Prezados colegas,
Aproveito a oportunidade e peço licença para apresentar algumas ideias referentes ao reaparelhamento da MB com base no PEM 2040, na baixa recente de navios e na previsão de desincorporações nos próximos anos. A conclusão a que cheguei é que será preciso muita vergonha na cara dos ocupantes do GF e da própria MB para evitar que uma nação, por exemplo, que possui uma das maiores maritimidades do mundo e que depende de suas LCM e da produção de petróleo da plataforma continental venha a ver sua Marinha praticamente desaparecer.
As ideias são modestas e contemplam a substituição 1x1 dos meios existentes com alguns casos de ampliação do número de algumas classes em serviço, em especial a de navios de patrulha e de apoio.
Os navios em construção não foram mencionados por estarem em programas em andamento, mesmo que com graves dificuldades de prazos e recursos.
Período 2026/2040:
1. LPH Atlântico; - substituição por um novo LPH, como por exemplo o TCG Anadolu, investimento de USD 1 bilhão. Base investimento no Anadolu.
Nota: Sempre que possível farei referência da base em que calculei os custos de obtenção dos navios citados..
2. As 6 FCN: - substituição por 5 FF de 6.000/6.500 ton, investimento de USD 5 bilhões. Base FF da classe F 110
3. As 4 FCG, 4 CCI e a Barroso: - substituição por 10 FCT, investimento nas 6 FF adicionais de USD 3,6 bilhões. Base o primeiro lote das FCT
4. Os 5 SSK Tupi/Tikuna: substituição por 8 SSK classe Riachuelo, investimento nos 4 SSK adicionais de USD 2,4 bilhões. Base primeiro lote dos S 40
5.Os NDD Bahia, NDCC Almirante Saboia, Garcia D'Ávila e Mattoso Maia: - substituir por 4 LPD de 15.000 ton, investimento de USD 500 milhões. Base o LPD Pisco, customizado para a MB.
6. Os navios tanque Marajó e Gastão Motta: - substituir por 3 navios tanque de apoio, investimento de USD 750 milhões. Base os navios tanque classe HMA Supply
7. Navio escola Brasil: - substituir por navio homologo, investimento de USD 100 milhões. Investimento projetado com base em atualização do U 27, que tem demonstrado excelente desempenho.
8. Navios patrulha fluviais: 2 classe Pedro Teixeira, 3 classe Roraima, 6 classe Piratini e o Monitor Parnaíba: - substituição por novas classes de NaPaFlu (pantanal e amazônia) no total inicial de 15 navios, investimento de USD 450 milhões. Base NaPa de 500 ton
9. Novos NaPaOc no total de 12 unidades, com investimento de USD 1,08 bilhão. Base NaPaOc classe Amazonas.
10. Os NaPa: 12 classe Grajaú e 4 classe Bracuí: - substituição por NaPa 500BR com um total inicial de 24 unidades, com investimento de USD 850 milhões. Base projeto do NaPa 500 BR
11. Os 6 navios varredores classe Aratu: - substituição por 8 MCMV, investimento de USD 800 milhões. Base MCMV classe KRI Pulau FANI
12. Navio Polar Almirante Maximiano: - substituir por navio homologo, investimento de USD 150 milhões. Base Na pAnt Almirante Saldanha
13. Novo navio de pesquisa da classe Vital de Oliveira, investimento de USD 50 milhões. Base do Vital de Oliveira.
14. Rebocadores de alto mar Tritão e Triunfo e corveta Caboclo: - substituir por 5 AHTS novos ou por oportunidade, investimento em novos USD 200 milhões.Base custo de construção em estaleiros da Ásia.
E a cereja do Bolo:
15. Novos SNA, os SNA 10 Rafael Branco e SNA 11 Felinto Perry, investimento de USD 2,5 bilhões. Base de projeções do SNA 10.
Estes navios não foram incluídos na conclusão do texto devido as incertezas, em minha opinião, dos próximos anos em relação ao SNA brasileiro.
Resumo geral:
1. Distribuição dos navios por grupos e investimentos relativos.
1.1 - Navios para a Esquadra:- total de 24 unidades com valor total de investimentos de USD 13,350 bilhões.
É importante destacar que o CVN 78 da US Navy custou USD 13,3 bilhões, ou seja um único NAe da referida Marinha e o equivalente para a renovação da Esquadra brasileira.
1.2 - Navios Distritais: - total de 64 unidades com valor total de investimentos de USD 3,4 bilhões.
1.3 - Navios da DHN: - total de 2 unidades com valor total de investimento de USD 200 milhões.
Total de navios: 90, que poderiam ser construídos em 15 anos, entre 2026 e 2040, com seis navios entregues por ano. Total de investimentos: USD 16,950 bilhões que poderiam ser realizados em um período de 20 anos, entre 2026 e 2045. Anualmente o investimento seria de USD 850 milhões ou .R$ 4,25 bilhões.
Nota: Medida drástica para obtenção de recursos para a implantação do Programa de Recuperação da MB: - Redução de 19% do efetivo. Esta redução resultaria com base no orçamento de 2023 em uma disponibilidade de R $4,5 bilhões.
Estaleiros que poderiam participar das construções no Brasil e no Exterior. Considerando o período de 15 anos, devido a urgência de reconstrução do Poder Naval nacional, é lícito que alguns navios possam ser construídos fora do Brasil.
Estaleiros e possíveis classes de navios:
1. TKMS Brasil: FCT, FF 6000/6500 ton, NaPaOc
2. Naval Group: SSK's, FF 6000/6500 ton, NaPaOc
3. Jurong Aracruz: Navio Polar, Navios tanques, Navio de Pesquisa, Navio Escola
4. Vard Promar: FF 6000/6500 ton, Navios tanque, NaPaOc,
5. AMRJ: NaPa 500 BR, NaPaOc, NaPaFlu
6, Estaleiro Bibi: NaPa 500 BR, NaPaFlu
7. Inace: NaPa 500 BR, NaPaFlu
8. SIMA PERU: LPD
9. Navantia: LPD (este seria construído na Espanha mesmo), FF 6000/6500 ton
10.Guangzou Hangtong Shipbuilding: Navio de pesquisa, AHTS
11. Abeking & Rasmussen: MCMV
Navios que poderiam ser construídos no exterior: LPH, LPD, as FF 6000/6500 ton - neste caso meu voto seria as F 110, MCMV, Navio de pesquisa e os AHTS, os demais no Brasil. Desta forma seria possível se obter estes 90 navios novos nos 15 anos sugeridos. O efetivo conforme observado poderia ser como meta de redução 8 anos. Além deste recurso haveria outros já existentes, além de financiamentos internacionais.
Em minha opinião totalmente factível ,caso o Brasil varonil fosse um país de verdade, conduzido por estadistas e patriotas.
Sds