AVIBRAS
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- gabriel219
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Re: AVIBRAS
Inacreditável como a Avibrás se quer ligou para os Húngaros ofertando o Astros AFC. Porra, são 24 lançadores!
A Hungria já decidiu que não vai manter o desejo em adquirir o HIMARS e a Avibrás poderia ao menos ter ofertado o AFC, mesmo sabendo que os Israelenses já devem ter ofertado o PULLS.
https://www.defensenews.com/land/2023/0 ... -purchase/
Isso é um autoexplicativo do porque a Avibrás está do jeito que está, tem que haver alguma intervenção para que se troque a Diretoria da empresa, com Golden Share + Atualização dos Astros Mk6 atuais do EB e MB para o AFC e venda de ações para outras empresas, em especial a Edge.
Fico imaginando vários equipamentos da Edge integrados ao sistema Astros, como outros mísseis e até drones kamikaze, como a família Hunter, RW-24 e até mesmo Al-Tariq, talvez fabricadas no futuro por uma SIATT adquirida pela própria Edge Group.
Tento esse rearranjo no comando da empresa para algo mais profissional, o EB e o CFN modernizando suas viaturas existentes para o padrão AFC - talvez com o EB adquirindo um GMF inteiro - e essa parceria com a Edge, a Avibrás vai ter grana o suficiente para desenvolver os foguetes guiados e o MTC, que já deve estar em seu final de desenvolvimento.
Vai chover de países querendo atualizações nos seus e adquirindo as novas capacidades.
Mas é incrível como vemos uma total inação por parte da Avibrás.
A Hungria já decidiu que não vai manter o desejo em adquirir o HIMARS e a Avibrás poderia ao menos ter ofertado o AFC, mesmo sabendo que os Israelenses já devem ter ofertado o PULLS.
https://www.defensenews.com/land/2023/0 ... -purchase/
Isso é um autoexplicativo do porque a Avibrás está do jeito que está, tem que haver alguma intervenção para que se troque a Diretoria da empresa, com Golden Share + Atualização dos Astros Mk6 atuais do EB e MB para o AFC e venda de ações para outras empresas, em especial a Edge.
Fico imaginando vários equipamentos da Edge integrados ao sistema Astros, como outros mísseis e até drones kamikaze, como a família Hunter, RW-24 e até mesmo Al-Tariq, talvez fabricadas no futuro por uma SIATT adquirida pela própria Edge Group.
Tento esse rearranjo no comando da empresa para algo mais profissional, o EB e o CFN modernizando suas viaturas existentes para o padrão AFC - talvez com o EB adquirindo um GMF inteiro - e essa parceria com a Edge, a Avibrás vai ter grana o suficiente para desenvolver os foguetes guiados e o MTC, que já deve estar em seu final de desenvolvimento.
Vai chover de países querendo atualizações nos seus e adquirindo as novas capacidades.
Mas é incrível como vemos uma total inação por parte da Avibrás.
- Aim For The Top
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Re: AVIBRAS
Eis a explicação do porque a Avibras não exportar nada nos últimos anos.Aim For The Top escreveu: ↑Qui Jul 06, 2023 7:01 pm Plano de Recuperação da Avibras foi aprovado
https://tecnodefesa.com.br/plano-de-rec ... -aprovado/
Não vende nem aqui dentro.
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Re: AVIBRAS
Empresa do Catar manifesta interesse em investir na Avibras e avisa Ministério da Defesa
Representantes da Barzan, da G5 Partners e da Avibras participaram de reunião com o ministro José Múcio
https://www.estadao.com.br/politica/col ... da-defesa/
Sds
Representantes da Barzan, da G5 Partners e da Avibras participaram de reunião com o ministro José Múcio
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Re: AVIBRAS
EduClau escreveu: ↑Qua Jul 12, 2023 10:03 pm Empresa do Catar manifesta interesse em investir na Avibras e avisa Ministério da Defesa
Representantes da Barzan, da G5 Partners e da Avibras participaram de reunião com o ministro José Múcio
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Re: AVIBRAS
Resumo da ópera. Querem uma Avibras para chamar de sua. E mão vão botar um único centavo sequer se não puderem mandar na empresa na íntegra no longo prazo, e depois comprar ela todinha e mandar a antiga administração, e o país, às favas.
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- gabriel219
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Re: AVIBRAS
Se for pra tirar essa atual administração da Avibrás, eu torço pela venda, pois culpar o país pelo estado da Avibrás é no mínimo um erro. A própria Avibrás saiu gastando rios de dinheiro em coisas infrutíferas como desenvolvimento do Guará 1.0, nacionalização do Sherpa e Guará 4WS, sendo que nenhum desses tinha mercado aqui e estava óbvio e claro que o EB iria definir pelo LMV.
Até mesmo o próprio Falcão entra nisso ai, enquanto a Avibrás já tinha que ter apresentado um Astros AFC e foguetes guiados, coisa que agora vai ser bem difícil de emplacar com cliente novo tendo PULLS, HIMARS e K239 Chunmoo por ai, de vento em poupa.
No mínimo a administração da Avibrás foi irresponsável, se é que não é outra coisa. Definitivamente não aprenderam com o que ocorreu com a Engesa.
Até mesmo o próprio Falcão entra nisso ai, enquanto a Avibrás já tinha que ter apresentado um Astros AFC e foguetes guiados, coisa que agora vai ser bem difícil de emplacar com cliente novo tendo PULLS, HIMARS e K239 Chunmoo por ai, de vento em poupa.
No mínimo a administração da Avibrás foi irresponsável, se é que não é outra coisa. Definitivamente não aprenderam com o que ocorreu com a Engesa.
- FCarvalho
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Re: AVIBRAS
Guará 1.0, nacionalização do Sherpa e Guará 4WS foram momentos e realidades diferentes em que a Avibras tentou se antecipar ou responder aos requisitos do exército.
No caso do Sherpa foi em virtude da concorrência que escolheu o LMV italiano. Foi uma aposta da empresa. E chegou na short list. O Guara 4WS tinha, como tem mercado no Brasil desde os idos tempos do Haiti, e ele é consequência da experiência brasileira naquela operação. O problema como sempre é o EB não ter cacife e nem grana para investir nele, e suas versões propostas, pelo menos para equipar a arma de artilharia. Espaço há, sempre houve, mas tudo hoje em dia é GLO. Até em GAC. O resto vem depois.
Outra é que o EB até hoje não conseguiu equipar na íntegra míseros 2 GMF tal como reza o manual. Mas se caba de tê-los no centro do país expostos para todo mundo ver, como se fossem a última palavra em termos de defesa nacional, quando na prática nunca foram, dadas todas as (muitas) limitações logísticas, orçamentárias, doutrina, material e humanas que temos.
Mas como aqui parecer sempre foi muito mais importante do que ser.
No caso do Sherpa foi em virtude da concorrência que escolheu o LMV italiano. Foi uma aposta da empresa. E chegou na short list. O Guara 4WS tinha, como tem mercado no Brasil desde os idos tempos do Haiti, e ele é consequência da experiência brasileira naquela operação. O problema como sempre é o EB não ter cacife e nem grana para investir nele, e suas versões propostas, pelo menos para equipar a arma de artilharia. Espaço há, sempre houve, mas tudo hoje em dia é GLO. Até em GAC. O resto vem depois.
Outra é que o EB até hoje não conseguiu equipar na íntegra míseros 2 GMF tal como reza o manual. Mas se caba de tê-los no centro do país expostos para todo mundo ver, como se fossem a última palavra em termos de defesa nacional, quando na prática nunca foram, dadas todas as (muitas) limitações logísticas, orçamentárias, doutrina, material e humanas que temos.
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- gabriel219
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Re: AVIBRAS
Talvez seja seu lado "público" falando mais, porém uma empresa privada se sustenta com a demanda que está no mercado e não simplesmente desenvolvendo a oferta e agora o potencial cliente vai ter que engolir goela abaixo. Guarás e Sherpa foram atitudes estúpidas da administração da Avibrás, ponto final. Se eles tivessem dedicado o tempo e o dinheiro que investiram no desenvolvimento dos três - em que era óbvio que a Avibrás não venceria - em acelerar o projeto dos foguetes guiados, do SS-150 e do próprio MTC-300, além de já deveriam ter pensado na solução AFC pro Avibrás que nem nova é, isso é desde o M270A1 de 2005, teria vendido o Astros até pra países da OTAN.FCarvalho escreveu: ↑Qui Jul 13, 2023 5:24 pm Guará 1.0, nacionalização do Sherpa e Guará 4WS foram momentos e realidades diferentes em que a Avibras tentou se antecipar ou responder aos requisitos do exército.
No caso do Sherpa foi em virtude da concorrência que escolheu o LMV italiano. Foi uma aposta da empresa. E chegou na short list. O Guara 4WS tinha, como tem mercado no Brasil desde os idos tempos do Haiti, e ele é consequência da experiência brasileira naquela operação. O problema como sempre é o EB não ter cacife e nem grana para investir nele, e suas versões propostas, pelo menos para equipar a arma de artilharia. Espaço há, sempre houve, mas tudo hoje em dia é GLO. Até em GAC. O resto vem depois.
Outra é que o EB até hoje não conseguiu equipar na íntegra míseros 2 GMF tal como reza o manual. Mas se caba de tê-los no centro do país expostos para todo mundo ver, como se fossem a última palavra em termos de defesa nacional, quando na prática nunca foram, dadas todas as (muitas) limitações logísticas, orçamentárias, doutrina, material e humanas que temos.
Mas como aqui parecer sempre foi muito mais importante do que ser.
O Exército não tem nenhuma obrigação de adquirir equipamento nacional "porque sim" e/ou equipar mais de dois GMFs, sabes se o EB quer, a curto ou médio prazo, expandir para mais GMFs? Eu não sei. Assim como o Exército não tinha obrigação de adquirir um Frankestein chamado EE-T1/T2 Osório.
E esse tipo de mentalidade desenvolvimentista desgraçada que afunda o Brasil, em que o estado tem que ser o vetor da indústria nacional "porque sim". Empresa privada tem que vender o que querem comprar e o que pode vender, ponto final.
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Re: AVIBRAS
O Sherpa foi uma escolha da Avibras para atender a concorrência do EB para a VBMT LR. Até aí nada demais. Ninguém tinha como garantir quem seria o ganhador, apensar do franco favoritismo do LMV italiano. Mesmo assim, a viatura proposta pela empresa chegou à short list junto com o LMV. Neste aspecto, a empresa não inventou nada, atendeu, e perdeu, uma demanda gerada pelo EB. É da vida.gabriel219 escreveu: ↑Sex Jul 14, 2023 5:14 pm Talvez seja seu lado "público" falando mais, porém uma empresa privada se sustenta com a demanda que está no mercado e não simplesmente desenvolvendo a oferta e agora o potencial cliente vai ter que engolir goela abaixo. Guarás e Sherpa foram atitudes estúpidas da administração da Avibrás, ponto final. Se eles tivessem dedicado o tempo e o dinheiro que investiram no desenvolvimento dos três - em que era óbvio que a Avibrás não venceria - em acelerar o projeto dos foguetes guiados, do SS-150 e do próprio MTC-300, além de já deveriam ter pensado na solução AFC pro Avibrás que nem nova é, isso é desde o M270A1 de 2005, teria vendido o Astros até pra países da OTAN.
O Exército não tem nenhuma obrigação de adquirir equipamento nacional "porque sim" e/ou equipar mais de dois GMFs, sabes se o EB quer, a curto ou médio prazo, expandir para mais GMFs? Eu não sei. Assim como o Exército não tinha obrigação de adquirir um Frankestein chamado EE-T1/T2 Osório.
E esse tipo de mentalidade desenvolvimentista desgraçada que afunda o Brasil, em que o estado tem que ser o vetor da indústria nacional "porque sim". Empresa privada tem que vender o que querem comprar e o que pode vender, ponto final.
Como disse antes, o Guará 4WS foi derivado de tudo o que a empresa aprendeu com o projeto da VBMT LR, e da experiência do EB no Haiti com o Guará I, e construiu o veículo com base nos requisitos daquele programa. Ele chegou depois, sim, é verdade, mas veja quantas e quais versões a Avibras oferece\propõe do mesmo, e podemos perceber que o veículo atende não só os parâmetros atuais da VBMT LR, como supera vários deles, inclusive podendo ser utilizado como plataforma básica para diversos tipos de empregos, principalmente na arma de artilharia, que sabemos, o EB não possui lá muito interesse e\ou prioridade em equipar e dotar com recursos mais modernos. Idem para os AV-VBL que nunca saíram do mínimo básico necessário das versões de sempre ligadas aos Astros.
Não estou dizendo para trocar LMV por Guará 4WS, mas que o veículo da Avibras hoje é uma opção para equipar não apenas os GMF em Goiás, dos quais temos apenas 2 OM, e ambas incompletas, mas todas os GAC de apoio às OM de cavalaria e infantaria mecanizada, artilharia divisionária e AAe. E mesmo os GAC da infantaria leve podem lançar mão dele. É questão de escolha. O EB pode muito bem querer comunalizar tudo e todos com o LMV, mas dificilmente irá fazê-lo na íntegra. Não vejo nada demais em dar à artilharia os meios e condições objetivas para a sua modernização a partir do veículo da Avibras. Não perdemos nada com isso. Pelo contrário. Já expus várias vezes aqui e no tópico referente o tamanho do hiato material e organizacional da artilharia no exército. Não nos falta demanda para abrir, e manter, linhas de produção deste e de vários outros veículos para equipar a arma de artilharia do EB. É só ver o que a Avibras anda oferecendo por agora neste aspecto.
E sim, concordo que o EB, e nenhuma das ffaa's, tem a obrigação de comprar nada da BIDS. Assim como também não tem de buscar soluções importadas, quando as temos aqui. Não existe em lugar nenhum do mundo indústria de defesa sem a presença, incentivo e regulação do Estado. É assim desde sempre. Não somos diferentes. Defesa, indústria e suas tecnologias só existem, e dão certo, quando o Estado quer e permite que assim seja. Mas claro, há que se buscar uma relação ganha-ganha entre ambos. As ffaa's só podem atingir seus objetivos primários dentro de um padrão de dependência menor possível de produtos e soluções importadas. E isso só se consegue com uma base industrial crível e efetiva, que por sua vez depende, sobretudo, das compras regulares feitas pelo Estado. Defesa não é um mercado igual aos outros. E nem funciona como tal.
Enfim, se formos levar a sério a questão da defesa, a artilharia de campanha do EB sozinha tem mais do que condições de suportar investimentos nos ASTROS 2020, AFC, e tudo o mais que a Avibras vem propondo e\ou desenvolvendo nos últimos 20 anos. O problema de fato é que a artilharia nunca foi, e parece continua não sendo, uma prioridade para o comando do exército. Se fosse, de verdade, o Guara 4WS, o AV-MTC, o VANT Falcão, e vários outros projetos com a participação ou origem na Avibras não estariam jogados em alguma gaveta por aí no MD ou no cmdo do EB. Com certeza. Mas agora até a artilharia também "tem que subir morro". Sabe como é.
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Re: AVIBRAS
Apenas a título de recordação, a Avibras está oferecendo o Guará 4WS na versão observação avançada na sua proposta de organização das Baterias de Busca e Observação dos GAC do exército, inclusive dos GMF, no lugar da AV-VBL.
Notar que nenhum das 2 OM em Formosa possui tais baterias, orgânicas de sua dotação conforme o manual de campanha do GMF.
O mesmo acontece com os GAC AD e GAC Bldo e, futuramente, GAC Mec. Na verdade tais baterias são uma ilustre desconhecida da artilharia de campanha do exército, apesar de doutrinariamente existirem e serem reconhecidas. Mas na prática, não passam de mera retórica.
As versões que aparecem na figura acima ilustram as múltiplas capacidades que o veículo da Avibras possui no sentido de ser empregado em diversas missões dentro dos GAC, assim como em outras armas, quadros e serviços do EB. Comprar ou não comprar o Guará 4WS é apenas questão de querer ou não querer modernizar a artilharia, e outras áreas do exército, com este produto nacional.
Agora que parece a Avibras vai sair da merda em que se encontra, talvez ele volte a ser considerado uma opção concreta para a modernização, pelo menos, da artilharia de campanha brasileira.
E se não for, bom, f...-se. Não vai fazer diferença nenhuma mesmo.
Notar que nenhum das 2 OM em Formosa possui tais baterias, orgânicas de sua dotação conforme o manual de campanha do GMF.
O mesmo acontece com os GAC AD e GAC Bldo e, futuramente, GAC Mec. Na verdade tais baterias são uma ilustre desconhecida da artilharia de campanha do exército, apesar de doutrinariamente existirem e serem reconhecidas. Mas na prática, não passam de mera retórica.
As versões que aparecem na figura acima ilustram as múltiplas capacidades que o veículo da Avibras possui no sentido de ser empregado em diversas missões dentro dos GAC, assim como em outras armas, quadros e serviços do EB. Comprar ou não comprar o Guará 4WS é apenas questão de querer ou não querer modernizar a artilharia, e outras áreas do exército, com este produto nacional.
Agora que parece a Avibras vai sair da merda em que se encontra, talvez ele volte a ser considerado uma opção concreta para a modernização, pelo menos, da artilharia de campanha brasileira.
E se não for, bom, f...-se. Não vai fazer diferença nenhuma mesmo.
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Re: AVIBRAS
Flávio, você escreve textos grandes demais que infelizmente quase nada ou nada se tira proveito.FCarvalho escreveu: ↑Dom Jul 16, 2023 7:34 pm O Sherpa foi uma escolha da Avibras para atender a concorrência do EB para a VBMT LR. Até aí nada demais. Ninguém tinha como garantir quem seria o ganhador, apensar do franco favoritismo do LMV italiano. Mesmo assim, a viatura proposta pela empresa chegou à short list junto com o LMV. Neste aspecto, a empresa não inventou nada, atendeu, e perdeu, uma demanda gerada pelo EB. É da vida.
Como disse antes, o Guará 4WS foi derivado de tudo o que a empresa aprendeu com o projeto da VBMT LR, e da experiência do EB no Haiti com o Guará I, e construiu o veículo com base nos requisitos daquele programa. Ele chegou depois, sim, é verdade, mas veja quantas e quais versões a Avibras oferece\propõe do mesmo, e podemos perceber que o veículo atende não só os parâmetros atuais da VBMT LR, como supera vários deles, inclusive podendo ser utilizado como plataforma básica para diversos tipos de empregos, principalmente na arma de artilharia, que sabemos, o EB não possui lá muito interesse e\ou prioridade em equipar e dotar com recursos mais modernos. Idem para os AV-VBL que nunca saíram do mínimo básico necessário das versões de sempre ligadas aos Astros.
Não estou dizendo para trocar LMV por Guará 4WS, mas que o veículo da Avibras hoje é uma opção para equipar não apenas os GMF em Goiás, dos quais temos apenas 2 OM, e ambas incompletas, mas todas os GAC de apoio às OM de cavalaria e infantaria mecanizada, artilharia divisionária e AAe. E mesmo os GAC da infantaria leve podem lançar mão dele. É questão de escolha. O EB pode muito bem querer comunalizar tudo e todos com o LMV, mas dificilmente irá fazê-lo na íntegra. Não vejo nada demais em dar à artilharia os meios e condições objetivas para a sua modernização a partir do veículo da Avibras. Não perdemos nada com isso. Pelo contrário. Já expus várias vezes aqui e no tópico referente o tamanho do hiato material e organizacional da artilharia no exército. Não nos falta demanda para abrir, e manter, linhas de produção deste e de vários outros veículos para equipar a arma de artilharia do EB. É só ver o que a Avibras anda oferecendo por agora neste aspecto.
E sim, concordo que o EB, e nenhuma das ffaa's, tem a obrigação de comprar nada da BIDS. Assim como também não tem de buscar soluções importadas, quando as temos aqui. Não existe em lugar nenhum do mundo indústria de defesa sem a presença, incentivo e regulação do Estado. É assim desde sempre. Não somos diferentes. Defesa, indústria e suas tecnologias só existem, e dão certo, quando o Estado quer e permite que assim seja. Mas claro, há que se buscar uma relação ganha-ganha entre ambos. As ffaa's só podem atingir seus objetivos primários dentro de um padrão de dependência menor possível de produtos e soluções importadas. E isso só se consegue com uma base industrial crível e efetiva, que por sua vez depende, sobretudo, das compras regulares feitas pelo Estado. Defesa não é um mercado igual aos outros. E nem funciona como tal.
Enfim, se formos levar a sério a questão da defesa, a artilharia de campanha do EB sozinha tem mais do que condições de suportar investimentos nos ASTROS 2020, AFC, e tudo o mais que a Avibras vem propondo e\ou desenvolvendo nos últimos 20 anos. O problema de fato é que a artilharia nunca foi, e parece continua não sendo, uma prioridade para o comando do exército. Se fosse, de verdade, o Guara 4WS, o AV-MTC, o VANT Falcão, e vários outros projetos com a participação ou origem na Avibras não estariam jogados em alguma gaveta por aí no MD ou no cmdo do EB. Com certeza. Mas agora até a artilharia também "tem que subir morro". Sabe como é.
Poderias resumir tudo isso em pensamento desenvolvimentista e desculpa pra incompetência alheia.
Só isso, nada mais.
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Re: AVIBRAS
Como eu havia informado na época da LAAD 2023, sobre conversa de bastidores a respeito de uma possível venda de ASTROS 2/3 para dois países prováveis clientes do norte africano, parece com o tempo caminhar para se confirmar...
O detalhe interessante é que o outro país ventilado como candidato à comprar dos ASTROS e outros produtos de defesa brasileira, seria a Argélia (Que inclusive enviou seu ministro da defesa para LAAD 2023)!! O interessante é que os dois países são "arquirrivais" no Magreb e Saara.
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Re: AVIBRAS
E qualquer semelhança com a Engesa não é mera coincidência. Gastavam quantias exorbitantes em projetos que sequer tinham um requerimento inicial, ouvi da boca de um ex engenheiro da empresa que certa vez tiveram que desenvolver um determinado projeto, a pedido da diretoria, pois em uma confraternização um general de um país estrangeiro teria dito em uma conversa informal que, na sua opinião, um blindado "x" com capacidade "y" seria ideal para o exercito do tal país. E adivinhem o que aconteceu quando o projeto ficou pronto... ouviram um "não temos intenção nenhuma de comprar tal armamento". E dizem que é apenas um dos vários casos que teriam ocorrido.gabriel219 escreveu: ↑Qui Jul 13, 2023 4:00 pm Se for pra tirar essa atual administração da Avibrás, eu torço pela venda, pois culpar o país pelo estado da Avibrás é no mínimo um erro. A própria Avibrás saiu gastando rios de dinheiro em coisas infrutíferas como desenvolvimento do Guará 1.0, nacionalização do Sherpa e Guará 4WS, sendo que nenhum desses tinha mercado aqui e estava óbvio e claro que o EB iria definir pelo LMV.
Ai depois jogam a culpa da derrocada da empresa numa conspiração, ocorrida durante a concorrência para o tanque saudita.
Parece que 40 anos depois a coisa continua a mesma.
Um abraço e t+