Programa de Reaparelhamento da Marinha

[FCarvalho]

Amigos uma pergunta a MB vai construir 12 Npa 500 BR e mais 6 navios caça minas em
uma adaptaçao do projeto Npa 500 BR?

Olá @FABIO

A ideia dos NaPa 500BR é de se construir 12 unidades inicialmente.
Quanto aos navios caça minas, tudo vai depender de como a MB conseguir encaixar a atualização do projeto dos NaPa 500BR como plataforma básica para a missão e\ou o seu uso, também, como navio caça minas\varredor.
Nada está decidido até o momento, e a MB aguarda pela liberação de recursos e a finalização da atualização do projeto dos navios para saber o que é possível fazer.

[knigh7]

Vou colocar mais um trecho da entrevista do Comandante Olsen ao Estadão.

Até 2028 70% dos navios da MB chegarão ao limite da vida útil. Notem a quantidade de navios-patrulhas, distritais e de apoio:


https://www.estadao.com.br/politica/mar ... do-brasil/

[Viking]

Amigos uma pergunta a MB vai construir 12 Npa 500 BR e mais 6 navios caça minas em
uma adaptaçao do projeto Npa 500 BR?

Prezado Fabio, saudações.

A construção destes navios esta no momento no planejamento, na vontade da MB. Entretanto afirmar que serão de fato construídos se aproxima muito da ficção.

Sds

[FCarvalho]

Vou colocar mais um trecho da entrevista do Comandante Olsen ao Estadão.
Até 2028 70% dos navios da MB chegarão ao limite da vida útil. Notem a quantidade de navios-patrulhas, distritais e de apoio:

Novamente, lendo a entrevista, pode-se ver como a MB está mau equipada, mau dividida, mau administrada e mau organizada.

70% dos navios dela que serão desativados em até 5 anos dizem respeito à atividades de uma simples guarda costeira, da qual os almirantes não abrem mão de jeito e forma, apesar destes meios\atividades custarem ao orçamento naval mais da metade dos valores que recebe.

Ou seja, temos na prática uma marinha de guerra que só existe no nome, e na cabeça dos almirantes, e que passa a maior parte do seu tempo exercendo na prática atividades típicas de guarda costeira. O que resta disso é o que ela consegue investir na esquadra e nos meios de apoio ao CFN, ou seja, a sua função primária de defesa nacional. Se muito, garante apenas a vida vegetativa dos meios e pessoal. E tudo porque não querem perder espaço, influência e os inúmeros cargos e salários dos muitos postos de comando alinhavados por toda a organização atual.

É como eu digo. Tem que tirar a guarda costeira das costelas da MB, sem precisar gastar um único centavo a mais ao erário público, e separar todas as OM que nada tem a ver com a destinação precípua da defesa nacional. Isto feito, teremos finalmente o orçamento real com defesa naval. Valores que beiram o irrisório, diria desprezíveis, para quem tem o mar a nossa frente por defender e garantir.

Mas, como não existe vontade e muito menos interesse em se mexer com as muitas teias em que as OM da marinha estão envolvidas em estados e municípios, melhor deixar quieto. Para não falar nos dessabor atual em lidar com questões práticas da vida e existência defesa nacional, assuntos que torcem os testículos, para que os tem de verdade, em Brasília.

[saullo]

Cada dia mais a Marinha se torna uma força terrestre.
E não tem como sair da enrascada que o orçamento quase todo destinado ao eterno SSN que nunca ficará pronto nos enfiou.

Abraços

[Viking]

Cada dia mais a Marinha se torna uma força terrestre.
E não tem como sair da enrascada que o orçamento quase todo destinado ao eterno SSN que nunca ficará pronto nos enfiou.

Abraços

Voto com o relator. Também sou muito cético em relação ao Álvaro Alberto.


Sds

[FCarvalho]

Relendo o texto da entrevista do Alte Olsen, é possível ver a situação atual de obsolescência em bloco da MB sob duas perspectivas. A primeira é a da oportunidade, enquanto a segunda é a da desistência.

A primeira visão diz respeito a olhar estes números e pensar que temos neles a oportunidade de atribuir à substituição de tantos meios da marinha uma fonte de investimento e, também, de recursos para o erário público, levando em consideração que a contratação e construção de todos os navios necessários para isto trará inevitavelmente consigo nova escalada ascendente para a indústria de construção naval no Brasil. E por tabela, a BIDS junto.

No caso da segunda visão, é olhar o que está acontecendo, e no máximo nos dispormos, como sempre, lamentar-se e procurar alguém para culpar e apontar o dedo e, em consequência, jogar a toalha e abrir mão de quaisquer alternativas outras que não condenar a MB e a indústria naval do país ao ostracismo e a submissão a interesses que não os nossos. É a visão pela saída mais rápida e sem maiores preocupações, típicas de países subdesenvolvidos.

Isto posto, se o projeto final do NaPa 500BR for tão modular quanto uma MEKO da vida, como se propõe neste momento os engenheiros da MB, temos em mãos a grande possibilidade de gerar a partir desta classe de navios quase todas as soluções para a substituição dos meios atuais a nível distrital, principalmente, senão vejamos.

Apenas para a versão de patrulha a MB aventou a construção de 26 unidades. Há ainda a necessidade de patrulhas fluviais na região norte e centro oeste, das quais se falou na construção de cerca de 15 unidades. A força de minagem e varredura que precisa substituir seus navios, com duas bases pelo menos a serem munidas destes meios em Salvador e Itaguaí. Ao menos 12 navios serão necessários. Como indicado, também precisaremos de navios balizadores, hidrográficos, apoio logístico, transporte, navios hospital, faroleiros, etc. Enfim, considerando os números propostos no planejamento e as demandas da realidade fática, temos em perspectiva de uma centena ou mais de navios a serem construídos a partir do desenho básico dos NaPa 500BR.

Lembrar ainda que o CPN nunca tirou do papel o projeto do NaPa 200 que deveria ser um vetor de patrulha para o 4o DN servindo como meio de patrulha tanto naval como fluvial. Se voltássemos a trabalhar em cima deste projeto de forma a torna-lo factível em termos de emprego diversos, tal o seu primo maior, então estamos diante, mais uma vez, de uma grande oportunidade de reaver os anos perdidos para a indústria naval militar do país. E a partir de produtos e soluções propostos pela engenharia nacional.

Com o atual planejamento indo até o distante ano de 2040, temos pela frente duas escolhas para a construção naval militar. Deixar como está, e morrer sem deixar saudades, ou investir o que for possível a partir dos modelos propostos de forma a reativar toda a cadeia produtiva envolvida na construção naval. Vamos ter que investir muito dinheiro, mas ao mesmo tempo o erário público será recompensado com o retorno através dos muitos impostos, taxas, e outras quinquilharias financeiras do complexo tributário nacional pelas quais irá obter os ganhos do seu investimento, além de, óbvio, e não menos importante, gerar emprego, renda e e mais investimentos no desenvolvimento tecnológico no país.

A ver qual a decisão é a melhor para nós. A mais fácil ou a mais difícil.

[Aim For The Top]

Está ai um bom projeto pós tamandaré, a MEKO 210, 4.750 toneladas de deslocamento.

[pewdiepie]

Está ai um bom projeto pós tamandaré, a MEKO 210, 4.750 toneladas de deslocamento.

Se isso é uma corveta, a nossa Tamandaré é um navio de patrulha oceânica.

Que isso, senhores!

16 mísseis antinavio
32 células VLS
Radar AESA em configuração de painel fixo (que luxo)
Aquele canhão parece ser de 127 mm, monstro!
CIWS

Que outra corveta fragata em construção no mundo é tão mal equipada quanto a nossa? É rir pra não chorar!

[Viking]

Está ai um bom projeto pós tamandaré, a MEKO 210, 4.750 toneladas de deslocamento.

Caso a agenda de defesa no Brasil fosse levada a serio este projeto seria o caminho natural para a geração posterior as FCT. A MB poderia construir as 6 FCT e em seguida contratar 6 MEKO A210, sou da opinião que pelo menos 2 poderiam ser construídas na Alemanha para agilizar as entregas. Chamar o navio de corveta, OPV ou fragata e simplesmente semântica. Infelizmente duvido que aconteça nesta dimensão. Talvez 6/3 seria factível até 2035.

[Aim For The Top]

[knigh7]

A Classe Al-Aziz, uma versão da Meko A-200, também seriam uma ótima base para um segundo lote de fragatas (depois das 6 FCT) para a MB: atingem 4.000 ton de deslocamento carregadas.

[Viking]

A Classe Al-Aziz, uma versão da Meko A-200, também seriam uma ótima base para um segundo lote de fragatas (depois das 6 FCT) para a MB: atingem 4.000 ton de deslocamento carregadas.

Outra alternativa interessante e factível.

[FCarvalho]

A marinha não vai reinventar a roda caso compre as Meko 200. Vão fazer o mesmo que fizeram agora com as FCT, e "nacionalizar" uma parte do navio, e encorpar ele em algumas toneladas, chegando no máximo a 4 mil, uma vez que a versão básica é de 3700 ton.

A Meko 100, cuja tonelagem padrão na versão fragata leve é de 3 mil ton carregada, teve um aumento de peso em 455 ton. Um aumento de 15%. O que a MB colocou nela que fizesse o navio extrapolar a capacidade máxima estipulada pelo fornecedor, eu realmente não sei. Boca e comprimento permaneceram as mesmas.

Se a mesma lógica for aplicada à Meko 200, o navio poderá chegar até 4,2 mil toneladas. Basicamente o mesmo deslocamento padrão das Type 22 com seus pouco mais de 130 metros. O armamento com certeza será o mesmo das FCT, com o aumento, talvez, do número de lançadores verticais e de mísseis antinavio. O resto será o mesmo, com fins de facilitar a logística.

Agora, se falarem em A300, a coisa é totalmente outra.

[knigh7]

Amigos uma pergunta a MB vai construir 12 Npa 500 BR e mais 6 navios caça minas em
uma adaptaçao do projeto Npa 500 BR?

Olá @FABIO

A ideia dos NaPa 500BR é de se construir 12 unidades inicialmente.
Quanto aos navios caça minas, tudo vai depender de como a MB conseguir encaixar a atualização do projeto dos NaPa 500BR como plataforma básica para a missão e\ou o seu uso, também, como navio caça minas\varredor.
Nada está decidido até o momento, e a MB aguarda pela liberação de recursos e a finalização da atualização do projeto dos navios para saber o que é possível fazer.

Ainda bem que a MB não pretende ter 18 desses navios, mas sim 12. O Alte Koga explicou sobre as adaptações do navio para ações de contra-minagem e varredura. E pelo o que se pode entender a MB está adotando uma medida semelhante ao que vai ser adotado pela Royal Navy e pela Marine Nationale: o carro-chefe são os USVs sendo que o projeto do NaPa 500 ton prevê que se instale módulos afim de apoiar as atividades dos USVs.

O Comandante Ilques reclamou há uns 3 anos atrás numa entrevista (ou foi para a S&D ou para a T&D) que os navios-caça minas estavam ficando cada vez mais caros. Provavelmente essa associação da TideWise com a Emgepron para o desenvolvimento de USVs apoiados por navios patrulhas tenha sido uma alternativa que a MB (controldora da Emgepron) nos livrarmos deaqueles valores crescentes

Em períodos de paz não há tanta necessidade de navios caça minas. Em contraponto, em períodos de guerras, as patrulhas administrativas diminuem. Ademais, como os NPa 500 ton estarão espalhados pelos distritos navais ao longo do litoral, será rápido levar os USVs e shelters nos KC-390 para onde for necessária uma ação de contraminagem e varredura.

Comprar 18 NPa 500 ton também não seria conveniente pela necessidade de termos mais NaPaOc (só temos 3...) e que são mais caros, mas indispensáveis devido as nossas prolongadas ZEE que chegam em determinados locais ao meio do Oceano Atlântico.