UM MBT NACIONAL
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Re: UM MBT NACIONAL
Thailand intends to purchase a total of 150 Chinese-made VT-4 MBT: unit price 5.8 million US dollars
https://pdf.defence.pk/threads/thailand ... rs.588771/
Esta compra é de 2018, há cinco anos atrás, e os dados abertos na internet hoje dão conta que o VT-4 pode sair por cerca de S 4,9 milhões a unidade, e serve de parâmetro para um hipotético negócio conosco. A compra que o exército precisa fazer levando em conta todas as suas necessidades materiais ultrapassa pouco mais de 400 unidades de carros de combate. Ainda há as VBE necessárias, que somam algumas dezenas.
No caso chinês, como o RO e RTLI estão pedindo off sett e transferência de tecnologia o custo unitário pode ser mais salgado do que acima. Por outro lado, se comparado com outros MBT no mercado, o preço do VT-4 ainda assim é muito abaixo dos demais.
Tentem enxergar este veículo com todos os inputs arrolados no RTLI do VBC CC, e não simplesmente no original, pois o EB só aceitaria receber este carro se os chineses no mínimo mostrarem comprometimento e provarem por A + B que podem fazer o que está escrito nos RO e RTLI da VBC CC. Fora isso, não tem negócio que faça o exército engolir blindado chinês. E o governo, a meu ver, não ai arrumar mais uma briga com os militares só para tentar mostrar um simulado de independência que nunca teve.
A ver.
https://pdf.defence.pk/threads/thailand ... rs.588771/
Esta compra é de 2018, há cinco anos atrás, e os dados abertos na internet hoje dão conta que o VT-4 pode sair por cerca de S 4,9 milhões a unidade, e serve de parâmetro para um hipotético negócio conosco. A compra que o exército precisa fazer levando em conta todas as suas necessidades materiais ultrapassa pouco mais de 400 unidades de carros de combate. Ainda há as VBE necessárias, que somam algumas dezenas.
No caso chinês, como o RO e RTLI estão pedindo off sett e transferência de tecnologia o custo unitário pode ser mais salgado do que acima. Por outro lado, se comparado com outros MBT no mercado, o preço do VT-4 ainda assim é muito abaixo dos demais.
Tentem enxergar este veículo com todos os inputs arrolados no RTLI do VBC CC, e não simplesmente no original, pois o EB só aceitaria receber este carro se os chineses no mínimo mostrarem comprometimento e provarem por A + B que podem fazer o que está escrito nos RO e RTLI da VBC CC. Fora isso, não tem negócio que faça o exército engolir blindado chinês. E o governo, a meu ver, não ai arrumar mais uma briga com os militares só para tentar mostrar um simulado de independência que nunca teve.
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Re: UM MBT NACIONAL
Ainda que os sul coreanos não tenham dado até o momento qualquer sinal de público de que vão entrar na briga pela VBC CC e VBC Fuz, a atual situação dos Leo 1A5 pode levar os orientais a perceber que tem nas mãos uma opção prática e relativamente barata para nós na forma do K-1A1, dos quais eles operam pouco mais de 1 mil unidades entre originais e atualizadas.
Além do modelo básico do carro de combate, os sul coreanos também contam com as versões de engenharia, recuperação e lança ponte. Todas em quantidades que poderiam, em tese, ser negociadas em pequenos lotes para entrega ao EB no curtíssimo prazo. A sua elevação para o padrão K1A2 não seria um problema, até que se firmasse um contrato final para um K-2 BR e respectivas VBE.
A logística dos CC e VBE sul coreanos não teria maiores problemas no Brasil com o aporte dos recursos da BIDS e da indústria mecânica e de peças nacional. Eles já tem experiência com a indústria brasileira e sabem como o pessoal trabalha aqui.
Comprar uma centena ou pouco mais para manter os RCC operacionais seria uma oportunidade bem vinda para nós, já que o apoio alemão aos Leo 1A5 dura apenas té 2027, Depois é fim. Assumir aquele galpão em Santa Maria para apoiar os seus CC nãos seria nada demais para os sul coreanos.
A ver se o exército vislumbra esta possibilidade a si, com preços e financiamento que devem ser no mínimo convidativos.
ps: o preço do K-1A1 está cotado em fontes abertas da internet em US 4 milhões a unidade.
Além do modelo básico do carro de combate, os sul coreanos também contam com as versões de engenharia, recuperação e lança ponte. Todas em quantidades que poderiam, em tese, ser negociadas em pequenos lotes para entrega ao EB no curtíssimo prazo. A sua elevação para o padrão K1A2 não seria um problema, até que se firmasse um contrato final para um K-2 BR e respectivas VBE.
A logística dos CC e VBE sul coreanos não teria maiores problemas no Brasil com o aporte dos recursos da BIDS e da indústria mecânica e de peças nacional. Eles já tem experiência com a indústria brasileira e sabem como o pessoal trabalha aqui.
Comprar uma centena ou pouco mais para manter os RCC operacionais seria uma oportunidade bem vinda para nós, já que o apoio alemão aos Leo 1A5 dura apenas té 2027, Depois é fim. Assumir aquele galpão em Santa Maria para apoiar os seus CC nãos seria nada demais para os sul coreanos.
A ver se o exército vislumbra esta possibilidade a si, com preços e financiamento que devem ser no mínimo convidativos.
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Re: UM MBT NACIONAL
Um adendo ao post anterior. Se forem espertos, os sul coreanos além de oferecer os K-1A1 como solução de oportunidade para o EB por preços acessíveis e financiamento com prazos largos e juros camaradas, devem dispor o seu carro também como uma espécie de modelo de prova para todos os sistemas e subsistemas que hora estão sendo requeridos no RO e RTLI da VBC CC, a fim de que o exército possa avaliar na prática o seu desempenho e operacionalidade na prática, ajudando inclusive na sua finalização com apoio técnico e suporte material e humano.
Há pelo menos uma dúzia de requisitos que intentam colocar no futuro VBC CC recursos nacionais em termos de C4ISR, e qualquer um que queira levar essa concorrência tem de ter em mente duas coisas: oferecer um pacote tecnológico aberto, nada de caixa preta fechada, e logística nacionalizada o mais que possível. Isso quer dizer que tudo e mais um pouco do RTLI tem de ser enviesado pela BIDS e indústria nacional no curto, médio e longo prazo.
A ver se os sul coreanos estão dispostos a uma relação estável e de longo prazo amarrados ao EB.
Há pelo menos uma dúzia de requisitos que intentam colocar no futuro VBC CC recursos nacionais em termos de C4ISR, e qualquer um que queira levar essa concorrência tem de ter em mente duas coisas: oferecer um pacote tecnológico aberto, nada de caixa preta fechada, e logística nacionalizada o mais que possível. Isso quer dizer que tudo e mais um pouco do RTLI tem de ser enviesado pela BIDS e indústria nacional no curto, médio e longo prazo.
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Re: UM MBT NACIONAL
Salvo engano, o cronograma de recebimento das VBC CC está fixado entre 2029 e 2038, ou próximo disso.
Supondo que a economia do país e\ou a classe política continue reticente em relação ao reequipamento das ffaa's e o orçamento não corresponda às necessidades, a solução pelos K-1A1 pode ser bem vinda posto que são CC ainda com plena validade no cenário de curto e médio prazo para a AL, e não teríamos que agir apressadamente no sentido de obter um CC novo em condições nada favoráveis aos nossos interesses.
Para equipar os 4 RCC e 4 RCB com 27 unidades cada, seriam necessários 216 bldos. Como os Centauro serão absorvidos ao mesmo tempo que as VBC CC, e não haveria recursos para suportar ambos no orçamento, os RCB podem ficar de fora, com os RCC recebendo aqueles bldos e operando os mesmos até que os demais programas encontrem termo no fim da próxima década, para que o EB tenha condições de envidar um novo programa para a substituição dos K-1A1 e VBE além dos M-113BR.
A disponibilidade dos Leo 1A5 está em menos da metade da frota, e com o passar do tempo será menor ainda, incorrendo no risco de chegarmos a 2027 praticamente com 10% ou menos dos CC em operação. Uma aquisição em 2024 com entregas em 2025 poderia ser uma solução viável de forma que estes CC sul coreanos poderiam ficar em operação no EB pelo menos por mais 15 anos, até que se consiga um substituto definitivo para eles. Me parece das alternativas possíveis que temos agora a mais viável.
Se os sul coreanos fizerem o dever de casa direitinho, não vamos nem precisar fazer concorrência para substituir os K-1A1 na próxima década.
Supondo que a economia do país e\ou a classe política continue reticente em relação ao reequipamento das ffaa's e o orçamento não corresponda às necessidades, a solução pelos K-1A1 pode ser bem vinda posto que são CC ainda com plena validade no cenário de curto e médio prazo para a AL, e não teríamos que agir apressadamente no sentido de obter um CC novo em condições nada favoráveis aos nossos interesses.
Para equipar os 4 RCC e 4 RCB com 27 unidades cada, seriam necessários 216 bldos. Como os Centauro serão absorvidos ao mesmo tempo que as VBC CC, e não haveria recursos para suportar ambos no orçamento, os RCB podem ficar de fora, com os RCC recebendo aqueles bldos e operando os mesmos até que os demais programas encontrem termo no fim da próxima década, para que o EB tenha condições de envidar um novo programa para a substituição dos K-1A1 e VBE além dos M-113BR.
A disponibilidade dos Leo 1A5 está em menos da metade da frota, e com o passar do tempo será menor ainda, incorrendo no risco de chegarmos a 2027 praticamente com 10% ou menos dos CC em operação. Uma aquisição em 2024 com entregas em 2025 poderia ser uma solução viável de forma que estes CC sul coreanos poderiam ficar em operação no EB pelo menos por mais 15 anos, até que se consiga um substituto definitivo para eles. Me parece das alternativas possíveis que temos agora a mais viável.
Se os sul coreanos fizerem o dever de casa direitinho, não vamos nem precisar fazer concorrência para substituir os K-1A1 na próxima década.
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Re: UM MBT NACIONAL
Um possível combo K-1A1 + K-21 para o EB em um pacote aberto e com logística facilitada seria uma boa oferta para tentar tapar o buraco deixado pela saída dos Leo 1A5 até que se tenha recursos para alocar a compra das VBC CC e VBC Fuz novas.
O K-21 está em serviço na Coréia do Sul em quantidades que poderiam ser cedidas ao EB a fim de compor a dupla inf e cav blda nas bdas bldas. Sem precisar necessariamente dotar os BIB com todas as viaturas necessárias, como já é hoje com as M-113BR, que poderiam ser aproveitadas em outras funções dentro das OM bldas.
Para equipar 2 companhias por BIB, seriam necessários apenas 128 veículos.
O K-21 está em serviço na Coréia do Sul em quantidades que poderiam ser cedidas ao EB a fim de compor a dupla inf e cav blda nas bdas bldas. Sem precisar necessariamente dotar os BIB com todas as viaturas necessárias, como já é hoje com as M-113BR, que poderiam ser aproveitadas em outras funções dentro das OM bldas.
Para equipar 2 companhias por BIB, seriam necessários apenas 128 veículos.
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Re: UM MBT NACIONAL
Eu acredito que encontrei o motivo pelo qual o EB havia planejado (isso antes de terem desistido de modernizar os Leo1A5) esse número específico de 65 Carros de Combate novos.
O US Army está reorganizando as Armory Combat Team para 8 Abrams divido em2 pelotões que fazem parte da Troops Cavalry (algo próximo dos Esquadrões de Cavalaria do EB com algumas unidades à mais mas a função primordial dentro da brigada é a mesma que aqui se realiza) e mais 65 desses tanques distriuídos em 5 Companhias (que equivalem a um esquadrão), com 13 unidades cada.
Como a Cavalaria acertadamente no EB é sobre rodas, mesmo das 2 brigadas blindadas, 65 vai ser o número de CC por brigada blindada no EB.
Notem que o EB vem fazendo exercícios com 2 Esquadrões de CC com 1 Cia de Infantaria Blindada. É a mesma proporção de 2 batalhões blindados no US Army. Cada um apresenta 2 Cias de Abrams+1 Cia de Infantaria blindada.
O teceiro batalhão, a proporcão se inverte: é 1 Cia de CC(Abrams) + 2 Cias de Inf. Blindada.
Aí fica a pergunta: se nas nossas brigadas estão reduzindo o número de CC (2 brigadas terão 130, já que os nossos esquadrões de Cavalaria é sobre rodas, o que não ocorre no US Army) qual a razão de alguns elementos do EB quererem um MMBT, o que tornaria a brigada mais fraca ainda? As unidades blindadas do US Army começaram a receber a versão mais capaz do Abrams (a M1A2 SEPv3) em 2020 e dentro da reestruturação a SEPv3 será a versão padrão do Abrams.
O US Army está reorganizando as Armory Combat Team para 8 Abrams divido em2 pelotões que fazem parte da Troops Cavalry (algo próximo dos Esquadrões de Cavalaria do EB com algumas unidades à mais mas a função primordial dentro da brigada é a mesma que aqui se realiza) e mais 65 desses tanques distriuídos em 5 Companhias (que equivalem a um esquadrão), com 13 unidades cada.
Como a Cavalaria acertadamente no EB é sobre rodas, mesmo das 2 brigadas blindadas, 65 vai ser o número de CC por brigada blindada no EB.
Notem que o EB vem fazendo exercícios com 2 Esquadrões de CC com 1 Cia de Infantaria Blindada. É a mesma proporção de 2 batalhões blindados no US Army. Cada um apresenta 2 Cias de Abrams+1 Cia de Infantaria blindada.
O teceiro batalhão, a proporcão se inverte: é 1 Cia de CC(Abrams) + 2 Cias de Inf. Blindada.
Aí fica a pergunta: se nas nossas brigadas estão reduzindo o número de CC (2 brigadas terão 130, já que os nossos esquadrões de Cavalaria é sobre rodas, o que não ocorre no US Army) qual a razão de alguns elementos do EB quererem um MMBT, o que tornaria a brigada mais fraca ainda? As unidades blindadas do US Army começaram a receber a versão mais capaz do Abrams (a M1A2 SEPv3) em 2020 e dentro da reestruturação a SEPv3 será a versão padrão do Abrams.
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Re: UM MBT NACIONAL
Tenho vário$ motivo$ pra você, qual começo primeiro?knigh7 escreveu: ↑Sex Set 29, 2023 4:09 am Eu acredito que encontrei o motivo pelo qual o EB havia planejado (isso antes de terem desistido de modernizar os Leo1A5) esse número específico de 65 Carros de Combate novos.
O US Army está reorganizando as Armory Combat Team para 8 Abrams divido em2 pelotões que fazem parte da Troops Cavalry (algo próximo dos Esquadrões de Cavalaria do EB com algumas unidades à mais mas a função primordial dentro da brigada é a mesma que aqui se realiza) e mais 65 desses tanques distriuídos em 5 Companhias (que equivalem a um esquadrão), com 13 unidades cada.
Como a Cavalaria acertadamente no EB é sobre rodas, mesmo das 2 brigadas blindadas, 65 vai ser o número de CC por brigada blindada no EB.
Notem que o EB vem fazendo exercícios com 2 Esquadrões de CC com 1 Cia de Infantaria Blindada. É a mesma proporção de 2 batalhões blindados no US Army. Cada um apresenta 2 Cias de Abrams+1 Cia de Infantaria blindada.
O teceiro batalhão, a proporcão se inverte: é 1 Cia de CC(Abrams) + 2 Cias de Inf. Blindada.
Aí fica a pergunta: se nas nossas brigadas estão reduzindo o número de CC (2 brigadas terão 130, já que os nossos esquadrões de Cavalaria é sobre rodas, o que não ocorre no US Army) qual a razão de alguns elementos do EB quererem um MMBT, o que tornaria a brigada mais fraca ainda? As unidades blindadas do US Army começaram a receber a versão mais capaz do Abrams (a M1A2 SEPv3) em 2020 e dentro da reestruturação a SEPv3 será a versão padrão do Abrams.
Mas enfim, pude conversar com alguns cavalarianos e a ideia é de um MBT mesmo, mas ainda há gente EXPERTA querendo MMBT baseado no CV90.
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Re: UM MBT NACIONAL
O EB sinalizou nos quantitativos pretendidos de aquisição de novos CC (65) e de "modernização" dos Leo 1A5 (52) que pretende manter 9 SU CC. Com a "suspensão por tempo indeterminado" da "modernização" dos Leo 1A5, espera-se que o quantitativo de CC previsto para modernização seja acrescido na intenção de compra.knigh7 escreveu: ↑Sex Set 29, 2023 4:09 am Eu acredito que encontrei o motivo pelo qual o EB havia planejado (isso antes de terem desistido de modernizar os Leo1A5) esse número específico de 65 Carros de Combate novos.
O US Army está reorganizando as Armory Combat Team para 8 Abrams divido em2 pelotões que fazem parte da Troops Cavalry (algo próximo dos Esquadrões de Cavalaria do EB com algumas unidades à mais mas a função primordial dentro da brigada é a mesma que aqui se realiza) e mais 65 desses tanques distriuídos em 5 Companhias (que equivalem a um esquadrão), com 13 unidades cada.
Como a Cavalaria acertadamente no EB é sobre rodas, mesmo das 2 brigadas blindadas, 65 vai ser o número de CC por brigada blindada no EB.
Notem que o EB vem fazendo exercícios com 2 Esquadrões de CC com 1 Cia de Infantaria Blindada. É a mesma proporção de 2 batalhões blindados no US Army. Cada um apresenta 2 Cias de Abrams+1 Cia de Infantaria blindada.
O teceiro batalhão, a proporcão se inverte: é 1 Cia de CC(Abrams) + 2 Cias de Inf. Blindada.
Aí fica a pergunta: se nas nossas brigadas estão reduzindo o número de CC (2 brigadas terão 130, já que os nossos esquadrões de Cavalaria é sobre rodas, o que não ocorre no US Army) qual a razão de alguns elementos do EB quererem um MMBT, o que tornaria a brigada mais fraca ainda? As unidades blindadas do US Army começaram a receber a versão mais capaz do Abrams (a M1A2 SEPv3) em 2020 e dentro da reestruturação a SEPv3 será a versão padrão do Abrams.
Assim, penso que a intenção do EB é de voltar ao modelo ternário nas Bda Bda, organizando a 5ª Bda C Bda com 2 RCC e 1 BIB e a 6ª Bda Inf Bld com 1 RCC e 2 BIB.
Seria um avanço se cada RCC fosse organizado com 2 Esqd CC e 1 Cia Fuz Bld e cada BIB com 2 Cia Fuz Bld e 1 Esqd CC, mas acho improvável, considerando a lentidão do EB para implantar estruturas mais modernas.
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Re: UM MBT NACIONAL
Outro aspecto interessante é a intenção do EB de comprar 78 IFVs. O Armored Brigade tem 4 Cias de Infantaria. Com 78 no EB, cada Cia de Infantaria com 19 IFV (19x4=76) com 8 soldados por veículo. Levaria 152, ou seja, daria para levar uma companhia de fuzileiros.
Está no mesmo documento o planejamento de 65 Carros de Combate e 78 VBC Fuz. Está sendo pensado junto.
Está no mesmo documento o planejamento de 65 Carros de Combate e 78 VBC Fuz. Está sendo pensado junto.
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Re: UM MBT NACIONAL
Qualquer indicação de uma nova organização para a cavalaria, e que nos tire dos anos pós GM II em termos de doutrina já será um grande avanço.
É no mínimo desesperador ver a cavalaria do EB ainda baseada doutrinariamente em coisas que meu avô morto há mais de 60 anos acharia moderníssima.
É no mínimo desesperador ver a cavalaria do EB ainda baseada doutrinariamente em coisas que meu avô morto há mais de 60 anos acharia moderníssima.
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Re: UM MBT NACIONAL
A Reuters divulgou o valor mais exato do contrato de aquisição pelo governo Tcheco de 246 CV90 MKIV IFV: 2.52€ bilhões. É o valor do pacote, que não deve ser muito diferente por aí. Isso dá USD 10.9 milhões por unidade.
O MMBT CV90120T deve custar significamente mais do que o IFV CV90. Longe de ser uma boa alternativa de custo-benefício para o futuro CC do EB.
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Re: UM MBT NACIONAL
Mas isso nem é surpresa, o Lynx ainda consegue ser mais caro.knigh7 escreveu: ↑Ter Out 31, 2023 1:20 am A Reuters divulgou o valor mais exato do contrato de aquisição pelo governo Tcheco de 246 CV90 MKIV IFV: 2.52€ bilhões. É o valor do pacote, que não deve ser muito diferente por aí. Isso dá USD 10.9 milhões por unidade.
O MMBT CV90120T deve custar significamente mais do que o IFV CV90. Longe de ser uma boa alternativa de custo-benefício para o futuro CC do EB.
Detalhe que a torre da CMI, que alguns doentes queriam que colocassem no Leo 1BR, custa quase isso e foi sumariamente rejeitada pela US Army, justamente pelo custo enorme daquela torre. A da Leonardo não deve ser tão distante disso, assim um CV90120T custaria fácil uns USD 15-17 milhões, quase o custo de um K2.
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Re: UM MBT NACIONAL
Duvido que haja qualquer decisão sobre VBC CC e IFV antes do final desta década. Não há espaço no orçamento do governo e as contas públicas seguem ladeira abaixo, com o próprio PR afirmando que isso de zerar o défcit público é coisa de lunáticos do mercado.
Então, esqueçam qualquer coisa que não tenha o dedo do oportunismo político a ditar o que se faz e fará em Defesa. Com muita sorte, mas muita sorte mesmo, talvez o EB consiga alguma coisa dos indianos no caso da venda do KC-390 para a Índia, e mesmo assim, com aquisições a perde de vista. Pelo menos parte da artilharia de campanha terá seus problemas resolvidos, já que é uma das armas mais desconsideradas em termos de modernização pelo EB nas últimas décadas em todos os seus planos.
Muito provavelmente o exército tente algo parecido em relação aos projetos da cavalaria, uma vez que não há outra forma atualmente de "obrigar" o governo a botar dinheiro novo nos projetos das ffaa's sem uma barganha do tipo toma lá dá cá, bem ao estilo da politicalha local.
Boa sorte para eles. Vão precisar. E muito.
Então, esqueçam qualquer coisa que não tenha o dedo do oportunismo político a ditar o que se faz e fará em Defesa. Com muita sorte, mas muita sorte mesmo, talvez o EB consiga alguma coisa dos indianos no caso da venda do KC-390 para a Índia, e mesmo assim, com aquisições a perde de vista. Pelo menos parte da artilharia de campanha terá seus problemas resolvidos, já que é uma das armas mais desconsideradas em termos de modernização pelo EB nas últimas décadas em todos os seus planos.
Muito provavelmente o exército tente algo parecido em relação aos projetos da cavalaria, uma vez que não há outra forma atualmente de "obrigar" o governo a botar dinheiro novo nos projetos das ffaa's sem uma barganha do tipo toma lá dá cá, bem ao estilo da politicalha local.
Boa sorte para eles. Vão precisar. E muito.
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Re: UM MBT NACIONAL
A disponibilidade dos Leo1A5 está baixa. A CEBW ela está sendo obrigada a relançar nos RFQ os mesmos compontentes. Isso é sinal que o EB não está mais conseguindo encontrar aqueles conjuntos de componentes no mercado internacional. Os Leo1A2 e 1A5 estão indo para a Ucrânia e raparam as peças descontinuadas do mercado.FCarvalho escreveu: ↑Ter Out 31, 2023 12:14 pm Duvido que haja qualquer decisão sobre VBC CC e IFV antes do final desta década. Não há espaço no orçamento do governo e as contas públicas seguem ladeira abaixo, com o próprio PR afirmando que isso de zerar o défcit público é coisa de lunáticos do mercado.
O EB precisa de 300 Carros de Combate. O suporte da KMW (que aliás envolvem apenas parte dos componentes de reposição) vence em 2027. Aliás quando chegarmos nessa dara devem restar poucos Leo1A5 operando.
E um outro fator importante é que não há nenhum programa de reequipamento no EB que podemos cancelá-lo. E se for cancelar o Cascavel é para comprar Centauro pois este só vai equipar nessa primeira fase 1/3 das unidades necessárias.
Ou seja, a aquisição do novo CC (que é substancial) tem de vir de aumento no orçamento de investimendo do EB.
Editado pela última vez por knigh7 em Sex Nov 03, 2023 3:42 pm, em um total de 1 vez.