Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A MB está entrando em outra sinuca de bico no começo da próxima década. "Haverá verba" para se produzir os Napa 500 em um processo que deve ultrapassar a construção das Tamandaré e dos Riachuelo, competindo com o subnuc por verbas.
Não houve até agora nenhuma decisão sobre os NaPaOc, que como visto na entrevista do Alte Cunha deve encontrar, talvez, solução em projeto nacional. Navios na faixa das 1800 ton ou pouco mais. São 12 navios pretendidos, e que não tem início previsto de sair do papel até o final desta década.
Como o atual contrato das Meko 100 teriam, segundo a MB, opção para mais 2 unidades, o processo construtivo destes navios poderá eventualmente se esticar até 2031, quando a sexta e última seria entregue. Depois disso, na verdade bem antes, é necessário negociar ou um segundo lote destes navios, ou compras de navios de oportunidade, ou outro modelo em nova licitação. De qualquer forma a MB não irá ficar, ou pensa não poder, apenas nas 4(6) fragatas da classe Tamandaré. Notar ainda que entre 2028 e 2033 apenas a Barroso estará em operação dos navios atuais da esquadra. Todas as Niterói, Inhaúma e T-22 serão retiradas de operação até o final desta década.
Uma solução paliativa para a negativa de um segundo lote das Tamandaré ou mesmo nova compra no exterior seria partir para a construção dos NaPaOc BR após o término da construção daqueles navios (2029 ou 2031), abrindo espaço para o investimento nestes neles. No começo da próxima década a esquadra estará reduzida na prática a 4(6) fragatas Tamandaré e a corveta Barroso. Há ainda a possiblidade de negociar mais submarinos da classe Riachuelo a fim de manter os investimentos em Itaguaí. Mas esta alternativa está cada vez mais longe, visto os hiatos materiais abertos hoje que não tem indicativos de solução em médio e longo prazo.
Existe ainda na agenda material da MB a exigência de soluções para os NaPaFlu e NaAuxFlu, dentre outros meios, para os 4o, 6o e 9o DN, que hoje operam com meios refugados de outros DN da marinha, ou que estão há décadas em operação.
Ainda maior problema será a substituição dos NAM Atlântico e do NDM Bahia, que devem dar baixa em no máximo 15 a 20 anos. Ou seja, teremos que iniciar o processo de substituição pelo menos 5 anos antes, a fim de dispor de planejamento e tempo para sua entrega antes dos navios darem baixa efetivamente. Em adendo, não houve e não há soluções previstas para os navios logísticos e\ou transporte, ou tanque. E o CFN segue carecendo de meios navais coerentes com a sua natureza anfíbia expedicionária.
Falta ainda solução também para a força de varredura e minagem, que até o momento não teve seus meios substituídos por navios novos. A MB agora fala na possibilidade de adaptar o projeto dos Napa 500 para esta missão. A ver se há de fato condições, e recursos, para tirar do zero um novo produto derivado do casco daqueles navios. Com a entrada em operação efetiva dos Riachuelo, e do próprio Alte Álvaro Alberto, a necessidade de renovar a força de contra minagem da marinha se torna premente, senão urgentíssima. Mas fato é que não temos nada em mãos em qualquer tempo previsto no planejamento.
A situação da aviação naval vou comentar no tópico dela.
Não houve até agora nenhuma decisão sobre os NaPaOc, que como visto na entrevista do Alte Cunha deve encontrar, talvez, solução em projeto nacional. Navios na faixa das 1800 ton ou pouco mais. São 12 navios pretendidos, e que não tem início previsto de sair do papel até o final desta década.
Como o atual contrato das Meko 100 teriam, segundo a MB, opção para mais 2 unidades, o processo construtivo destes navios poderá eventualmente se esticar até 2031, quando a sexta e última seria entregue. Depois disso, na verdade bem antes, é necessário negociar ou um segundo lote destes navios, ou compras de navios de oportunidade, ou outro modelo em nova licitação. De qualquer forma a MB não irá ficar, ou pensa não poder, apenas nas 4(6) fragatas da classe Tamandaré. Notar ainda que entre 2028 e 2033 apenas a Barroso estará em operação dos navios atuais da esquadra. Todas as Niterói, Inhaúma e T-22 serão retiradas de operação até o final desta década.
Uma solução paliativa para a negativa de um segundo lote das Tamandaré ou mesmo nova compra no exterior seria partir para a construção dos NaPaOc BR após o término da construção daqueles navios (2029 ou 2031), abrindo espaço para o investimento nestes neles. No começo da próxima década a esquadra estará reduzida na prática a 4(6) fragatas Tamandaré e a corveta Barroso. Há ainda a possiblidade de negociar mais submarinos da classe Riachuelo a fim de manter os investimentos em Itaguaí. Mas esta alternativa está cada vez mais longe, visto os hiatos materiais abertos hoje que não tem indicativos de solução em médio e longo prazo.
Existe ainda na agenda material da MB a exigência de soluções para os NaPaFlu e NaAuxFlu, dentre outros meios, para os 4o, 6o e 9o DN, que hoje operam com meios refugados de outros DN da marinha, ou que estão há décadas em operação.
Ainda maior problema será a substituição dos NAM Atlântico e do NDM Bahia, que devem dar baixa em no máximo 15 a 20 anos. Ou seja, teremos que iniciar o processo de substituição pelo menos 5 anos antes, a fim de dispor de planejamento e tempo para sua entrega antes dos navios darem baixa efetivamente. Em adendo, não houve e não há soluções previstas para os navios logísticos e\ou transporte, ou tanque. E o CFN segue carecendo de meios navais coerentes com a sua natureza anfíbia expedicionária.
Falta ainda solução também para a força de varredura e minagem, que até o momento não teve seus meios substituídos por navios novos. A MB agora fala na possibilidade de adaptar o projeto dos Napa 500 para esta missão. A ver se há de fato condições, e recursos, para tirar do zero um novo produto derivado do casco daqueles navios. Com a entrada em operação efetiva dos Riachuelo, e do próprio Alte Álvaro Alberto, a necessidade de renovar a força de contra minagem da marinha se torna premente, senão urgentíssima. Mas fato é que não temos nada em mãos em qualquer tempo previsto no planejamento.
A situação da aviação naval vou comentar no tópico dela.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Não esperaram nem pela visita do presidente frances, contrato com a França já assinado, tudo encaminhado para certificação, inclusive serão feitas capacitações para estes procedimentos serem realizada aqui no futuro!!
https://petronoticias.com.br/amazul-com ... -expansao/
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Navalshore 2023 - Vice Almirante KOGA fala sobre os Programas e Projetos Estratégicos da Marinha
(O vice-almirante confirmou hoje uma péssima notícia sobre o nosso SSN que já estava circulando por aí...)
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
knigh7 escreveu: Qua Ago 23, 2023 2:51 pm Navalshore 2023 - Vice Almirante KOGA fala sobre os Programas e Projetos Estratégicos da Marinha
(O vice-almirante confirmou hoje uma péssima notícia sobre o nosso SSN que já estava circulando por aí...)
Quando do lançamento do PROSUB a previsão e que o SN 10 seria entregue a FORSUB em 2025. Postergado para 2031 e agora para 2037. Em minha opinião o Álvaro Alberto vai lentamente morrendo de inanição e em algum momento ninguém vai se lembrar dele. O complexo naval da Ilha a Madeira esta se transformando em um futuro elefante branco.
Talvez teria sido melhor continuar construindo os IKL 214, conforme proposto pelos alemães, no AMRJ e ter se dedicado de fato ao PROSUPER, PRONAPA, PRONANF e PROHIDRO.
Agora já foi.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Neste aspecto caso a modularidade prevista no projeto torne o navio de fato adequado a contra medida de minas a MB merece um Bravo Zulu.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Boa tarde amigos gostaria de saber se a MB ja capitalizou a Engepron para construir 12 Napa 500 BR?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
FABIO escreveu: Qui Ago 24, 2023 2:48 pm Boa tarde amigos gostaria de saber se a MB ja capitalizou a Engepron para construir 12 Napa 500 BR?
Fabio, saudações.
Esta capitalização não existe. O fato e que na LDO de 2023 da EMGEPRON foi previstos recursos para construção de um NaPa 500 BR (o cabeça de serie). Para os demais navios existe uma projeção de recursos necessários apresentados pelo comandante da Marinha no Congresso. O novo PAC no eixo de Defesa incluiu esta projeção assim como dos outros programas das Forças Armadas em andamento. E preciso também ter a visão que como esta etapa do PRONAPA não esta em andamento e possível que em algum momento sofra algum corte e nem todos os navios previstos sejam de fato construídos.
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Entretanto sem qualquer indicação de encomendas adicionais de aviões, navios, veículos blindados além do que já esta previsto atualmente.
OS 53 BILHÕES mencionados quando comparados aos 1,7 trilhões do PAC por si só demonstra a prioridade que o atual governo empresta a agenda de Defesa. Esta impressão e corroborada pelo adiamento da incorporação do SNA 10 para 2037.
A noticia boa e que pelo menos o que esta em andamento não vai ser cancelado. Entretanto por muito tempo ainda continuaremos a ser um anão militar um gigante com pés de barro, não se iluda que isto não vai mudar.
Sds
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Soluções de propulsão da Wärtsilä selecionadas para o Navio Polar Almirante Saldanha
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https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... tsila.html
abs.
arcanjo
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https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... tsila.html
abs.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Posso estar enganado mas tudo indica que os dois navios hidroceanograficos previstos foram postergados ou cancelados. Mas apresentações recentes da MB não foram mais mencionados.
Constava que, entre outros, haveria recursos da Petrobrás.
Constava que, entre outros, haveria recursos da Petrobrás.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
E a MB lançou o RFI há 2 anos atrás. Mas não enviou o RFP. Acorreu algum problema de financiamento do programa aí...Viking escreveu: Sáb Ago 26, 2023 8:49 pm Posso estar enganado mas tudo indica que os dois navios hidroceanograficos previstos foram postergados ou cancelados. Mas apresentações recentes da MB não foram mais mencionados.
Constava que, entre outros, haveria recursos da Petrobrás.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
knigh7 escreveu: Dom Ago 27, 2023 12:02 amE a MB lançou o RFI há 2 anos atrás. Mas não enviou o RFP. Acorreu algum problema de financiamento do programa aí...Viking escreveu: Sáb Ago 26, 2023 8:49 pm Posso estar enganado mas tudo indica que os dois navios hidroceanograficos previstos foram postergados ou cancelados. Mas apresentações recentes da MB não foram mais mencionados.
Constava que, entre outros, haveria recursos da Petrobrás.
Prezados colega, saudações.
Grato pela atenção e mensagem. Eu tinha certo que estes dois navios seriam construídos. O projeto dos mesmos indicavam que seriam classificados como navios de 2ª classe, o que seria equivalentes ao H 38 Cruzeiro do Sul de 2.200 ton. Como estava prevista a participação do MCT e da PETROBRAS minha visão e que estes importantes meios de pesquisa e que substituiriam navios mais antigos seriam facilmente construídos. Entretanto não podemos esquecer que estamos no Brasil varonil de sempre.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Paulo, procura ver com suas fontes o que ocorreu.Viking escreveu: Dom Ago 27, 2023 1:15 pmknigh7 escreveu: Dom Ago 27, 2023 12:02 am
E a MB lançou o RFI há 2 anos atrás. Mas não enviou o RFP. Acorreu algum problema de financiamento do programa aí...
Prezados colega, saudações.
Grato pela atenção e mensagem. Eu tinha certo que estes dois navios seriam construídos. O projeto dos mesmos indicavam que seriam classificados como navios de 2ª classe, o que seria equivalentes ao H 38 Cruzeiro do Sul de 2.200 ton. Como estava prevista a participação do MCT e da PETROBRAS minha visão e que estes importantes meios de pesquisa e que substituiriam navios mais antigos seriam facilmente construídos. Entretanto não podemos esquecer que estamos no Brasil varonil de sempre.![]()
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Sds
Esses 2 navios Hidroceanográficos são necessários para a prospecção nas nossas plataformas continentais e para a obtenção de dados afim de conseguirmos provas que a Elevação do Rio Grande, rica em recursos no subsolo, faz parte da nossa plataforma continental.
A construção desses navios não são projetos complicados. E essas prospecções no subsolo marinho que eles realizariam seriam muito úteis a Petrobrás.