Viking escreveu: ↑Dom Nov 12, 2023 2:06 am
Eu pensei que o Novo PAC ia proporcionar a FAB retoma o numero inicial de KC 390 e desta forma cada Esquadrão que vai operar a aeronave contar com 14 unidades. O avião esta se provando em serviço e pelas dimensões do país e necessidades operacionais penso que os 28 exemplares seria o mínimo necessário.
Sds
Eu estou cá pensando que com apenas 6 aviões e em menos de 4 anos já chegamos às 10 mil horas voadas. Esses aviões estão sendo sugados até o osso pela FAB, e isso irá cobrar um preço no longo prazo. Com o cronograma atual, a carga de trabalho distribuída por avião está muito grande, e isso vai forçar a curva de manutenção delas... para cima. Por melhor que seja o projeto, isso trás consequências. A ver como a FAB irá lidar com tanta pressão na demanda com para tão poucas unidades disponíveis.
Duvido que tenhamos o retorno das 28 unidades propaladas originalmente, mesmo que a FAB tenha razões de sobra para isso. Fato é que o orçamento não comporta os poucos programas que sobraram sob a gestão dela, e ainda há vários outros que nem sequer foram iniciados, e que trarão com o tempo suas necessidades por mais recursos, como a substituição dos T-25\T-27, E\R-99, P-3AM, etc. Não vou nem falar do SISDABRA e do programa espacial que esses a gente quase não ouve falar mesmo.
Todo mundo reclama que a aviação naval deveria ficar com a patrulha marítima, mas cadê que a FAB abre mão dela e de seus parcos recursos.
A Avex e aviação naval tem várias demandas que não podem atender hoje pelas limitações da legislação, e também, principalmente, porque a FAB age como um cão raivoso a menor menção de compra de aeronaves de asas fixas para as ditas forças co-irmãs.
A Embraer pode nos oferecer no médio e longo prazo diversas soluções para as muitas demandas das aviações das três forças, mas é preciso que o MD assuma essa ação, de forma a determinar o que e quem vai fazer o que, a fim de evitar essas rusgas fisiológicas que só atrapalham. O KC-390 poderia até voar nas cores da aviação naval, mas isso hoje é anátema para a FAB, enquanto ela mesma não consegue sequer receber mais do que uma única mísera unidade por ano. E uma coisa e outra precisam ser necessariamente corrigidas.
O tal PAC da defesa nada mais é do que mais do mesmo, ou seja, é uma promessa vã de que os parcos recursos do orçamento da Defesa não serão cortados, apenas isso. Nenhum centavo a mais para modificar o status quo. Ou seja, vamos continuar chafurdando na merda em que estamos em termos de custeio e investimento.