UCRÂNIA
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Re: UCRÂNIA
Até os russos terminarem a construção da rodovia que liga a Crimeia até Luhansk/Donetsk, além da consecutiva construção da ligação ferroviária de Rostov, se os ucranianos acertarem a ponte ferroviária antes desses trabalhos concluírem, as tropas ao sul estarão correndo sérios riscos.
- Suetham
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Re: UCRÂNIA
Essa proibição entra em vigor dia 1º de setembro e durará dois anos. Isso afetará tanto russos quanto ucranianos, mas creio que a decisão não altere a exportação de Mavics. O que isso pode afetar são quadricópteros grandes o suficiente para lançar granadas, uma tática que ambos os lados adoram usar e drones de asa fixa como a série Mujin que os ucranianos adoram usar para atacar os russos.
https://threadreaderapp.com/thread/1690 ... 80576.html
https://www.thedrive.com/the-war-zone/w ... in-ukraine
https://www.wsj.com/articles/ukraine-us ... a-d9ef32a3
Inside a Volunteer Unit Driving Ukraine’s Counteroffensive Forward
Ao que parece, a Ucrânia agora está pronta para dar seu último golpe contra os russos antes da rasputitsa(em torno de 6-8 semanas), fontes pró-ucraniana afirmam com evidências que a maioria das brigadas preparadas para a ofensiva já foram implantadas. Alguns analistas já indicam que os ucranianos já estão começando a intensificar os ataques em todas as frentes, com exceção do eixo de Kupiansk, mas parece ser uma intensificação muito gradual.
- gabriel219
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Re: UCRÂNIA
Acho muito alarmismo. Os Russos fizeram vários armazéns com munições o suficiente e já existem balsas que operam mesmo com a ponte intacta, transportando equipamento Militar. Além disso, não há ataques fortes em Kherson.Suetham escreveu: ↑Sáb Ago 12, 2023 7:00 pm Até os russos terminarem a construção da rodovia que liga a Crimeia até Luhansk/Donetsk, além da consecutiva construção da ligação ferroviária de Rostov, se os ucranianos acertarem a ponte ferroviária antes desses trabalhos concluírem, as tropas ao sul estarão correndo sérios riscos.
As tropas em Zaporizhzhia são abastecidas através de Rostov.
Enquanto isso:
- gabriel219
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Re: UCRÂNIA
Não para uma força que depende tanto da via férrea, o que denota caracteristicamente sua qualidade como uma força não expedicionária. O principal centro logístico que abastece as tropas ao sul em Kherson e Zaporizhzhia é Dzhankoi, antes de chegar a esse entroncamento ferroviário na Crimeia existe a ponte, caso ataquem a ponte ferroviária da Crimeia, a logística de abastecimento de suprimentos de todos os tipos(com exceção de combustível porque o transporte aqui é feito através de oleoduto até as cadeias de armazenamento na península) das tropas ao sul ficarão parcialmente comprometidas, mesmo contando com balsas e navios anfíbios fazendo o transporte e conexão do Estreito de Kerch entre a península da Crimeia e Krasnodar. O fator que vai tornar isso totalmente contornável é a conexão ferroviária de Rostov até Kherson, isto ainda está sendo feito, enquanto isso, a rota através de Dzhankoi é a conexão mais direta de um centro logístico para Kherson/Zaporizhzhia.gabriel219 escreveu: ↑Sáb Ago 12, 2023 8:09 pmAcho muito alarmismo. Os Russos fizeram vários armazéns com munições o suficiente e já existem balsas que operam mesmo com a ponte intacta, transportando equipamento Militar. Além disso, não há ataques fortes em Kherson.Suetham escreveu: ↑Sáb Ago 12, 2023 7:00 pm Até os russos terminarem a construção da rodovia que liga a Crimeia até Luhansk/Donetsk, além da consecutiva construção da ligação ferroviária de Rostov, se os ucranianos acertarem a ponte ferroviária antes desses trabalhos concluírem, as tropas ao sul estarão correndo sérios riscos.
As tropas em Zaporizhzhia são abastecidas através de Rostov.
Edit:
Aqui ele explica isso.
Este é um mapa mais preciso das linhas ferroviárias existentes do Livemap - a linha verde enfatiza a principal rota logística ferroviária, a vermelha é a seção ausente desmontada após 2014. Preste atenção à escala na parte inferior esquerda de cada mapa. Atualmente, há apenas uma única ligação ferroviária conectando toda a frente sul (Kherson-Zaporizhzhia-Volnovakha) e passa pela Crimeia que está sob ameaça constante devido ao emprego de drones e ataques de mísseis de longo alcance pela Ucrânia. A Rússia não tem transporte rodoviário como o Exército dos EUA porque não tem um exército expedicionário, então sempre que não pode usar ferrovias, não pode realizar manobra operacional que, neste caso, é absolutamente essencial considerando como o teatro é moldado com a Ucrânia sendo posicionado no centro e capaz de atacar em todas as direções, enquanto a Rússia tem que adicionar centenas, senão milhares de km para mover tropas e recursos por via férrea.
Isso explica inclusive as pequenas ofensivas russas como em Vuhledar no inverno passado.
Editado pela última vez por Suetham em Dom Ago 13, 2023 12:09 pm, em um total de 1 vez.
- Suetham
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Re: UCRÂNIA
https://www.washingtonpost.com/world/20 ... ive-gloom/
Slow counteroffensive darkens mood in Ukraine
https://www.nytimes.com/2023/08/11/worl ... hiefs.htmlMil combatentes treinados das Forças Armadas da Ucrânia são enviados da Grã-Bretanha para o front
Os fuzileiros navais ucranianos estão voltando para casa após um treinamento "intenso" de seis meses com instrutores britânicos, informa a Sky News.
Os caças foram treinados em pouso e uso de armas antitanque, bem como em reconhecimento e ataque a estruturas defensivas.
Alguns dos cadetes tinham experiência militar, mas muitos deles são civis sem experiência militar.
Ukraine Fires Top Military Enlistment Officers After Bribery Scandal
https://www.theguardian.com/world/2023/ ... harassmentA UE forneceu à Ucrânia 223,8 mil projéteis de artilharia do milhão planejado.
De acordo com o Die Welt, o porta-voz da UE, Peter Stano, disse que os estados membros forneceram "armas-tanque, munições guiadas com precisão de longo alcance, morteiros e 2.300 foguetes de todos os tipos".
É relatado que até a primavera de 2024, a Ucrânia deve receber 1 milhão de munições de artilharia. Isso deve ser feito a partir dos estoques de países individuais e pedidos conjuntos da UE.
“Com os suprimentos atuais, os países da UE ainda estão longe de sua meta na próxima primavera”, conclui a publicação.
‘Fighting two enemies’: Ukraine’s female soldiers decry harassment
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Re: UCRÂNIA
Não, mas espera ai, você está falando ofensivamente ou defensivamente? Eu estou falando defensivamente, porém até cortar a linha férrea, o que diminuiria o fluxo logístico, mas não comprometeria as ações defensivas no nível atual de uso de tubos e forças combinadas contra as investidas da AFU. Pra comprometer totalmente e fazer a linha desmoronar por falta de suprimentos, os Ucranianos teriam que imprimir uma força gigantesca na linha, algo como mobilizar de 8-12 Brigadas pra um ataque frontal e até exaurir os recursos e forçar os Russos a ceder, criando uma fenda antes da linha de defesa, que os Ucranianos ainda nem chegaram perto. A questão é que nada indica que a AFU consegue desdobrar isso sem que saia com menos de 1/3 do que desdobrou.Suetham escreveu: ↑Dom Ago 13, 2023 11:00 am Não para uma força que depende tanto da via férrea, o que denota caracteristicamente sua qualidade como uma força não expedicionária. O principal centro logístico que abastece as tropas ao sul em Kherson e Zaporizhzhia é Dzhankoi, antes de chegar a esse entroncamento ferroviário na Crimeia existe a ponte, caso ataquem a ponte ferroviária da Crimeia, a logística de abastecimento de suprimentos de todos os tipos(com exceção de combustível porque o transporte aqui é feito através de oleoduto até as cadeias de armazenamento na península) das tropas ao sul ficarão parcialmente comprometidas, mesmo contando com balsas e navios anfíbios fazendo o transporte e conexão do Estreito de Kerch entre a península da Crimeia e Krasnodar. O fator que vai tornar isso totalmente contornável é a conexão ferroviária de Rostov até Kherson, isto ainda está sendo feito, enquanto isso, a rota através de Dzhankoi é a conexão mais direta de um centro logístico para Kherson/Zaporizhzhia.
Edit:
Aqui ele explica isso.
Este é um mapa mais preciso das linhas ferroviárias existentes do Livemap - a linha verde enfatiza a principal rota logística ferroviária, a vermelha é a seção ausente desmontada após 2014. Preste atenção à escala na parte inferior esquerda de cada mapa. Atualmente, há apenas uma única ligação ferroviária conectando toda a frente sul (Kherson-Zaporizhzhia-Volnovakha) e passa pela Crimeia que está sob ameaça constante devido ao emprego de drones e ataques de mísseis de longo alcance pela Ucrânia. A Rússia não tem transporte rodoviário como o Exército dos EUA porque não tem um exército expedicionário, então sempre que não pode usar ferrovias, não pode realizar manobra operacional que, neste caso, é absolutamente essencial considerando como o teatro é moldado com a Ucrânia sendo posicionado no centro e capaz de atacar em todas as direções, enquanto a Rússia tem que adicionar centenas, senão milhares de km para mover tropas e recursos por via férrea.
Isso explica inclusive as pequenas ofensivas russas como em Vuhledar no inverno passado.
Em termos de ofensiva, eu concordo quanto ao fluxo logístico na linha férrea, mas em termos defensivos não faz nenhum sentido. Os Russos ficaram limitados à balsas em Kherson por quase 6 meses e resistiram, até ficar difícil e começaram a recuar, isso com uma desvantagem numérica grande e ataque por três lados, que é um cenário muito diferente de Zaporizhzhia e até mesmo o restante de Kherson, onde agora o problema logístico está sendo imposto para o outro lado que tentar cruzar o Rio.
Vi o vídeo do Kings & Generals e quase engasguei kkkkk. Eles estavam indo excelentes quando retratam fatos históricos, mas quando chegou Bakhmut e fizeram vídeos propagandísticos, eu larguei mão. o "reach Surovikin Line" é de fuder, nem os Ucranianos acreditam que chegaram nessa linha.
Enquanto isso:
Considerações:
A AFU está tendo um relativo progresso no eixo de Vremensky, forçando os Russos a recuar para o rio. Mais tropas da AFU devem ser alocadas nessa região, que acaba por se tornar um bolsão, já que a AFU não consegue penetrar nas áreas adjacentes. Veremos se o recuo trata-se da mesma manobra em Rabotino, onde os Russos recuaram do Norte da Cidade e do Nordeste, fazendo com que a AFU lançasse duas Brigadas, que terminou num massacre; e
A AFU recebeu os Rosomak a pouco mais de duas semanas e já há a primeira perda documentada, o que pode significar um nível de perdas da AFU muito maior do que estamos imaginando. Estão recebendo os equipamentos e levando imediatamente pro combate, o que não é usual nem mesmo com os Russos, que levaram quase 3 meses para implementar os T-62M que nem tinham sido modernizados ainda, o mesmo para outros T-72B e T-80BV.
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Re: UCRÂNIA
Nos dois casos, principalmente defensivamente. O conceito de logística expedicionária é bastante vago, mas pode ser caracterizado quando as forças podem operar de alguma distância de algum centro logístico de apoio nacional, no caso do sul da Ucrânia, esse centro logístico fica na Crimeia, portanto, constitui uma distância expedicionária que dependerá das circunstâncias, mas é um exemplo que constrata fortemente com o sistema logístico militar russo.gabriel219 escreveu: ↑Dom Ago 13, 2023 1:06 pm Não, mas espera ai, você está falando ofensivamente ou defensivamente? Eu estou falando defensivamente, porém até cortar a linha férrea, o que diminuiria o fluxo logístico, mas não comprometeria as ações defensivas no nível atual de uso de tubos e forças combinadas contra as investidas da AFU. Pra comprometer totalmente e fazer a linha desmoronar por falta de suprimentos, os Ucranianos teriam que imprimir uma força gigantesca na linha, algo como mobilizar de 8-12 Brigadas pra um ataque frontal e até exaurir os recursos e forçar os Russos a ceder, criando uma fenda antes da linha de defesa, que os Ucranianos ainda nem chegaram perto. A questão é que nada indica que a AFU consegue desdobrar isso sem que saia com menos de 1/3 do que desdobrou.
Os russos de acordo com a sua doutrina de defesa ativa dependem fundamentalmente das ferrovias e oleodutos para a movimentação de suprimentos independente da distância do TO(https://en.wikipedia.org/wiki/Logistica ... med_Forces), isso reflete a sua doutrina para a defesa territorial russa que pode englobar áreas muito próximas da fronteira, exatamente por isso o motivo dos russos dependerem menos de caminhões no nível operacional, só que isso traz repercussões no abastecimento das tropas no teatro, esse tipo de logística é predominante para taxas de uso pré-determinadas, o que impõe muito menos flexibilidade para o consumo periódico de uma determinada unidade militar, ainda mais considerando as perdas diretas por ações do inimigo ou qualquer outra mudança tático-operacional no teatro, se por acaso, os ucranianos implodirem a ponte ferroviária da ponte da Crimeia, o centro logístico principal da Crimeia ainda poderia sustentar as tropas ao sul, mas isso dependerá muito do nível de abastecimento e do fluxo logístico que se acumulou nesse HUB tão fundamental e isso é realizado com o consumo pré-determinado das unidades militares no teatro, basta que alguma coisa mude no teatro para ocasionar mais pressão tornando menos previsível e estável toda a logística.
A única coisa que seria contornável nesse tipo de situação em que a ponte ferroviária da Crimeia demore meses até ser consertada, seria ter um plano de contingência entre a Crimeia e o sul da Ucrânia - como um acúmulo tanto na península ou mesmo na retaguarda no TO e a outra solução sendo uma ligação ferroviária de Rostov até Kherson, isso para manter o fluxo logístico constante, independente de qualquer condição operacional.
Ainda existia a ponte sobre a barragem de Nova Kakhovka, os ucranianos só tornaram intransitável para veículos militares por essa ponte em agosto de 2022, até o recuo dos russos em novembro de Kherson, levou três meses entre a dependência total de balsas, mas o cenário aqui é totalmente diferente, no nível operacional, em todo o período da invasão, a Rússia sofre com a incapacidade de se desvincular das ferrovias como sistema de apoio logístico, inalteravelmente se for atuando na ofensiva ou na defensiva, assim que os suprimentos acabaram, toda a frente desmoronou, como eu disse, vai depender de como os russos criaram um plano de contingência para manter as tropas abastecidas ao sul mesmo sem a conexão da Crimeia com Krai de Krasnodar, além de oferecer planos alternativos a isto, como a própria conexão Rostov-Kherson, enquanto isso não for resolvido, as unidades militares ao sul estarão correndo riscos de sofrer com a inconstante logística militar.gabriel219 escreveu: ↑Dom Ago 13, 2023 1:06 pm Em termos de ofensiva, eu concordo quanto ao fluxo logístico na linha férrea, mas em termos defensivos não faz nenhum sentido. Os Russos ficaram limitados à balsas em Kherson por quase 6 meses e resistiram, até ficar difícil e começaram a recuar, isso com uma desvantagem numérica grande e ataque por três lados, que é um cenário muito diferente de Zaporizhzhia e até mesmo o restante de Kherson, onde agora o problema logístico está sendo imposto para o outro lado que tentar cruzar o Rio.
O problema para os ucranianos é que isso não será fácil e estamos vendo isso atualmente com o nível de segurança no mar, ar e terra. No ataque de outubro, os danos na ponte rodoviária afetaram apenas um único vão, os pilares e fundações de concreto não foram afetados porque esses elementos são fortes. Só para se ter uma ideia de quão forte os suportes são - os ucranianos poderiam detonar uma ogiva nuclear próxima da ponte e ainda estaria de pé, embora sua integridade estrutural fosse muito menor devido ao calor liberado, a ponte ferroviária provavelmente também não seria afetada pelo incêndio do trem em nenhum grau significativo, teria alguma perda menor de capacidade de carga, mas não muito e o fluxo logístico continuaria fluindo.
O canal é propagandístico, mas eu gosto de analisar conteúdos variados independentemente de quem seja a fonte.gabriel219 escreveu: ↑Dom Ago 13, 2023 1:06 pm Vi o vídeo do Kings & Generals e quase engasguei kkkkk. Eles estavam indo excelentes quando retratam fatos históricos, mas quando chegou Bakhmut e fizeram vídeos propagandísticos, eu larguei mão. o "reach Surovikin Line" é de fuder, nem os Ucranianos acreditam que chegaram nessa linha.
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Re: UCRÂNIA
drible da vaca kkk
Aos colegas membros que quiserem se voluntariar
Acertaram alvos em Zaporizhzhia também.
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Re: UCRÂNIA
Não é exatamente o que eu falei no outro post ou entendi seu ponto errado?Suetham escreveu: ↑Dom Ago 13, 2023 2:42 pm Nos dois casos, principalmente defensivamente. O conceito de logística expedicionária é bastante vago, mas pode ser caracterizado quando as forças podem operar de alguma distância de algum centro logístico de apoio nacional, no caso do sul da Ucrânia, esse centro logístico fica na Crimeia, portanto, constitui uma distância expedicionária que dependerá das circunstâncias, mas é um exemplo que constrata fortemente com o sistema logístico militar russo.
Os russos de acordo com a sua doutrina de defesa ativa dependem fundamentalmente das ferrovias e oleodutos para a movimentação de suprimentos independente da distância do TO(https://en.wikipedia.org/wiki/Logistica ... med_Forces), isso reflete a sua doutrina para a defesa territorial russa que pode englobar áreas muito próximas da fronteira, exatamente por isso o motivo dos russos dependerem menos de caminhões no nível operacional, só que isso traz repercussões no abastecimento das tropas no teatro, esse tipo de logística é predominante para taxas de uso pré-determinadas, o que impõe muito menos flexibilidade para o consumo periódico de uma determinada unidade militar, ainda mais considerando as perdas diretas por ações do inimigo ou qualquer outra mudança tático-operacional no teatro, se por acaso, os ucranianos implodirem a ponte ferroviária da ponte da Crimeia, o centro logístico principal da Crimeia ainda poderia sustentar as tropas ao sul, mas isso dependerá muito do nível de abastecimento e do fluxo logístico que se acumulou nesse HUB tão fundamental e isso é realizado com o consumo pré-determinado das unidades militares no teatro, basta que alguma coisa mude no teatro para ocasionar mais pressão tornando menos previsível e estável toda a logística.
A única coisa que seria contornável nesse tipo de situação em que a ponte ferroviária da Crimeia demore meses até ser consertada, seria ter um plano de contingência entre a Crimeia e o sul da Ucrânia - como um acúmulo tanto na península ou mesmo na retaguarda no TO e a outra solução sendo uma ligação ferroviária de Rostov até Kherson, isso para manter o fluxo logístico constante, independente de qualquer condição operacional.
Os Russos mal utilizaram a barragem por temer que virasse alvos de ataques, tiveram a preferência por utilizar balsas. A diferença entre Kherson em OutubroSuetham escreveu: ↑Dom Ago 13, 2023 2:42 pmAinda existia a ponte sobre a barragem de Nova Kakhovka, os ucranianos só tornaram intransitável para veículos militares por essa ponte em agosto de 2022, até o recuo dos russos em novembro de Kherson, levou três meses entre a dependência total de balsas, mas o cenário aqui é totalmente diferente, no nível operacional, em todo o período da invasão, a Rússia sofre com a incapacidade de se desvincular das ferrovias como sistema de apoio logístico, inalteravelmente se for atuando na ofensiva ou na defensiva, assim que os suprimentos acabaram, toda a frente desmoronou, como eu disse, vai depender de como os russos criaram um plano de contingência para manter as tropas abastecidas ao sul mesmo sem a conexão da Crimeia com Krai de Krasnodar, além de oferecer planos alternativos a isto, como a própria conexão Rostov-Kherson, enquanto isso não for resolvido, as unidades militares ao sul estarão correndo riscos de sofrer com a inconstante logística militar.
O problema para os ucranianos é que isso não será fácil e estamos vendo isso atualmente com o nível de segurança no mar, ar e terra. No ataque de outubro, os danos na ponte rodoviária afetaram apenas um único vão, os pilares e fundações de concreto não foram afetados porque esses elementos são fortes. Só para se ter uma ideia de quão forte os suportes são - os ucranianos poderiam detonar uma ogiva nuclear próxima da ponte e ainda estaria de pé, embora sua integridade estrutural fosse muito menor devido ao calor liberado, a ponte ferroviária provavelmente também não seria afetada pelo incêndio do trem em nenhum grau significativo, teria alguma perda menor de capacidade de carga, mas não muito e o fluxo logístico continuaria fluindo.
Mas o pior é que o jeito que você fala é como se a AFU tivesse a capacidade de destruir todas as rodovias e pontes existentes no Sul, é um cenário tão fantasioso quanto o de assalto "aeroanfíbio" contra Nova Kakhovka - pra deixar claro @Suetham, não é desdenhando da sua fala, aliás eu pensava igual a você, era a única coisa que poderiam fazer, o problema é que não haveria como sem ter a supremacia aérea local, até porque a AFU não conseguira trazer baterias de médio e longo alcance pra Nikopol ou Berislav sem que tomassem Lancet - a AFU não tem essa capacidade, tentaram atacar a ponte com mais de 30 mísseis e não acertaram a ponte na semana passada, como mostram as imagens de satélites, fora que os Russos podem fazer cabotagem a dar com o pau no mar de Azov e utilizar caminhões pra fazer o fluxo logístico, que seria mais demorado e custoso quanto de trens, mas ainda sim seria feito. Um navio cargueiro tem capacidade maior do que de trens.
Os Russos já utilizam cabotagem nas rotas Kench-Kavkaz, ponte em Lomakin, Novorossiysk-Berdyansk e por ai vai. Os Russos não se esforçaram à toa pra ter um corredor terrestre entre a Criméia e o território Russo pra ficar dependendo de linha férrea.
A AFU precisaria fazer uma operação monumental a nível Desert Shield pra quebrar a parte logística dos Russos.
Eu sinceramente não sei o que se aprende com dados fantasiosos, mas cada um é cada um kkkkkk. É igual o "drible da vaca", queria saber quais as cabeças-de-praia que a AFU estabeleceu, pois foram expulsos da ponte e do Campo Cossack. Se esse pessoal acha que um Pelotão de Infantaria Leve vai estabelecer e manter uma cabeça-de-praia, boa sorte.
Eu evito essas coisas até mesmo dos Russos, pois prejudica demais a análise.
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