AVIBRAS
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Re: AVIBRAS
Se eventualmente a Avibras ganhar a concorrência espanhola, o que acho bem difícil, vai conseguir dar um impulso a si mesma e ao Astros, que hoje é na prática o único produto que ela oferece no mercado de defesa.
E se ela ganhar, qualquer negócio com a NTGS passa pelo escrutínio do MRE e MD, antes de ser autorizado a venda. E neste aspecto, os detalhes do negócio com a empresa espanhola, inclusive essa conversa de transferência de tecnologia será avaliada e consequentemente autorizada dentro dos regulamentos nacionais que condicionam o assunto.
Vamos ver o que acontece.
E se ela ganhar, qualquer negócio com a NTGS passa pelo escrutínio do MRE e MD, antes de ser autorizado a venda. E neste aspecto, os detalhes do negócio com a empresa espanhola, inclusive essa conversa de transferência de tecnologia será avaliada e consequentemente autorizada dentro dos regulamentos nacionais que condicionam o assunto.
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Re: AVIBRAS
Pelo que entendi, a Avibras não participará da concorrência espanhola e sim a New Technologies Global Systems (NTGS). Esta está comprando 100% da tecnologia do Astros e será independente na construção do mesmo, podendo até mesmo exportar. A Avibras se pôs a disposição para vender algumas unidades, se o governo espanhol tiver pressa e não quiser esperar a NTGS estar pronta para a produção para ter as primeiras unidades do sistema.FCarvalho escreveu: ↑Qui Set 28, 2023 1:50 pm Se eventualmente a Avibras ganhar a concorrência espanhola, o que acho bem difícil, vai conseguir dar um impulso a si mesma e ao Astros, que hoje é na prática o único produto que ela oferece no mercado de defesa.
E se ela ganhar, qualquer negócio com a NTGS passa pelo escrutínio do MRE e MD, antes de ser autorizado a venda. E neste aspecto, os detalhes do negócio com a empresa espanhola, inclusive essa conversa de transferência de tecnologia será avaliada e consequentemente autorizada dentro dos regulamentos nacionais que condicionam o assunto.
Vamos ver o que acontece.
Eu acho que, do jeito que tá, a NTGS ganha fácil essa concorrência, vão comprar tecnologia de ponta, que leva anos de investimento e pesquisas para ser produzida e o país se tornará um novo fabricante deste equipamento. Não tem melhor negócio não, para o espanhóis...
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Re: AVIBRAS
na apresentação do exercíto nos 5:12 horas da live, há uma nova imagem do MICLA-BR pendurado em um f-5.
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Re: AVIBRAS
A concorrência só permite a participação de empresas espanholas em colaboração com estrangeiras. É por isso que ela não participa diretamente da disputa. Idem para outras concorrentes.Lywis escreveu: ↑Qui Set 28, 2023 3:34 pm Pelo que entendi, a Avibras não participará da concorrência espanhola e sim a New Technologies Global Systems (NTGS). Esta está comprando 100% da tecnologia do Astros e será independente na construção do mesmo, podendo até mesmo exportar. A Avibras se pôs a disposição para vender algumas unidades, se o governo espanhol tiver pressa e não quiser esperar a NTGS estar pronta para a produção para ter as primeiras unidades do sistema.
Eu acho que, do jeito que tá, a NTGS ganha fácil essa concorrência, vão comprar tecnologia de ponta, que leva anos de investimento e pesquisas para ser produzida e o país se tornará um novo fabricante deste equipamento. Não tem melhor negócio não, para o espanhóis...
O problema é o que realmente a empresa está vendendo à NTGS, uma vez que o AV-MTC tem sua propriedade intelectual pertencente ao EB.
Da mesma forma, o Caiafa afirmou em um dos vídeos sobre o assunto que a maior parte das tecnologias envolvidas com o ASTROS 2020 também seriam de propriedade do EB, ou no mínimo desenvolvidas com apoio dele.
Então fica uma situação meio complicada de explicar visto que a Avibras não pode oferecer o que não lhe pertence.
A ver quais os desdobramentos.
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Re: AVIBRAS
É pior a venda da SIATT para aquele grupo árabe que só fabrica maquetes e vídeos 3D, do que a proposta para tentar ganhar uma concorrência internacional da AVIBRAS, que já esclareceu do que se trata.
É preciso dar menos ouvidos a "jornalista especializado" em chiliques no Youtube!
Att.
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Re: AVIBRAS
Sigo entendo que a Avibras pode oferecer o que quiser para empresas no estrangeiro, desde que seja de sua propriedade. Do contrário, temos um problema.
Duvido que o EB autorizasse tal transferência de tecnologia do MTC para quem quer que fosse.
Aliás, quase tudo na Avibras foi ou é desenvolvido a pedido do EB. Vale para o ASTROS, vale para todo o resto para o mercado militar. E a empresa não faz nada que não tenha um pedido do EB ou que não tenha vislumbrado uma oportunidade de vender a ele.
Quanto a SIATT, bem, os árabes não são trouxas. Não vão botar dinheiro em uma barca furada da qual não possam lucrar. Burros somos nós que vemos as empresas da BIDS sendo vendidas a preço de pinga e fazemos de conta que não temos nada com isso.
Duvido que o EB autorizasse tal transferência de tecnologia do MTC para quem quer que fosse.
Aliás, quase tudo na Avibras foi ou é desenvolvido a pedido do EB. Vale para o ASTROS, vale para todo o resto para o mercado militar. E a empresa não faz nada que não tenha um pedido do EB ou que não tenha vislumbrado uma oportunidade de vender a ele.
Quanto a SIATT, bem, os árabes não são trouxas. Não vão botar dinheiro em uma barca furada da qual não possam lucrar. Burros somos nós que vemos as empresas da BIDS sendo vendidas a preço de pinga e fazemos de conta que não temos nada com isso.
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Re: AVIBRAS
Só maquete e vídeo 3D? Brabo demais, USD 361 milhões no primeiro ano de grupo parece ser bem caro pra ser só ppt.Energys escreveu: ↑Sáb Set 30, 2023 8:33 am É pior a venda da SIATT para aquele grupo árabe que só fabrica maquetes e vídeos 3D, do que a proposta para tentar ganhar uma concorrência internacional da AVIBRAS, que já esclareceu do que se trata.
É preciso dar menos ouvidos a "jornalista especializado" em chiliques no Youtube!
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As Al-Tariq, Caracal, Halcon, Milrem e LAHAB só vendem vídeo e maquete sim kkkkkkkkkk
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Re: AVIBRAS
Vender fuzil, pistola e munição não-letal, além de robô comprado pronto da Estônia, é fácil...
Mande UM vídeo de um teste REAL de um míssil deles, desenvolvido e fabricado desde o princípio por eles, por favor.
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Re: AVIBRAS
O problema é o seguinte, já que o foco aqui é Avibras.
Quanto de petrodólares vai entrar na conta da empresa para que ela possa sair do estado pré falimentar e botar o seu carro na rua para poder vender o único produto que tem exportável
Até agora as únicas notícias sobre a empresa é essa confusão de transferir tecnologia para os espanhóis e tentar vender o Astros 2020. Nada mais.
A empresa tem poucas ou nenhuma iniciativa no campo da defesa. E o AV-MTC continua a passos de lesma em seu desenvolvimento. Outras versões dependem essencialmente do investimento que as forças façam neles. Idem para o desenvolvimento das versões 80 e 150 dos foguetes.
Se querem ajudar a Avibras a sair da merda em que se enfiou, seria bom no mínimo ter a empresa como partícipe dos projetos de modernização da artilharia de campanha. É o mínimo para manter as linhas de produção abertas, nem que seja apenas para montar os caminhões.
As baterias de busca de alvo ainda não foram implementadas no EB, e a empresa tem proposta quanto a este aspecto. Ainda dá tempo de tentar ver o que é possível fazer neste sentido. Salvo engano a Avibras firmou Mou com outra empresa nacional para o VANT vislumbrando estas baterias a fim de compor a sua oferta ao EB.
Versões anti-navio do ASTROS também seriam muito bem vindas, e mesmo AAe, já que chegaram a oferecer soluções neste campo há anos atrás. Enfim, existem muitas formas de permitir que a Avibras se restabeleça do ponto de vista financeiro. Desde que o governo não f...da tudo no meio do caminho como sempre.
Quanto de petrodólares vai entrar na conta da empresa para que ela possa sair do estado pré falimentar e botar o seu carro na rua para poder vender o único produto que tem exportável
Até agora as únicas notícias sobre a empresa é essa confusão de transferir tecnologia para os espanhóis e tentar vender o Astros 2020. Nada mais.
A empresa tem poucas ou nenhuma iniciativa no campo da defesa. E o AV-MTC continua a passos de lesma em seu desenvolvimento. Outras versões dependem essencialmente do investimento que as forças façam neles. Idem para o desenvolvimento das versões 80 e 150 dos foguetes.
Se querem ajudar a Avibras a sair da merda em que se enfiou, seria bom no mínimo ter a empresa como partícipe dos projetos de modernização da artilharia de campanha. É o mínimo para manter as linhas de produção abertas, nem que seja apenas para montar os caminhões.
As baterias de busca de alvo ainda não foram implementadas no EB, e a empresa tem proposta quanto a este aspecto. Ainda dá tempo de tentar ver o que é possível fazer neste sentido. Salvo engano a Avibras firmou Mou com outra empresa nacional para o VANT vislumbrando estas baterias a fim de compor a sua oferta ao EB.
Versões anti-navio do ASTROS também seriam muito bem vindas, e mesmo AAe, já que chegaram a oferecer soluções neste campo há anos atrás. Enfim, existem muitas formas de permitir que a Avibras se restabeleça do ponto de vista financeiro. Desde que o governo não f...da tudo no meio do caminho como sempre.
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Re: AVIBRAS
Olhando o site da Avibras sobre o Guará 4WS, não encontrei nenhuma referência ao mesmo. Contudo, no mesmo site, a AV-VBL consta como produto não comercializado.
As últimas aquisições do EB para o sistema ASTROS 2020 foram de viaturas 6x6 para os GMF em Goiás, e nada mais. A VBL no sistema ASTROS aprestam versões PCC, VCC e Meteorologia.
Em apresentações recentes, de 2 ou 3 anos atrás, da nova composição da bateria ASTROS, estas viaturas aparecem como parte do sistema. No entanto, a apresentação da proposta da bateria de busca de alvos mais recente mostra o Guará 4WS no lugar das VBL.
Esta viatura está proposta, além da versão básica de reconhecimento, como observação avançada, PC, radar, comunicações, transporte de tropas, forças especiais e cargo.
Estranhamente, embora sem novidades no que se refere à Avibras, a empresa não apresentou o Guará 4WS na LAAD'2023 em abril deste ano, embora o stand dela fosse dos maiores naquela feira.
O chassi atual dos veículos do ASTROS é o Tatra 815-7, em 4x4 e 6x6. O que justifica a retirada das AV-VBL sem dispor nada no lugar é no mínimo questionável. Mais ainda é o fato da empresa não comentar o status atual do único veículo de que dispõe a empresa e que poderia em tese substituir aqueles. Em todo caso, o Guará 4WS é construído sob chassi nacional em relação ao protótipo.
Notar que a modernização dos GAC em todos os níveis da artilharia de campanha e antiaérea irá demandar a aquisição de novos veículos para compor as SU das mesmas, e o AV-VBL em tese seriam os mais indicados. Por hora, sem maiores explicações ou justificativas, não temos por enquanto nada que possa ser colocado no lugar. Pode-se dizer que o LMV atenderia esta demanda, mas o EB nunca deu sinais de que o veículo italiano será usado em mais versões além da básica e AC, já fixada em seu planejamento.
Seria bom saber até onde vai este impasse, pois no curto prazo vamos estar recebendo ainda que a conta gotas, novos obuseiros para todos os GAC, e não temos aqui soluções para apresentar a fim de compor de forma decente tais OM. Ou podemos simplesmente seguir fazendo mais do mesmo, com unidades capengas e subutilizadas. Tomara alguém resolva dar uma resposta para isso. Ou vamos estar jogando dinheiro fora outra vez em modernizações a meia boca das ffaa's. O que é bem comum em se tratando de Brasil.
As últimas aquisições do EB para o sistema ASTROS 2020 foram de viaturas 6x6 para os GMF em Goiás, e nada mais. A VBL no sistema ASTROS aprestam versões PCC, VCC e Meteorologia.
Em apresentações recentes, de 2 ou 3 anos atrás, da nova composição da bateria ASTROS, estas viaturas aparecem como parte do sistema. No entanto, a apresentação da proposta da bateria de busca de alvos mais recente mostra o Guará 4WS no lugar das VBL.
Esta viatura está proposta, além da versão básica de reconhecimento, como observação avançada, PC, radar, comunicações, transporte de tropas, forças especiais e cargo.
Estranhamente, embora sem novidades no que se refere à Avibras, a empresa não apresentou o Guará 4WS na LAAD'2023 em abril deste ano, embora o stand dela fosse dos maiores naquela feira.
O chassi atual dos veículos do ASTROS é o Tatra 815-7, em 4x4 e 6x6. O que justifica a retirada das AV-VBL sem dispor nada no lugar é no mínimo questionável. Mais ainda é o fato da empresa não comentar o status atual do único veículo de que dispõe a empresa e que poderia em tese substituir aqueles. Em todo caso, o Guará 4WS é construído sob chassi nacional em relação ao protótipo.
Notar que a modernização dos GAC em todos os níveis da artilharia de campanha e antiaérea irá demandar a aquisição de novos veículos para compor as SU das mesmas, e o AV-VBL em tese seriam os mais indicados. Por hora, sem maiores explicações ou justificativas, não temos por enquanto nada que possa ser colocado no lugar. Pode-se dizer que o LMV atenderia esta demanda, mas o EB nunca deu sinais de que o veículo italiano será usado em mais versões além da básica e AC, já fixada em seu planejamento.
Seria bom saber até onde vai este impasse, pois no curto prazo vamos estar recebendo ainda que a conta gotas, novos obuseiros para todos os GAC, e não temos aqui soluções para apresentar a fim de compor de forma decente tais OM. Ou podemos simplesmente seguir fazendo mais do mesmo, com unidades capengas e subutilizadas. Tomara alguém resolva dar uma resposta para isso. Ou vamos estar jogando dinheiro fora outra vez em modernizações a meia boca das ffaa's. O que é bem comum em se tratando de Brasil.
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Re: AVIBRAS
Valores aproximados de aquisição das viaturas do sistema de artilharia de mísseis e foguetes ASTROS.
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Re: AVIBRAS
Eu nem tinha prestado atenção nessa piada aqui kkkkkk.
É oficial, está proibido agora você querer criar uma corporação de investimento na área, comprar empresas que já desenvolvem/fabricam armamentos e só injetar dinheiro pra conseguir ganhar grana depois, o Energys quem disse.
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Re: AVIBRAS
Essa imagem explica e ilustra o porquê do exército não conseguir comprar mais unidades dos veículos ASTROS. E nem desenvolver outras versões deles, mesmo as propostas pela Avibras.
Não tem jeito. Podemos até aumentar os valores de investimento para as ffaa's, mas sem valores adequados ao custeio e toda essa tecnologia, vamos ficar correndo atrás do rabo o resto da vida.
Imagino que o valor do AV-MTC não deve ser nada barato, ainda mais com apenas 100 unidades a serem compradas pelo EB.
Não tem jeito. Podemos até aumentar os valores de investimento para as ffaa's, mas sem valores adequados ao custeio e toda essa tecnologia, vamos ficar correndo atrás do rabo o resto da vida.
Imagino que o valor do AV-MTC não deve ser nada barato, ainda mais com apenas 100 unidades a serem compradas pelo EB.
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Re: AVIBRAS
Uma única bateria do ASTROS nos custava a bagatela de R$ 168.872.728,31 reais. Em valores de 2018, conforme a tabela acima.
Em dólares de hoje isso vale US$ 34.819.119,30 dólares. Se aplicada a inflação acumulada desde então e outros índices financeiros que mexem com os custos das empresas, o EB se quiser arrumar uma bateria do ASTROS hoje deverá tirar do bolso em torno de US$ 40 milhões de dólares. O real perdeu coisa de 35% do seu valor de compra nos últimos 5 anos, segundo dados públicos.
O dólar fechou 2018 valendo R$ 3,87 reais, com valorização no ano de 16,92%. A cotação hoje em 20\11\23 é de 4,85 reais. Já esteve muito acima disso, chegando perto dos 7 reais.
Se houvesse em todo caso uma proposta para dotar as AD das baterias que os seus manuais rezam que tenham, seria necessário investimentos de pelo menos US$ 135 milhões, a preços de 2018, apenas paras as AD que possuem OM próprias. Se forem todas as 6 AD, passamos de US$ 210 milhões. Notar que são valores que dizem respeito apenas ao veículos em si, sem pacote logístico e pós venda.
Enfim, mesmo que o EB quisesse hoje aumentar o número de viaturas e OM dos dois GMF no planalto central, isto estaria fora de cogitação apenas tendo em vista os valores acima mencionados, que são de cinco anos atrás. Hoje o EB não consegue montar sequer um único GMF novo a si, tendo que investir mais de US$ 150 a 200 milhões de dólares apenas para comprar os veículos necessários à sua operação.
Ou seja, operar o ASTROS é uma das situações mais custosas e broxantes do orçamento do exército.
E quando me refiro ao equipamento das AD, estou apenas fazendo apenas alusão ao que reza em seus manual mais moderno, e não fazendo juízo de valor sobre se é bom ou ruim, se serve ou não em termos de organização ao exército. Para ser mais claro, cada AD segundo o manual deve possuir 1 Bia Astros, 2 GAC, 1 GAAe ou Bia AAe, 1 Bia Cmdo e Serviço.
Enfim, artilharia de foguetes não é negócio para qualquer um. Tem que tem $$$ e culhão para usar e gastar.
Em dólares de hoje isso vale US$ 34.819.119,30 dólares. Se aplicada a inflação acumulada desde então e outros índices financeiros que mexem com os custos das empresas, o EB se quiser arrumar uma bateria do ASTROS hoje deverá tirar do bolso em torno de US$ 40 milhões de dólares. O real perdeu coisa de 35% do seu valor de compra nos últimos 5 anos, segundo dados públicos.
O dólar fechou 2018 valendo R$ 3,87 reais, com valorização no ano de 16,92%. A cotação hoje em 20\11\23 é de 4,85 reais. Já esteve muito acima disso, chegando perto dos 7 reais.
Se houvesse em todo caso uma proposta para dotar as AD das baterias que os seus manuais rezam que tenham, seria necessário investimentos de pelo menos US$ 135 milhões, a preços de 2018, apenas paras as AD que possuem OM próprias. Se forem todas as 6 AD, passamos de US$ 210 milhões. Notar que são valores que dizem respeito apenas ao veículos em si, sem pacote logístico e pós venda.
Enfim, mesmo que o EB quisesse hoje aumentar o número de viaturas e OM dos dois GMF no planalto central, isto estaria fora de cogitação apenas tendo em vista os valores acima mencionados, que são de cinco anos atrás. Hoje o EB não consegue montar sequer um único GMF novo a si, tendo que investir mais de US$ 150 a 200 milhões de dólares apenas para comprar os veículos necessários à sua operação.
Ou seja, operar o ASTROS é uma das situações mais custosas e broxantes do orçamento do exército.
E quando me refiro ao equipamento das AD, estou apenas fazendo apenas alusão ao que reza em seus manual mais moderno, e não fazendo juízo de valor sobre se é bom ou ruim, se serve ou não em termos de organização ao exército. Para ser mais claro, cada AD segundo o manual deve possuir 1 Bia Astros, 2 GAC, 1 GAAe ou Bia AAe, 1 Bia Cmdo e Serviço.
Enfim, artilharia de foguetes não é negócio para qualquer um. Tem que tem $$$ e culhão para usar e gastar.
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Re: AVIBRAS
Fazendo uns cálculos de padaria aqui com os números acima, e levando em consideração a proposta da Avibras de inserir versões de recuperação, apoio míssil, nova remuniciadora e observação avançada dos veículos atuais nas baterias e\ou grupo, o EB teria de empenhar, por baixo, de 220 a 250 milhões de dólares apenas a parte de veículos a fim de equipar um novo GMF.
Se considerarmos um contrato a parte para o CLS, munição, treinamento, formação e instrução de pessoal, peças e equipamentos de apoio, etc, temos uma conta muitíssimo salgada a ser paga a fim de prover-nos qualquer incremento atual na capacidade de lançamento de foguetes e mísseis.
Supondo que cada GMF fosse equipado com a nova versão 8x8 do Astros 2020, com 4 AV-MTC, o grupo teria que dispor a si, como quantidade operacional, sem reposição de estoque e nem nada vinda dos btl logísticos, de 216 mísseis. Isso equivale a 3 salvas para cada lançadora, como reza o manual operacional dos GMF. Idem para os foguetes. No caso das versões 6x6, o número é cortado pela metade. Se pressupõe que cada míssil da Avibras custe algo em torno de US$ 1 a 1,5 milhão de dólares. Ou seja, mais de US$ 200 milhões de dólares só em munição para um único GMF.
Agora, imagine-se isso em quantidade de foguetes que cada GMF deveria dispor, e não tem, para sua manutenção operacional, e o que ainda deveria ser comprado para os btl e bases logísticas, além dos estoques estratégicos que tem de ser mantidos. Idem para os mísseis.
Temos de considerar também a bateria de busca de alvos, equipadas com novos sistemas de observação avançada e VANT para orientação dos tiros das lançadoras. Esta solução vai nos custar ao menos 10 a 20 milhões cada.
Notar também que o EB prevê o desenvolvimento e utilização não apenas nos GMF, mas, em toda a artilharia de campanha, de radares contrabateria e de vigilância de superfície. Ambos sistemas já contam com RO e RTLI emitidos, com a Embraer tendo recentemente assinado o contrato de desenvolvimento do primeiro. Não se espera que cada unidade destes radares fiquem em menos de 30 a 50 milhões de dólares. Os radares M200 prometem ser bem mais caros, e também serão usados para a defesa AAe dos GMF. Se orgânicos ou não a eles, ainda não se sabe. Cada GMF tem na sua composição doutrinária uma bateria de defesa AAe.
Enfim, mesmo fazendo contas simplistas, podemos verificar que o EB tem hoje, ou em momento algum terá no curto prazo, condições mínimas de usar plenamente os seus GMF, que sequer possuem todas as SU como reza o manual. Também como se pode ver, um único produto da Avibrás se comprado nos termos exatos do manual GMF poderia facilmente tirar a empresa da situação em que se encontra. Mas, sabemos que o Estado brasileiro não tem interesse e muito menos vontade de apor aquela empresa, como de resto à BIDS como um todo, de qualquer recursos ou previsibilidade destes em nenhum momento.
Resta esperar pelas soluções de oportunidade, como os petrodólares árabes, ou que em algum momento o Estado se veja forçado a investir tudo o que nunca quis em estreito período de tempo, visto a necessidade obrigatória de defender o país e\ou seus interesses.
Para nossa sorte, e da Avibras, o dinheiro árabe chegou primeiro. A ver no que dá.
Se considerarmos um contrato a parte para o CLS, munição, treinamento, formação e instrução de pessoal, peças e equipamentos de apoio, etc, temos uma conta muitíssimo salgada a ser paga a fim de prover-nos qualquer incremento atual na capacidade de lançamento de foguetes e mísseis.
Supondo que cada GMF fosse equipado com a nova versão 8x8 do Astros 2020, com 4 AV-MTC, o grupo teria que dispor a si, como quantidade operacional, sem reposição de estoque e nem nada vinda dos btl logísticos, de 216 mísseis. Isso equivale a 3 salvas para cada lançadora, como reza o manual operacional dos GMF. Idem para os foguetes. No caso das versões 6x6, o número é cortado pela metade. Se pressupõe que cada míssil da Avibras custe algo em torno de US$ 1 a 1,5 milhão de dólares. Ou seja, mais de US$ 200 milhões de dólares só em munição para um único GMF.
Agora, imagine-se isso em quantidade de foguetes que cada GMF deveria dispor, e não tem, para sua manutenção operacional, e o que ainda deveria ser comprado para os btl e bases logísticas, além dos estoques estratégicos que tem de ser mantidos. Idem para os mísseis.
Temos de considerar também a bateria de busca de alvos, equipadas com novos sistemas de observação avançada e VANT para orientação dos tiros das lançadoras. Esta solução vai nos custar ao menos 10 a 20 milhões cada.
Notar também que o EB prevê o desenvolvimento e utilização não apenas nos GMF, mas, em toda a artilharia de campanha, de radares contrabateria e de vigilância de superfície. Ambos sistemas já contam com RO e RTLI emitidos, com a Embraer tendo recentemente assinado o contrato de desenvolvimento do primeiro. Não se espera que cada unidade destes radares fiquem em menos de 30 a 50 milhões de dólares. Os radares M200 prometem ser bem mais caros, e também serão usados para a defesa AAe dos GMF. Se orgânicos ou não a eles, ainda não se sabe. Cada GMF tem na sua composição doutrinária uma bateria de defesa AAe.
Enfim, mesmo fazendo contas simplistas, podemos verificar que o EB tem hoje, ou em momento algum terá no curto prazo, condições mínimas de usar plenamente os seus GMF, que sequer possuem todas as SU como reza o manual. Também como se pode ver, um único produto da Avibrás se comprado nos termos exatos do manual GMF poderia facilmente tirar a empresa da situação em que se encontra. Mas, sabemos que o Estado brasileiro não tem interesse e muito menos vontade de apor aquela empresa, como de resto à BIDS como um todo, de qualquer recursos ou previsibilidade destes em nenhum momento.
Resta esperar pelas soluções de oportunidade, como os petrodólares árabes, ou que em algum momento o Estado se veja forçado a investir tudo o que nunca quis em estreito período de tempo, visto a necessidade obrigatória de defender o país e\ou seus interesses.
Para nossa sorte, e da Avibras, o dinheiro árabe chegou primeiro. A ver no que dá.
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