileiro só tende a aumentar, enquanto o Hércules segue no sentido contrário.
Com o KC-390 na Suécia, a Finlândia deve se decidir por ele, também, enquanto Dinamarca e Noruega podem se juntar a eles daqui a 4\5 anos, já que as forças aéreas nórdicas tem acordos para um esforço conjunto de operações. E nada mais lógico do que fazer isso usando aviões e logística comum.
Este ano a Grécia deve fechar a compra do KC-390, se for uma decisão baseada em técnica e custo. Suíça também está na lista apesar de nada ser comentado sobre o assunto. Croácia e Sérvia são pretensos clientes e estão a procura de renovar suas frotas. Idem Eslováquia. Do leste europeu ainda pode sair novidades este ano também.
Vários canais turcos andam falando bastante no KC-390, o que não é comum por lá. Mas, se resolveram falar do avião da Embraer, deve haver motivos. Se os gregos comprarem, no mínimo os turcos vão querer olhar mais de perto o avião da Embraer. E ver onde as necessidades e oportunidades entre os países no setor de Defesa podem colaborar para gerar novas oportunidades de negócios.
Por fim, a compra dos KC--390 pela Arábia Saudita (33) e Índia, que deve ter seu desfecho ainda este ano, vai elevar para mais de 150 unidades os pedidos firmes da Embraer. Ainda longe do meio milhar de Hércules -J, mas definitivamente o passo mais importante para, no longo prazo, tirar da boca dos mascates da LM mais este argumento. No restante, eles perdem de qualquer maneira.
A vida, e os argumentos, da LM estão ficando cada vez mais difíceis para vender seu produto mundo afora.
A quantidade de clientes do avião brasileiro só tende a aumentar, enquanto o Hércules segue no sentido contrário.
Com o KC-390 na Suécia, a Finlândia deve se decidir por ele, também, enquanto Dinamarca e Noruega podem se juntar a eles daqui a 4\5 anos, já que as forças aéreas nórdicas tem acordos para um esforço conjunto de operações. E nada mais lógico do que fazer isso usando aviões e logística comum.
Este ano a Grécia deve fechar a compra do KC-390, se for uma decisão baseada em técnica e custo. Suíça também está na lista apesar de nada ser comentado sobre o assunto. Croácia e Sérvia são pretensos clientes e estão a procura de renovar suas frotas. Idem Eslováquia. Do leste europeu ainda pode sair novidades este ano também.
Vários canais turcos andam falando bastante no KC-390, o que não é comum por lá. Mas, se resolveram falar do avião da Embraer, deve haver motivos. Se os gregos comprarem, no mínimo os turcos vão querer olhar mais de perto o avião da Embraer. E ver onde as necessidades e oportunidades entre os países no setor de Defesa podem colaborar para gerar novas oportunidades de negócios.
Por fim, a compra dos KC--390 pela Arábia Saudita (33) e Índia, que deve ter seu desfecho ainda este ano, vai elevar para mais de 150 unidades os pedidos firmes da Embraer. Ainda longe do meio milhar de Hércules -J, mas definitivamente o passo mais importante para, no longo prazo, tirar da boca dos mascates da LM mais este argumento. No restante, eles perdem de qualquer maneira.
A vida, e os argumentos, da LM estão ficando cada vez mais difíceis para vender seu produto mundo afora.
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- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Esqueci. Isso de números de produção, vendas e linha de montagem será algo relativo quando o negócio com árabes e indianos for fechado.
As vendas paralelas que as duas linhas de montagem podem abastecer em países dentro da órbita de influência daqueles irá fazer com que haja um "surto" de aquisições do KC-390 nos próximos anos.
E não vai ser pouca coisa.
Para quem disputava uma mercado de 700 aviões, conseguir vender pelo menos a metade disso ainda na primeira década de existência do projeto é verdadeiramente digno de nota.
E o KC-390 tem todas as qualidades e chances para bater esse número até o final desta década. A USAF que o diga.
A ver.
As vendas paralelas que as duas linhas de montagem podem abastecer em países dentro da órbita de influência daqueles irá fazer com que haja um "surto" de aquisições do KC-390 nos próximos anos.
E não vai ser pouca coisa.
Para quem disputava uma mercado de 700 aviões, conseguir vender pelo menos a metade disso ainda na primeira década de existência do projeto é verdadeiramente digno de nota.
E o KC-390 tem todas as qualidades e chances para bater esse número até o final desta década. A USAF que o diga.
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- Cassio
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Re: Sobre o KC-390
Suas previsões são um pouco otimistas demais, principalmente quanto aos prazos para os novos contratos...
- mauri
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Re: Sobre o KC-390
https://www.cavok.com.br/lockheed-assin ... e_vignette
Depois desse acordo, fica claro que a Suécia não comprará, o KC390
Depois desse acordo, fica claro que a Suécia não comprará, o KC390
- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Pode até ser, mas prefiro pecar por excesso do que por omissão.
Os países que citei tiveram visitas ou negociações\conversas sobre o KC-390, exceto a Turquia, que ainda não manifestou de público interesse, apesar de ter uma frota também envelhecida de C-130H operando.
É como eu disse, se os gregos comprarem, no mínimo eles vão nos procurar. Eles tem outros interesses por aqui em jogo no campo da defesa. E o avião da Embraer é uma das poucas coisas com que podemos negociar off set com eles, e com quem mais for na BIDS.
Mesmo que os prazos se dilatem as possibilidades de vendas é muito grande. Resta-nos torcer para que tenhamos sucesso em todas elas, senão em quase todas.
Na Europa eu acredito que o KC-390 já se tornou uma pedra no sapato da LM, e com sérias chances de se tornar a pedra angular para a substituição não somente do Hércules como de outros modelos em diversos países por lá. Vendemos onde não se esperava conseguir tal proeza frente ao Hércules. Mas vencemos. E na Holanda. Vender nos demais países depois disso será questão de tempo e muito trabalho diplomático e de marketing nosso.
A ver.
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Re: Sobre o KC-390
Não vejo como e onde este acordo melar definitivamente a venda dos KC-390 para a força aérea sueca.mauri escreveu: ↑Qui Fev 08, 2024 8:00 am https://www.cavok.com.br/lockheed-assin ... e_vignette
Depois desse acordo, fica claro que a Suécia não comprará, o KC390
A Embraer tem um acordo com a SAAB para vender o seu cargo para eles.
Quem tem mais peso no MD e no governo sueco?
Ademais, sobre qualquer critério de análise técnica, já se provou e demonstrou que o Hércules perde em quase todos os parâmetros de comparação para o cargo brasileiro.
A relação custo x benefício é favorável ao KC-390. E não é por uma margem estreita, ao contrário.
Enfim, existe também o interesse em novos lotes para a FAB do Gripen E\F e outras questões de interesse de ambas empresas já afirmadas nos dois últimos anos junto ao mercado de defesa e além. São empresas que se complementam bem.
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- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Não comprar o KC-390 pode soar o alarme no MD em Brasília, e na FAB, visto que este é um negócio que já vem sendo tratado há meses, e tudo incorre para sua consecução. Neste sentido, a meu ver, isto poderia ser resolvido com o governo saindo da inércia, diria, quase indiferença em relação a este negócio, para uma posição mais assertiva, usando o Gripen E\F como referência.
O atual contrato oferece a possibilidade de compra de mais 14 a 16 unidades, e existe o interesse claro da FAB em mais dois lotes para chegar-se ao número proposto de até 108 caças. Horas, nada demais, quando se quer, o governo chegar com os suecos e botar na mesa o seguinte: exerço as opções do primeiro lote, e asseguro mais um lote até 2027 se vocês comprarem o KC-390 como o devido off set, e ainda compro outros sistemas dos quais precisamos para as demais forças no mesmo período. É pegar ou largar.
Creio que os suecos estão plenamente cientes de que as chances do Gripen E\F na AS estão ligadas ao apoio que o governo brasileiro - leia-se MD e FAB - derem ao caça no que concerne sua venda a países vizinhos. Ou seja, vender para Colombia e Peru, depende, também, do quanto a Embraer possa estabelecer-se como fiador do negócio, assim como o próprio governo brasileiro.
Um pouco de diplomacia militar e civil são sempre bem vindas neste tipo de negócio, principalmente na nossa região onde o peso do país, mesmo que mulambo, é sempre levado em conta por quem quer que seja.
A ver se eles entenderam isso ou se acham que podem fazer tudo sozinhos e ainda vender seu peixe sem nós.
O atual contrato oferece a possibilidade de compra de mais 14 a 16 unidades, e existe o interesse claro da FAB em mais dois lotes para chegar-se ao número proposto de até 108 caças. Horas, nada demais, quando se quer, o governo chegar com os suecos e botar na mesa o seguinte: exerço as opções do primeiro lote, e asseguro mais um lote até 2027 se vocês comprarem o KC-390 como o devido off set, e ainda compro outros sistemas dos quais precisamos para as demais forças no mesmo período. É pegar ou largar.
Creio que os suecos estão plenamente cientes de que as chances do Gripen E\F na AS estão ligadas ao apoio que o governo brasileiro - leia-se MD e FAB - derem ao caça no que concerne sua venda a países vizinhos. Ou seja, vender para Colombia e Peru, depende, também, do quanto a Embraer possa estabelecer-se como fiador do negócio, assim como o próprio governo brasileiro.
Um pouco de diplomacia militar e civil são sempre bem vindas neste tipo de negócio, principalmente na nossa região onde o peso do país, mesmo que mulambo, é sempre levado em conta por quem quer que seja.
A ver se eles entenderam isso ou se acham que podem fazer tudo sozinhos e ainda vender seu peixe sem nós.
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- mauri
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Re: Sobre o KC-390
De qualquer forma ver-se que a LM está bulindo nos pauzinhos pra não perder esta concorrência, não vai se render fácil, alguns tópicos me chamou atenção:
*A Lockheed Martin e a MilDef anunciaram um memorando de entendimento (MoU) para fortalecer a colaboração aeroespacial por meio da oferta do avião de transporte tático C-130J-30 Super Hercules da Lockheed Martin para a Força Aérea Sueca.
*“Alinhar nossa experiência com a MilDef fortalece a Lockheed Martin à medida que expandimos nossos relacionamentos com a indústria sueca para gerar empregos e benefícios econômicos, ao mesmo tempo que apoiamos a missão de energia aérea da Suécia por meio de nossa oferta C-130J-30 Super Hercules.”
*A Força Aérea Sueca voa atualmente com uma frota de C-130H em apoio aos requisitos de sua missão de transporte aéreo tático.As conexões da Suécia com a Lockheed Martin também incluem o helicóptero Sikorsky UH-60M Black Hawk e o sistema interceptador Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3) Missile Segment Enhancement (MSE).
*A Lockheed Martin está oferecendo o avião de transporte tático C-130J-30 Super Hercules para consideração da Força Aérea Sueca enquanto se prepara para modernizar sua frota de C-130H. Um verdadeiro carro-chefe nórdico, o C-130J conta com a Dinamarca e a Noruega entre seus 26 operadores em 22 países.
* O C-130J-30 fornece para Força Aérea Sueca uma infinidade de vantagens encontradas em nenhum outro avião de transporte tático de médio porte em produção ou operação atualmente.
*O C-130J-30 também oferece interoperabilidade incomparável com as forças aéreas nórdicas e globais, parcerias industriais robustas e baixos custos de ciclo de vida verificados com economias significativas de combustível, resultando em uma pegada de carbono reduzida em comparação com outros aviões de transporte a jato de médio porte.
*A Lockheed Martin e a MilDef anunciaram um memorando de entendimento (MoU) para fortalecer a colaboração aeroespacial por meio da oferta do avião de transporte tático C-130J-30 Super Hercules da Lockheed Martin para a Força Aérea Sueca.
*“Alinhar nossa experiência com a MilDef fortalece a Lockheed Martin à medida que expandimos nossos relacionamentos com a indústria sueca para gerar empregos e benefícios econômicos, ao mesmo tempo que apoiamos a missão de energia aérea da Suécia por meio de nossa oferta C-130J-30 Super Hercules.”
*A Força Aérea Sueca voa atualmente com uma frota de C-130H em apoio aos requisitos de sua missão de transporte aéreo tático.
*A Lockheed Martin está oferecendo o avião de transporte tático C-130J-30 Super Hercules para consideração da Força Aérea Sueca enquanto se prepara para modernizar sua frota de C-130H. Um verdadeiro carro-chefe nórdico, o C-130J conta com a Dinamarca e a Noruega entre seus 26 operadores em 22 países.
* O C-130J-30 fornece para Força Aérea Sueca uma infinidade de vantagens encontradas em nenhum outro avião de transporte tático de médio porte em produção ou operação atualmente.
*O C-130J-30 também oferece interoperabilidade incomparável com as forças aéreas nórdicas e globais, parcerias industriais robustas e baixos custos de ciclo de vida verificados com economias significativas de combustível, resultando em uma pegada de carbono reduzida em comparação com outros aviões de transporte a jato de médio porte.
- gabriel219
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Re: Sobre o KC-390
Só li balela pra encobrir possíveis esquemas políticos para a escolha do jurássico C-130J. Na real, quem perde são os Suecos, pois correm o sério risco de não venderem mais Gripens pro seu ÚNICO cliente externo.
- Duka
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Re: Sobre o KC-390
Se confirmar essa postura de fechar com o Hércules aí invés do KC-390, aliado a entrada na OTAN, palpito que talvez o Gripen-E seja o último caça projetado e construído pela Saab...
Vão seguir a cartilha do Tio San doravante.
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Abraços
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Re: Sobre o KC-390
Não comprar o KC-390 é um tiro no pé da principal e maior indústria do país, a SAAB. Qual governo sueco, seja lá qual for o viés ideológico faria isso em sã consciência
Politicamente a SAAB tem mais peso sobre o parlamento, governo e MD sueco, e até sobre as ffaa's do que qualquer outra empresa do país, por melhores que sejam seus argumentos e\ou propostas. Simplesmente não dá para competir com a SAAB dentro de casa. E sabedores de que a Embraer é para ela a melhor parceria de longo prazo no campo da defesa, e mesmo civil, nada mais contraditório não dar a ela este contrato. Afinal, raramente a SAAB faz qualquer coisa que não esteja de acordo com o governo e ffaa's.
Por fim, a SAAB está casada de público e abertamente com a Embraer para oferecer o KC-390 ao governo sueco, que como é de praxe, nega de pé junto qualquer inferência na proposta, mas só para constar e dar um ar isonomia ao negócio.
Vamos ver o que o governo norte americano apronta, já que do ponto de vista técnico, é impossível o Hércules vencer o KC-390. Obviamente que os suecos estão de posse de todos os dados e informações possíveis de portugueses, holandeses, austríacos, húngaros e tchecos sobre o avião brasileiro, o que não é pouca coisa.
Enfim, os suecos podem até ser pressionados, mas de outras vezes em tempos de guerra fria ainda assim preferiram a sua autonomia em termos tecnológicos e industriais. Fizeram e ainda fazem, e prezam muito, tal capacidade alcançada a duras penas ao longo de décadas. Definitivamente não vão jogar tudo isso fora apenas porque a OTAN quer.
Politicamente a SAAB tem mais peso sobre o parlamento, governo e MD sueco, e até sobre as ffaa's do que qualquer outra empresa do país, por melhores que sejam seus argumentos e\ou propostas. Simplesmente não dá para competir com a SAAB dentro de casa. E sabedores de que a Embraer é para ela a melhor parceria de longo prazo no campo da defesa, e mesmo civil, nada mais contraditório não dar a ela este contrato. Afinal, raramente a SAAB faz qualquer coisa que não esteja de acordo com o governo e ffaa's.
Por fim, a SAAB está casada de público e abertamente com a Embraer para oferecer o KC-390 ao governo sueco, que como é de praxe, nega de pé junto qualquer inferência na proposta, mas só para constar e dar um ar isonomia ao negócio.
Vamos ver o que o governo norte americano apronta, já que do ponto de vista técnico, é impossível o Hércules vencer o KC-390. Obviamente que os suecos estão de posse de todos os dados e informações possíveis de portugueses, holandeses, austríacos, húngaros e tchecos sobre o avião brasileiro, o que não é pouca coisa.
Enfim, os suecos podem até ser pressionados, mas de outras vezes em tempos de guerra fria ainda assim preferiram a sua autonomia em termos tecnológicos e industriais. Fizeram e ainda fazem, e prezam muito, tal capacidade alcançada a duras penas ao longo de décadas. Definitivamente não vão jogar tudo isso fora apenas porque a OTAN quer.
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Re: Sobre o KC-390
A SAAB entende muito bem os riscos a si deste negócio não lhe ser favorável. E não vai deixar por menos. Com toda certeza irá se assegurar que a resposta do governo sueco seja a adequada e necessária. A empresa tem não poucos meios de afirmar isso.gabriel219 escreveu: ↑Qui Fev 08, 2024 3:29 pm Só li balela pra encobrir possíveis esquemas políticos para a escolha do jurássico C-130J. Na real, quem perde são os Suecos, pois correm o sério risco de não venderem mais Gripens pro seu ÚNICO cliente externo.
Quanto aos caças, bem, a FAB continua interessada em um tipo de 5a G de preferência de origem nacional - o que é inviável nos tempos atuais e futuros a curto e médio prazo - assim como se começa a questionar aqui e ali se a FAB deve realmente ter apenas um único caça, uma vez que a independência política sueca aparentemente vai para o brejo com a entrada do país na OTAN. E isto tem vinculado uma série de discussões por aqui, inclusive na FAB e MD.
Os suecos são sabedores das necessidades da FAB, e não apenas na seara dos caças. A SAAB tem muitos produtos que interessam a ela, mas para isso terá que se mostrar uma parceria fiável também à nossa BIDS. A ver o que eles conseguem, e querem, de fato provar.
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Re: Sobre o KC-390
Com cada KC-390 saindo por 130 a 150 milhões de euros, conforme o negócio austríaco, e tendo a força aérea sueca cerca de 6 C-130H, um possível negócio entre ambos países, se na proporção de 1x1 não sai por menos de 780 a 900 milhões fora o CLS, treinamento, e outras particularidades pós venda. Estamos na verdade falando de um negócio que pode ultrapassar 1(um) bilhão de euros(dólares).
No lançamento da linha de produção do Gripen E na Embraer, estava aqui além do MD sueco, um membro da pasta de defesa civil ou equivalente da Suécia, o que denota que o interesse deles no KC-390 vai além do militar. Neste aspecto, serão feitas considerações sobre as capacidades reais e efetivas de cada um no que tange a realização de missões subsidiárias naquele país, o que em termos de desempenho e operacionalidade, o KC-390 já provou do que é capaz por aqui em operação do gênero na FAB.
Aliás, tirando o Revo e pousar na Antártica, o KC-390 já fez de um tudo um pouco, e em todas as missões se saiu muito melhor do que os velhos Hércules, com a FAB tendo dados concretos sobre o desempenho de um e outro, tanto em termos financeiros como técnico e operacionais.
Aliás, a retirada precoce dos Hércules este ano de operação, mesmo a FAB tendo apenas 7 aviões é claramente uma prova do quão surpresa está a FAB com o desempenho do avião da Embraer, e para o qual todos inegavelmente são só elogios. O avião não apenas superou como demonstrou capacidades muito além das expectativas do projeto original. E a FAB não se tem feito de rogada em compartilhar estas informações com outras forças aéreas interessadas no modelo.
No lançamento da linha de produção do Gripen E na Embraer, estava aqui além do MD sueco, um membro da pasta de defesa civil ou equivalente da Suécia, o que denota que o interesse deles no KC-390 vai além do militar. Neste aspecto, serão feitas considerações sobre as capacidades reais e efetivas de cada um no que tange a realização de missões subsidiárias naquele país, o que em termos de desempenho e operacionalidade, o KC-390 já provou do que é capaz por aqui em operação do gênero na FAB.
Aliás, tirando o Revo e pousar na Antártica, o KC-390 já fez de um tudo um pouco, e em todas as missões se saiu muito melhor do que os velhos Hércules, com a FAB tendo dados concretos sobre o desempenho de um e outro, tanto em termos financeiros como técnico e operacionais.
Aliás, a retirada precoce dos Hércules este ano de operação, mesmo a FAB tendo apenas 7 aviões é claramente uma prova do quão surpresa está a FAB com o desempenho do avião da Embraer, e para o qual todos inegavelmente são só elogios. O avião não apenas superou como demonstrou capacidades muito além das expectativas do projeto original. E a FAB não se tem feito de rogada em compartilhar estas informações com outras forças aéreas interessadas no modelo.
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