ARTILHARIA DA F TERRESTRE
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
VBCOAP 155mm SR – A disputa tem inicio
Por Paulo Roberto Bastos Jr. -ago 3, 2023
https://tecnodefesa.com.br/vbcoap-155mm ... em-inicio/
36 para serem recebidas ao longo de 8 anos:
"O projeto visa 36 viaturas, através de dois contratos (como ocorreu no VBC Cav): duas iniciais, para um lote protótipo de avaliação, e as 34 após a homologação, com as entregas ocorrendo ao longo de oito anos, de forma compatível com a disponibilidade de recursos e necessidades operacionais das unidades blindadas do EB. O objetivo final é dotar três grupos de Artilharia divisionária ou brigadas mecanizadas, com doze viaturas cada."
O EB vai pecisar de mais M109 do deserto para completar de viaturas autopropulsadas de 155mm nas brigadas mecanizadas (são 8 grupos. Se aguardarmos para trocar por novas viaturas SR 155mm só vai acabar no século 22. Ou além.
Ufa!!:
"China e da Sérvia PODEM (destaque do autor) ser prejudicados pelo requisito que obriga a integração com os equipamentos de comando e controle (C2), caso sejam considerados sistemas sensíveis e sobre o controle de países membros da OTAN, como os rádios Harris RF7800VS560 padronizados na Força Terrestre, da mesma forma que ocorreu com a viatura ST1 no Projeto VBC Cav."
Por Paulo Roberto Bastos Jr. -ago 3, 2023
https://tecnodefesa.com.br/vbcoap-155mm ... em-inicio/
36 para serem recebidas ao longo de 8 anos:
"O projeto visa 36 viaturas, através de dois contratos (como ocorreu no VBC Cav): duas iniciais, para um lote protótipo de avaliação, e as 34 após a homologação, com as entregas ocorrendo ao longo de oito anos, de forma compatível com a disponibilidade de recursos e necessidades operacionais das unidades blindadas do EB. O objetivo final é dotar três grupos de Artilharia divisionária ou brigadas mecanizadas, com doze viaturas cada."
O EB vai pecisar de mais M109 do deserto para completar de viaturas autopropulsadas de 155mm nas brigadas mecanizadas (são 8 grupos. Se aguardarmos para trocar por novas viaturas SR 155mm só vai acabar no século 22. Ou além.
Ufa!!:
"China e da Sérvia PODEM (destaque do autor) ser prejudicados pelo requisito que obriga a integração com os equipamentos de comando e controle (C2), caso sejam considerados sistemas sensíveis e sobre o controle de países membros da OTAN, como os rádios Harris RF7800VS560 padronizados na Força Terrestre, da mesma forma que ocorreu com a viatura ST1 no Projeto VBC Cav."
- gabriel219
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Com o conflito na Ucrânia, acho muito difícil o EB conseguir M109. Perdemos o timming, era pra vir uma porrada de coisa de Sierra Depot e outros no EUA, via EDA, entre 2017-2019, onde nossas relações estavam muito boas.
Teríamos cumprido o RECOP a um custo muito baixo, isso inclui até M1A1 e M2A2.
Teríamos cumprido o RECOP a um custo muito baixo, isso inclui até M1A1 e M2A2.
- knigh7
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Talvez pudéssemos conseguir de outros fornecedores. Como a 22º GAC da 2ªBda de Cav. Mecanizada são dotados de M109 (o A3), minha ideia seria padronizar aquelas Bdas de Cav Mec com os M109. Precisaríamos por volta de 50 unidades (substituindo também o M109A3).
Assim, com 3 Artilharias Divisionarias dotadas de 12 viaturas autopropulsadasSR cada (total 36), faltaria apenas dotar os GAC das 4 Bdas de Infantaria Mec com 155mm SR.
Assim, com 3 Artilharias Divisionarias dotadas de 12 viaturas autopropulsadasSR cada (total 36), faltaria apenas dotar os GAC das 4 Bdas de Infantaria Mec com 155mm SR.
- gabriel219
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
@knigh7 acho que uma ideia interessante seria ver os países que estão adquirindo o K9 fora da OTAN, se tiverem M109 disponíveis ou prestes a estar dando baixa. Na Europa, acho mais impossível do que no EUA.
Pegaríamos eles e faríamos uma modernização pesada, penso eu com a Hanwha.
Pegaríamos eles e faríamos uma modernização pesada, penso eu com a Hanwha.
- knigh7
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Ou então modernizados pela BAE, tornando-os identicos aos nossos M109A5BR+
- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Olá @Strike91Strike91 escreveu: Ter Ago 01, 2023 8:28 pm Bela análise @FCarvalho , Escolha acertada do EB em padronizar na plataforma Tatra, que por sinal é uma grande veículo em todos os aspectos, já tive a oportunidade de andar em um caminho 6x6 deles e fiquei impressionado com a robustez e força do veículo e trajetos semi preparados. Além de abrir margem para a participação da Avibras em alguma etapa concorrência, inclusive vislumbrando integrar as artilharias de tubo e foguetes com os mesmo recursos, doutrina e alguma semelhança de manutenção.
Eu tenho aqui com os meus botões que aquelas reuniões do MD, exército e Avibras, além de outros órgãos do governo tendo como tema a situação financeira da empresa chegou a bom termo no que compete a sua recuperação, tanto judicial quanto financeira.
É o que estamos vendo aí nestes últimos dias. O pessoal da ABIMDE e SIMDE estão também fazendo a sua parte, e a Avibras fundadora de ambas. A LAAD trouxe uma miríade de oportunidades de negócios com o mundo árabe, e quiçá a Turquia, todos muito interessados nos projetos e programas estratégicos das ffaa's. E com produtos e soluções muito atrativos para nós. E em uma relação no estilo ganha-ganha.
A TATRA apesar de ser ainda uma desconhecida no Brasil é uma empresa gigante no ramo de automobilístico na Europa, civil e principalmente militar, mas que vem crescendo há anos no mercado do velho continente como um todo e em outros mercados.
O Brasil é o último grande passo para entrar no mercado latino americano. Infelizmente parece que a guerra na Ucrânia forçou uma parada\diminuição nos investimentos, mas ainda acredito que a questão da fábrica no Paraná sai até o ano que vem. Talvez, a escolha do chassi T-815-7 para a VBCOAP SR tenha sido a ponta do fio que faltava para a empresa se mexer de novo neste sentido. E acredito, ela irá se mexer.
Ela praticamente pode ganhar de presente toda a artilharia de campanha do EB nos próximos anos. E isso não é pouca coisa. E por tabela, aumentar exponencialmente a sua presença na engenharia bdda, e fixar-se de vez na engenharia mecanizada. Estamos falando de um mercado potencial na casa do milhar de veículos.
Utilizar a mesma plataforma veicular para toda a artilharia de campanha, ou seja, Leve, mecanizada e blindada na forma do chassi TATRA é uma atitude no mínimo inteligente do comando do EB, porque vai trazer mais empregos, renda e tecnologia para um setor que já foi até dia desses, um gigante no país. E o retorno em termos tributários para o governo, federal e estaduais, é proporcional.
A mim me parece que utilizar a mesma plataforma do ASTROS nos GAC AR AD, mecanizados e bldos, tanto para os veículos base dos obuseiros como tratores e auxiliares, é a solução mais lógica e inteligente que se poderia dar para a modernização da artilharia, porque põe a AVIBRAS de novo no jogo, como sempre quis o EB, e ainda permite que a empresa se recupere sob supervisão governamental, além de prover outras iniciativas no mercado para ela. É só olhar a lista que dispus que dá para perceber que tudo indica a adoção de uma família baseada no mesmo conjunto chassi\carroceria ASTROS. E isto em termos logísticos é para nós uma excelente resposta em termos de participação da BIDS e do setor de PDI nacional.
A ver como ele se concretiza. Os candidatos já apareceram e agora temos um RFP. Agora é sentar e conversar para saber quem entendeu o RTD do chassi Tatra.
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- gabriel219
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Penso na Hanwha devido ao canhão de 52 calibres, traria possibilidades muito boas e alinharia com os 52 calibres de obuses sob rodas e quem sabe rebocados - por isso que quero o ATMOS, salvo engano a oferta é que produzam o obuseiro na Ares - em termos de alcance e capacidade de disparar alguns projéteis específicos, até futuros como por Ramjet.knigh7 escreveu: Sex Ago 04, 2023 12:37 pm Ou então modernizados pela BAE, tornando-os identicos aos nossos M109A5BR+
Não sei se a BAe tem algo do tipo, apesar de eu gostar da modernização deles.
- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Até onde eu sei, o EB recebeu, ou deveria receber, 60 M-109A5 doados neste segundo lote via EDA dos norte americanos. Apenas parte deles seria recondicionada para substituir os M-109A3 e o resto serviria de suprimento.knigh7 escreveu: Sex Ago 04, 2023 1:07 am O EB vai pecisar de mais M109 do deserto para completar de viaturas autopropulsadas de 155mm nas brigadas mecanizadas (são 8 grupos. Se aguardarmos para trocar por novas viaturas SR 155mm só vai acabar no século 22. Ou além.
Não sei exatamente o que fizeram, pois parece que estes últimos ainda estão em uso. A ideia seria a médio e longo prazo modernizar os M-109A5 recondicionados para o padrão A5 BR+.
Atualmente temos 3 GAC AR na artilharia divisionária, e outros dois GAC AP SL nas duas bdas bldas, onde estão os A5BR+.
O EB já tem 36 M-109A5BR+. Com as 60 A5 a serem recebidos supostamente já teríamos mais do que suficiente para adequar no curto prazo as demandas associadas aos GAC bldo e AD.
Se for para equipar cada GAC mecanizado com apenas 12 obuseiros precisaríamos de apenas 96 unidades. Com 36 agora, faltariam apenas 60 unidades para serem compradas. Não creio que seja um número impeditivo a ser alcançado no médio prazo, mesmo antes do fim das entregas do primeiro lote. Principalmente se houver preços e condições acessíveis e bem dentro das limitações orçamentárias de praxe. Sem contar eventuais mudanças na questão dos recursos de investimento em Defesa que possa haver.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Penso que qualquer modernização dos M-109 estará atrelada ao vencedor da VBCOAP SR. Inclusive a questão de um novo obuseiro.gabriel219 escreveu: Sex Ago 04, 2023 3:04 pmPenso na Hanwha devido ao canhão de 52 calibres, traria possibilidades muito boas e alinharia com os 52 calibres de obuses sob rodas e quem sabe rebocados - por isso que quero o ATMOS, salvo engano a oferta é que produzam o obuseiro na Ares - em termos de alcance e capacidade de disparar alguns projéteis específicos, até futuros como por Ramjet.knigh7 escreveu: Sex Ago 04, 2023 12:37 pm Ou então modernizados pela BAE, tornando-os identicos aos nossos M109A5BR+
Não sei se a BAe tem algo do tipo, apesar de eu gostar da modernização deles.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
54 dos 60 109A5 estão equipando as artilharias divisionárias. Essa tua conta de 96 viaturas obuseiras sob rodas de155mm simplesmente está desconsiderando que Grupos das Art Div TAMBÉM SERÃO EQUIPADAS com essa viatura e isso já foi repetido um milhão de vezes.FCarvalho escreveu: Sex Ago 04, 2023 3:09 pmAté onde eu sei, o EB recebeu, ou deveria receber, 60 M-109A5 doados neste segundo lote via EDA dos norte americanos. Apenas parte deles seria recondicionada para substituir os M-109A3 e o resto serviria de suprimento.knigh7 escreveu: Sex Ago 04, 2023 1:07 am O EB vai pecisar de mais M109 do deserto para completar de viaturas autopropulsadas de 155mm nas brigadas mecanizadas (são 8 grupos. Se aguardarmos para trocar por novas viaturas SR 155mm só vai acabar no século 22. Ou além.
Não sei exatamente o que fizeram, pois parece que estes últimos ainda estão em uso. A ideia seria a médio e longo prazo modernizar os M-109A5 recondicionados para o padrão A5 BR+.
Atualmente temos 3 GAC AR na artilharia divisionária, e outros dois GAC AP SL nas duas bdas bldas, onde estão os A5BR+.
O EB já tem 36 M-109A5BR+. Com as 60 A5 a serem recebidos supostamente já teríamos mais do que suficiente para adequar no curto prazo as demandas associadas aos GAC bldo e AD.
Se for para equipar cada GAC mecanizado com apenas 12 obuseiros precisaríamos de apenas 96 unidades. Com 36 agora, faltariam apenas 60 unidades para serem compradas. Não creio que seja um número impeditivo a ser alcançado no médio prazo, mesmo antes do fim das entregas do primeiro lote. Principalmente se houver preços e condições acessíveis e bem dentro das limitações orçamentárias de praxe. Sem contar eventuais mudanças na questão dos recursos de investimento em Defesa que possa haver.
Ou seja, dentro de parte Artilharias Divisionárias do EB haverá GACs de M109A5 e GACs de VOBAP SR 155mm.
Os 109A3 foram para o 22ºGAC da 2ªBda Cav Mec no lugar dos M-108. E os que sobraram, assim como as sobras dos M109A5 estão virando fonte de peças, indo para as academias e Escola de Marterial Bélico.
Resumindo: os M109A5 (não o +) e os M109A3 atuais não irão para nenhuma outra brigada.
Se for comprar apenas VBCOAP 155mm SR, sem o M109, precisariamos de cerca de MAIS 100 unidades. Se pra comprar 36 vão 8 anos, então para comprar uma centena...
Um dos problemas de discussão sobre Defesa no Brasil: não perceber que existe uma miríade de projetos e é necessário conciliar os recursos.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Outro problema é quanto a AR. Se os M198 não saíram, dificilmente irão agora, já que a AFU precisa de mais AR desesperadamente. Isso vale também pros M119.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Esse de fato é outro grande problema para nós: antes da guerra na Ucrânia, o EB teria 10 GACs com M119/L118 e conseguiria substituir os M114 por um outro mais moderno de calibre 155.gabriel219 escreveu: Sex Ago 04, 2023 9:23 pm Outro problema é quanto a AR. Se os M198 não saíram, dificilmente irão agora, já que a AFU precisa de mais AR desesperadamente. Isso vale também pros M119.
Vamos acabar recebendo 20 M119 e não temos solução para a artilharia rebocada de 155mm.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Ok, então os A5 foram quase todos para os GAC AD em quantidades que respeitam o manual. Isso para mim é muito bom. A vinda destes obuseiros ajudou a resolver temporariamente, e bota tempo nisso, um problema sério de obsolescência em bloco em parte da artilharia divisionária.knigh7 escreveu: Sex Ago 04, 2023 5:18 pm 54 dos 60 109A5 estão equipando as artilharias divisionárias. Essa tua conta de 96 viaturas obuseiras sob rodas de155mm simplesmente está desconsiderando que Grupos das Art Div TAMBÉM SERÃO EQUIPADAS com essa viatura e isso já foi repetido um milhão de vezes.
Ou seja, dentro de parte Artilharias Divisionárias do EB haverá GACs de M109A5 e GACs de VOBAP SR 155mm.
Os 109A3 foram para o 22ºGAC da 2ªBda Cav Mec no lugar dos M-108. E os que sobraram, assim como as sobras dos M109A5 estão virando fonte de peças, indo para as academias e Escola de Material Bélico. os M109A5 (não o +) e os M109A3 atuais não irão para nenhuma outra brigada.
Se for comprar apenas VBCOAP 155mm SR, sem o M109, precisariamos de cerca de MAIS 100 unidades. Se pra comprar 36 vão 8 anos, então para comprar uma centena...
Um dos problemas de discussão sobre Defesa no Brasil: não perceber que existe uma miríade de projetos e é necessário conciliar os recursos.
Nas 96 VBCOAP SR considerei apenas, como escrevi, as OM mecanizadas, ou seja, infantaria e cavalaria, hoje um total de 8 GACs. Em relação a planejamento de longo prazo esse é o único número certo que se tem sobre estes veículos. Isso se mantidos as 12 unidades por GAC, o que sustenta apenas 4 obuseiros por bia. Fossem 18 como reza o manual, então teríamos quase uma centena e meia apenas para equipar aquelas OM.
E sim, eu sei que 12 dos 36 irão parar em um GAC AR AD. Mas isto até o momento, a meu ver, é apenas opinião minha, é uma escolha do EB no sentido de obter informações sobre a viabilidade de uso destes veículos a nível AD e estabelecer doutrina.
Não há nada que possa inferir que seja uma decisão terminal e conclusiva. Cada AD é formada por dois GAC, que podem ser AR, AP SR ou AP SL. Não existe determinação sobre isso. É deve ser por esta questão, também, que o EB quer estudar como dois modelos diferentes se comportam dentro do mesmo quadro organizacional nas AD para saber o que é mais viável no longo prazo.
A meu ver, os GAC AD podem muito bem servir-se de obuseiros 155 AR modernos, tendo em vista que são OM que atuam em um nível de apoio que não carece impositivamente de mobilidade como os GAC das brigadas, que virão a ser equipados com os vetores próprios para isso. O alcance dos tiros dos modernos obuseiros está cada vez maior, mais preciso e mais rápido. Inclusive os modelos AR. Com apenas 3 AD operacionais, ainda que tenhamos 6 DE, essa dicrepância poderia ser solucionada com a transformação dos atuais GAC AP SL das AD em AR a fim de equipar pelo menos mais duas DE. Eu escolheria a 7a DE já que no nordeste praticamente só existem dois GAC AR. Ainda sobraria a 6a DE e a 2a DE para equipar. No nosso caso, me parece ser muito mais interessante, e econômico, mobiliar a AD com novos obuseiros 155 AR do que perder tempo com estudos que sabe-se não devem passar disto, somente estudos.
É só fazer as contas. Quantos GAC AD conseguimos mobilizar com obuseiros AR novos, e o seu respectivo custo, e quantos conseguimos organizar com qualquer modelo AP, novo ou usado. E o tempo que vamos levar para emplacar qualquer das soluções.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Para esta questão só existe uma solução lógica, que é comprar LG 1 Mk III ou Boran.knigh7 escreveu: Sex Ago 04, 2023 9:36 pmEsse de fato é outro grande problema para nós: antes da guerra na Ucrânia, o EB teria 10 GACs com M119/L118 e conseguiria substituir os M114 por um outro mais moderno de calibre 155.gabriel219 escreveu: Sex Ago 04, 2023 9:23 pm Outro problema é quanto a AR. Se os M198 não saíram, dificilmente irão agora, já que a AFU precisa de mais AR desesperadamente. Isso vale também pros M119.
Vamos acabar recebendo 20 M119 e não temos solução para a artilharia rebocada de 155mm.
Não existe linha de produção para M-119 ou L-118 aberta, e a logística de apoio destes obuseiros hoje é complexa e cara, devido aos limites impostos pela sua saída de produção.
É mais "fácil" reequipar e modernizar os GAC leves com novos obuseiros, do que continuar tentando quebrar o galho com vetores usados que não oferecem soluções definitivas para os problemas da artilharia.
Já passou da hora de pensar no longo prazo, e não apenas em tapar buracos.
Carpe Diem