UCRÂNIA
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Re: UCRÂNIA
Por que a libertação russa de Maryinka é tão significativa
O Exército ucraniano enfrenta uma série de derrotas, perdendo um reduto crucial na República Popular de Donetsk (RPD) pouco depois do fracasso da tão badalada "contraofensiva" de Kiev.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou formalmente que as Forças Armadas russas libertaram Maryinka, uma cidade fortificada na República Popular de Donetsk (RPD) que durante anos serviu como importante reduto para as tropas ucranianas, em 25 de dezembro.
A proximidade de Maryinka com a capital da região, Donetsk, permitiu que as forças ucranianas bombardeassem a cidade maior com relativa impunidade, conforme observado pelo analista militar Anatoly Matviychuk, coronel reformado das Forças Armadas russas. "Mais importante ainda, eles [as forças ucranianas] transformaram aquela cidade em uma fortificação", disse Matviychuk.
"Havia posições de tiro para a artilharia de longo alcance e MLRS [sistema de lançamento múltiplo de foguetes] que bombardearam Donetsk. Agora, Maryinka foi capturada e, portanto, a ameaça foi afastada de Donetsk." Ele observou ainda que a libertação de Maryinka faz com que as forças russas assumam o controle de "um centro de ferrovias e rodovias", sem mencionar o corte das linhas de abastecimento das forças ucranianas no setor.
A vitória russa em Maryinka também significa que as forças ucranianas sofreram um enorme golpe em sua moral e perderam a confiança na capacidade de manter suas posições, como sugerido pelo coronel-general Georgy Shpak, ex-comandante das Forças Aerotransportadas russas.
Por fim, o número de soldados ucranianos que quer acabar em cativeiro russo aumentou drasticamente", disse Shpak, acrescentando que as tropas de Kiev estão ficando insatisfeitas com seus líderes e ideais.
O Exército ucraniano enfrenta uma série de derrotas, perdendo um reduto crucial na República Popular de Donetsk (RPD) pouco depois do fracasso da tão badalada "contraofensiva" de Kiev.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou formalmente que as Forças Armadas russas libertaram Maryinka, uma cidade fortificada na República Popular de Donetsk (RPD) que durante anos serviu como importante reduto para as tropas ucranianas, em 25 de dezembro.
A proximidade de Maryinka com a capital da região, Donetsk, permitiu que as forças ucranianas bombardeassem a cidade maior com relativa impunidade, conforme observado pelo analista militar Anatoly Matviychuk, coronel reformado das Forças Armadas russas. "Mais importante ainda, eles [as forças ucranianas] transformaram aquela cidade em uma fortificação", disse Matviychuk.
"Havia posições de tiro para a artilharia de longo alcance e MLRS [sistema de lançamento múltiplo de foguetes] que bombardearam Donetsk. Agora, Maryinka foi capturada e, portanto, a ameaça foi afastada de Donetsk." Ele observou ainda que a libertação de Maryinka faz com que as forças russas assumam o controle de "um centro de ferrovias e rodovias", sem mencionar o corte das linhas de abastecimento das forças ucranianas no setor.
A vitória russa em Maryinka também significa que as forças ucranianas sofreram um enorme golpe em sua moral e perderam a confiança na capacidade de manter suas posições, como sugerido pelo coronel-general Georgy Shpak, ex-comandante das Forças Aerotransportadas russas.
Por fim, o número de soldados ucranianos que quer acabar em cativeiro russo aumentou drasticamente", disse Shpak, acrescentando que as tropas de Kiev estão ficando insatisfeitas com seus líderes e ideais.
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Re: UCRÂNIA
Ziba escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 3:47 pmA verdade absoluta é que a OTAN só bateu em cachorro morto. Só funciona se tiver superiodade aérea. Se não tiver como é que faz? não faz.gabriel219 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 12:09 pm Agora tem que saber quais, pois até acredito que boa parte dos Leopard 2A4 serviram apenas para canibalização, mas o resto duvido muito que veio sem suporte. Os Ucranianos treinam em países da OTAN desde o fim de 2022, inclusive como prestar manutenção de combate pra esses meios. Me parece estarem tentando encobrir o desastre tático e estratégico doutrinário da OTAN com "ah, o equipamento que não funcionou, se tivesse funcionado, a doutrina tinha funcionado".
A assistência não vai aumentar, acho muito difícil o EUA abrir mão de uma centena de M1A1, até M1, o máximo serão mais poucas dezenas de M1A1 e o restante eu cogito até M60. A EU quase não tem mais nada, esquece equipamento de ponta pra contraofensiva em 2024, não acho que a AFU terá a menor chance de realizar uma contraofensiva em 2024, a não ser que os Russos cometam graves erros ao ponto de perder a capacidade ofensiva e não é esse o cenário que estamos vendo, a SV vem evoluindo muito com ataque de armas combinadas, algo impensável há um ano atrás.
Acho mais provável o EUA ceder M1A1 e M2A2 para países que ainda tenham itens soviéticos, sobretudo da série T - aqui cogito inclusive T-55 - e BMPs, para trocar e enviar esses pra AFU, mesmo que modernizados na Excalibur ou outro lugar, mas parece que a boa vontade já está acabando. A AFU se tornou um dos Exércitos mais bem equipados do mundo e isso foi reduzido em menos de 3 meses, no primeiro dia perderam uma SU inteira com Leopard 2A6, 2A4 e M2A2 em emboscada, perdeu mais uma SU pra tentar resgatar aquilo que não foi totalmente destruído nos dias seguintes.
Esse papo de KF-51, Lynx e o diabo a quatro pra AFU é puro marketing, pra fazer esses itens entrarem em evidência, principalmente o KF-51 que ninguém se interessou ainda - aliás, hora do EB pensar em ir atrás dele, já que a Rheinmetal parece estar desesperada pra vendê-lo - e duvido que outros países irão abrir mão ainda mais de seus ativos importantes em nome de uma Guerra que até a EU aparenta estar reconhecendo que perderam.
Se eu fosse os Ukras, não cogitaria qualquer ofensiva mais por uns dois anos, mesmo que os Russos cometam erros mais sérios no front. Se os Ukras tivessem segurado o equipamento que tinham em defesa, mesmo sem apoio aéreo, estariam causando estragos graves nos Russos agora. A maior perda até agora que os Russos tiveram foi em Avdiinvka e nem foi maior na SV em si, mas sim na 1AK e agora na Wagner.
Eu trocaria o termo superioridade por DOMÍNIO (Air Dominance), que é o que eles têm feito desde os começos, incluindo a Sérvia ainda no século passado: quem eles atacam não pode ter chance de botar alguma coisa no céu que ameace suas aeronaves e pilotos, muito menos capaz de detonar suas forças no chão. Não que eu considere isso como "cruel", guerra é tudo menos justa, sempre foi assim.
A primeira tentativa de sair da "zona de conforto" foi na Geórgia, onde arrumaram o comedor de gravatas pra fazer umas provocações (ataques à Ossétia e Abkházia) pra ver se a Rússia ficava quieta outra vez, como o fez quando chovia bomba na aliada Sérvia; não deu muito certo, como todos sabemos, e a razão que levou os Russos à guerra então foi exatamente a mesma que os levou na tentativa seguinte, incrivelmente igual, agora na Ucrânia: são os famosos "amortecedores", que anos atrás quase não tinha dia em que não se falasse a respeito aqui no DB.
Como deveríamos lembrar, trata-se de países que isolam a Rússia de ter contato direto (fronteiriço) com mais países da OTAN; mexer nisso é sempre perigoso (*), especialmente para o proxy que se dispuser a fazê-lo. A Geórgia o fez (como a Ucrânia) após uma tale de "revolução rosa", pró-UE e pró-OTAN, tendo elegido o já citado cara das gravatas. Como era um país pequeno, a situação foi rapidamente resolvida mas a verdadeira salvação da Geórgia foi ter mantido suas reivindicações sobre as republiquetas pró-Rússia: sem isso poderia ingressar quase de imediato às duas organizações (o que teria feito o Putin manter a guerra em andamento, como está fazendo hoje), a que, pelo resultado, segue como aspira até hoje e é mais seguro manter-se assim, hostil mas sem oferecer risco real.
E a Ucrânia?
Como um equivalente à "rosa" dos Georgianos, a Ucrânia fez seu "euromaidan" com as mesmíssimas finalidades e, pelo menos até agora, resultados: a Rússia aproveitou um pretexto sobre seus próprios proxies (Donbass) e atacou. Concordo com uma assertiva naquele texto postado pelo @akivrx78, o Putin não vai querer saber de paz, pelo menos não a desejada pelos ocidentais, em troca de ficar com os territórios (até agora) ocupados - e isto ser reconhecido pelo presidente-comediante - porque, passando a ser um país sem conflitos (oficialmente) pendentes, a tinta das assinaturas no tratado de paz nem vai ter secado ainda e já estarão em andamento negociações para a adesão da Ucrânia às duas organizações. O hôme quer seu "amortecedor", não um inimigo reforçado pelo status de membro da OTAN!
IMHO, esta guerra segue até:
1 - Não haver mais nada que possa ser chamado de Ucrânia (quem sabe uma republiqueta ao redor de Kiev mas sem fronteira com a Rússia e sim com algum/ns outro/s "amortecedor/es", talvez alguma autoproclamada república que se relacione bem com os Russos, possivelmente cercada por elas), seja com sua tomada completa e reincorporação à Rússia (da qual fez parte na maioria de sua História), o que me parece indesejável, pois restariam muitas questões mal resolvidas e, na prática, uma "super-Chechênia", agora como novo proxy da OTAN, a ser domada;
2 - O atual "governo" ser derrubado e o que assumir levar a política externa de volta aos tempos anteriores ao "euromaidan", desagradando o zorópa e os ianques mas salvando o país (pelo menos o que sobrou dele, porque duvido que a Rússia vá devolver a Criméia e o Donbass, para ficar só no filé, porque quanto mais tempo isso durar, mais terra a Rússia vai tomar). Já mencionei isso mas vai de novo, basta olhar algumas fotos e filmes para ter ideia da enormidade dos estragos causados, e a reconstrução, com montanhas de dinheiro envolvidas, decerto seria entregue a empresas Russas mas especialmente haveria uma crescente participação de UCRANIANAS recentemente criadas, pois precisa ser muito ingênuo para não considerar que a esta altura das coisas já esteja praticamente formada a nova NOMENKLATURA que, à semelhança da Russa, apenas aguarda a situação se definir para impor o que será o país daí para a frente, uma nova Belarus talvez, e muitas vezes mais rica;
3 - Há ainda a possibilidade de vizinhos cobiçosos como a Polônia, ao verem que a casa tá caindo, invadirem também e pegarem o que puderem para si: o caso 2 tornaria isso excessivamente perigoso, embora dirigentes europeus não pareçam ter noção dos perigos a que estão expondo seus cidadãos (ou pior, isso pode muito bem ser deliberado), e os "progressistas" acabam de tomar o poder entre os polacos.
(*) - FINLÂNDIA
A Finlândia acabará descobrindo - do pior jeito - a asneira que foi trocar sua neutralidade por ser mais um proxy da OTAN, mesmo como membro pleno: resolvido (e cedo ou tarde o será) o caso da Ucrânia, basta o Putin cumprir sua ameaça de começar a aumentar suas forças nas proximidades da fronteira e a Economia dos caras se irá ao brejo, pois haja dinheiro pra comprar e sustentar tantos F-35, Patriots & outros caríssimos Sistemas de Armas necessários para conter o "perigo soviético". E logo eles, que já apanharam dos caras e até perderam territórios (mapa acima), mesmo se aliando aos nazistas da Alemanha para poder contra-atacar. Há ainda o risco crescente de que os EUA simplesmente não tenham mais crédito (logo, dinheiro) suficiente para manter enormes bases e frotas de caças, belonaves e blindados lá, para poupar um pouco os Finlandeses da destruição de sua própria Economia.
É o que penso.
BONUS - Vejam que belo incentivo para um pobre diabo Ucraniano ir morrer no front para defender sua mulher, noiva ou namorada dos Russos malvados:
A primeira tentativa de sair da "zona de conforto" foi na Geórgia, onde arrumaram o comedor de gravatas pra fazer umas provocações (ataques à Ossétia e Abkházia) pra ver se a Rússia ficava quieta outra vez, como o fez quando chovia bomba na aliada Sérvia; não deu muito certo, como todos sabemos, e a razão que levou os Russos à guerra então foi exatamente a mesma que os levou na tentativa seguinte, incrivelmente igual, agora na Ucrânia: são os famosos "amortecedores", que anos atrás quase não tinha dia em que não se falasse a respeito aqui no DB.
Como deveríamos lembrar, trata-se de países que isolam a Rússia de ter contato direto (fronteiriço) com mais países da OTAN; mexer nisso é sempre perigoso (*), especialmente para o proxy que se dispuser a fazê-lo. A Geórgia o fez (como a Ucrânia) após uma tale de "revolução rosa", pró-UE e pró-OTAN, tendo elegido o já citado cara das gravatas. Como era um país pequeno, a situação foi rapidamente resolvida mas a verdadeira salvação da Geórgia foi ter mantido suas reivindicações sobre as republiquetas pró-Rússia: sem isso poderia ingressar quase de imediato às duas organizações (o que teria feito o Putin manter a guerra em andamento, como está fazendo hoje), a que, pelo resultado, segue como aspira até hoje e é mais seguro manter-se assim, hostil mas sem oferecer risco real.
E a Ucrânia?
Como um equivalente à "rosa" dos Georgianos, a Ucrânia fez seu "euromaidan" com as mesmíssimas finalidades e, pelo menos até agora, resultados: a Rússia aproveitou um pretexto sobre seus próprios proxies (Donbass) e atacou. Concordo com uma assertiva naquele texto postado pelo @akivrx78, o Putin não vai querer saber de paz, pelo menos não a desejada pelos ocidentais, em troca de ficar com os territórios (até agora) ocupados - e isto ser reconhecido pelo presidente-comediante - porque, passando a ser um país sem conflitos (oficialmente) pendentes, a tinta das assinaturas no tratado de paz nem vai ter secado ainda e já estarão em andamento negociações para a adesão da Ucrânia às duas organizações. O hôme quer seu "amortecedor", não um inimigo reforçado pelo status de membro da OTAN!
IMHO, esta guerra segue até:
1 - Não haver mais nada que possa ser chamado de Ucrânia (quem sabe uma republiqueta ao redor de Kiev mas sem fronteira com a Rússia e sim com algum/ns outro/s "amortecedor/es", talvez alguma autoproclamada república que se relacione bem com os Russos, possivelmente cercada por elas), seja com sua tomada completa e reincorporação à Rússia (da qual fez parte na maioria de sua História), o que me parece indesejável, pois restariam muitas questões mal resolvidas e, na prática, uma "super-Chechênia", agora como novo proxy da OTAN, a ser domada;
2 - O atual "governo" ser derrubado e o que assumir levar a política externa de volta aos tempos anteriores ao "euromaidan", desagradando o zorópa e os ianques mas salvando o país (pelo menos o que sobrou dele, porque duvido que a Rússia vá devolver a Criméia e o Donbass, para ficar só no filé, porque quanto mais tempo isso durar, mais terra a Rússia vai tomar). Já mencionei isso mas vai de novo, basta olhar algumas fotos e filmes para ter ideia da enormidade dos estragos causados, e a reconstrução, com montanhas de dinheiro envolvidas, decerto seria entregue a empresas Russas mas especialmente haveria uma crescente participação de UCRANIANAS recentemente criadas, pois precisa ser muito ingênuo para não considerar que a esta altura das coisas já esteja praticamente formada a nova NOMENKLATURA que, à semelhança da Russa, apenas aguarda a situação se definir para impor o que será o país daí para a frente, uma nova Belarus talvez, e muitas vezes mais rica;
3 - Há ainda a possibilidade de vizinhos cobiçosos como a Polônia, ao verem que a casa tá caindo, invadirem também e pegarem o que puderem para si: o caso 2 tornaria isso excessivamente perigoso, embora dirigentes europeus não pareçam ter noção dos perigos a que estão expondo seus cidadãos (ou pior, isso pode muito bem ser deliberado), e os "progressistas" acabam de tomar o poder entre os polacos.
(*) - FINLÂNDIA
A Finlândia acabará descobrindo - do pior jeito - a asneira que foi trocar sua neutralidade por ser mais um proxy da OTAN, mesmo como membro pleno: resolvido (e cedo ou tarde o será) o caso da Ucrânia, basta o Putin cumprir sua ameaça de começar a aumentar suas forças nas proximidades da fronteira e a Economia dos caras se irá ao brejo, pois haja dinheiro pra comprar e sustentar tantos F-35, Patriots & outros caríssimos Sistemas de Armas necessários para conter o "perigo soviético". E logo eles, que já apanharam dos caras e até perderam territórios (mapa acima), mesmo se aliando aos nazistas da Alemanha para poder contra-atacar. Há ainda o risco crescente de que os EUA simplesmente não tenham mais crédito (logo, dinheiro) suficiente para manter enormes bases e frotas de caças, belonaves e blindados lá, para poupar um pouco os Finlandeses da destruição de sua própria Economia.
É o que penso.
BONUS - Vejam que belo incentivo para um pobre diabo Ucraniano ir morrer no front para defender sua mulher, noiva ou namorada dos Russos malvados:
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: UCRÂNIA
Parece que as tropas Russas estão meio putas com a AFU, especialmente depois do que foi dito que os Ukras fizeram com alguns prisioneiros do Campo Cossaco, Rabotino e Klishchiivka.
É o quinto vídeo de execução sumária nas últimas duas semanas.
É o quinto vídeo de execução sumária nas últimas duas semanas.
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Re: UCRÂNIA
Por qual motivo as suposições estavam longe da realidade? Foi a falta de presença americana no terreno? Foi isso mesmo? Tá de sacanagem.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am “Parece que as suposições utilizadas estavam longe da realidade. Muitos deles foram direto para o inferno desde o segundo dia da contra-ofensiva”, diz Andriy Zagorodnyuk, referindo-se ao dia em que o comando da Ucrânia decidiu abandonar grandes ataques mecanizados que dependiam de equipamento ocidental, depois de enfrentar grandes perdas.
Isso daí é um escrito isentando os erros ucranianos e imputando várias admissões de culpa na ineficiência da ajuda ocidental para a Ucrânia. É praticamente uma fábula escrita por algum dignitário do gabinete do Zelensky.
A única razão para as suposições estarem longe da realidade se deve, principalmente, a falta de reconhecimento terrestre em toda a linha de frente, onde se esperava receber os assaltos das unidades da AFU, TODO O RECONHECIMENTO FOI FEITO ATRAVÉS DE DRONES PARA "SALVAR" VIDAS. Se a Ucrânia nunca fez o reconhecimento terrestre, eles nunca souberam o que os russos tinham lá, o que torna tudo tão esclarecedor dos motivos para a Ucrânia abandonar grandes ataques mecanizados no segundo dia, a Ucrânia NÃO TINHA A MENOR IDEIA DOS POPs e TTPs russos, incluindo o perigo do apoio aéreo por helis de ataque e os Lancets, uma arma a qual a Ucrânia já havia tomado conhecimento MUITOS MESES ANTES.
Como faria a OTAN?
Durante o inverno de 2023, teriam conduzido um amplo reconhecimento da área da linha de frente, até mesmo em lugares onde não constava no plano de avanço para lubridiar os russos, realizando o reconhecimento em força, incluindo provavelmente ataques de sondagem (em todos os lugares e não apenas em um local) para testar as defesas e descobrir o que realmente estava lá, para ver se conseguiriam identificar POPs e TTPs inimigos. Além disso, a distribuição de lições aprendidas em teatros ativos (como Bakhmut sobre Lancets) seria adotada no planejamento e nos ensaios em geral. Provavelmente, reuniria um C Ex legítimo ao longo da menor fachada possível da linha de frente, não apenas com elementos de manobra, mas também com amplo apoio de engenharia. Se não tivessem equipamentos de violações de brechas suficientes, construiriam mais alguns, como os EUA fizeram na Tempestade no Deserto, ou improvisariam de outra forma, isso não é muito difícil de se fazer, o lado positivo é que não é necessária uma fábrica de produção de tanques superavançada em Ohio para fabricar essas coisas. Minas e arados são, na verdade, muito simples de fazer com equipamento de soldagem, sucata e um pouco de conhecimento hidrológico. O MICLIC foi apenas uma mangueira cheia de explosivos plásticos disparada por um foguete usado pelas marinhas modernas para operações de reabastecimento. Estas são coisas que a Ucrânia pode realmente fazer por si só se o seu governo for capaz de dar dinheiro a outras empresas ucranianas sem esperar que a corrupção os prejudique.
Como funcionaria o reconhecimento terrestre nesses campos minados?
Unidades de reconhecimento e sapadores enviados para a área avançada para avaliar as rotas (reconhecimento de rota é literalmente um trabalho para unidades de reconhecimento)
Recon em vigor durante o inverno e a primavera para testar os campos minados
Recon em vigor no início da ofensiva, antes dos próprios elementos de violação; embora pudessem perder o elemento tático de surpresa, mas tenho certeza que a contraofensiva não seria anunciada como a liderança ucraniana declarou, pois esta foi a ofensiva mais telegrafada da história militar moderna.
Definitivamente até mesmo a OTAN teria dificuldades com as minas mais novas, como a PTKM-1R, além da densidade e profundidade dos campos minados. O problema com a densidade é o número de cisalhamento das minas anticarro em particular. Além disso, aqueles que são duplicados ou triplicados em um único buraco que não podem ser destruídos pelo MICLIC e irão desabilitar/destruir um arado/rolo de mina com um único golpe (potencialmente desabilitando/destruindo o veículo também). O problema com a profundidade dos campos minados é que um único MICLIC não consegue cobri-los ou mesmo dois que é o máximo que qualquer veículo ou reboque transporta. Então, basicamente, o elemento violador atinge a borda do campo minado anticarro e dispara um MICLIC. Depois avançam com arados e rolos para limpar a linha de avanço. Então eles avançam até onde conseguiram e disparam o próximo. Então verifique essa linha. Mas então aquele MICLIC fica sem munição, então outro precisa ser apresentado e repetir todo o processo. Mas o MICLIC não vai detonar/desativar todas as minas. E fazendo a prova, vários veículos blindados de engenharia serão desativados e destruídos. Isso significa que eles precisam de mais MICLIC e de mais veículos de engenharia. E porque provavelmente ainda haverá mais minas anticarro que eles perderão em algum lugar e porque as minas anticarro lançadas pelo MLRS são uma realidade que os russos podem minar o campo novamente mais tarde, cada veículo seguinte precisa de um arado/rolo ou precisa estar em uma coluna atrás de um veículo líder com um arado/rolo (para incluir todos os comboios de abastecimento posteriormente envolvidos na operação).
Agora junte a complexidade da densidade e da profundidade. Os veículos de remoção de minas sofrerão pesadas baixas e consumirão muitas cargas do MICLIC. E isso sem considerar que todos os campos minados estão, por defeito, sob a observação direta das defesas russas que tentarão impedir a violação atacando especificamente o apoio de engenharia. Se não forem suprimidos, os engenheiros morrem. Se as posições inimigas e possivelmente os pontos de ruptura não forem obscurecidos, os engenheiros morrem.
Surge uma questão genuína. Seria tão praticável avançar solidamente em uma área densamente minada com a quantidade de recursos de remoção de minas necessários? Depende. Depende desses recursos e da extensão desses campos minados e é para isso que serve a merd@ do reconhecimento em força, você não saberá o que têm ali até estar presente fisicamente e isso foi evitado por um amplo reconhecimento de drones para "evitar" baixas. Nenhum manual militar advoga isso. Nenhum!!!!
A impraticabilidade não seria limpar um campo minado denso e profundo, mas sim que atrás deles há uma série quase interminável deles. Não há violação singular, assim que a força de assalto mecanizada passa pela linha de avanço e atinge o primeiro objetivo, é necessário executar imediatamente outra violação de armas combinadas altamente coreografada. E outro depois disso. E outro depois disso. Mas a parte de que ninguém realmente fala é que estas situações provavelmente não aconteceriam se os EUA estivessem a lutar contra a Rússia.
Primeiro, os americanos teriam degradado os russos na primeira fase da guerra, muito além do desgaste que a AFU lhes causou. Em segundo lugar, quando os russos passaram mais de meio ano construindo as linhas defensivas, os americanos teriam como alvo seus engenheiros o tempo todo, porque são alvos fáceis de atingir e eliminá-los e é na verdade a melhor maneira de passar por obstáculos, matar os engenheiros antes que eles possam construí-lo. Também teriam feito um trabalho muito melhor procurando pontos fracos. Ou criá-los através de barragens de fogo. E a liderança política provavelmente não teria feito questão de dizer ao inimigo exatamente onde estariam a atacar, dando-lhes o ímpeto para construir essas defesas em primeiro lugar. Em todas as guerras anteriores que travaram e que envolveram operações de violação massivas ou outras operações complexas envolvendo furtividade, praticaram um bom opsec e teriam plenamente um plano de engano. A AFU não. Na maioria das vezes, os russos também não o fazem, eles são flagrantemente óbvios onde atacam, os seus líderes políticos anunciam-no primeiro e depois concentram forças de forma flagrante e depois atacam praticamente onde era óbvio que iriam atacar que por acaso é um dos setores mais defendidos em todo o país. Não direi que os EUA não estragariam o suficiente para que a mesma coisa acontecesse. Mas não é provável. Eles não lutam assim.
O trailer da contraofensiva foi exagerado, mas a liderança política da Ucrânia estava a falar sobre as especificidades desta contraofensiva desde o outono passado, não apenas os tempos, mas declarando especificamente os objetivos (Melitopol e Berdyansk). Foi isso que levou os russos a construir uma defesa em camadas com tantas forças para defendê-la. Anteriormente, em julho de 2022, eles fizeram exatamente a mesma coisa. Anunciaram preparativos para uma ofensiva em grande escala para libertar o Sul em Kherson e Zaporizhzhia. E os russos reforçaram ambos os setores. Para a sorte dos ucranianos, quando naquela altura foram informados pelos chefes dos EUA de que a sua ofensiva não funcionaria como planejado, eles cancelaram o ataque a Zaporizhzhia e fizeram uma ofensiva de apoio também em Kharkiv, o que foi um enorme sucesso porque foi pouco defendido porque foi uma surpresa. Enquanto isso, Kherson era um moedor de carne, os ucranianos mal fizeram progressos, apesar de terem destruído as pontes de antemão e muito provavelmente a única razão pela qual os russos se retiraram foi a crise que acontecia em Luhansk. Quanto à razão pela qual o fazem, penso que acreditam que aumenta o moral ucraniano e obtém mais apoio estrangeiro para investir nisso. Quando olhei mais profundamente para o passado de Zelensky, fez sentido. Ele não era apenas um comediante e ator, mas também um produtor de TV de sucesso. Ele está comandando a guerra como se fosse mais uma temporada da série "Servo do Povo". Se ele acredita que esta guerra será conduzida mantendo o Ocidente entretido para obter seu apoio, então as classificações são importantes, e ele não pode manter o grande final da temporada em segredo ou ninguém vai sintonizar para assisti-lo.
Não é o que dá para afirmar nessa matéria. Cabe lembrar, a decisão final sempre foi e sempre será do governo ucraniano. Tudo o que o Ocidente fez foi, porque assim o governo ucraniano desejou e informou aos parceiros ocidentais, a OTAN teve que aceitar várias vezes que seus conselhos não foram seguidos pela liderança militar ucraniana.
O plano foi péssimo e a execução pior ainda. A execução depende fortemente do planejamento, porque é uma coisa que a antecede. Se o plano for ruim, seria muito difícil esperar que a execução vá bem, porque até o plano entrar em execução, não teria como saber se o plano foi bom, a Ucrânia só soube que o seu plano foi terrivelmente ruim, quando ele entrou em execução. O PLANEJAMENTO UCRANIANO FOI UMA MERD@ TOTAL.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am “Dizer que a Ucrânia não leu o livro corretamente é injusto. O Ocidente nunca lutou com tantos campos minados protegidos por tantos drones. Além disso, nunca lutou sem apoio aéreo. Portanto, a última coisa que sugiro que façamos é dizer ‘o plano foi bom, a execução foi má’”, diz Zagorodnyuk.
Segundo ele, uma campanha de guerra é como um plano de negócios: “Se um plano de negócios corre mal, é a implementação que está errada, ou o plano foi puramente teórico, feito com base em pressupostos errados e não está realmente relacionado com a vida real? ”
Como eu já comentei aqui, eu esperava que a Ucrânia fosse atacar em outro lugar que não no eixo VMP logrado pelo @gabriel219 porque esperava uma opsec dos ucranianos obrigando os russos a construírem sua maior defesa nesse eixo e atacasse em outro lugar, como a OTAN faria, agora sabemos que não foi e os ucranianos foram segurados pela linhas defensivas russas, onde atacaram o eixo mais bem defendido pelos russos, uma péssima ordenança que isso nunca teria sido escrito e publicado por um manual militar ocidental, a doutrina se concentra em atacar os pontos fracos, usando a artilharia como apoio para a manobra. A Ucrânia leu o livro errado, porque a OTAN nunca agiria assim.
Todas as guerras têm como resultados erros evitados e erros cometidos, o lado que erra menos estará em melhor posição do que aquele que comete mais erros, por isso, as guerras anteriores são todas uma lições aprendidas e é importante estudá-las para evitar cometer o mesmo erro.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am “Todas as longas guerras tiveram erros. Agora, o mais importante para todos os nossos aliados é não entrarmos em desespero e descrença, dizendo ‘esta é uma guerra invencível, devemos desistir’”, acredita Andriy Zagorodnyuk.
Só uma coligação fraca que não saiba como vencer guerras faria isto. Pelo contrário, uma “coligação forte analisa as lições aprendidas, discute abertamente as deficiências e diz: 'ok, ainda precisamos de vencer esta guerra, ainda precisamos de lidar com este inimigo e vamos apenas construir uma estratégia adequada, vamos ver'. o que deu errado, onde estão os problemas, e vamos fazer as correções e construir isso'”, enfatiza.
Foram observados retrocessos em todas as grandes guerras da história do mundo. Alguns terminaram rapidamente devido a sérias vantagens de um dos lados. Outros se arrastaram por muito tempo, com ambos os lados enfrentando problemas.
Nunca houve uma ofensiva de estilo ocidental, porque são tantos erros doutrinários que foram cometidos que eu duvido que tenha saído de um papel rascunhado de um líder militar da OTAN. Por exemplo, ele cita o céu repleto de drones kamikazes, por qual motivo então escolheu atacar o ponto mais forte da linha defensiva russa ao sul, sabendo-se antecipadamente dessa ameaça(Lancets em Bakhmut)? A doutrina ocidental exige atacar o ponto mais forte e não tirando lições aprendidas das batalhas anteriores?akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am A análise do Washington Post cita comandantes ucranianos dizendo que uma ofensiva de estilo ocidental é inútil contra camadas de fortificações russas sob um céu repleto de drones kamikaze.
Zagorodnyuk sublinhou precisamente isto na nossa conversa anterior, dizendo que a guerra Russo-Ucraniana está a entrar em território desconhecido para o qual não existem doutrinas – um facto que as autoridades ocidentais ainda não compreendem:
“Precisamos de enfrentar o facto de que o cenário tecnológico desta guerra está a mudar. Isto é irreversível; está fora do nosso controle. Precisamos entender essa tendência e nos adaptar.”
Como a contra-ofensiva da Ucrânia não foi nenhuma surpresa, a Rússia teve muitas oportunidades para preparar uma defesa em vários níveis.
É muito fácil terceirizar os erros, quando a sua própria liderança é a única capaz de ordenar um ataque desse estilo. O que eu estou vendo é que os ucranianos estão se isentando da própria culpa e não estão retirando os erros aprendidos, porque para começar a avaliar seus próprios erros, primeiro precisa-se reconhecê-los, uma coisa que os ucranianos estão longe de reconhecer, a narrativa agora é que tudo é culpa da OTAN.
Sobre doutrina, realmente não existe uma doutrina intrínseca para a realidade da guerra russo-ucraniana, por isso a Ucrânia precisa começar a criar sua própria doutrina e não depender de nenhuma outra, só os ucranianos sabem como eles devem lutar, em quais condições devem lutar e quando devem lutar, não há manual ocidental ou soviético para isso, como eu disse, as lições aprendidas da guerra vão repercutir de maneiras diferentes para todos os exércitos do mundo, mudar todo o sistema organizacional com lições aprendidas dessa guerra de maneira errada é uma realidade que enfraquecerá o poder de combate do exército, por isso cada lição deve ser analisada com cuidado e com uma perícia imparcial. É muito fácil tirar as conclusões erradas dessa guerra.
Por isso existe a necessidade dos instrutores serem ucranianos. Esta parte é a mais importante. Eles precisam ser donos de seu treinamento, é a única maneira de realmente melhorarem. Eles não conseguem fazer isso direito na Ucrânia porque as bases não são seguras. E eles não têm financiamento, suprimentos ou órgãos extras para toda a administração e suporte envolvidos no treinamento, mas podem fazer isso mais tarde. Fazer com que eles assumam as funções de instrutor, bem como projetar eles próprios os cursos (com ajuda), coloca sua marca nisso e torna algo que eles podem trazer de volta para a Ucrânia assim que for seguro fazê-lo. Para os formadores ocidentais, a barreira linguística é um grande problema. É bastante notório isso enquanto os americanos treinavam as forças de segurança iraquianas durante a Guerra ao Terror, o problema era sistémico e também com os afegãos. Já li muitos problemas semelhantes treinando coreanos e vietnamitas no passado. É por isso que as principais unidades militares destinadas a trabalhar com forças estrangeiras requerem competências linguísticas. Agora a questão está surgindo novamente, treinando ucranianos, o que não é surpresa, porque ter que ensinar através de um tradutor, muitas vezes um empreiteiro civil que faz um péssimo trabalho (especialmente porque grande parte da discussão está repleta de jargões, siglas, expressões idiomáticas, etc.), é a maneira menos eficaz de ensinar. Basicamente, garante a mediocridade, na melhor das hipóteses.
A maior questão, acima de tudo, nem os canadenses nem outras forças da OTAN podem treinar os ucranianos como lutar como os ucranianos querem ser ensinados, porque são forças armadas totalmente diferentes, com doutrinas, TTPs, SOPs, equipamentos, cultura, etc. Se for possível encontrar palestrantes militares canadenses de alto nível na Ucrânia para cada trabalho, então eles precisam primeiro ser ensinados como a AFU faz as coisas com um grau de especialista. Portanto, agora estamos a falar de um exército de formadores da OTAN, desde o sargento ao coronel, que precisa de anos de aulas de línguas para replicar o que pode ser feito dentro de alguns meses se o governo da Ucrânia concordar em assumir o comando. É muito mais fácil deixar os ucranianos fazerem tudo, não apenas as tarefas de instrutores, mas também redigirem os planos de treinamento, projetarem os módulos de treinamento, etc. Oficiais e suboficiais ucranianos farão um trabalho muito melhor ao impor seu tipo de disciplina, moral, coisas do tipo "Por que lutamos", além de terem a confiança extra de serem veteranos de combate da guerra real que está sendo travada, compatriotas, não podem ser replicados por formadores ocidentais, por mais motivados que estejam para ajudar.
Além disso, sendo esta uma guerra longa, a Ucrânia PRECISA começar a rodar as suas tropas de combate para fora da luta para tarefas não relacionadas com o combate, mesmo que apenas por períodos de 6 a 12 meses. Caso contrário, o moral cairá quando todos começarem a perceber que estão servindo em combate até serem vítimas. Além disso, ajudará a reduzir o estresse do combate, já que as baixas psicológicas permanentes se tornarão um problema cada vez maior à medida que a guerra avança. O dever de instrutor não pode ser o único trabalho na retaguarda criado para oficiais veteranos de combate e suboficiais para lhes dar uma folga, mas é um lugar perfeito para colocá-los.
Além disso, tropas inválidas que não conseguem fazer fisicamente o seu trabalho, mas ainda podem servir. Um bom instrutor precisa andar, falar, ver e ouvir, só isso, o resto pode ser feito por um auxiliar. Por último, este é o momento perfeito para criar um corpo de suboficiais legítimo, estabelecendo cursos para líderes de companhia que depois alimentam os cursos de treinamento básico, onde podem servir como instrutores assistentes por um tempo antes de voltarem para a linha de frente na Ucrânia. O melhor lugar para aprender a liderar é liderando, mas o pior lugar para aprender fazendo é no combate, onde o custo do erro é o sangue.
Se os ucranianos quiserem voltar à ofensiva e concentrarem-se em ataques mecanizados que são necessários para fazer algo mais do que limpar uma linha de árvores de cada vez com uma CiaInf, terão de resolver uma série de problemas táticos defensivos. Um deles exige a violação de campos minados anticarros extensos e complexos. Além disso, eles precisam de uma abundância esmagadora de munição de artilharia para superar os russos, precisam dominar a Rússia com o uso de drones FPV, precisam de melhores sistemas EW, precisam de mais SHORAD e defesas aéreas de médio alcance ao longo das linhas de frente para proteger seu ataque e brigadas de ataque aéreo de asas fixas e rotativas e eles precisam treinar todas as brigadas de assalto, ESPECIALMENTE seus oficiais, sobre como conduzir operações ofensivas de maneira adequada.
Uma coisa também é a realidade da extensão dos veículos de desminagem empregados pela Ucrânia. A Ucrânia realmente não tinha muitos quando iniciou a contraofensiva, eu comentei isso em #10187.
Cada tentativa de uma única faixa deve ter pelo menos um ou dois pelotões de engenheiros, dependendo da situação. Considerando as defesas russas, isso significa no mínimo dois pelotões, provavelmente até três ou quatro, por cada faixa. E CADA setor de brigada precisa de pelo menos uma via para passar por cada campo minado, das quais existem múltiplas em cada cinturão de defesa tática, com vários cinturões de defesa tática combinados para a linha defensiva operacional geral.
Supondo que consigam obter sapadores treinados em número suficiente, eles precisam de uma redundância de veículos especializados de remoção de minas, especialmente mais veículos e reboques MICLIC, bem como aqueles que são essencialmente tanques com arados e rolos elaborados incorporados. O MICLIC deve fazer a maior parte do trabalho para criar uma pista limpa, os arados e rolos devem passar por cima deles para verificar se estão livres, feito principalmente por veículos de engenharia dedicados, mas precisa ser feito pelo veículo líder em cada tanque e pelotão de infantaria mecânica da força de assalto.
Como os russos podem dispersar mais minas usando o MLRS, isso significa que as forças subsequentes também precisam de arados e minas. O mínimo é um por pelotão, ou seja, um a cada três veículos, mas eles não tinham isso. O mesmo vale para rolos. Mais realisticamente, todo veículo blindado, especialmente tanques, precisa de pelo menos um arado de minas para proteger as pistas. Devido ao fato de enterrar duas ou até três minas anticarro em um único furo, ou minas anticarro direcionais modernas e que as minas modernas não são tão vulneráveis aos efeitos de choque do MICLIC como as da década de 40, quando o conceito foi criado, toda a engenharia dedicada veículos e muitos dos tanques de assalto com rolos ou arados irão atingir as minas e perdê-las. Tradicionalmente, eles são bons para 1-3 golpes antes que pelo menos a mina de rolo seja danificada além do uso, mas com os TTPs russos, agora é comumente um único golpe, e mesmo assim o veículo em si, a coisa toda, está fora de controle. Daí a necessidade de redundância incorporada à força de violação.
Se eles perderem um veículo crítico de engenharia, ele precisará ser substituído instantaneamente por outro veículo de mesmo elemento. Caso contrário, essa força não avançará mais, como a que ocorreu. Enquanto eles estão presos em um campo minado e não vão a lugar nenhum por um tempo, sob observação direta das linhas de frente inimigas e também sob observação de drones. Então, eles serão atacados por drones, FPV e ATGMs. O que significa que eles podem recuar com os seus veículos ou, se a ameaça das minas for suficientemente grave e, potencialmente, os veículos da trilha também estiverem desativados, todos desmontarão e fugirão para abandonar os seus veículos. Sempre que os russos ou ucranianos tentam violações mecanizadas de armas combinadas, quase nunca começam com equipamento de engenharia suficiente para atravessar um simples campo minado ou defesa doutrinária soviética, quando na realidade estão frequentemente a atacar algumas das áreas mais altamente defendidas do país.
Portanto, supondo que eles continuem escolhendo áreas fortemente defendidas e a surpresa nem sempre seja possível, uma coisa que eles precisam para fazer os avanços rápidos necessários para objetivos estratégicos ousados e audaciosos é obter muito mais equipamentos de engenharia.
Como eu disse e irei repetir: É MUITO FÁCIL TIRAR AS LIÇÕES APRENDIDAS DA MANEIRA ERRADA. Essa é uma delas. Eu não vou nem entrar nesse assunto, já fiquei bastante cansado respondendo item por item aqui. Vamos ao próximo.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am “No nosso caso, deve ser assimétrico, porque não vamos vencer a guerra com a Rússia pelos métodos tradicionais. E a contra-ofensiva é a maior lição. Os dias da guerra tradicional, onde tudo se baseava em veículos blindados, equipamentos blindados, etc., acabaram. Eles não vão voltar. Ainda precisamos de veículos blindados porque ainda precisamos entregar pessoas, mas eles não serão suficientes para a vitória”, diz Zagorodnyuk.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkakivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am Na primavera-verão de 2022, a Ucrânia ficou exasperada com o facto de os pedidos de grandes veículos de assalto mecanizados, vistos como essenciais para uma ofensiva num contexto de esgotamento dos stocks de equipamento da era soviética, estarem a ser recebidos com demora.
Um exemplo disso são os modernos tanques de batalha ocidentais. A Ucrânia sinalizou pela primeira vez a sua necessidade em junho de 2022. Depois de muitos meses de angústia e pressão sobre o chanceler alemão Olaf Scholz, a luz verde para os tanques Leopard de fabricação alemã foi dada apenas em janeiro de 2023, com a Polônia doando os primeiros quatro tanques Leopard 2 em 24. Fevereiro.
Isso daí é uma enorme peça de propaganda ucraniana.
Vamos lá, dados retirados do Oryx: CC entregues só no ano de 2022
https://www.oryxspioenkop.com/2022/04/a ... plied.html
T-72M1s [April 2022] (From Czech stocks through the Ringtausch programme)
50+ T-72M1s [May or June 2022 and April 2023] (Some purchased from Bulgaria and delivered to Ukraine)
250+ T-72M(R)s and T-72M1(R)s [Delivered from April 2022 onwards]
31 T-72As [July or August 2022]
28 M-55S' [October 2022] (From Slovenian stocks through the Ringtausch programme)
Aqui temos 359 CC. O motivo pelo qual esses CC foram enviados é porque os ucranianos já estavam familizarizados com esses, muito mais fácil de integrá-los as brigadas, porque o adestramento era muito mais rápido e fácil de se completar, do que se tivesse sido com os CC ocidentais, com a qual os ucranianos não tinham o menor adestramento. Zelensky anunciou em nov/dez de 2022 que com uma quantidade X de equipamentos remotaria a Crimeia, Valerii Zaluzhnyi deu até os números específicos de cada equipamento de que precisavam, eles conseguiram quase tudo o que pediram, ao todo foram enviados 614 CC entre abril de 2022 e maio de 2023, fora ainda os CC que os ucranianos ainda tinham e os CC que os ucranianos capturaram dos russos e foram reparados nas fábricas.
Isso é extremamente enganoso. O primeiro indício de que os ucranianos estavam planejando uma contraofensiva se deu em novembro, após a reconquista da cidade de Kherson, em janeiro, a liderança ucraniana liderou os esforços para os equipamentos que tanto precisavam para a tão aclamada contraofensiva, simplesmente não tinham tempo para executar uma contraofensiva no inverno, porque as unidades que ELES MESMOS CRIARAM em janeiro de 2023 só existiam NO PAPEL.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am A ISW avaliou o atraso do Ocidente no fornecimento de armas letais à Ucrânia, devido aos receios de uma escalada russa ou não, como tendo custado à Ucrânia uma contra-ofensiva de Inverno e dado aos russos tempo para prepararem uma defesa em múltiplas camadas.
Isso não teve nada a ver com a ajuda ocidental. Desde o início, quando a ofensiva foi lançada por Zelensky e Zaluzhny em nov-dez, ela nem deveria começar até que o tempo melhorasse na primavera. E ELES decidiram criar 12 novas brigadas para usar na ofensiva, sendo que a primeira delas nem existia até jan/23. Então ELES decidiram lutar arduamente durante todo o inverno e a primavera em Bakhmut e usar qualquer munição de artilharia que pudessem ter armazenada. E ELES decidiram dizer ao mundo e aos russos quando e onde iriam atacar, razão pela qual o eixo Orikhiv era o setor mais fortemente defendido em toda a Ucrânia. Não é uma coincidência.
É sempre a mesma ladainha. Ocidente atrasou as entregas, os russos construíram as defesas e os ucranianos ficaram impossibilitados de executar o avanço com sucesso. Isso já está ficando feio.
Outra coisa, ISW nunca deve ser tratado como uma fonte credível, seu corpo de membros são literalmente um bando de nerds.
https://www.understandingwar.org/who-we-are
Aqui concordo com o @gabriel219 isso aqui é e será a nova narrativa usual para mascarar os problemas operacionais e estratégicos da Ucrânia, os equipamentos entregues estavam fora das condições operacionais. O mais engraçado é que nos clipes propagandísticos que publicaram, não mostrou nenhum veículo ou equipamento fora das condições operacionais, o vídeo promocional em que aparecia o Leo parecia em condições operacionais.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am Além disso, o equipamento entregue veio sem suporte técnico ou peças sobressalentes, não estava em condições de funcionamento e precisava de reparos. O estado de alguns veículos era tão ruim que eles foram simplesmente canibalizados para obter peças de reposição.
Por vezes, metade do equipamento que chegava de alguns dos parceiros da Ucrânia simplesmente não estava em condições de funcionamento, diz Zagorodnyuk, citando contactos diretos com o exército.
A dimensão do problema foi subnotificada porque o Ministério da Defesa da Ucrânia não quis abordá-lo publicamente. As dicas só foram deixadas de lado pelo vice-ministro Havrylov, que, em Junho de 2023, disse ao New York Times que as autoridades ucranianas se abstiveram de reclamar sobre equipamentos partidos para evitar embaraçar os seus benfeitores.
Por vezes, metade do equipamento que chegava de alguns parceiros da Ucrânia simplesmente não estava em condições de funcionamento
É um show de isenção de erros cometidos que até parece que nada de culpa é cabível aos ucranianos. Erraram em nada. Tudo culpa da OTAN, equipamentos ruins, atraso nas entregas e a falta de envio de armas letais.
Novamente, um show de isenção de culpa. Agora os ucranianos é que sabem a realidade do terreno, por isso, a decisão foi acertada de direcionar 3 eixos de avanço e não ter recuado de Bakhmut.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am Linhas de ataque: a Ucrânia deveria ter-se concentrado apenas na direcção do Mar de Azov?
Um segundo grande desacordo surgiu em relação à direção da contra-ofensiva. Os comandantes dos EUA insistiram em concentrar todos os esforços no sul para fazer uma abertura na defesa russa. No entanto, a Ucrânia estabeleceu mais duas linhas: em direcção a Berdiansk e Bakhmut, na região de Donbas, no leste da Ucrânia, uma cidade que a Ucrânia defendeu durante oito meses, apesar de muitas críticas americanas de que os recursos estão a ser gastos de forma ineficiente.
Andriy Zagorodnyuk é um dos que defende a decisão da Ucrânia de manter Bakhmut e o leste da Ucrânia em geral.
Em primeiro lugar, a decisão foi tomada pelo presidente e pelo comandante-em-chefe da Ucrânia, que conhecem mais detalhes sobre o teatro de guerra do que qualquer outra pessoa, detalhes importantes para a tomada de tais decisões. Então, os ucranianos no leste da Ucrânia ainda tentam viver a vida quotidiana e a Ucrânia tem o dever de protegê-los de serem exterminados pelos russos, sublinha.
Pela amor de Deus. A matéria inteira foi isentando os ucranianos de erros cometidos. Eu quero chegar na parte na qual, afirma quais foram os erros cometidos pelos ucranianos, porque até o momento, eu não vi isso escrito em nenhuma linha da matéria.
Aqui se começa a perceber que os conselhos dos americanos são totalmente diferentes do que foi executado pela liderança militar ucraniana. Não dá para simplesmente apontar o dedo para os americanos sabendo-se que todas as decisões legadas foram ordenadas pela liderança ucraniana. Não ter saído de Bakhmut antes foi um ENORME ERRO ESTRATÉGICO, Kiev simplesmente condenou suas melhores forças de assalto competentes que poderiam ter saído de Bakhmut antecipadamente, jogá-los para a retaguarda porque estavam exaustos, dando descanso as melhores tropas veteranas que eles tinham. No início deste ano, em Bakhmut, pró-ucranianos tinham receio de que o Wagner parasse o ataque e passasse meses atacando os defensores da AFU, uma vez que sua situação tática se tornasse ruim o suficiente para que o reabastecimento, o socorro no local se tornasse muito difícil, onde pequenas unidades estavam disseram que não tinham permissão para se mover em qualquer direção, independentemente da resistência ou das perdas que sofressem. Os russos poderiam ter aproveitado muito isso para prejudicar o ucraniano por eleger uma defesa posicional. Embora a impaciência russa tenha permitido que eles tomassem a cidade e ainda prejudicassem a AFU, também prejudicou muito o Wagner, razão pela qual Zelensky, Zaluzhny e Syrsky pensaram que venceram a batalha desgastante. Venceu mesmo? O resultado final demonstra um sonoro NÃO.
Cabe lembrar aqui, mesmo que a Ucrânia recuasse antecipadamente de Bakhmut, duvido muito de que todo o oblast de Donetsk viesse a cair, ainda mais considerando que a Ucrânia poderia ter montado suas próprias linhas defensivas, em todo o curso da guerra, tanto russo como ucranianos são péssimos em manobras de armas combinadas, de modo a explorar um avanço, porque ambos são muito bons defensivamente, mesmo que a Ucrânia pudesse economizar e entrar em modo de economia de força no leste, para priorizar o avanço no sul, os russos teriam que desdobrar massivamente as tropas do leste para reforçar o sul, independentemente da condução do avanço ucraniano, a grande diferença aqui é que o avanço ucraniano ao sul foi tão ruim e planejado de modo extremamente amador que os russos nem precisaram fazer esse movimento inteiro, porque os russos tinham 1 CAA inteiro(58th CAA) responsável pela defesa de Zaporizhzhia, com um segundo responsável pelo setor de Polohy(35th CAA) - fora da jurisdição do Grupo Vostok, ambos do SMD e EMD, respectivamente, contando também com divisões VDV implantadas, ainda por cima, com brigadas da Frota do Ártico/Norte no Grupo Sul e/ou sob o Grupo Dnipro.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am Mas o mais importante é que se a Ucrânia não tivesse montado uma defesa no leste da Ucrânia, a Rússia poderia ter alcançado o seu objectivo proclamado de assumir todo o Oblast de Donetsk. Depois disso, vários cenários seriam possíveis, incluindo a declaração de que os seus objectivos foram alcançados e o anúncio da prontidão para um cessar-fogo e negociações fictícias.
A Crimeia sempre foi e sempre será o objetivo estratégico dessa guerra. Se a contraofensiva ao sul tivesse obtido êxito, as forças russas ao sul teriam sido cortados ao meio, com a AFU podendo explorar ambos os lados, isolando ainda mais as tropas na Crimeia, colocando ao alcance toda a península da Crimeia sob o Himars e outras armas.akivrx78 escreveu: ↑Ter Dez 26, 2023 11:42 am Teria sido melhor avançar para o Mar de Azov e libertar Melitopol ao preço de uma potencial perda de Donbass, como sugeriram os conselheiros americanos? Esta é uma questão sobre a qual Zelenskyy e Zaluzhnyi certamente ponderariam e discutiriam. Em todas as guerras, houve diferenças de opinião, sendo Winston Churchill, que discordou dos aliados dos EUA e da França dentro do seu gabinete, um exemplo vívido. Mas assim que uma decisão é tomada, a sua lógica deve ser respeitada e todos devem trabalhar para atingir esse objectivo.
“As pessoas tendem a discordar umas das outras. Mas então alguém precisa assumir a responsabilidade e tomar certas decisões. A lógica da decisão de defender Bakhmut foi bastante clara”, diz Zagorodnyuk, sublinhando que as acusações públicas de que alguém na Ucrânia fez a escolha errada na direcção do ataque são improdutivas e, em geral, o curso de acção errado.
Eu realmente entendo a importância de Bakhmut para a liderança ucraniana, além do fator midiático. Bakhmut dá à Rússia uma posição vantajosa. Não dá essa posição à Ucrânia. Negar uma vantagem ao inimigo não é igual a ter uma vantagem, porque o que é vantajoso para um não é necessariamente vantajoso para o outro. A captura de Vuhledar, Bakhmut, Siversk e Kupyansk permite à Rússia estabelecer uma linha de frente contínua e sustentável. Portanto, a Rússia não irá parar até capturar estas posições, porque é o último elemento de consolidação do controle sobre o território capturado. Isso coloca a Ucrânia numa posição em que será forçada a continuar a lutar enquanto mantiver essas posições. Portanto, a única coisa que poderia ser alcançada em Bakhmut é o desgaste da mão-de-obra e das munições russas. O problema é que o sucesso lá foi definido por índices de atrito. Os "kill ratio" de 1:4 em termos de mão-de-obra e qualquer que seja o valor para a utilização insustentável de munições pela Rússia. A menos que a Ucrânia conseguisse manter esse atrito, iria se esgotar mais rapidamente do que a Rússia e perderá a guerra mesmo que ganhesse a batalha por Bakhmut. Mas como é que a Ucrânia sustenta este atrito? Apenas com ajuda externa que é um fator totalmente condicional.
Uma estratégia mais vantajosa para a Ucrânia seria retirar-se simultaneamente dessas posições e permitir provisoriamente à Rússia capturar o seu objetivo e atacar no eixo sul, ameaçar a frente sul e usar o flanco marítimo ao longo da península de Kinburn estabelecer dois vetores de ataque em direção à Crimeia. A Crimeia é o ponto decisivo da guerra e o principal objetivo estratégico. Se as forças ucranianas chegarem à fronteira com a Crimeia, a Rússia terá de negociar, porque mesmo que capturem toda a Ucrânia a leste do Dnipro, mas percam a Crimeia, será uma derrota estratégica. É por isso que, para conseguir isto, a Ucrânia deveria ter sacrificado território no leste da Ucrânia que é impossível de recapturar sem a retirada prévia da Rússia, como o DPR/LPR pré-invasão, ou irrelevante, como o oblast do norte de Luhansk.
Muita coisa do que eu já disse, eu já havia afirmado:
viewtopic.php?p=5636668#p5636668
viewtopic.php?p=5638246#p5638246
viewtopic.php?p=5638461#p5638461
viewtopic.php?p=5645660#p5645660
Cada um fique com a lição que melhor lhe agrada.
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Re: UCRÂNIA
VENDE-SE MOTOR DE LEOPARD 2A5 - EXCELENTE ESTADO - PREÇO DE OCASIÃO
Tratar com o Ten Kurylenko, 3ª Cia do 83º Regimento de Fuzileiros Mecanizados.
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Re: UCRÂNIA
Sim, a trocar por um guito.
PERGUNTO A QUEM SABE MAIS A RESPEITO: há ciganos Ucranianos?
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Re: UCRÂNIA
Com os movimentos Russos aumentando em Marynka e Novomilkhailvka, definitivamente irão tentar descer pro Sul e tentar tomar Vuhledar. Se essa for realmente a intenção, então imagino que a cidade de Zaporizhzhia em si seja um futuro alvo.
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Re: UCRÂNIA
O passo seguinte:
Que peninha, não foram os empreiteiros de Europa e América do Norte a pegarem este guito.
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