ARTILHARIA DA F TERRESTRE

[FCarvalho]

O EB está recebendo cerca de 60 M-109A5 dos quais pretende revitalizar apenas 36 para os GAC AD.
Alguns foram transformados em veículos de instrução (2 ou 3) e o resto seria escrapeado para fornecimmento de peças.

Sobraram 18 M109 A5 (6 foram desmontados para servirem de peças de reposição). De uma forma ou de outra não daria para padronizar os GAC das Bdas de Cav Mec. Foram para as escolas militares. E nenhum A3 irá para elas.

Ademais, qual a ideia de se equipar bgdas cav mec com bldos SL, quando a lógica manda que sejam equipadas com as VBCOAP SR no futuro?

Esse futuro vai ser a partir de 2.035. E serão 8 brigadas (a partir daquele ano, ou seja, vai demorar).

Sendo desta forma, me parece que o EB ou não calculou bem as quantidades a receber, ou não quis solucionar, ao menos parcial e temporariamente, os seus problemas com a artilharia AP SL quando teve chance. M-109A5 nos estoques dos US Army é o que não falta. E estamos recebendo eles praticamente de graça, só tendo o trabalho de revitalizar e atualizar, o que é muito menos caro do que comprar obuseiros novos.

Talvez fosse o caso de mostrar pelo menos interesse em organizar os GAC AP SL de acordo com o padrão estabelecido, a 24 peças cada OM. Quem sabe mais um lote por doação seria mais que suficiente para resolver o que precisamos.
Estas soluções minimalistas à espera de um milagre econômico brasileiro que resolva os muitos e cumulativos problemas materiais e modernização está jogando apenas para debaixo do tapete o que precisamos resolver agora.

Compramos 36 VBCOAP SR agora, e daqui a 10 anos quando acabarmos de receber o último, vamos tentar comprar mais. No entanto, muito provavelmente já vamos ter que modernizar os primeiros recebidos. Dois problemas em um. Não resolve e ainda nos deixa em situação pior ainda. Mas esta é a realidade de um país que costuma crer que investimento em Defesa é dinheiro jogado fora.

[knigh7]

De fato, o EB deveria ter solicitado uns 30 M109A5 a mais.

[FCarvalho]

Em termos de demanda, ainda vai faltar o seguinte:
1 GAC Slv - 1a Bda Inf Slv
1 GAC Lv Mth - 4a Bda Inf Lv Mth
4 GAC Lv - 7a, 8a, 10a, 13a, 14a, 18a Bdas Inf Mtz

O EB tem 36 L118. Esses não precisam de substituiçao.

Creio que os L-118 ainda duram mais um tempo pois são mais novos que os demais, e apesar de sua manutenção ser considerada complexa, cara e sensível para o nosso TO, eles ainda seguem utilizados por bastante tempo, já que o GAC da 11a bda Inf vai levar muito tempo até receber, se receber, as VBCOAP SR, dada a mecanização daquela GU.

De qualquer forma, só de tirar do papel a substituição dos M-101 e M-114 já dá um ânimo.

Bem que gostaria que o CFN entrasse nesse negócio de substituição dos obuseiros 105mm do EB, mas como é de costume, devem escolher outra coisa só de birra para não dizer que estão sendo engabelados pelo EB.

[FCarvalho]

Essa foi a melhor notícia em matéria de artilharia de campanha que li nos últimos tempos.
O EB está dando o braço a torcer e percebeu as possiblidades que eventuais os off set que vem sendo negociados por aí no curto e médio prazo podem trazer em termos de benefícios materiais a si.
Se rolar a chance, ele já terá em mãos os documentos de referência para minimizar os problemas de modernização dos GAC, começando pelas suas forças de prontidão.
Só há três candidatos possíveis para este fornecimento. A ver quem oferece mais e melhores condições.
A definição da VBCOAP SR trará consigo a definição também dos futuros obuseiros 155 AR.
A ver.

O general Paixão havia reclamado que a oferta americana havia diminuído para 20 unidades de M119A2 e que "com essa quantidade era insuficiente para equipar 2 grupos" (ou seja GACs).
Mas me surpeendeu positivamente a rapidez com que o EB começou a buscar alternativas.

É como tenho dito. Ao que parece os caras se tocaram que neste momento não tem como mais resolver o problema da artilharia AR a troco de pinga.
Melhor ainda, oportunidades estão surgindo de resolver o problema no longo prazo, mesmo que sem conseguir dotar todas as OM com novos sistemas.
Ceder à realidade dos fatos, e às oportunidades previstas, já é um excelente sinal de flexibilidade e de respeito a quem paga o salário deles, e à vida de quem tem de operar os obuseiros velhos e depauperados.

[FCarvalho]

O EB iniciou trabalhos visando a aquisição de 48 obuseiros rebocados de 155mm:
(com a aquisiçao das 36 VBCOAP SR e os M109A5 mais 4 GACs rebocados de 155mm a Artilharia Divisionária vai estar renovada, mesmo se 1 GAC de brigada for contemplado):

Eu louvo mais esta iniciativa, que não é casuística e muito menos de oportunidade, igualmente à aquisição de novos obuseiros AR 105mm.
Há 6 GAC AD a provisionar, e 1 GAC ligado à 2a DE. Via de regra então, são 126 peças AR para cobrir as necessidades existentes nos dias atuais.
Não sei qual a divisão entre os GAC e brigadas, mas aposto minhas fichas de que o modelo escolhido será no sentido de permitir seu uso no mínimo nas bdas pqdt e na 12a Amv. Ou seja, estão olhando algo parecido com o M-777. E só há duas opções no mercado com tais características.
A ver.

[FCarvalho]

Se não houver alguma rearticulação, com certeza irão para um GAC da AD/3 e para os três GACs da AD/1.

É possível também dividir de forma a equipar 1 GAC das AD1, AD3 e AD5, e ainda sobra para as escolas.
Os equipamentos que estão sendo comprados tem relevância muito grande na formação dos novos oficiais e sargentos. E desprezar ou minimizar o equipamento das escolas de formação parece não ser um caminho para o EB.
Assim espero.

[FCarvalho]

Deve ter concorrente do programa de aquisição da VBCOAP 155mm ofertando pacote. Será que a nossa artilharia de tubo vai ser chinesa??

O EB está se movendo para equipar AD e bdas, tanto em 105mm quanto 155mm. Só há no mercado quatro países com tal capacidade: China, França, índia e Turquia.
Destes, apenas França, Índia e Turquia podem oferecer o 105 AR. No caso, apenas a Índia possui obuseiro 155 AR capaz de ser empregado a nível brigada, com o modelo desenvolvido a partir do M-777 britânico.
Em todo caso, o obuseiro 105mm AR, só pode vir de França, Índia ou Turquia.
Como o EB deu esse detalhe de reforçar a artilharia das brigadas, ele só pode estar falando de obuseiros 155 que possam ser levados por helicóptero e\ou aviões, e quiçá ser lançados de paraquedas. Ainda não li o documento, mas se isso estiver escrito lá, então já sabemos do que se trata.
A ver qual o próximo passo.

[FCarvalho]

O EB iniciou trabalhos visando a aquisição de 48 obuseiros rebocados de 155mm:
(com a aquisiçao das 36 VBCOAP SR e os M109A5 mais 4 GACs rebocados de 155mm a Artilharia Divisionária vai estar renovada, mesmo se 1 GAC de brigada for contemplado)...

Com as possibilidades do C-390 na Índia, pode ser que, de repente, pinte isso aqui nessa história:
DRDO ATAGS

Embora a oferta indiana tenha se centrado nos sistemas AAe, entre outras coisas, o cmte do EB também visitou as fábricas da Kalinani Groups, que é uma das fabricantes de obuseiros na índia.
Lá foram mostradas a ele os diversos obuseiros que a empresa dispõe, entre eles o ATAGS e o seu derivado AR SR.
Conquanto, isto não foi mostrado de público, mas deve ter sido visto pela comitiva brasileira, é o Bharat UHL 155mm, proposto em 39 e 52 calibres, com opções AR e AP SR.
Suponho que para o EB também querer incluir obuseiros 155mm nas brigadas, como reforço, é porque viu neste modelo indiano a possibilidade disto.
Ele é o modelo que mais nos proporciona diversidade de emprego nos vários tipos de GAC que temos aqui. E seria, em tese, mais barato que o ATAGS, que diz-se por aí, ser uma atualização do modelo G-5\52 da Denel. O mesmo se diz da sua variação AP SR em relação ao T-5.

[FCarvalho]

Não sei se vocês notaram, mas sempre que alguém do alto escalão das forças armadas resolve dar umas voltas por aí, um monte de documentos com sinalizações para novas aquisições de material começa a aparecer por aqui.
Com a Índia não está sendo diferente.
A ver o que mais vem por aí.
Falta FAB e MB arrumarem as malas e dar uma chegada por lá.

[Aim For The Top]

documento de agosto deste ano sobre o ATAGS

https://www.drdo.gov.in/sites/default/f ... ug2023.pdf

[Energys]

O EB iniciou trabalhos visando a aquisição de 48 obuseiros rebocados de 155mm:
(com a aquisiçao das 36 VBCOAP SR e os M109A5 mais 4 GACs rebocados de 155mm a Artilharia Divisionária vai estar renovada, mesmo se 1 GAC de brigada for contemplado)...

Com as possibilidades do C-390 na Índia, pode ser que, de repente, pinte isso aqui nessa história:

DRDO ATAGS

No dia que o Cmt do EB foi ao campo de tiros indiano, este aqui era o que estava presente:

https://ddpdoo.gov.in/product/products/ ... alibre-gun

Att.

[FCarvalho]

Há muitos sistemas que a Índia fábrica e que são pertinentes aos programas estratégicos das ffaa's.
Se for o caso de arrumar off set para o KC 390, e penso ser o caso, do contrário os cmdtes das três forças não seriam mandados pra lá, vamos ter muito o que ver e negociar.
O EB já está se movendo neste sentido.
A ver como o governo espera bancar esse negócio.

[knigh7]

O EB pedindo na concorrência da VBCOAP 155mm canhão com pelo menos 52 calibres, algo facilmente dedutíel que vá pedir o mesmo para o rebocado, e os indianos oferecem um com 45 calibres...

[Aim For The Top]

A versão do Dhanush em 155 mm/52 foi apresentada no final do ano passado:

https://www.janes.com/defence-news/news ... -programme

[knigh7]

Espero que os indianos não sejam os novos russos. Ignoravam os requisitos, tentavam resolver na mutreta política dando a maior dor de cabeça nas concorrências.