VENEZUELA

[FCarvalho]

De acordo com a Constituição (art. 49, inciso II) é competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar que forças estrangeiras transitem pelo território nacional.
Qualquer tentativa de fazer isso sem essa autorização é invasão ao território brasileiro.

Nem fala uma coisa dessas. Nessas horas os congressistas até negam que tem mandato.
Esperar algo do congresso nacional quando realmente ele é necessário é como ganhar na mega da virada sozinho.
Meia chance chance em 100 milhões.

[FCarvalho]

Uma forma de resolver o problema seria o Brasil, a partir de visitas de autoridades e exercícios militares, dissuadir a Venezuela de qualquer invasão, tornar o fiador da integridade territorial da Guiana, aumentar a sua influencia militar no país, nos moldes de como é no Paraguai, e tentar garantir que empresas brasileiras explorem Petróleo lá como contrapartida.
Uma invasão venezuelana e uma omissão brasileira faria com que os EUA intervissem e isso colocaria em cheque a posição do Brasil como potencia regional.

Sinto dizer, mas, a visão de mundo narcisista e utópica do GF impede qualquer capacidade de entendimento do que afirmas.

Geoestratégica e geopolítica são palavrões incompreensíveis no planalto central.

Se não pode resolver com uma bolsa esmola ou pagando alguém por baixo para encaminhar o assunto discretamente, nem pensar. Deixa para depois, ou para o próximo que vier.

[FCarvalho]

Essa conta não está fechando.
Para um tanque sair do sul até RR demora cerca de 15 dias. Ao que parece não teve nenhum movimento neste sentido.
Não tivemos movimentação da brigada PQDT e Aeromovel.
Ao que tudo indica estamos apenas reforçando a Área de Roraima com o efetivo do 7° BIS e quiçá algum reforço do 1°BIS.
Única certeza é que os FE devem estar na área.
Enfim, me parece que estamos nos atrasando com calma.

A boca pequena o GF deixou claro ao MD para não mover uma palha na direção de Roraima. O Itamaraty deve ter todas as prerrogativas neste momento. O governo entende que movimentos massivos de tropas para o norte agora não são a melhor propaganda a si, e vai no sentido contrário de toda verborragia politicamente correta no estilo " o Brasil é um país pacífico... "

Então, não esperes que as ffaa's façam mais do que movimentos muitíssimos discretos neste sentido.

O 1o BIS continua aqui, sem mexer um músculo sequer. Idem para demais OM da região.

É incontestável que o pessoal da 3a CiaForEsp de Manaus esteja na região da tríplice fronteira em Roraima. Idem para demais OpsEsp de FAB e MB. É mais fácil, e menos visível, mover o pessoal a partir daqui, com bem menos olhos dispostos a clicar uma cena indesejável ao governo.

No mais, todos sabemos que as ffaa's não tem condições de apostar tropas, em curto período de tempo, equipadas e adestradas o suficiente para enviar aquele TO específico. E isto só será feito, diga-se de passagem, se o governo autorizar, o que não o foi até o momento.

Vão esperar até o último segundo, ou quando o leite estiver derramado, para poderem deixar os militares tentarem fazer o seu papel, mesmo que sem condições. As explicações para o populacho eleitor de esquerda e nas mídias sociais vem depois.

[FCarvalho]

Até pq nem a mais criativa alma imagina que Maduro vai seguir com essa idiotice.
Então, estamos nos atrasando com calma para o evento que está marcado e todos sabem que não vai acontecer.

Não apostes nisso.
Neste exato momento tem um grande E SE na cabeça dos oficiais generais no EMCFA e demais cmdos militares.
E estão tratando a questão a portas fechadas. Inclusive ao MD e setor político em Brasília.
Aparentemente, os caras não querem pagar pra ver.
O problema agora são todas as travas possíveis que o governo tem colocado a fim de impedir qualquer movimento inato das forças em relação à situação no norte de Roraima.
A ver.

[FCarvalho]

Como todos sabem a fronteira entre a Venezuela e a Guyana é uma densa floresta, praticamente desabitada e sem estradas. O que poderá acontecer é um pelotão do exército venezuelano atravessar a linha divisória, abrir uma clareira na mata, já dentro da Guyana, e proclamar a "posse do território". Fazer ali uma cerimônia com hasteamento da bandeira venezuelana, muitas fotos, a tropa cantando o hino nacional, etc.. Os guyanos vão levar algum tempo até descobrir onde os venezuelanos estão acampados no meio do mato e, enquanto isso, o Maduro faz o seu comercial de campanha eleitoral. No final os venezuelanos podem nem ter entrado na Guyana mas o que importa é a propaganda.

A questão é: quem vai pagar para ver?
Brasil ou Estados Unidos?

[FCarvalho]

Um detalhe que passa despercebido nestas discussões.
O inverno amazônico está começando. E para quem acha que trafegar no lavrado roraimense é algo natural e sem maiores problemas, porque tem estrada, etc, bem, melhor revisar suas aulas de geografia.
Aquilo ali não será nenhuma blitzkrieg para ninguém.
Todas as três partes envolvidas sabem disso.
No máximo algum apoio motorizado, e já é muito.
O EB tem pouca ou nenhuma capacidade de transferência rápida de meios motorizados, mesmo os localizados na região.
Nem se fale em termos mecanizados e bldos.
Portanto, qualquer inferência a intrusão em nossa parte daquele bioma será feito essencialmente por infantaria a pé.
A ver quem tem a menos esculhambada.

[knigh7]

[Marcelo Ponciano]

Há muitas coisas em questão. Acredito firmemente que nenhum cenário é descartado pelas autoridades brasileiras, inclusive por parte do Governo Lula.

A relação entre Venezuela e o Governo Lula há tempos não é a mesma. E quem sabe ler detalhes já percebeu isso. Maduro não veio à posse do Lula, depois disso houve desencontros entre eles. Em seguida teve encontro entre eles somente em maio, mas foi frio e longe de ser um grande evento diplomático de esquerda latina americana que costuma ser esses eventos. Na cúpula da Amazônia, em Belém, no mês de agosto, Lula e Maduro teriam um encontro reservado, mas o Presidente da Venezuela cancelou a vinda ao Brasil no último segundo sem qualquer justificativa pública.

Esse tipo de ato, desmarcar de última hora, é um modo clássico na diplomacia de denonstrar descontentamento

Em seguida teve o recente acordo com os EUA que o Brasil ajudou, mas diante de tudo isso fica claro que ali valeu muito mais o pragmatismo diplomático do que a relação esquerda-esquerda, que praticamente não existe mais entre eles.

Não tenho dúvidas de que a crise de Essequibo é uma bomba armada há meses e já era esperada pelo Brasil e Estados Unidos. E claramente o Brasil tem discordado da postura beligerante da Venezuela, mesmo no governo Lulista, que tem atuado junto dos Estados Unidos nisso.

Em termos práticos, do ponto de vista da ação militar, fato é que deslocar grande contigente agora só levará a uma escalada de tensões por enquanto desnecessária. Ter o timing certo faz parte de qualquer estratégia militar. E nossos generais sabem disso.

[pewdiepie]

Força Aérea da Venezuela tem mais qualidade e quantidade que a FAB.

[akivrx78]

[jumentodonordeste]

Continuo apostando minhas jujubas contra uma invasão oficial. Ainda acho ser puro bafo de boca dos venezuelanos.

Mas se for ocorrer mesmo, acredito que começaria com "insurgentes", guerrilhas patrocinadas pelos venezuelanos, bem ao estilo Russo. Eles não vão mergulhar nisso de cabeça, vão colocar o pezinho na água primeiro.

[henriquejr]

Isso não passa de um grande teatro para beneficiar politicamente os caudilhos da região. Maduro, está as vésperas de uma eleição, e me parece que ele firmou alguma na compromissos com os EUA para permitir que as eleições ocorram. Por outro lado, o "Nine" está obcecado pelo prêmio Nobel, para "limpar a sua biografia" e massagear a sua megalomania! Ambos podem sair ganhando com esse teatro. O Maduro com possível união nacional ativando o nacionalismo no povo, e o Lula como o grande negociador da paz.....

[FCarvalho]

A titulo de ilustração, como dispus no mapa acima do estado de Roraima, no caso da Venezuela resolver bancar essa brincadeira, já saímos ferrados porque, no mínimo, o EB se verá obrigado a enviar de pronto - 24 a 72 horas - nada menos que 4 batalhões para reforçar os únicos PEF existentes naquele TO, além de, ao menos 1 batalhão para a região do Monte Roraima, onde está a tríplice fronteira.

Os PEF são Pacaraima, Uiramutã, Bonfim e Normandia. Principalmente este ultimo onde a única estrada federal liga o Brasil ao território guianês. Mas tá, de onde o EB vai mesmo tirar pelo menos 5 batalhões de infantaria e colocá-los no extremo norte em tão pouco tempo, considerando que o pessoal já está aqui com duas bdas pertencentes à Forpron e a menos de 1 mil km de distância? Ou essa Forpron não passa de mais uma jogada de marketing para escamotear as capacidades e operacionalidades irreais de sempre?

Se poderia fazer isso antecipadamente se a inteligência militar fizer o seu trabalho, dando tempo suficiente a uma decisão de Brasília no sentido de autorizar a mobilização o mais rápido possível, ainda que de forma discreta, se é que isso é possível hoje, ou mesmo se justifica, já que estamos nos movendo dentro de nosso território e não devemos satisfação disso a ninguém.

Bom, só aí já dá para ver que estamos bem ferrados em termos de recursos, tropas e tempo, uma vez que a FAB vai estar ocupada com seus próprios problemas, além da frota de transporte ser basicamente restrita a 18 aviões de médio porte, entre KC-390 e C-105.

Agora pensem, se mal e porcamente conseguimos mover as tropas do CMA e CMN para Roraima, ou falta vontade mesmo, para que mover gente do RJ, SP, PR ou RS e PE, e sabe-se lá mais de onde, a mais de 3.000 km de distância quando a necessidade urge em tempo e apronto?

Não seria simplesmente mais lógico e sensato colocar a 1a Bda e a 23a Bda de plantão junto com os esquadrões de transporte da FAB e fazer o que se deve a partir daqui, e só depois se pensar em reforçar mais ainda com tropas de outras localidades do pais?

Será que só eu que consigo pensar nisto como algo lógico ou estou sendo irracional nesta questão?

Esqueçam esse merda de enviar cav mec e bldos em Roraima. O que podemos e precisamos fazer é infestar o nosso lado da fronteira com infantaria a perder de vista. Cada metro quadrado. E infantaria é o que não nos falta desde sempre.

Lembrem-se que o governo não autoriza, e não irá autorizar, o envio de qualquer reforço para o norte de Roraima até o último segundo, e mesmo assim, com sérias restrições quanto ao que será de fato enviado, já que não há qualquer disposição política de tornar essa situação fora de controle, principalmente se norte americanos e britânicos resolverem fincar pé na Guiana. Mas isso já está acontecendo, sem maiores reclamos de nossa parte, oficialmente.

Da região, ainda poderiam ser enviados como apoio às GU acima mencionadas o 54o BIS\Humaitá e o 17o BIS\Tefé, respectivamente da 17a BdaInfSlv e 16a BdaInfSlv, que estão localizados em locais em que sua ausência não traria maiores problemas. Ou seja, conseguimos reunir coisa de 8 BIS, contando o 7o BIS\Roraima, como força de resposta rápida dentro do TO amazônico. Isto posto, é importante salientar também que a 22a Bda Inf Slv de Macapá não irá mover-se para Roraima visto que sua missão primária é a defesa da foz do Rio Amazonas. São 3 BIS subordinados a esta brigada. O mesmo se aplica à 2a BdaInfSlv que é responsável pela fronteira com Venezuela e Colombia, e o Cmdo Alto Solimões em Tabatinga, com o 8o BIS.

Então, não vejo problema deixar a FAB de alerta com seus 11 C-105 (obviamente os que estiverem disponíveis) e os 7 KC-390 a fim de dispor estes meios para o transporte dos 7 BIS que se pode enviar ao extremo norte em Roraima quando e se necessário, e que não precisa dizer, chegariam muito antes lá de qualquer Pqd ou Amv vindas dos fim do mundo e que levariam semanas até estarem todas aqui com seus equipamentos de apoio.

Há sim, olhem com atenção o mapa acima, e percebam que 8 BIS é apenas o mínimo básico necessário para reforçar os PEF, e ocupar alguns espaços vazios entre eles como resposta rápida a um ataque venezuelano ao país vizinho. Além destas OM, vamos precisar de todas as Forpron que o EB puder levar para lá, como já dispus neste tópico anteriormente. O problema é saber se o governo vai estar realmente disposto a bancar toda essa movimentação, e pior, sua manutenção pelo tempo que for preciso enquanto durar o imbróglio. Estamos falando de pelo menos 10 mil homens fora de sede por tempo indeterminado. E isso é muita coisa para para um exército pouco acostumado a mover quiçá um batalhão ou uma simples CiaInf em exercícios simplórios sem maiores complexidades.

E nem falei das tropas de apoio, já que nem só de infantaria se faz uma guerra. Já dizia Napoleão, os exércitos marcham sobre seus estômagos. E o do soldado brasileiro costuma ser bem vazio.

[gabriel219]

Não sei, semanas antes do Yom Kippur também acharam que era teatro.

[gogogas]

Já tem tropas americanas na Guiana , quem sabe alguns F-16 não decolam de Porto Rico para visitar nossos hermanos do norte rsrsrs ! Uma guerra naquela região sem apoio de helicópteros e caças para escolta e CAP pode ser um problema para Venezuela , se a ajuda americana partir pra cima dos venezuelanos, essa aventura não passa de uma Malvinas 2.0 , sem contar que os americanos assinaram para extrair petróleo da Guiana , até parece que os primos do norte vai deixar a cereja do bolo !