O Exército que temos e o Exército que precisamos
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Desde a época que esse Senhor estava no Comando Militar do Sudeste ele faz merda atrás de merda em nome do FHC dentro da força. Já é um cara bem conhecido - e odiado - por muitos.
Eu não duvido nada de haver uma ruptura dentro da Instituição do EB por causa desse cidadão, inclusive vi muita gente graúda da Reserva lavando roupa suja em público depois dele ter obrigado Militares a irem para a Nicarágua.
Eu não duvido nada de haver uma ruptura dentro da Instituição do EB por causa desse cidadão, inclusive vi muita gente graúda da Reserva lavando roupa suja em público depois dele ter obrigado Militares a irem para a Nicarágua.
- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
O atual cmte do EB está lá porque foi indicado pelo cmte em chefe atual. Até aí nada demais. É uma prerrogativa constitucional.
Agora, gostar ou não gostar do atual PR, e seja mais de quem lá for que ele indicar para os ministérios tem menos a ver com questão de defesa do que com preferências políticas e ideológicas de cada um.
Resumindo. Não vamos confundir a instituição exército com o a figura pessoal do seu cmte, e muito menos do PR, já que ambos são postos passageiros e recicláveis.
Passados 4 anos, ou 8 se for o caso, tudo muda. Para o bem e para o mal. Mas o EB fica aí com os seus problemas de sempre.
Independente de quem seja o cmte do exército, existe um planejamento que é feito a 4 mãos que está sendo seguido, mal ou bem, dentro das condições que são dadas em termos de orçamento para investimento e custeio. E é dentro do limite imposto que se tem de trabalhar.
As opiniões pessoais e a visão que o atual cmte possui farão parte da história quando ele passar à reserva. E o que fica de fato são as soluções que ele conseguiu arrumar para dar conta dos muitos problemas que tem de lidar até 2026.
Então, independente da pessoa do cmte, é preciso olhar os problemas da instituição como um todo, porque ele sozinho não faz nada, além de dar palestra e falar para uma platéia de imbecis de gravata que sequer dão importância para o que ele diz, pensa ou deixa de fazer e pensar.
Bola para frente senhores. A vida não parou na eleição e muito menos vamos resolver coisa alguma remoendo o que já passou.
Tem muita coisa para fazer até esse governo terminar. E se terminar com pelo menos alguns dos projetos estratégicos encaminhados já vamos estar no lucro. O que for fora disso é discussão de mesa de bar.
Agora, gostar ou não gostar do atual PR, e seja mais de quem lá for que ele indicar para os ministérios tem menos a ver com questão de defesa do que com preferências políticas e ideológicas de cada um.
Resumindo. Não vamos confundir a instituição exército com o a figura pessoal do seu cmte, e muito menos do PR, já que ambos são postos passageiros e recicláveis.
Passados 4 anos, ou 8 se for o caso, tudo muda. Para o bem e para o mal. Mas o EB fica aí com os seus problemas de sempre.
Independente de quem seja o cmte do exército, existe um planejamento que é feito a 4 mãos que está sendo seguido, mal ou bem, dentro das condições que são dadas em termos de orçamento para investimento e custeio. E é dentro do limite imposto que se tem de trabalhar.
As opiniões pessoais e a visão que o atual cmte possui farão parte da história quando ele passar à reserva. E o que fica de fato são as soluções que ele conseguiu arrumar para dar conta dos muitos problemas que tem de lidar até 2026.
Então, independente da pessoa do cmte, é preciso olhar os problemas da instituição como um todo, porque ele sozinho não faz nada, além de dar palestra e falar para uma platéia de imbecis de gravata que sequer dão importância para o que ele diz, pensa ou deixa de fazer e pensar.
Bola para frente senhores. A vida não parou na eleição e muito menos vamos resolver coisa alguma remoendo o que já passou.
Tem muita coisa para fazer até esse governo terminar. E se terminar com pelo menos alguns dos projetos estratégicos encaminhados já vamos estar no lucro. O que for fora disso é discussão de mesa de bar.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Estava em dúida aonde colocar. Acabei considerado melhor aqui já que trata dos programas estratégicos do EB e seus objetivos até 2040:
Exército Brasileiro RAIO-X 2023 – Escola Superior de Defesa – Estágio de Adidos Militares e Diplomatas Civis Estrangeiros Creditados no País
Apresentação realizada pelo Vice-chefe do Estado-Maior do Exército, General de Divisão José Caixeta Ribeiro. O EXÉRCITO BRASILEIRO EM 2023 E ALÉM. PROJETOS ESTRATÉGICOS, VISÃO DE PRESENTE E FUTURO.
https://caiafamaster.com.br/exercito-br ... s-no-pais/
E há também o vídeo com os PPTs:
Exército Brasileiro RAIO-X 2023 – Escola Superior de Defesa – Estágio de Adidos Militares e Diplomatas Civis Estrangeiros Creditados no País
Apresentação realizada pelo Vice-chefe do Estado-Maior do Exército, General de Divisão José Caixeta Ribeiro. O EXÉRCITO BRASILEIRO EM 2023 E ALÉM. PROJETOS ESTRATÉGICOS, VISÃO DE PRESENTE E FUTURO.
https://caiafamaster.com.br/exercito-br ... s-no-pais/
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Exército Brasileiro é uma “terra do fingimento”, diz oficial da ativa em relato chocante
por Sociedade Militar 20/03/2023
https://www.sociedademilitar.com.br/202 ... cante.html
Por que será que eu não estou surpreso.
por Sociedade Militar 20/03/2023
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Algumas críticas são bem válidas, tipo excesso de burocracia etc. Coisa que todos os órgãos públicos brasileiros sofrem (e até mesmo grandes corporações privadas também, pois nosso sistema legal exige basicamente que se crie continuamente evidências pra tudo).
Agora, muitas das críticas são mais atreladas a não adequação a vida militar em si.
Em qualquer exercito do mundo quanto maior a antiguidade, maior a regalia.
Militarismo exige hierarquia exagerada e pensamento anacrônico em alguns aspectos.
O cara critica esquerda e fala em "tratamento humanista" no exército no mesmo texto...
Como vai se criar uma cultura de obediência, a ponto de um soldado ir pra uma missão em que pode matar ou morrer, sem questionar, e ainda assim ser "humanista e democrático"?
No próprio exemplo ele fala da cultura ser similar ao exército americano... exemplo melhor de país que vive guerra não há, a ainda assim, tem similaridades culturais.
Pra mim a raiz dessa insatisfação é que tem muito concurseiro que entram nas forças armadas, chegam lá se deparam com a realidade do militarismo, e ficam frustrados.
Enfim, tem muita coisa pra melhorar nas nossas forças armadas, mas não creio que nenhum dos pleitos desse cidadão faria a gente ter um exército mais efetivo na missão fundamental: defender a pátria.
Agora, muitas das críticas são mais atreladas a não adequação a vida militar em si.
Em qualquer exercito do mundo quanto maior a antiguidade, maior a regalia.
Militarismo exige hierarquia exagerada e pensamento anacrônico em alguns aspectos.
O cara critica esquerda e fala em "tratamento humanista" no exército no mesmo texto...
Como vai se criar uma cultura de obediência, a ponto de um soldado ir pra uma missão em que pode matar ou morrer, sem questionar, e ainda assim ser "humanista e democrático"?
No próprio exemplo ele fala da cultura ser similar ao exército americano... exemplo melhor de país que vive guerra não há, a ainda assim, tem similaridades culturais.
Pra mim a raiz dessa insatisfação é que tem muito concurseiro que entram nas forças armadas, chegam lá se deparam com a realidade do militarismo, e ficam frustrados.
Enfim, tem muita coisa pra melhorar nas nossas forças armadas, mas não creio que nenhum dos pleitos desse cidadão faria a gente ter um exército mais efetivo na missão fundamental: defender a pátria.
Abraços
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
O problema maior que temos em nossas forças armadas é que ninguém realmente acredita que um dia irá à guerra de verdade. Dos comandantes ao conscrito. Isto criou instituições muito mais centradas em burocracia e tecnicismos do que focada em sua missão básica que é combater.
Juntou-se a isso a secular cultura de dependência do Estado para tudo neste país, e temos a receita para militares apenas como mais uma forma de ingressar no "serviço público", tanto que esta visão é predominante até hoje para quem olha a vida castrense mais como uma forma de fugir do desemprego e da falta de perspectivas de vida do que vocação.
O melhor exemplo é o EB, a força mais fisiológica e corporativista de todas, que foi deixando os problemas se acumularem, dando soluções de ocasião para este e aquele material, ou simplesmente não fazendo nada, e temos a situação que vemos agora com literalmente todo o exército na dependência de soluções para a substituição de todos os seus equipamentos. E tudo ao mesmo tempo. Falta de planejamento, de recursos ou de providência no lugar e hora certos?
As forças armadas no Brasil passam a maior parte do tempo fazendo coisas que não lhes diz respeito a mando e soldo do poder político para no final não receberem nada, nem um obrigado, quando não tem questionados sua própria existência por este mesmo poder político, já que não estamos em guerra...
Com certeza há muito que mudar e melhorar nas ffaa's, mas a título de reflexão e considerações, muito do que foi disposto no texto no mínimo deveria ser objeto de discussão no Ministério da Defesa, que seria o responsável por pensar sobre tais questões, e dar-lhes encaminhamento. Mas nem para isso este ministério serve. É mais um arcabouço burocrático para manter os militares longe dos donos do poder, e fingir que mandam neles, e estes por sua vez fingem que obedecem a eles via MD.
Sei lá, as vezes acho que nem uma guerra de verdade fará mudar a forma como vemos nossas forças armadas e elas veem a si mesmas. É sempre tudo feito a troco de caixa desde sempre neste país que defesa acaba sendo um infortúnio que temos de fazer, mas só para manter o emprego e as regalias de um setor público que não sabe, e parece nunca quis saber, da sua missão primária.
Juntou-se a isso a secular cultura de dependência do Estado para tudo neste país, e temos a receita para militares apenas como mais uma forma de ingressar no "serviço público", tanto que esta visão é predominante até hoje para quem olha a vida castrense mais como uma forma de fugir do desemprego e da falta de perspectivas de vida do que vocação.
O melhor exemplo é o EB, a força mais fisiológica e corporativista de todas, que foi deixando os problemas se acumularem, dando soluções de ocasião para este e aquele material, ou simplesmente não fazendo nada, e temos a situação que vemos agora com literalmente todo o exército na dependência de soluções para a substituição de todos os seus equipamentos. E tudo ao mesmo tempo. Falta de planejamento, de recursos ou de providência no lugar e hora certos?
As forças armadas no Brasil passam a maior parte do tempo fazendo coisas que não lhes diz respeito a mando e soldo do poder político para no final não receberem nada, nem um obrigado, quando não tem questionados sua própria existência por este mesmo poder político, já que não estamos em guerra...
Com certeza há muito que mudar e melhorar nas ffaa's, mas a título de reflexão e considerações, muito do que foi disposto no texto no mínimo deveria ser objeto de discussão no Ministério da Defesa, que seria o responsável por pensar sobre tais questões, e dar-lhes encaminhamento. Mas nem para isso este ministério serve. É mais um arcabouço burocrático para manter os militares longe dos donos do poder, e fingir que mandam neles, e estes por sua vez fingem que obedecem a eles via MD.
Sei lá, as vezes acho que nem uma guerra de verdade fará mudar a forma como vemos nossas forças armadas e elas veem a si mesmas. É sempre tudo feito a troco de caixa desde sempre neste país que defesa acaba sendo um infortúnio que temos de fazer, mas só para manter o emprego e as regalias de um setor público que não sabe, e parece nunca quis saber, da sua missão primária.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
O Coronel Paulo Filho fez uma análise pertinente. Recomendo:
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Do que foi comentado pelo Cel Paulo Filho vale frisar que ele reforça o que já foi muito debatido aqui sobre não termos efetivamente claro o papel das forças armadas - e da Defesa como política de Estado - pela sociedade, e muito menos do poder político, de forma que o tema continua sendo um azedume engolido a contra gosto em Brasília.
Neste sentido, tudo o que vemos aí acontecendo na Ucrânia na prática irá trazer muitas lições que permanecerão incólumes nas academias e nos centros de pesquisa das forças. E para por aí. Dificilmente algo será tirado do papel tendo em vista o menosprezo do setor e da indústria que o acompanha.
Ou seja, em miúdos, essa guerra da Ucrânia vai continuar dando um tapa na cara de todos nós aqui diariamente, e no que depender da sociedade e do Estado brasileiro, vai ficar por isso mesmo.
Durma-se com mais essa.
Neste sentido, tudo o que vemos aí acontecendo na Ucrânia na prática irá trazer muitas lições que permanecerão incólumes nas academias e nos centros de pesquisa das forças. E para por aí. Dificilmente algo será tirado do papel tendo em vista o menosprezo do setor e da indústria que o acompanha.
Ou seja, em miúdos, essa guerra da Ucrânia vai continuar dando um tapa na cara de todos nós aqui diariamente, e no que depender da sociedade e do Estado brasileiro, vai ficar por isso mesmo.
Durma-se com mais essa.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
De forma prática respondendo ao tema do tópico, aqui na região norte como já coloquei várias vezes, eu defendo algo prático, no sentido de defendermos a região de verdade e não esse fake que está aí há décadas, e que ninguém no sul maravilha se importa.
O EB deveria ser organizado aqui com:
1. Infantaria:
3 Divisões de Exército;
9 Brigadas Infantaria de Selva Quaternárias;
36 Batalhões Infantaria de Selva;
2. Artilharia:
9 GAC Slv - 105mm
6 GAC Slv AD - 155mm
3 Bia Astros III
3 GAAe AD - ProgDefAAeComum
9 GAAe - RBS-70NG (BdaIndSlv);
36 PelAAe - Manpad (BIS)
3. Cavalaria:
1 Bgda Cav Mec - Roraima
1 Bgda Cav Mec - Pará
4. Comunicação:
9 Companhias Comunicação\EW - Bda
3 Batalhões Comunicação e Guerra Eletrônica - subordinação das companhias.
5. Engenharia:
9 Companhias Engenharia Combate (BIda)
3 Batalhões Engenharia Combate - subordinação das CiaEngCbt
6. Logística:
3 Comandos Logísticos
9 Batalhões Logísticos
3 Centros de Embarcações
7 Bases Logísticas (Cmdos Frt)
7. Aviação Exército:
3 Bavex
Manaus, Belém e Tabatinga seriam as sedes das DE e de todas as GU em nível de comando.
Aqui temos 6 brigadas, das quais apenas 2 possuem todas as SU. As demais se viram com o que tem em mãos ou tem que pedir auxílio a outra brigada ou CMA e CMN.
Não é preciso dizer que tudo isso aí muito mais da metade ainda falta dispor na região. Mas esta é uma luta inglória, visto que a importância da região está para o Brasil como a óleo e água.
O EB deveria ser organizado aqui com:
1. Infantaria:
3 Divisões de Exército;
9 Brigadas Infantaria de Selva Quaternárias;
36 Batalhões Infantaria de Selva;
2. Artilharia:
9 GAC Slv - 105mm
6 GAC Slv AD - 155mm
3 Bia Astros III
3 GAAe AD - ProgDefAAeComum
9 GAAe - RBS-70NG (BdaIndSlv);
36 PelAAe - Manpad (BIS)
3. Cavalaria:
1 Bgda Cav Mec - Roraima
1 Bgda Cav Mec - Pará
4. Comunicação:
9 Companhias Comunicação\EW - Bda
3 Batalhões Comunicação e Guerra Eletrônica - subordinação das companhias.
5. Engenharia:
9 Companhias Engenharia Combate (BIda)
3 Batalhões Engenharia Combate - subordinação das CiaEngCbt
6. Logística:
3 Comandos Logísticos
9 Batalhões Logísticos
3 Centros de Embarcações
7 Bases Logísticas (Cmdos Frt)
7. Aviação Exército:
3 Bavex
Manaus, Belém e Tabatinga seriam as sedes das DE e de todas as GU em nível de comando.
Aqui temos 6 brigadas, das quais apenas 2 possuem todas as SU. As demais se viram com o que tem em mãos ou tem que pedir auxílio a outra brigada ou CMA e CMN.
Não é preciso dizer que tudo isso aí muito mais da metade ainda falta dispor na região. Mas esta é uma luta inglória, visto que a importância da região está para o Brasil como a óleo e água.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Isso aí nada mais é do que mais do mesmo. É a versão tamanho GG do programa FT de quarenta anos atrás.
Sabemos no que deu. E no que vai dar agora também.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Uma comissão indiana está programada para vir ao Brasil neste segundo semestre segundo fontes da imprensa a fim de explorar possíveis negócios com a BIDS e também oferecer sistemas de defesa fabricados no país.
A ver como se darão tais conversações, já que por parte do Brasil há vários visitantes por lá nestes últimos dias, tanto do MD como das ffaa's. Os indianos já estiveram aqui ano passado.
Espero que algo de bom saia de todas essas conversas. Dialogar é o princípio básico para sair da caixinha.
A ver como se darão tais conversações, já que por parte do Brasil há vários visitantes por lá nestes últimos dias, tanto do MD como das ffaa's. Os indianos já estiveram aqui ano passado.
Espero que algo de bom saia de todas essas conversas. Dialogar é o princípio básico para sair da caixinha.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
https://www.defesanet.com.br/destaque/n ... r-alertar/Como soldado é meu dever alertar
Para o Brasil construir um escudo que suporte pressões internacionais, só com investimento e planejamento na área da indústria de defesa
Fernando José Sant’Ana Soares e Silva
Geneal-de-Exército Chefe do Estado-Maior do Exército
16 Setembro 2023
Portal Estadão
e O Estado de São Paulo
O fim da guerra fria trouxe ao mundo, ao menos para alguns, a esperança de uma paz kantiana. Mas a realidade confrontou a esperança.
A ascensão da China e o surgimento de vários outros atores, tanto estatais quanto não estatais, vêm modificando o sistema internacional e o equilíbrio de poder.
Estamos num mundo multipolar. Por definição, é um mundo complexo, incerto, volátil e ambíguo. Os inúmeros conflitos, em tantos lugares e de intensidades distintas, certificam essas características. Mudanças virão neste novo contexto.
Elas ocorrerão no meio de três grandes desafios de alcance global: as mudanças climáticas, com suas consequências para a vida no planeta; o fim do paradigma fordista do trabalho, precarizando e diminuindo os empregos; e a disputa pela hegemonia política, entre a democracia e o “sistema chinês”.
Diante desse cenário, é incumbência da sociedade brasileira, em última instância, definir seu destino e o papel que o Brasil deve desempenhar no sistema internacional.
Acredito que o melhor caminho seria adotar a neutralidade em relação aos blocos de poder internacionais. Essa atitude de equidistância poderia permitir que o Brasil ganhasse credibilidade e confiança das outras nações, assumindo o papel de uma ponte entre países, ajudando na preservação da estabilidade mundial.
Ser neutro implica não ter alinhamentos automáticos, mantendo boas relações com todos os países, independentemente de ideologia política e sistemas de governo.
Para alcançar essa neutralidade, o País precisa, antes, ter condições de mantê-la. Caso contrário, seria uma neutralidade enviesada que coincidiria com os interesses de outras potências. Lembremo-nos do diálogo de Melos: os fortes fazem o que podem, e os fracos sofrem o que devem.
O Brasil tem dois grandes trunfos que poderiam ajudar a alcançar essa condição. Somos uma sociedade multicultural e, por enquanto, estamos longe dos focos de tensão internacional. Essas características são importantes, mas não são suficientes. Precisamos mobilizar todos os campos de poder do Estado para resistir a pressões de terceiros.
O PIB do Brasil tem oscilado nos últimos anos entre o 6.º e o 12.º lugares no mundo. Nossa produção de riqueza está ligada a serviços, ao agronegócio e à extração mineral. Participamos pouco das cadeias produtivas globais, especialmente as de alto valor agregado, que se beneficiam da tecnologia de ponta. Sem uma mudança de rumo nas estruturas produtivas, nosso futuro é inseguro.
A sociedade brasileira, em seus diplomas legais, atribui às Forças Armadas a missão de defender a Pátria, ou seja, impedir que forças de outros países ofendam nossa soberania com intenções ou ações.
Além do princípio primário de defender nosso território, valores, tradições e desejos justos e naturais de nosso povo, ao fazer defesa garantimos que a sociedade brasileira possa tomar suas decisões com total autonomia.
No entanto, os recursos disponíveis para as Forças Armadas não são suficientes para cumprir essa missão. Elas têm efetivos reduzidos, equipamentos insuficientes ou tecnologicamente defasados.
É um padrão internacional que os gastos militares girem em torno de 2% do PIB para manter um aparato de defesa razoável. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), os dispêndios do Brasil com a área de defesa vêm diminuindo gradualmente e de forma contínua. Com a moeda estável do real, tornou-se mais fácil mensurar. A curva aponta um declínio de quase 44%. Em 1995, o orçamento destinava cerca de 1,86% do PIB, enquanto em 2022 foi de apenas 1,05%.
O porcentual acima claramente não atende às demandas do País e reflete o pouco interesse da sociedade brasileira pelo tema. Como soldado, é meu dever e minha missão alertar a sociedade: talvez, quando a necessidade se tornar premente, seja tarde demais para corrigir o descaso.
Poder tecnológico e militar diferenciado e autóctone possibilitará ao Brasil construir um escudo que suporte pressões internacionais. Isso só será alcançado com investimento e planejamento na área da indústria de defesa.
A dimensão, localização e postura do Brasil revelam-se importantes na construção da estabilidade no novo cenário que se desenha com o reposicionamento dos polos hegemônicos da geopolítica mundial. E, sem rodeios, essa estabilidade poderá exigir ação.
Quando a ultima ratio regum, o uso da força, se mostrar necessária em nome de nossos interesses, repito, só seremos ouvidos se a ameaça de acender a mecha do canhão, iniciando o rastilho de pólvora, estiver clara aos antagonistas.
Precisamos decidir o que queremos para o futuro, que legado deixaremos para nossos filhos e netos: ser um país fraco e vulnerável a pressões, onde a sociedade é arrastada para um lado ou outro de acordo com a vontade de outros países; ou ser uma sociedade que tenha autonomia decisória, que possa determinar seus próprios rumos e, com isso, manter um padrão de equidistância e neutralidade internacional que a capacite a ser até mesmo uma facilitadora da paz mundial.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Fico pensando se alguém em Brasília lê esse tipo de artigo. Já dar importância, bem, eu sinceramente acho mais fácil acreditar em mula sem cabeça, saci e no chupa cabra.
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