Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#16 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 04, 2022 4:03 pm

A infantaria

Como se pode observar no quadro que deixei em post anterior na primeira página, vou fazer algumas onsiderações sobre cada arma, quadro e serviço subordinados ao comando miitar do nordeste.

O primeiro fato a se destacar é que as duas GU operacionais na região são a 7ª e 10ª Bdas Inf Mtz, com sede respectivamente em Natal e Recife, sendo que esta última também abriga a sede da recém reativada 7ª DE, da 7a RM e do próprio CMNE.

A existéncia destas duas GU a nível brigada não revela a presença de outras duas brigadas, que existem em termos práticos e que estão subordinadas a 6ª e a 10ª RM, em Salvador e Fortaleza. As OM subordinadas a essas regiões militares formam dentro de um contexto operacional mais duas GU em nível brigada, sendo que ambas não contam com todos os recursos de que este tipo de unidade deve dispor.

Sobre a organização destas 4 “brigadas” existentes na região é importante ressaltar como mostra o quadro anterior que apenas a 10ª Bda Inf Mtz é completa, contando com todos os seus elementos componentes de apoio em termos de recursos. A 7ª Bda Inf Mtz encontra-se incompleta assim como as tropas das demais duas regiões militares.

Cabe perguntar, me perece lícito, qual a razão de se deixar à 6ª e 10ª RM com a responsabilidade de também responder pelo comando operacinoal daquelas unidades de combate, ou talvez, com a reativação da 7ª DE esta missão seja passada a ela, embora esta também não me pareça ser um decisão que responda na íntegra as demandas daquelas OM subordinadas.

Sob o ponto de vista pragmático cada uma das GU a nível brigada está organizada de forma ternárias, ou seja, cada uma com 3 batalhões de infantaria. A 7ª responde pelo saliente do nordeste, contando com OM subordinadas nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, enquanto a 10ª Bda Inf Mtz tem OM desdobradas nos estados de Pernanbuco e Alagoas. Já as OM da 6ª RM localizam-se nos estados da Bahia e Sergipe, enquanto a 10ª RM tem suas unidades nos estados do Ceará e Piaui.

De forma geral é possível verificar, a meu ver, que as OM do nordeste carecem da criação de mais duas GU a nívle brigadas com vista ao comando daquelas unidades de combate que existem lá de forma a cobrir as duas regiões militares não afetas as brigadas existente. No mais, salienta-se a necessidade também de fornecer a três das quatro “brigadas” nordestinas as OM de apoio necessárias à sua composição na integra, de maneira a oportunizar-lhes uma verdadeira capacidade de combate sem precisarr depender de remanejamentos ou tropas de fora da região.

Me parece que seria oportuno falar que faltam principalmente apoio em artilharia, cavalaria, comunicações assim como as bases logísticas que lhe fazem jus. Assim como o debate sobre a mecanização destas unidades que no meu entender seria tão lógico quanto necessário.

Mas isto fica para os próximos postagens.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#17 Mensagem por FCarvalho » Seg Set 05, 2022 12:05 pm

A mecanização da infantaria e a integridade organizacional das brigadas

Como visto no último post, existem 13 batalhões de infantaria na região nordeste, dos quais, sete deles estão subordinadas diretamente à 7ª e 10ª brigadas de infantaria motorizadas, com os seis restntes distrinuídos entre a 6ª e 10ª RM.

A única GU operacional na região completa é a 10ª Bda Inf Mtz com sede em Recife, com OM também no estado de Alagoas. Ela conta, como se pode ver no quadro ilustrativo do CMNE, com 4 btl inf, 1 GAC, 1 EsqCavMec, 1 Btl Log, 1 Cia Eng, 1 Cia Com e 1 Pel PE. A brigada é portanto, das raras do EB organizada de forma quaternária. A 7ª Bda Inf Mtz com sede em Natal e desdobrada também no estado da Paraíba conta somente com 3 btl inf e 1 único GAC a seu dispor, além de 1 pel PE.

As duas outras unidads que se poderia chamar por assim dizer de brigadas, no caso subordinadas à 6ª RM com sede em Salvador e OM também no estado de Sergipe, possui 3 btl inf mtz e 1 btl PE, enquanto a 10ª RM com sede em Fortaleza e OM no estado do Piaui, possui 3 btl inf mtz e 1. Cia PE. Todas as demaiis OM subordinadas aquelas regiões militares são de caráter administrativo, logístico ou de apoio técnico. A exceção feita são os BEC e BECmb mas estes estão subordinados diratemante ao 1º grupamento de engenharia. Isto será objeto de outro post.

É possível observar neste aspecto que a constituição das GU do CMNE não recebem e não tem o suporte necessário que se espera devido aquela região a fim de atuarem de forma o mais independente possível, considerando o fato que qualquer interferencia externa miltiar na região significa que as tropas do CMNE irão depender praticamente em quase tudo do remanejamento de tropas do sul e sudeste do Brasil no que diz respeito ao apoio artilharia, bldo e mecanizado. Não é preciso dizer que hoje o projeto FORPRON irá dispor de até 10 brigadas prontas para serem deslocadas para qualquer lugar do país, mas a questão que fica é: o quão equipadas e treinadas estas tropas estão efetivamente a fim de proporcionar a efetivadade em combate que se espara delas em um cenário de conflito convencional de alta intensidade. Também não é preciso dizer que o deslocamento de tais unidades, seja em nível brigada, unidade ou subunidade irá descobrir parcialmente outras regiões do país.

Talvez a lógica nos mande fazer o óbvio que seria a criação de mais duas brigadas cobrindo a 10ª e 6ª RM, acolhendo as unidades e subunidades necessárias a sua completa organização, assim como cobrir na integra a 7ª Bda Inf Mtz. Na prática isto significa alocar mais 2 GAC, 3 Btl Log, 3 Cia Com, 3 Cia Eng e 3 EsqCavMec a fim de compor na íntegra aquelas OM. Todas estas unidades podem ser conseguidas com o desdobramento de outras OM que já existem na região, como os BEC e BECmb além do 16º RCM. A artilharia e a logística teriam que ser criadas do zero ou com a tranferência de unidades de outras regiões onde não sejam necessárias ou impositivas.

Do ponto de vista da integridade das 4 GU que se pode dispor no CMNE, me parece ser oportuno discurtir a mecanização de todas elas, já que a região é bastante propícia ao uso de tropas mecanizadas, dado que a malha rodo-ferroviária é bem expressiva, além de que o deslocamento e apronto das tropas é favorecido ao mesmo tempo. Ser capaz de se deslocar rapidamente e em grandes distância em uma região bem grande como o nordeste é algo que não pode ser desconsiderado, face ao enorme litoral que possui. Isto vale principalmente pelo fato de que não existem tropas em quantidade que se possa apor uma defesa costeira realmente efetiva de todo o litoral sem deixar hiatos abertos.

Assim, a mecanização das OM existentes na região acaba por justificar-se seja por sua importância operacional tática e estratégica, como pela necessidade de se possuir na região GU capazes de suportar um combate de médio e longo prazo sem necessariamente depender de outras fontes fora da sua área de cobertura, embora estas também sejam necessárias, mas sem subordinar as capacidades operacionais das tropas regionais.

Em termos materiais a mecanização das 4 “brigadas” do CMNE passaria pela aquisição de pouco mais 900 VBTP\VBE Guarani para a infantaria, além de uns 60 VBC CAV, cerca de 72 VBC OAP SR e outros 105 VBMT LR, além dos veículos de apoio consequentes. No total um investimento que irá demandar mais de 1100 veículos bldos do atual projeto Forças Blindadas do exército. Pode parecer muito, e talvez seja de fato para uma força que luta para manter seus projetos o minimamente dentro dos cronogramas, mas é algo a se pensar seriamente.

Não considerei as forças de cav blda visto que o EB não tem pretenções a este despeito, ainda que a existência de tais forças na região nordeste a meu ver sejam tão necessárias quanto na região centro oeste e sul. Deixar as brigadas nordestinas apenas com apoio da cav mec por maior poder de fogo que ela venha a dispor com as novas VBC CAV não só é uma temeridade como contraprudocente, tendo em vista o enorme problema logístico que é mover forças blindadas pelo país afora, além de que a precariedade da rede ferroviária nacional ser um fator impactate nos seus desdobramentos. E tirar OM de um lugar onde são necessárias para cobrir os espaços vazios deixados propositalmente não me parece ser exatamente uma boa estratégia, por mais que se reclame da falta de importância e investimentos em defesa no país.

De qualquer forma, na minha opinião, a existência de 4 brigadas cav mec ou 4 brigadas de cav blda seria o mínimo que se pode esperar para uma defesa crível e fiável da região nordeste a partir das tropas ali estabelecidas. Conquanto já está sendo mais que difícil conseguir-se a substituição de apenas duas dezenas e meia de Leo 1A5, esperar que sejam investidos mais alguns bilhões para equipar 4 GU bldas na região nordeste com até 400 CC e outras 600 VBC FUZ e derivados não é exatamente algo que se possa ter esperança em qualquer tempo.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#18 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 07, 2022 5:39 pm

A artilharia de campanha

Do ponto de vista prático, é necessário a criação ou tranferência de dois GAC para a região a fim de apor o apoio de fogo necessário as peças de manobra das tropas. É preciso também encampar a criação de uma AD a fim de cobrir 7ª DE.

Neste aspecto, observando a organização de um e outro tipo de OM disposta nos manuais do exército, são necessários:

36 a 64 obuseiros AR 105mm – 2 GAC nível Bda de 3 a 4 bia, com bia de 6 a 8 peças;
36 a 64 obuseiros AR 155mm – 2 GAC nível AD de 3 a 4 bia, com bia de 6 a 8 peças;
12 a 16 Lançadores Móveis Foguetes Astros (AD) – 2 Bia LMF a nível AD com Bia de 6 a 8 viaturas;

Na organização da AD existe ainda um grupo ou bateria de AAe que na prática não existem em nenhuma OM deste tipo atualmente no exército brasileior. Mas como se está por este tempo trabalhando no projeto de um sistema comum para as três forças dentro da AAe, talvez estas subunidades das AD possam ganhar finalmente vida operacional.

Por enquanto seria muito importante, penso, que o GAAe ou BiaAAe das AD fossem ao menos criadas formamente através de seus núcleos afim de prover alguma eficácia na sua implantação operacional no longo prazo, quando houver material adequado a sua operacionalidade, bem como prover estudos doutrinários, dentre outros, que visem preparar a sua existência ativa na defesa da AD a que se subordinam.

No momento seria até mesmo interessante lançar mão dos sistemas RBS-70NG montados em veículos, já que usamos o mesmo há algum tempo e ele tem um raio de cobertura bastante extenso para um Shorad. A versão básica também seria de bem vinda, caso fosse adotada também, de forma a permitir ao menos a formação e aprestamento de quadros humanos naquela função dentro das AD.

No caso da Bia LMF prevista em cada AD, isso poderia ser facilmente resolvido, teoricamente, com a aquisição de mais sistemas Astros 2020 para emprego na região nordeste, algo que havia sido planejado anos atrás de forma a dispor de ao menos 6 grupos de lançadores e foguetes no país. A criação de uma GU tal como os dois GMF – ou um único que fosse - em Formosa na região nordeste não só é adequado como necessário ao apoio de fogo na artilharia de campanha a níve brigada como da defesa de costa; e não é preciso dizer da importância e dissuasão que estes sistemas nacionais sustentam no âmbito da defesa regional sob qualquer aspecto.

Ainda é importante falar sobre as Bia Observação que cada GAC deveria possuir, mas que na prática não existem, principalmente a nível brigada e AD. Hoje, todos que acompanham os coflitos modernos sabem da importância de se dispor de uma forte e efeciente capacidade ISR em todos os níveis decisórios, e que saber do que se passa antes do seu adversário, antecipando-lhe as ações, ou elaborando contra-ações é algo fulcral para se atingir os objetivos táticos ou estratégicos de qualquer guerra. E isso significa uma coisa simples na guerra moderna: drones. Muitos drones. Em quantidade e qualidade mais que suficiente para ajudar a determinar os resultados de um combate, ou mesmo de uma guerra. Infelizmente neste campo o Brasil também está muito atrasado, por mais que a BID e a indústria nacional já tenham apresentado bem mais de uma dezena de soluções cabíveis, seja para equipar a artilharia de campanha, seja quaisquer outras OM que deles tenham necessidade. É uma questão que precisa ser resolvida o mais rápido possíve, pois estamos ficando para trás a cada ano de protelação nesta área no sentido de adotar nã apenas vetores, mas uma doutrina clara, objetiva e eficiente para nós.

Apenas a título de curiosidade, no caso da mecanização das brigadas nordestinas, a necessidade de novas VBO AP SR que hora está sendo encaminhada via RFQ no mercado nacional e internacional, além das 36 propostas – que diga-se de passagem não atende nem 1\4 das necessidades da artilharia de campanha do EB quanto a mecanização das suas forças de infantaria e cavalaria – poderia trazer a esta conta de 72 a 128 unidades a fim de suportar as 4 brigadas que lá operaram de acordo com a organização acima apresentada. Mas isso fica para os futuros generais do EB pensarem\refletirem sobre o que querem de fato sobre o futuro da defesa da região nordeste.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#19 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 07, 2022 6:34 pm

A artilharia de campanha - pensando na realidade dos fatos.

Atualmente o EB tem como proposta transformar a 7a e 10a Bda Inf Mtz em brigadas de infantaria. O que será feito das demais OM em nível batalhão de infantaria ainda é uma incógnita pois não há - pelo menos de público, e que eu saiba - nenhuma informação sobre o futuro destas unidades nos planos do exército. Desta forma, o que podemos saber sobre o futuro dos dois únicos GAC existentes no nordeste é que, teoricamente, eles devem vir a ser equipados com o futuro substituto dos M-101 que hoje são seu material de emprego básico, com todas as limitações de sua idade e concepção.

Em todo caso, como as OM da região nordeste aparentemente estão sempre no final da fila de qualquer prioridade em termos de planejamento, é muito difícil antever que tipo de futuro espera por aquelas OM, mesmo porque, como já comentamos no post anterior, com a disposição de tropas existente na região, era no mínimo de se esperar que fossem disponibilizados mais dois GAC para lá, e não simplesmente deixar os que estão à mingua, na espera de que um dia sejam encontradas condições que os favoreçam em termos materiais.

Fico pensando como é possível para um exército de um país como o nosso ser tão complicado fazer uma simples aquisição, ou realocamento, das centenas de peças de 105mm na forma dos obuseiros M-101 que recebemos ao longo de décadas, ou até mesmo a simples compra de obuseiros usados, como os tão propalados M-119 norte americanos, a fim de oferecer mínimas condições para a existência da arma de artilharia na região nordeste a fim de que consiga fazer mais do que um simples papel literário ou cívico-social, como tão bem ao gosto de muitos.

Mas é preciso dizer que o estabelecimento de um GAC não se trata apenas de realocar munição, obuseiros e\ou pessoal, mas é algo pouco mais complexo que isso, dada a necessidade de fazer-se isso de forma a compor aquelas OM em condições realmente de apronto efetivo para emprego, e não apenas para "mostrar bandeira". Neste aspecto, como temos visto nos últimos anos, e mesmo agora no conflito da Ucrânia, a importância de se usar, manter e operar artilharia referenciada em sistemas modernos nos mais diversos setores em que opera não é apenas uma necessidade, mas uma imposição. O exemplo ucraniano com os Hirmas, M-109, Pzh-2000, Caesar, Khrab e outros substituindo ou complementando antigas peças soviéticas é aburdamente retumbante de tão claro.

Neste sentido, olhando para a nossa realidade dentro de casa, falta-nos de tudo um pouco para elevar a nossa artilharia de campanha a um nível minimamente moderno, ao menos no que diz respeito a artilharia rebocada. Na verdade, precisamos modernizar desde o obuseiro básico de 105mm e 155mm passando por todos os sistemas ISR de apoio até a doutrina de emprego e organização das nossas OM de artilharia. Como a região nordeste é a mais calma em termos de problemas operacionais externos, ou seja, ela está longe das nossas fronteiras, temos um espaço para poder realizar treinamentos, estudos e pesquisa sobre novos meios, recursos e teorias de emprego no campo da artilharia. E isso poderia ser feito aproveitando-se os OM já instaladas e as que ainda precisam sê-lo.

Assim, temos oportunidade de usar a região nordeste para testar tranquilamente novas organizações, funções, meios e recursos que em outros ambientes seriam talvez mais restritos, e quiçá sem a bisbilhotice alheia. Me parece sensato ver ali uma oportunidade para testar a nova artilharia mecanizada, os novos meios para os GAC AR e AP em nível bda e os GAC AR das AD assim como os Astros 2020 para defesa de costa e artilharia convencional. Notar que a 7a DE precisa, ao menos do ponto de vista do manual, de sua AD a fim de complementar sua atuação.

Lembrar que a criação de uma nova OM é um trabalho bastante complexo, e que exige uma série de atividades administrativas e operacionais que realmente não são fáceis de fazer, e levam tempo e esforço que nem todos os exércitos se dispõe ou tem capacidade para exercer. Mas temos aqui uma oportunidade ímpar para testar esse ideia na região nordeste sem maiores contratempos. Lembrar que ao criar os GAC também estaremos estabelecendo toda uma nova linha logística de abastecimento, manutenção e transporte, além de propiciar o fornecimento de novos meios motorizados e mecanizados para mobiliar aqueles grupos. E isto faz lembrar que temos projetos aqui como:

RDS;
Sistema Mallet;
Sistema C2;
Iveco LMV;
VTNE 1\4 ton, 1\2 ton e 1,5 ton Agrale;
VTNE 5 e\ou 10 ton;
VTE 5 e\ou 10 ton;
VBE Guarani C2, Com, Orientação Tiro ou VBL 4X4 Avibrás
Radares contra bateria e AAe;
Radares de Superfície;
Sistemas eletrônicos e eletro-ópticos de observação e reconhecimento;
VANT's...

A lista é muito mais longa do que esta, mas dá a nós uma boa margem de visão sobre como a implantação de apenas 3 OM pode gerar uma miríade de providências e também de soluções e produtos que precisamos e podemos dispor aqui mesmo em terras tupiniquins. Lembrar que a criação da AD da 7a DE trás consigo uma ótima oportunidade de estrear vários sistemas que hora estão sendo desenvolvidos e\ou testados pela BID e indústria nacional. E nem precisamos gastar os olhos da cara em dólar para isso.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#20 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 07, 2022 6:55 pm

Para quem quiser saber, e pensar sobre, sem inventar moda e nem nada, 4 GAC a nível Bda e 2 GAC AR + Bia Astros 2020 da "AD 7" precisariam respectivamente: 72 a 128 obuseiros AR 105mm e 36 a 64 obuseiros AR 155mm e 6 a 8 viaturas lançadoras + veículos de apoio.

Parece muito :?: Para o EB com certeza. Tem como resolver :?: Sim, com certeza. Os estoques do velho Sam estão aí para isso.

Mas, queremos, ou podemos resolver:?:

É é sempre bom lembrar o seguinte: na hora que a gente não precisa, tudo que se tem vira muito, e tudo o que não tem, quando mais precisa, é sempre pouco.

É só escolher.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#21 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 21, 2022 10:10 pm

Uma curiosidade sobre a defesa da região nordeste.

A maior ameaça que se pode imaginar, hoje, e também no passado, viria do mar, na forma de uma força de desembarque.

No papel, a doutrina militar reza que que os atacantes devem ter no mínimo uma proporção de 3 para 1 em relação aos defensores. Neste aspecto, como a região nordeste tem apenas 13 batalhões de infantaria, pode-se imaginar que para fazer uma ou mais cabeças de ponte seriam necessários, teoricamente, ao menos 39 batalhões. Isto significaria uma força invasora do tamanho de pouco mais de 4 divisões.

Se fizermos por região militar, com exceção da 7a RM, que é a única que possui duas brigadas, sendo uma delas a única completa da região organizada com 4 btl inf, abrangendo os estados de Pernambuco (3), Sergipe(1), Rio Grande do Norte (2) e Paraíba(1), temos também a 10a RM em Fortaleza que possui 3 btl inf divididos entre Ceará (2) e Piauí (1) e a 6a RM cobrindo os estados da Bahia (2 btl inf e 1 Cia Inf) e Alagoas (1), com cada uma delas sendo objeto, respectivamente de: 21 btl inf, 9 btl inf e outros 9 batalhões de infantaria que seriam necessários para combater as tropas locais a fim de realizar um desembarque anfíbio e ainda lograr estabelecer uma cabeça de praia efetiva para o apoio de tropas que seriam desembarcadas a posteriori e que fariam efetivamente o deslocamento rumo ao interior, fosse o caso.

Como dispus em outro post anterior aqui em relação à organização da infantaria na região nordestes, existe apenas uma única brigada equipada por completo, no caso a 10a Bda Inf Mtz, com sede em Recife, enquanto a 7a Bda Inf Mtz em Natal possui apenas elementos de infantaria e artilharia orgânicos. As demais tropas respondem diretamente às 6a e 10a RM em Salvador e Fortaleza, sem qualquer adendo a mais em relação à organização de uma brigada. Inexistem brigadas que reúnam e organizem sob um mesmo comando operacional as tropas daquelas regiões militares.

Em todo caso, é de se ressaltar que a atual doutrina do EB prevê as FORPRON, que são OM em nível GU e subunidade que estão sendo preparadas para atuar como reserva estratégica e também como forças de resposta rápida em caso de necessidade em qualquer região do país. Prevê-se 15 brigadas ao todo, com tropas em permanente rodízio de apronto operacional, equipadas e treinadas na íntegra e disponíveis a qualquer momento. Esta é a teoria. No caso do nordeste, supõe-se que além dos 13 batalhões lá estacionados, a região poderia receber pelo menos outros 14 batalhões de infantaria, além de OM de artilharia, engenharia, comunicações, cavalaria e aviação e logística. Estes batalhões seriam a menor unidade FORPRON em condição de pronto emprego de cada brigada, fornecendo uma força de combate ao EB naquela área de 27 batalhões de infantaria mais algumas OM de apoio ao combate.

Em uma situação extrema, o exército poderia mesmo deslocar para a região todas as 14 brigadas na sua totalidade, mas aí estamos falando, supostamente, de 42 batalhões de infantaria, e não menos que isso em OM de apoio de todos os quadros e armas. Nunca o EB movimentou tal dimensão de tropas em território nacional, mesmo durante a segunda guerra mundial, e mesmo hoje suponho não exista sequer previsão de atuar em tal dimensão. O máximo que se andou fazendo, e estudando a título de exercício teórico-doutrinário é a ativação de um corpo de exército, que somaria no máximo de 18 a 27 batalhões de infantaria. Não é preciso dizer que o EB também não tem qualquer experiência recente e nem histórica de movimentar tantas tropas. Talvez no século XIX durante a Guerra do Paraguai se tenha visto algo parecido, mas mesmo assim com uma diferença abissal entre tempos históricos. Não se pode simplesmente ignorar 150 anos de história.

E sim, deslocar 14 brigadas de todo o Brasil, umas completas, outras longe ou muito longe disso, não é exatamente algo que se espera acontecer algum dia, e talvez o EB jamais tenha pensado nisso. Mas se chegou, bem, quero crer que os resultados de tal demanda estejam em uma esfera de envolvimento do Estado e do poder nacional que jamais alcançaremos um dia em matéria de política pública de defesa. Sorte a nossa...

Será mesmo :?: :roll:




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#22 Mensagem por FCarvalho » Sex Out 13, 2023 4:48 pm

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Pode-se perceber que a subordinação à 7a DE implica apenas as duas únicas brigadas formais que existem no CMNE.
As demais OM de combate continuam subordinadas as respectivas regiões militares.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#23 Mensagem por FCarvalho » Dom Nov 12, 2023 7:23 pm

A título de futura discussão no tópico, sobre a qual irei dispor aqui mais um texto de análise pessoal, a organização atual das OM no nordeste podem chegar a compor 4 bdas inf mtz, como já mostrado antes, dispostas pelas 3 regiões militares. Existe apenas um único EsqCavMec para toda a região subordinado à 7a DE.

Como escrevi no tópico relativo ao futuro CC do exército, me parece lícito repensar a distribuição de todas as OM bldas da força terrestre, de forma que se possa ao menos dispor desta capacidade em todas as regiões do país adaptando-as as necessidades e características de cada uma delas.

Neste sentido, dispor de 4 GU com apenas uma delas completa, é no mínimo motivo de questionamento, vide que a capacidade de tais OM em defender a região fica não apenas prejudicada, mas inviabilizada na prática. Assim, a transferência e\ou criação de ao menos 4 RCB e 4 RCM que seriam atrelados ou não àquelas brigadas, seria algo a ser pensado, além do provimento das demais estruturas que tais GU demandam.

Para se perceber o tamanho da demanda da região em termos de elementos de cavalaria, estamos falando genericamente de 188 CC, 64 IFV SL, 72 Centauro II, 60 LMV e +100 VBTP\VBE Guarani. Se considerarmos toda a logística necessária, humana e material, temos em mãos um grande potencial de gerar divisas para o Estado através da produção de tais meios, e também a organização destas OM em diversas localidades, o que trás junto consigo a majoração da atividade econômica onde se encontram, e a consequente ampliação dos investimentos públicos a fim de mantê-las, fator importantíssimo para cada pedaço da região nordeste.

Bom, me parece que tal assunto é no mínimo digno de nota e reflexão face as implicações militares, mas, sobretudo sócio-econômicas para os estados da região nordeste. Mas isso deixo para o futuro texto a escrever aqui.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#24 Mensagem por Alfa BR » Dom Nov 12, 2023 7:49 pm

FCarvalho escreveu: Dom Nov 12, 2023 7:23 pm A título de futura discussão no tópico, sobre a qual irei dispor aqui mais um texto de análise pessoal, a organização atual das OM no nordeste podem chegar a compor 4 bdas inf mtz, como já mostrado antes, dispostas pelas 3 regiões militares. Existe apenas um único EsqCavMec para toda a região subordinado à 7a DE.

Como escrevi no tópico relativo ao futuro CC do exército, me parece lícito repensar a distribuição de todas as OM bldas da força terrestre, de forma que se possa ao menos dispor desta capacidade em todas as regiões do país adaptando-as as necessidades e características de cada uma delas.

Neste sentido, dispor de 4 GU com apenas uma delas completa, é no mínimo motivo de questionamento, vide que a capacidade de tais OM em defender a região fica não apenas prejudicada, mas inviabilizada na prática. Assim, a transferência e\ou criação de ao menos 4 RCB e 4 RCM que seriam atrelados ou não àquelas brigadas, seria algo a ser pensado, além do provimento das demais estruturas que tais GU demandam.

Para se perceber o tamanho da demanda da região em termos de elementos de cavalaria, estamos falando genericamente de 188 CC, 64 IFV SL, 72 Centauro II, 60 LMV e +100 VBTP\VBE Guarani. Se considerarmos toda a logística necessária, humana e material, temos em mãos um grande potencial de gerar divisas para o Estado através da produção de tais meios, e também a organização destas OM em diversas localidades, o que trás junto consigo a majoração da atividade econômica onde se encontram, e a consequente ampliação dos investimentos públicos a fim de mantê-las, fator importantíssimo para cada pedaço da região nordeste.

Bom, me parece que tal assunto é no mínimo digno de nota e reflexão face as implicações militares, mas, sobretudo sócio-econômicas para os estados da região nordeste. Mas isso deixo para o futuro texto a escrever aqui.
Aqui bastaria uma divisão com duas Bda Inf Mec e uma Bda Inf L.




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Re: Combatente de Caatinga - Exército Brasileiro

#25 Mensagem por FCarvalho » Dom Nov 12, 2023 8:07 pm

Alfa BR escreveu: Dom Nov 12, 2023 7:49 pm Aqui bastaria uma divisão com duas Bda Inf Mec e uma Bda Inf L.
Eu gostaria de ver uma DE do exército organizada e equipada assim: 1 bda inf mec, 1 bda inf lv, 1 bda cav mec, 1 bda cav blda.
Daria para dar conta de mais de um problema em diferentes cenários aplicando de SU até DE onde e quando fosse necessário. E sem precisar pedir ajuda aos universitários.
Se contasse com um Bavex, com tudo que o pessoal sonha há anos, melhor ainda.




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