Força Aérea da Ucrânia

[gogogas]

Dinamarca aguarda la autorización de EE.UU. para donar sus F-16 a Ucrania

https://www.zona-militar.com/2023/06/17 ... a-ucrania/

Significa que a Argentina segue sem definição no programa de caças ...

[FIGHTERCOM]

Para quem leu a entrevista do Teniente General Paleo (https://www.zona-militar.com/2023/06/11 ... -y-largos/), fica claro que estão jogando com todos os possíveis fornecedores na expectativa de uma tal oferta superadora. Até a Iveco já foi arrastada para essa novela mexicana no tocante ao VCBR. O problema é que nem todo mundo tem essa paciência.


Abraços,

Wesley

[FCarvalho]

Eles acham que podem receber caças por doação que nem a Ucrânia. Só pode ser.

[FIGHTERCOM]

Eles acham que podem receber caças por doação que nem a Ucrânia. Só pode ser.

Pior que chegaram bem perto disso. Para eles, a guerra na Ucrânia poderia criar condições favoráveis para a Argentina, como provedora de alimentos, já que, para eles, estaríamos numa eminente crise alimentar mundial. Claro, a Argentina seria a salvação da lavoura.

Bem, melhor só assistir mesmo.

Abraços,

Wesley

[FCarvalho]

Estão alardeando que os USA afirmaram que os F-16 podem ser entregues ainda este ano para a força aérea ucraniana. Por sua vez, o MD ucraniano alardeou que com estes caças criaria um novo corredor de exportação para as suas commodities. Bom, os russos atacaram, e seguem atacando, toda a infraestrutura portuária ao sul da Ucrânia e mesmo ao lado da Romênia, o que é um risco, digamos, calculado.

Pelas quantidades em toneladas que se imagina serem comercializados os produtos agrícolas do país, é difícil supor que eles utilizem outro modal que não o marítimo. E usar caças para escoltar navios é algo complicado no mar negro sem o completo domínio aéreo ou, que pelo menos que se pretendam disputá-lo com a frota do mar negro e a VKS.

Com tão poucas unidades a receber, não seria exatamente uma boa ideia. Atacar as bases russas na Criméia também seria muito arriscado, já que eles não possuem todos os elementos necessários para montar um pacote de ataque completo que tenha chance de chegar aos alvos, atingi-los, e retornar sem maiores danos para casa. E ainda por cima existe o veto ocidental para que estes caças sejam usados para atacar alvos na Rússia, o que deixa os ucranianos em desvantagem, já que os russos não tem tal limitação.

O Harphoon está integrado ao F-16 há muito tempo, mas não se sabe se os modelos A\B que serão fornecidos virão com essa capacidade ou mesmo se os norte americanos e euuropeus forneceriam seus mísseis, retirados dos estoques. Seria um plus a mais na tentativa de manter uma passagem aberta pelo Mar Negro. No caso de ataques à frot russa, a ver qual seria a resposta, caso um ou mais navios fossem atacados por esta dupla.

Notar que sem aviões de AEW, ISR e\ou patrulha naval, e nem mesmo uma esquadra, a ucrânia depende essencialmente das informações que lhe são repassadas pela OTAN. Eles lutam com os olhos e ouvidos alheios. E isto é um fator quase que incapacitante para que a força aérea ucraniana consiga planejar suas ações. Sejam elas colaborativas ou não com a OTAN contra os russos. Até agora eles não pediram, oficialmente, nenhum dos tipos destes vetores, já que sem a devida cobertura de caças, eles podem se tornar alvos fáceis para a caça inimiga e mesmo para as defesas AAe da Criméia. E o que os russos dispõe lá, deixa até mesmo os norte americanos, e por tabela o resto da OTAN, ressabiados de se aproximarem demais com seus próprios vetores.

Infelizmente a Embraer apesar de ter várias soluções no sentido de prover aeronaves ISR - além do KC-390 e ST - para a Ucrânia passa longe de poder oferecer seus préstimos ao país, dado que os governos por aqui são todos governados pelo agro e seus impulsos pastoris dependentes dos insumos russos para seguir produzindo. Lamentável que estejamos em tão baixo nível e de dependência de um único setor da economia nacional para tomar decisões na seara internacional devido à omissão e negligência no planejamento público de políticas de Estado para as finanças e o comércio nacionais.

Mas quem sabe um dia a gente aprende. Por bem, ou por mal.

[FCarvalho]

ESCALADA DA TENSÃO NA UCRÂNIA
A Crimeia e a frota russa do Mar Negro
A razão de ser de uma frota do Mar Negro poderosa vem de uma futura possibilidade e permanente presença russa no Mare Nostrum



https://brasil.elpais.com/brasil/2014/0 ... 22419.html

A matéria é de 9 anos atrás, mas ainda atual para se entender o porquê dos russos não aceitarem a mínima perspectiva de perder a Crimeia, e por conseguinte o pleno domínio do Mar Negro, para a Ucrânia.

Com caças equipados com tanques subalares e mísseis anti navio seria possível aos ucranianos atacar à distância os portos de Sebastopol e outros, além de aeroportos e bases navais do outro lado do Mar Negro em território russo, e mesmo dentro do Mar de Azov, o que forçaria a Rússia a aumentar significativamente as suas forças no flanco sul.

Mas os ucranianos não tem meios, e não terão autorização, para utilizar os F-16 doados para projetar poder ao longo de todo o Mar Negro, deixando estes caças relegados a mero papel de defesa aérea contra ataques de mísseis russos.

De qualquer forma, o uso do combo F-16 + Harphoon seria de muita utilidade para a força aérea ucraniana. Não sei se a marinha da Ucrânia possui aviação naval, mas se não, seria o caso de se pensar em transferir os Mig-29 e Su-24 e Su-27 para ela com a chegada dos F-16, dividindo assim o trabalho com a força aérea no sentido de prover defesa aérea, e também ataque e apoio aos poucos navios, se é que ainda existe algum intacto, no flanco sul ucraniano, o que pode ser notado a olhos vistos, é extremamente necessário, junto a sistemas de defesa AAe.

Para quem acha que as missões da aviação naval podem ser simplesmente realizadas por força aérea, bom, o exemplo ucraniano acima é auto explicativo.

[FCarvalho]

Força aérea ucraniana admite que não vai receber caças F-16 este ano
As Forças Armadas ucranianas admitiram saber que não vão receber caças F-16 este ano, já que nenhum dos aliados ocidentais se comprometeu a enviar aqueles aviões de combate para a Ucrânia.

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... 6-este-ano

Deu ruim para os ucranianos.
Com 4 regiões de defesa área, equivalentes às RDA da FAB, a força aérea ucraniana precisaria, nas minhas contas, de 144 caças a fim de dispor de um grupo de caça a 36 unidades cada, e cobrir o país. Como no FX-2 da FAB.
Isso poderia ser feito com qualquer modelo, e em tempos de paz seria até razoável esta capacidade. Mas em se falando de Rússia, tenho aqui com os meus botões que tal quantidade não seria exatamente um número expressivo.
Fico pensando que eles reclamam a si cerca de 120 caças para dar conta da sua guerra com os russos.
Quem sabe no futuro se alguém pensar direitinho, a Ucrânia possa ser a chave para tirar o Gripen E da merda em que está enfiada do ponto de vista comercial.
Uma reunião entre as pessoas certas e podia tudo ficar acertado. Mas...
Pensando aqui com os meus botões.

[FCarvalho]

A chegada dos F-16 na força aérea ucraniana em 2024 pode liberar o Mig-29 para outras missões que também são muito importantes, e que, como vemos agora no mar negro, podem fazer a diferença no sentido de manter abertas as linhas de comunicação navais e as rotas comerciais das quais o país depende para exportar seus produtos. E claro, ser mais um fator de pressão sobre as forças russas, navais e aéreas, na região da Criméia.



Os Mig-29 ucranianos apesar de serem de primeira geração podem ser adaptados para levar até 4 mísseis anti navio Kh-35 ou mesmo a versão ar-sup do míssil anti navio ucraniano, se eles conseguirem tirar o mesmo do papel. Como se trata de uma derivação daquele míssil russo, não deve ser algo complicado a sua adaptação. Adaptar um míssil ocidental como o Exocet ou até mesmo o Harphoon seria algo a ser pensado.

Missões SEAD também viriam a calhar contra as defesas AAe russas na Criméia, mas para isto um míssil de longo alcance seria necessário, e esta parece não ser o caso das versões do HARM enviadas para lá.

Por fim, missões de ataque de precisão com mísseis de cruzeiro menores que os SCALP e Stormshadow, ou mesmo bombas guiadas, seriam bem vindas, uma vez que atacar as bases russas na Criméia, no Mar de Azov e mesmo do outro lado do Mar Negro tende a ser considerado pelos militares ucranianos, pesando a questão do alcance curto dos Mig-29 neste tipo de missão. Os Su-24 se adaptam melhor neste perfil de missão, mas a cobertura aérea que eles tem é praticamente nula, e os Mig-29 até poderiam fazer isso se tivessem um radar e mísseis mais modernos.

[Glauber Prestes]

Acho que por enquanto, o F-16 vai operar como o HIMARS e o Patriot: Lá atrás, longe do T.O., disparando armamento Stand-off.

[FCarvalho]

A presença do Gripen na força aérea ucraniana pode ser o fator decisivo para o futuro da vida comercial do caça sueco.

Talvez o fato dos suecos estarem pensando em ceder de fato seus caças para a Ucrânia seja também parte dos argumentos que a SAAB pode ter utilizado para tentar convencer o governo e o parlamento de que não entregar os Gripen agora, mesmo que a título de defesa nacional, pode ser uma sentença de morte para ele no longo prazo, vide todas as concorrências das quais participou até agora e que não geraram uma única venda sequer, inclusive de países usuários.

E depender ou esperar algo de um país como o Brasil em termos de negócios para a defesa é um risco alto demais e que não merece o esforço. É só olhar os cronogramas atuais do Gripen E\F, do que foi o processo FX e a total inépcia do poder político nacional e sociedade em relação ao tema.

Enfim, podem ser 12, podem ser 10, podem ser 100. De qualquer forma, o Gripen uma vez na força aérea ucraniana irá gerar uma massa de informações, e de merchandesing, tal qual o KC-390 está fazendo em relação à FAB, e em consequência, um turbilhão de interessados no avião da Embraer, mesmo entre os grandes players mundiais. Bom, não há nada a perder. O caça sueco nas suas versões mais recentes, mesmo a C\D no padrão MS20, como devem ser os caças suecos, nem se compara com F-16 pé de boi que serão recebidos.

Mas uma coisa é treinar, formar, receber e operar o Gripen. Outra é conseguir tirar dele tudo o que pode. Porque isso leva tempo, mesmo contando com os pilotos mais experientes. E tempo é um luxo que a Ucrânia não pode se dar.

[FCarvalho]

Uma imagem emblemática.

[FCarvalho]

Acho que por enquanto, o F-16 vai operar como o HIMARS e o Patriot: Lá atrás, longe do T.O., disparando armamento Stand-off.

Diz-se que serão 6 meses apenas para os pilotos aprenderem a voar no F-16. Fazê-lo operacionalmente em condições de combate real, acho que vai aí outros 6 meses, no mínimo.
Uma coisa é saber voar um caça, outra, é operar ele em toda a sua amplitude. E isso leva muito mais tempo que os ucranianos tem.
Os pilotos do GDA, todos com mais pelo menos 3 mil horas de caça vão levar quase um ano e meio para estarem formados no Gripen E, só usando simulador e prática, sem direito a biplace. É no braço mesmo.
Imagine-se agora a situação dos ucranianos.

[FCarvalho]

Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Essa aqui deve valer por um dicionário inteiro para os russos no caso do Gripen ser enviado para a Ucrânia.

[gogogas]

Do jeito que esta essa guerra , duvido que a Russia consiga prolongar mais, acredito que um acordo possa ser fechado antes do fim do ano . o gasto de ambos os lados esta sendo na casa dos milhares ,sem contar que a economia russa esta passando por dificuldades ... Vamos aguardar ....
Sobre Gripens , F-16 e F-18 na Ucrania ,nao vai ser disponivel este ano ,ainda estamos no fim de agosto ,ate la muita coisa vai rolar ...

[FCarvalho]

A guerra em solo vai ganhar mais um pit stop para o inverno que se aproxima. São três meses atolados na lama e neve sem poder se mexer efetivamente. Tudo vai ficar parado. Para não falar das monções que irão começar no mês que vem, e que vão deixar o solo ucraniano intrafegável.
Vão ser seis meses de pouca ou nenhuma mobilidade terrestre. E os ganhos devem ser frugais.
Qualquer coisa que puder alterar o status quo atual terá que vir do mar ou do céu.
E não há perspectivas críveis de que em um e outro tenhamos novidades de fato.
A ver.