VENEZUELA
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Re: VENEZUELA
O José Múcio disse para a reporter Larissa Rodrigues que já havia previsão do envio desses blindados à Roraima para o combate do garimpo ilegal. Eles estão pisando em ovos:
Editado pela última vez por knigh7 em Ter Dez 05, 2023 11:15 am, em um total de 1 vez.
- ernando
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Re: VENEZUELA
https://www.defesanet.com.br/ghl/exclus ... -e-guiana/
Exclusivo – Venezuela inicia operações com Forças Especiais junto à fronteira com o Brasil e Guiana
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G. K. Chesterton
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Re: VENEZUELA
Uma pergunta meio besta da minha parte: em um eventual conflito na região, os Gripens podem ser deslocados para a região ou ainda não estão completamente “operacionais” na FAB? Porque com o salto tecnológico que o Gripen proporcionou, creio que levará um tempo para estarem full por aqui, certo?
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Re: VENEZUELA
Vamos por partes.
Meu caro @Túlio a economia do Brasil é francamente agrícola, e o preço das commodities é o que mais importa para este e outro governo qualquer. Indústria está em queda há mais de 10 anos, e não tem mais o mesmo cacife de antes em termos tributários, pelo contrário, está em franca decadência. Comércio e serviços são dependentes do consumo interno, que também está indo ladeira abaixo por causa da inflação e o endividamento pessoal da classe média, com as classes C, D e E seguindo logo atrás. O que achas que acontece se um fato fora da curva da inação nacional em termos de economia resolver tirar todos da sofreguidão natural de suas vidinhas? Uma guerra é tudo o que o governo não quer e não precisa agora. Não pela guerra em sim, mas, porquê não quer arriscar votos e apoio político em ano de eleições municipais. E claro, não quer dar aos militares a chance de voltarem aos holofotes, e recuperar talvez, muito do apoio perdido.
Aos demais colegas.
Quanto à questão dos bldos, os LMV podem ser deslocados via área pelos KC-390. Dois veículos podem ser levados por vez, sendo descarregados diretamente em Boa Vista. As pistas dos PEF em Roraima ainda não suportam a operação do avião da FAB. Só entra de C-98 ou C-105. Já o envio de Guarani para Roraima depende da pressa que o EB tenha, ou queira fazer parecer. O K-390 também pode transportar o Guarani, mas apenas uma única unidade por vez. Tudo vai depender de como FAB e EB ajustarem as suas demandas. Por terra, estes bldos vão levar muito tempo para chegar em Roraima, isso se não tiverem problemas com a navegação por aqui, já que até balsas estão encalhando diariamente mesmo no Rio Amazonas. Os afluentes estão pior ainda.
Esta é no meu entendimento uma situação daquelas em que um cargo pesado militar faria toda a diferença, mas, tem sempre um "mas" no meio do caminho. O KC-30 da FAB talvez possa levar os LMV e Guarani se tivesse a porta de carga instalada, assim como o piso reforçado. Mas isto não está no script da FAB para a transformação deles em reabastecedores. E ninguém que opere os A330 MRTT fez tal mudança.
No caso, o Comando de Operações Especiais do EB, e as FE da FAB e MB estão ativas na região. E não dependem de ordem do governo e\ou MD para atuar no TO da região. Pelo contrário, reportam-se somente aos seus respectivos comandos. Ademais, pessoal da inteligência das forças policiais federais e da ABIN também estão atuando na região. O modus operandi é o mesmo das FE militares. Não esperem ver notícias no jornal sobre elas que não seja de cunho sensacionalista e desinformativo, o que é o costume da imprensa em geral.
A FAB mantém entre 12 a 16 Super Tucano em Boa Vista. O melhor uso destes aviões, no momento, é para missões ISR, em apoio à inteligência militar. No frigir dos ovos, seria bom que tivéssemos ao menos uma esquadrilha em cada um dos 6 PEF em Roraima. Ou pelo menos capacidade de fazê-lo no caso de necessidade. O armamento principal destes aviões são foguetes e metralhadoras, somadas as bombas de emprego geral da serie MK da FAB. Eles não possuem capacidade de portar armas inteligentes. O emprego de pods de reconhecimento e EW também seria algo necessário, mas, estamos longe disso também em termos operacionais.
No que tange os F-5 e A-1, estes caças estão em fim de vida útil e a FAB está comendo o pão que o diabo amassou para mantê-los em operação. Não tem sido fácil e a manutenção está ficando cada dia mais inviável, bem como os altos custos, que não param de crescer. Demandar estes jatos em operações reais com as demandas e exigências pertinentes seria um exercício de suicídio coletivo. O governo não autorizou e não autorizará o envio de qualquer contingente militar à Roraima que possa servir de "incitação ao conflito", de forma que só no caso do território nacional ser usado como trampolim pelos venezuelanos, o governo terá em mãos a desculpa necessária para enfiar a mão no nosso bolso e autorizar as ações militares. Os F-39 Gripen em Anápolis não estão operacionais, e ainda vai demorar para atingirem o IOC.
Por fim, como expus aqui no último post, uma eventual invasão da Guiana irá nos trazer problemas de toda ordem em termos militares, seja de transporte, logística e equipamento e operacionalidade. Mas, principalmente, de tropas para postar na região. Mesmo que Roraima não seja usada pelos venezuelanos, a quantidade de btl necessários para cobrir a toda a nossa fronteira com a Venezuela está muito longe de ser conseguida somente por tropas da região, e o EB vai levar semanas até conseguir dispor aqui de todas as tropas que pode das brigadas Forpron.
Então, se nós achamos que já temos muitos problemas porque as ffaa's vivem à mingua em termos de projetos estratégicos, esperem para ver o que vai acontecer até se verem obrigadas a fazer na real o que pouco estão dispostos a fazer em treinamento.
Meu caro @Túlio a economia do Brasil é francamente agrícola, e o preço das commodities é o que mais importa para este e outro governo qualquer. Indústria está em queda há mais de 10 anos, e não tem mais o mesmo cacife de antes em termos tributários, pelo contrário, está em franca decadência. Comércio e serviços são dependentes do consumo interno, que também está indo ladeira abaixo por causa da inflação e o endividamento pessoal da classe média, com as classes C, D e E seguindo logo atrás. O que achas que acontece se um fato fora da curva da inação nacional em termos de economia resolver tirar todos da sofreguidão natural de suas vidinhas? Uma guerra é tudo o que o governo não quer e não precisa agora. Não pela guerra em sim, mas, porquê não quer arriscar votos e apoio político em ano de eleições municipais. E claro, não quer dar aos militares a chance de voltarem aos holofotes, e recuperar talvez, muito do apoio perdido.
Aos demais colegas.
Quanto à questão dos bldos, os LMV podem ser deslocados via área pelos KC-390. Dois veículos podem ser levados por vez, sendo descarregados diretamente em Boa Vista. As pistas dos PEF em Roraima ainda não suportam a operação do avião da FAB. Só entra de C-98 ou C-105. Já o envio de Guarani para Roraima depende da pressa que o EB tenha, ou queira fazer parecer. O K-390 também pode transportar o Guarani, mas apenas uma única unidade por vez. Tudo vai depender de como FAB e EB ajustarem as suas demandas. Por terra, estes bldos vão levar muito tempo para chegar em Roraima, isso se não tiverem problemas com a navegação por aqui, já que até balsas estão encalhando diariamente mesmo no Rio Amazonas. Os afluentes estão pior ainda.
Esta é no meu entendimento uma situação daquelas em que um cargo pesado militar faria toda a diferença, mas, tem sempre um "mas" no meio do caminho. O KC-30 da FAB talvez possa levar os LMV e Guarani se tivesse a porta de carga instalada, assim como o piso reforçado. Mas isto não está no script da FAB para a transformação deles em reabastecedores. E ninguém que opere os A330 MRTT fez tal mudança.
No caso, o Comando de Operações Especiais do EB, e as FE da FAB e MB estão ativas na região. E não dependem de ordem do governo e\ou MD para atuar no TO da região. Pelo contrário, reportam-se somente aos seus respectivos comandos. Ademais, pessoal da inteligência das forças policiais federais e da ABIN também estão atuando na região. O modus operandi é o mesmo das FE militares. Não esperem ver notícias no jornal sobre elas que não seja de cunho sensacionalista e desinformativo, o que é o costume da imprensa em geral.
A FAB mantém entre 12 a 16 Super Tucano em Boa Vista. O melhor uso destes aviões, no momento, é para missões ISR, em apoio à inteligência militar. No frigir dos ovos, seria bom que tivéssemos ao menos uma esquadrilha em cada um dos 6 PEF em Roraima. Ou pelo menos capacidade de fazê-lo no caso de necessidade. O armamento principal destes aviões são foguetes e metralhadoras, somadas as bombas de emprego geral da serie MK da FAB. Eles não possuem capacidade de portar armas inteligentes. O emprego de pods de reconhecimento e EW também seria algo necessário, mas, estamos longe disso também em termos operacionais.
No que tange os F-5 e A-1, estes caças estão em fim de vida útil e a FAB está comendo o pão que o diabo amassou para mantê-los em operação. Não tem sido fácil e a manutenção está ficando cada dia mais inviável, bem como os altos custos, que não param de crescer. Demandar estes jatos em operações reais com as demandas e exigências pertinentes seria um exercício de suicídio coletivo. O governo não autorizou e não autorizará o envio de qualquer contingente militar à Roraima que possa servir de "incitação ao conflito", de forma que só no caso do território nacional ser usado como trampolim pelos venezuelanos, o governo terá em mãos a desculpa necessária para enfiar a mão no nosso bolso e autorizar as ações militares. Os F-39 Gripen em Anápolis não estão operacionais, e ainda vai demorar para atingirem o IOC.
Por fim, como expus aqui no último post, uma eventual invasão da Guiana irá nos trazer problemas de toda ordem em termos militares, seja de transporte, logística e equipamento e operacionalidade. Mas, principalmente, de tropas para postar na região. Mesmo que Roraima não seja usada pelos venezuelanos, a quantidade de btl necessários para cobrir a toda a nossa fronteira com a Venezuela está muito longe de ser conseguida somente por tropas da região, e o EB vai levar semanas até conseguir dispor aqui de todas as tropas que pode das brigadas Forpron.
Então, se nós achamos que já temos muitos problemas porque as ffaa's vivem à mingua em termos de projetos estratégicos, esperem para ver o que vai acontecer até se verem obrigadas a fazer na real o que pouco estão dispostos a fazer em treinamento.
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Re: VENEZUELA
Em tempo, além da fronteira com Venezuela e Guiana, no caso de um conflito aberto entre ambos, a fronteira com Suriname e Guiana Francesa também devem receber reforço, uma vez que aquele país poderá recorrer a seu antigo colonizador (Holanda) para colaborar na sua defesa, ou na pior das hipóteses, pedir a nós enviarmos tropas para o país com o mesmo objetivo. A França com certeza irá mover mais tropas para reforçar a defesa do seu departamento ultramarino, e quiçá, não duvido, em apoio a norte americanos e britânicos na defesa da Guiana.
No mais, vamos ter problemas de toda ordem para tentar proteger uma extensão de fronteiras com mais de 3 mil km de extensão.
Considerando tropas do CMA\CMN e Bgdas Forpron, a priori, o EB pode chegar a dispor de aproximadamente 26 a 32 btl inf. Se será suficiente para cobrir todo o TO acima, veremos. Levar em conta que o exército não irá enviar todas as tropas de que tais brigadas possuem, mas, a princípio, apenas um btl de cada, já que há a necessidade de se manter reservas e ainda dispor de tropas para as demais regiões de fronteira, no caso das GU sediadas no sul e centro oeste. Nos números acima considerei o envio de todos os 3\4 btl das bdas Pqd, Amv e Mth. Mas pode acontecer também de enviarem apenas um btl de cada bda. O que diminui ainda mais o número de tropas disponíveis. Lembrar que são mais de 400 km de fronteira entre Pacaraima e Bonfim com Venezuela e Guiana.
A ver até onde vai a disposição do EB em proteger efetivamente aquele espaço, sem contar com os recursos, materiais, humanos e financeiros, necessários.
No mais, vamos ter problemas de toda ordem para tentar proteger uma extensão de fronteiras com mais de 3 mil km de extensão.
Considerando tropas do CMA\CMN e Bgdas Forpron, a priori, o EB pode chegar a dispor de aproximadamente 26 a 32 btl inf. Se será suficiente para cobrir todo o TO acima, veremos. Levar em conta que o exército não irá enviar todas as tropas de que tais brigadas possuem, mas, a princípio, apenas um btl de cada, já que há a necessidade de se manter reservas e ainda dispor de tropas para as demais regiões de fronteira, no caso das GU sediadas no sul e centro oeste. Nos números acima considerei o envio de todos os 3\4 btl das bdas Pqd, Amv e Mth. Mas pode acontecer também de enviarem apenas um btl de cada bda. O que diminui ainda mais o número de tropas disponíveis. Lembrar que são mais de 400 km de fronteira entre Pacaraima e Bonfim com Venezuela e Guiana.
A ver até onde vai a disposição do EB em proteger efetivamente aquele espaço, sem contar com os recursos, materiais, humanos e financeiros, necessários.
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Re: VENEZUELA
Para ilustrar:
CMA
1a Bda Inf Slv - Boa Vista
- 1o BIS
- 7o BIS
2a Bda Inf Slv - São Gabriel da Cachoeira
- 5o BIS
- 3o BIS
16a Bda Inf Slv - Tefé
- 8o BIS
- 17o BIS
17a Bda Inf Slv - Porto Velho
- 4o BIS
- 6o BIS
- 54o BIS
- 61o BIS
CMN
22a Bda Inf Slv - Macapá
- 2o BIS
- 24o BIS
- 34o BIS
23a Bda Inf Slv - Marabá
- 50o BIS
- 51o BIS
- 52o BIS
- 53o BIS
Ao todo são 17 BIS subordinados aos dois comandos militares de área. Das 6 brigadas, 1 é tipo III, 3 são tipo II e 2 são quaternárias. Apenas 2 bgda são unidades equipadas na íntegra com todas as SU pertinentes.
Há falta de apoio de artilharia em 4 das 6 brigadas.
Cavalaria somente na 1a e 23a bgda, a nível esquadrão e agora RCM, com a ativação do 18o regimento ainda no papel.
A defesa AAe tem sua base no Igla-S e RBS-70NG, com 12o GAAe em Manaus operando o sistema sueco e o Manpad. A imensa maioria dos BIS não dispõe de defesa AAe, a não ser as .50 de dotação orgânica.
Os grupamentos e btl de engenharia da região são voltados ao setor de construção do exército, podendo ou não ser adaptados aos serviços de engenharia de combate. Há clara falta de equipamentos e suporte logístico, além de pouco material voltado as atividades de combate.
A logística do EB na região é totalmente dependente da FAB e do CECMA, sendo que a primeira tem limitações já conhecidas de tropas, peso e carga\espaço que pode levar com os C-95, C-97 e C-98 do 7o ETA\Manaus e 1o ETA\Belém. Os C-105 estão sediados em Manaus, com o 1o\9o Gav. São 5 ou 6 aviões da dotação orgânica. Os rios ainda estão subindo aos poucos e a navegação ainda é perigosa e muito restritas na maioria das calhas do Rio Amazonas. A FAB poderia dispor do KC-390 para apoiar as demais forças, mas a frota ainda é pequena, e concorre com outras demandas das demais regiões do país, principalmente voltadas a atividades de cunho civil.
A atuação no TO Roraima é prioridade da 1a Bda Inf Slv, e seus dois BIS, com a assistência da 23a Bda Inf Sl no Pará e seus 4 BIS, ambas tropas orgânicas da Forpron na região. Todas as demais tropas estão ligadas aos respectivos comandos de fronteira, e brigadas inf sl, também voltadas para a defesa das regiões de fronteira em que operam. A disponibilidade imediata para aquele TO por parte dos comandos de área da região é de apenas 6 BIS, equivalente a duas brigadas. Algum reforço extra poderia ser completado com BIS da 16a e 17a Bda Inf Sl, mas como disse, haverá a necessidade de suplantar as OM de fronteira ao longo de toda a extensão com a Venezuela e as três guianas. E isto por si só é muito mais que as tropas aqui podem suportar em termos de deslocamento e emprego.
Talvez uma coisa boa que se possa tirar deste possível imbróglio com a Venezuela, é que aquela velha história de 8 brigadas na região do planejamento do EB tome novo impulso. E que além destas novas OM, as atuais recebam todas as SU necessárias a sua formação na íntegra enquanto GU.
O mesmo se aplica à Avex, que talvez receba antes do planejado todos os 16 Black Hawk que se dispôs em seu planejamento. Isto se o governo não atrapalhar o negócio, já que os norte americanos não se fariam de rogados em relação a isso. A FAB também poderia ser aquinhoada com mais BH, mesmo usados, para reforçar sua atuação no TO norte, com a reativação do Esquadrão Poti.
Pode ser que se a coisa sair do controle e o GF se vir compelido a lidar com a situação mesmo que a contragosto, até mesmo a quantidade de KC-390 pode ser restabelecida, com as 28 unidades, de forma a permitir um velho sonho da FAB de equipar a BAMN com esse tipo de avião, aumentando exponencialmente sua capacidade de apoio de região.
Por mais que seja terrível, mas uma guerra pode ajustar alguns dos programas estratégicos das forças armadas, que mesmo sem atingir todos os objetivos finais, pode ao menos mantê-los vivos indiferentes aos cortes anuais do orçamento, o que é bom para a BIDS e para as próprias forças.
A ver.
CMA
1a Bda Inf Slv - Boa Vista
- 1o BIS
- 7o BIS
2a Bda Inf Slv - São Gabriel da Cachoeira
- 5o BIS
- 3o BIS
16a Bda Inf Slv - Tefé
- 8o BIS
- 17o BIS
17a Bda Inf Slv - Porto Velho
- 4o BIS
- 6o BIS
- 54o BIS
- 61o BIS
CMN
22a Bda Inf Slv - Macapá
- 2o BIS
- 24o BIS
- 34o BIS
23a Bda Inf Slv - Marabá
- 50o BIS
- 51o BIS
- 52o BIS
- 53o BIS
Ao todo são 17 BIS subordinados aos dois comandos militares de área. Das 6 brigadas, 1 é tipo III, 3 são tipo II e 2 são quaternárias. Apenas 2 bgda são unidades equipadas na íntegra com todas as SU pertinentes.
Há falta de apoio de artilharia em 4 das 6 brigadas.
Cavalaria somente na 1a e 23a bgda, a nível esquadrão e agora RCM, com a ativação do 18o regimento ainda no papel.
A defesa AAe tem sua base no Igla-S e RBS-70NG, com 12o GAAe em Manaus operando o sistema sueco e o Manpad. A imensa maioria dos BIS não dispõe de defesa AAe, a não ser as .50 de dotação orgânica.
Os grupamentos e btl de engenharia da região são voltados ao setor de construção do exército, podendo ou não ser adaptados aos serviços de engenharia de combate. Há clara falta de equipamentos e suporte logístico, além de pouco material voltado as atividades de combate.
A logística do EB na região é totalmente dependente da FAB e do CECMA, sendo que a primeira tem limitações já conhecidas de tropas, peso e carga\espaço que pode levar com os C-95, C-97 e C-98 do 7o ETA\Manaus e 1o ETA\Belém. Os C-105 estão sediados em Manaus, com o 1o\9o Gav. São 5 ou 6 aviões da dotação orgânica. Os rios ainda estão subindo aos poucos e a navegação ainda é perigosa e muito restritas na maioria das calhas do Rio Amazonas. A FAB poderia dispor do KC-390 para apoiar as demais forças, mas a frota ainda é pequena, e concorre com outras demandas das demais regiões do país, principalmente voltadas a atividades de cunho civil.
A atuação no TO Roraima é prioridade da 1a Bda Inf Slv, e seus dois BIS, com a assistência da 23a Bda Inf Sl no Pará e seus 4 BIS, ambas tropas orgânicas da Forpron na região. Todas as demais tropas estão ligadas aos respectivos comandos de fronteira, e brigadas inf sl, também voltadas para a defesa das regiões de fronteira em que operam. A disponibilidade imediata para aquele TO por parte dos comandos de área da região é de apenas 6 BIS, equivalente a duas brigadas. Algum reforço extra poderia ser completado com BIS da 16a e 17a Bda Inf Sl, mas como disse, haverá a necessidade de suplantar as OM de fronteira ao longo de toda a extensão com a Venezuela e as três guianas. E isto por si só é muito mais que as tropas aqui podem suportar em termos de deslocamento e emprego.
Talvez uma coisa boa que se possa tirar deste possível imbróglio com a Venezuela, é que aquela velha história de 8 brigadas na região do planejamento do EB tome novo impulso. E que além destas novas OM, as atuais recebam todas as SU necessárias a sua formação na íntegra enquanto GU.
O mesmo se aplica à Avex, que talvez receba antes do planejado todos os 16 Black Hawk que se dispôs em seu planejamento. Isto se o governo não atrapalhar o negócio, já que os norte americanos não se fariam de rogados em relação a isso. A FAB também poderia ser aquinhoada com mais BH, mesmo usados, para reforçar sua atuação no TO norte, com a reativação do Esquadrão Poti.
Pode ser que se a coisa sair do controle e o GF se vir compelido a lidar com a situação mesmo que a contragosto, até mesmo a quantidade de KC-390 pode ser restabelecida, com as 28 unidades, de forma a permitir um velho sonho da FAB de equipar a BAMN com esse tipo de avião, aumentando exponencialmente sua capacidade de apoio de região.
Por mais que seja terrível, mas uma guerra pode ajustar alguns dos programas estratégicos das forças armadas, que mesmo sem atingir todos os objetivos finais, pode ao menos mantê-los vivos indiferentes aos cortes anuais do orçamento, o que é bom para a BIDS e para as próprias forças.
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Re: VENEZUELA
Mas cara, já vi Major e Coronel defender Bda Cav Mec e até Bda Blind em Roraima, isso lá pra 2010, quando o Chávez foi as compras. O problema é que existe uma distância gigantesca entre Coronel e General, inclusive distância especialmente de egos.prometheus escreveu: ↑Seg Dez 04, 2023 7:49 pm Independente do que ocorrer na Venezuela, a necessidade de que as forças se movam mais consideravelmente p la é incontestável. Sabendo que Essequibo está sendo disputada pela Venezuela, é uma questão de tempo para que um conflito ocorra por la. Deveríamos ter notado isso já em 2015 inclusive... Logo, mesmo não havendo nada (essa é a minha opinião), isso não significa que nada tenha de ser feito por nossa parte; muito pelo contrário, é prudente que reforce mesmo a região. Estão certos mesmo.
De toda forma, devíamos sim ter uma Bda Blind em Roraima, até pelo terreno ser maior que RS - aqui não falo o tamanho do estado, mas sim o potencial do terreno - e há um adversário bem mais formidável. Outra coisa seria uma Bda Cav Mec em Rondônia e outra no Pará, num alcance de 24 horas de Roraima. Bda Cav Mec deveriam ser nossas Brigadas de Mobilidade Estratégica com Poder de Choque, 3x RCMs e 1x BIMec.
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Re: VENEZUELA
Uma dúvida: estas terras que os caras supostamente precisam passar para invadir a Guiana "por acaso" não são todas reservas indígenas, de onde recentemente o mesmo EB, junto com o IBAMA e a PF, andaram expulsando todo o não-índio que morava por lá, incluindo gente que tinha fazendas há mais de meio século? O mapa abaixo sugere isto:
E se os mesmos índios, expulsos os brancos pelos próprios brancos, agora resolverem expulsar o EB, este vai fazer o quê? Sair matando eles, tacando blindados pra cima das aldeias? Lembrar, a Venezuela não precisa "fazer amizade" com (leia-se subornar) TODOS OS ÍNDIOS, pois todo mundo sabe que as tribos são escravas dos caciques e seus capangas, coisa não muito diferente do que é uma favela ocupada por facção no Hell de Janeiro.
E se os mesmos índios, expulsos os brancos pelos próprios brancos, agora resolverem expulsar o EB, este vai fazer o quê? Sair matando eles, tacando blindados pra cima das aldeias? Lembrar, a Venezuela não precisa "fazer amizade" com (leia-se subornar) TODOS OS ÍNDIOS, pois todo mundo sabe que as tribos são escravas dos caciques e seus capangas, coisa não muito diferente do que é uma favela ocupada por facção no Hell de Janeiro.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: VENEZUELA
Cirúrgico. Já estão fazendo isso do lado de lá. Quem, em sã consciência, se atreve a dizer que não farão o mesmo do lado de cá?Túlio escreveu: ↑Ter Dez 05, 2023 3:13 pmUma dúvida: estas terras que os caras supostamente precisam passar para invadir a Guiana "por acaso" não são todas reservas indígenas, de onde recentemente o mesmo EB, junto com o IBAMA e a PF, andaram expulsando todo o não-índio que morava por lá, incluindo gente que tinha fazendas há mais de meio século? O mapa abaixo sugere isto:
E se os mesmos índios, expulsos os brancos pelos próprios brancos, agora resolverem expulsar o EB, este vai fazer o quê? Sair matando eles, tacando blindados pra cima das aldeias? Lembrar, a Venezuela não precisa "fazer amizade" com (leia-se subornar) TODOS OS ÍNDIOS, pois todo mundo sabe que as tribos são escravas dos caciques e seus capangas, coisa não muito diferente do que é uma favela ocupada por facção no Hell de Janeiro.
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Re: VENEZUELA
pewdiepie escreveu: ↑Ter Dez 05, 2023 3:32 pmCirúrgico. Já estão fazendo isso do lado de lá. Quem, em sã consciência, se atreve a dizer que não farão o mesmo do lado de cá?Túlio escreveu: ↑Ter Dez 05, 2023 3:13 pmUma dúvida: estas terras que os caras supostamente precisam passar para invadir a Guiana "por acaso" não são todas reservas indígenas, de onde recentemente o mesmo EB, junto com o IBAMA e a PF, andaram expulsando todo o não-índio que morava por lá, incluindo gente que tinha fazendas há mais de meio século? O mapa abaixo sugere isto:
E se os mesmos índios, expulsos os brancos pelos próprios brancos, agora resolverem expulsar o EB, este vai fazer o quê? Sair matando eles, tacando blindados pra cima das aldeias? Lembrar, a Venezuela não precisa "fazer amizade" com (leia-se subornar) TODOS OS ÍNDIOS, pois todo mundo sabe que as tribos são escravas dos caciques e seus capangas, coisa não muito diferente do que é uma favela ocupada por facção no Hell de Janeiro.
Dos três municípios do mapa que postei:
PACARAIMA: mais de 80% são "legalmente" considerados terra indígena (São Marcos, que possui inclusive quase 20% da capital Boa Vista);
UIRAMUTÃ: 100% (Raposa Serra do Sol), e sozinha já basta para a passagem das tropas dos venecas;
NORMANDIA: 100% na Raposa Serra do Sol.
É uma lembrança de posts BEEEM antigos meus mencionando o quão DOIDO é demarcar reservas em território contínuo e contíguo com outros países, é perda encaminhada (ou ganho, a bem da verdade, pois aqui também se os podia subornar; o ponto é que o zorópa, que sempre teve olho grande na região, tem muito mais $$$ para fazer isso, e desde o século passado levam caciques para lugares como Londres e Paris).
PACARAIMA: mais de 80% são "legalmente" considerados terra indígena (São Marcos, que possui inclusive quase 20% da capital Boa Vista);
UIRAMUTÃ: 100% (Raposa Serra do Sol), e sozinha já basta para a passagem das tropas dos venecas;
NORMANDIA: 100% na Raposa Serra do Sol.
É uma lembrança de posts BEEEM antigos meus mencionando o quão DOIDO é demarcar reservas em território contínuo e contíguo com outros países, é perda encaminhada (ou ganho, a bem da verdade, pois aqui também se os podia subornar; o ponto é que o zorópa, que sempre teve olho grande na região, tem muito mais $$$ para fazer isso, e desde o século passado levam caciques para lugares como Londres e Paris).
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: VENEZUELA
Sei não. Ser índio brasileiro já é ruim. Ser índio venezuelano deve ser 1000x pior.
Acredito que não teremos maiores distúrbios causados por tribos indígenas.
PS.: Também acho um absurdo essas terras indígenas em fronteira. Tinham que ter uma margem de uns 150 km, no mínimo.
Acredito que não teremos maiores distúrbios causados por tribos indígenas.
PS.: Também acho um absurdo essas terras indígenas em fronteira. Tinham que ter uma margem de uns 150 km, no mínimo.
Abraços
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Re: VENEZUELA
Talvez em outros tempos, agora com Petro no governo? Nem sonhando.jumentodonordeste escreveu: ↑Seg Dez 04, 2023 10:25 pmMais provavel que essa "responsa" recaia sobre os Colombianos.FIGHTERCOM escreveu: ↑Seg Dez 04, 2023 10:10 pm Sabendo que a Guiana não teria condições de incorporar material Made in USA para fazer frente às forças venezuelanas, não seria tão absurda a idéia de abastecer o Brasil para fazer a proteção. Capaz dessa treta aí render até mesmo alguns BlackHawks e quem sabe até alguns F-16 para um esquadrão na região norte.
Abraços,
Wesley
Tio Sam tem mais confiança lá do que aqui.
Comuna por Comuna, no poder...Temos o nosso tb
De todo modo, Florida e porto rico estão logo ali, eles não precisam armar ninguém para deter a Venezuela
Abraços,
Wesley
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Re: VENEZUELA
Duka escreveu: ↑Ter Dez 05, 2023 5:06 pm Sei não. Ser índio brasileiro já é ruim. Ser índio venezuelano deve ser 1000x pior.
Acredito que não teremos maiores distúrbios causados por tribos indígenas.
PS.: Também acho um absurdo essas terras indígenas em fronteira. Tinham que ter uma margem de uns 150 km, no mínimo.
Ser um trabalhador favelado num morro do Hell de Janeiro deve ser uma baita duma josta também, mas ser dono de facção ou membro não, que estes levam vida boa; mesma coisa os índios, mó viagem é acreditar que resolvem tudo por consenso e que pra se entender com um tem que se entender com todos: o que o cacique decidir - com apoio da capangada - o resto irá acatar, ou por bem ou "olha aqui a chacina, foi o EB, eu vi".
Mais de três décadas mas o "trabalho" valeu a pena: hoje as portas de entrada para o norte estão à disposição de quem pagar mais.
Mais de três décadas mas o "trabalho" valeu a pena: hoje as portas de entrada para o norte estão à disposição de quem pagar mais.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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