UM MBT NACIONAL
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- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
Só o fato dele ter um desempenho mediano já deveria ser descartado. É uma mistura de Type 59-II com ZTZ-96 bem piorado.
- Viktor Reznov
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Re: UM MBT NACIONAL
É uma pena que seja um tanque com desempenho tão mediano pq o bicho é bonito de se olhar.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Não conheço o CC chinês e nem se é bom ou ruim olhando apenas informações na internet. Mas diante do fato de que operamos hoje um CC com mais de 50 anos de uso, e com sério risco de modernizar alguns a fim de manter a frota por mais 15 anos até, dá para dizer que, no mínimo, não estamos em condições de ficar escolhendo muito se é esse ou aquele blindado novo que vamos comprar.
O VT-4 pode até não ser o suprassumo dos MBT modernos, mas diante de um M-60 e\ou Leo 1A5 sessentões e sem nenhuma atualização e nem nada, é com certeza uma opção a se levar a sério, com tudo o que ele pode oferecer, mesmo com todas as limitações geopolíticas que venham junto.
Por outro lado, se a Norinco conseguir de fato atender a maior parte do RLTI da VBC CC, e na minha opinião, esse é o documento norteador de qualquer decisão sobre esta concorrência, então ele terá chances reais de disputar no mesmo nível com os demais. Os chineses não são como os ocidentais, que querem tudo para ontem. Eles não tem pressa e seus interesses no Brasil vão muito além de uma simples venda de CC ou qualquer outro insumo bélico para o EB. Esse é só um pequeno detalhe no imenso emaranhado das relações bilaterais.
Não duvido que se autorizada por Pequim, a Norinco deixa até fabricar aqui esse CC com tudo e mais um pouco que a BIDS e a indústria nacional puder aprouver. E eu creio que não é pouca coisa que podemos dispor nele, desde o básico até os sistemas mais avançados. O EB não quer apenas comprar um CC e IFV SL novos, ele quer ter a certeza que mesmo comprando poucas dezenas deles terá plenas condições de manter todos operacionais a pleno, principalmente quando mais precisar. E isso se faz, também, com investimento na indústria e PDI nacional junto com a aquisição de novos vetores. Está lá escrito nos requisitos. E serve para todo mundo.
O VT-4 pode até não ser o suprassumo dos MBT modernos, mas diante de um M-60 e\ou Leo 1A5 sessentões e sem nenhuma atualização e nem nada, é com certeza uma opção a se levar a sério, com tudo o que ele pode oferecer, mesmo com todas as limitações geopolíticas que venham junto.
Por outro lado, se a Norinco conseguir de fato atender a maior parte do RLTI da VBC CC, e na minha opinião, esse é o documento norteador de qualquer decisão sobre esta concorrência, então ele terá chances reais de disputar no mesmo nível com os demais. Os chineses não são como os ocidentais, que querem tudo para ontem. Eles não tem pressa e seus interesses no Brasil vão muito além de uma simples venda de CC ou qualquer outro insumo bélico para o EB. Esse é só um pequeno detalhe no imenso emaranhado das relações bilaterais.
Não duvido que se autorizada por Pequim, a Norinco deixa até fabricar aqui esse CC com tudo e mais um pouco que a BIDS e a indústria nacional puder aprouver. E eu creio que não é pouca coisa que podemos dispor nele, desde o básico até os sistemas mais avançados. O EB não quer apenas comprar um CC e IFV SL novos, ele quer ter a certeza que mesmo comprando poucas dezenas deles terá plenas condições de manter todos operacionais a pleno, principalmente quando mais precisar. E isso se faz, também, com investimento na indústria e PDI nacional junto com a aquisição de novos vetores. Está lá escrito nos requisitos. E serve para todo mundo.
Carpe Diem
- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Olá Fábio, desculpe dividir as respostas, mas é para não ficar muito grande para ler.Fábio Machado escreveu: ↑Sáb Mai 13, 2023 6:24 pm Então FC, não é possível comparar o KF 51 com o Gripen E pelos seguintes motivos:
1 Em relação ao Gripen:
1.1 o gripem E (antes chamado de NG) é meramente uma evolução do Gripen C/D;
1.2 A Suécia já havia se comprometido em comprar o avião, logo a FAB não seria o único operador;
1.3 Em que pese o upgrade tecnológico do Gripem E em relação aos outros meios da FAB, não necessariamente significaria uma mudança radical em relação a doutrina existente. Os F5 M foram competentes em fazer a transição da FAB analógica para a FAB digital;
1.4 Dos concorrentes, o gripem era o avião mais barato e desde o inicio era o preferido da FAB.
No que diz respeito ao KF-51, ele não é exatamente um bldo novo na íntegra, visto que já utiliza uma base conhecida e reconhecida na forma do chassi do Leo 2A4. Neste aspecto, toda a mecânica do veículo é segura e não apresenta riscos.
Em relação à torre, podemos dizer que ela realmente é o cerne da inovação do CC alemão, mas apresenta por base, também, tecnologias já desenvolvidas e dominadas pela empresa e pela indústria alemã. Não há de fato nada ali que já não tenhamos visto nos últimos anos em termos de desenvolvimento tecnológico.
A novidade é a integração de tudo o que se apresenta em um único pacote. É mais ou menos o que os suecos fizeram com o Gripen C\D para o Gripen E\F. Eles ampliaram as já bem altas capacidades de fusão de dados e integração de sensores do modelo e dotaram-no de uma fuselagem muito mais assertiva em termos de capacidades de voo e endurance. Os alemães aplicaram a mesma lógica na torre do KF-51. E se dispõe a fazê-lo, também, no chassi. Claro, se alguém se dispuser a pagar.
Quanto a sermos o único operador, vejo de outra forma, na verdade seríamos o primeiro operador. E isto tem duas faces. Uma é a do risco de ser o primeiro e ter de lidar com o desenvolvimento, e a correção, de tudo que possa dar errado nele. A outra é o benefício que isto trás na hora de negociar e assinar um contrato com os alemães. Esses riscos existem de fato, e podemos tirar proveito de ambos. O KF-51 com certeza não será um CC de um dono só. Assim como o Gripen E\F não avião de uma força aérea apenas. Ou duas, na verdade.
Em relação ao ponto 1.3, eu vejo que todos os MBT modernos tem basicamente ainda os mesmos problemas de seus bisavós na GM I, que é arrumar um equilíbrio fino entre mobilidade, poder de fogo e proteção. O KF-51 faz isso, ou tenta, através da introdução de novas tecnologias a partir de conceitos e sistemas conhecidos através da sua integração em uma nova torre. No final, ele é tão bom quanto Abrams, Leo 2A7, LeClecr, e por ai vamos. Mas tenta fazer algo de diferente deles agregando valor onde outros ainda não o fizeram. Podemos tirar proveito disso também. Aliás, qualquer MBT que o exército escolha trará para nós uma pequena grande revolução doutrinária, simplesmente porque sequer entramos no séc XXI em matéria de guerra blindada com os veículos que temos e as tecnologias e conhecimentos que não dispomos.
Neste aspecto, se soubermos conversar direito com a Rheinmetall, podemos dar um salto gigantesco em relação a tudo em matéria de guerra blindada. Desde conceitos básicos à pesquisa avançada em novos materiais até IA. Vai ser como sair de 1963 para entrar no século XXI já em 2028.
A ver.
Carpe Diem
- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
"Não conheço o blindado" e "é uma opção pra ser considerada à sério" na mesma frase é de matar kkkkkkkkkkkkk
- gogogas
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Re: UM MBT NACIONAL
As forças armadas seguem o padrão otan ,então material chines ou russo ja podem descartar ,a não ser que seja opção politica como foi o caso dos AH-2 ...
Gogogas !
- Frederico Vitor
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Re: UM MBT NACIONAL
Principais projetos em andamento do Programa Forças Blindadas. Fonte: Revista Ação de Choque.
- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
Deve ser mais barato pagar R$ 13 milhões no EE-9 do que fazer do Guarani um VBR e mais barato pagar USD 3 mi no Leo 1A5 do que fazer leasing em K1E1 em acordo de compra do K2-M. Imagino que a Akaer seja a Dassault e a Lockheed Brasileira, se me entendem.
- cabeça de martelo
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- gabriel219
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- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
Bom, como sabemos, muitas vezes gente GRAÚDA do EB vem ler esse fórum e integrantes do MD, então deixarei minha sugestão:
Negociação Diplomática: junta o MD, MRE, representantes da Embraer e do EB para oferecer ao Egito e a Coréia do Sul o KC-390. O EB acompanhando as negociações, acompanha o progresso da oferta do K-2M pro Egito, em que haveria a montagem de fábrica lá para de uma quantidade incerta, mas especula-se que sejam cerca de 800+ viaturas. Com isso, ofertando o KC-390 para a Coréia do Sul, o Brasil oferece o apoio diplomático pra fazer a Coréia vender o K2-M pro Egito, usando a força da entrada definitiva nos BRICS para o Egito e também a aquisição por parte deles do KC-390 e até do Guarani. Em troca, alguns K-2M/BR viriam direto das fábricas Egípcias, todos os pretendidos pelo EB, que são 62, talvez todos os 115 sem a modernização do 1A5.
Segunda parte: leasing de 172 K1E1 (canhão 105 mm, KM68) da Coréia do Sul, junto com a aquisição de algo em torno de 300-600 K274, especialmente se forem K-274B. Assim, o K1E1 poderia compartilhar parte das munições que já temos, operando 126 na nova formação da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada - de todas as Blindadas, na verdade - mais 36 num RCB criado em Roraima e 10 em Escolas do EB.
Outros 126 Leopard 1A5, sem serem modernizados, continuariam operando nas demais OMs que restassem, assim desativando, por ora, os RCBs das Bda Cav Mec, que se transformariam em uma Bda Blind no futuro. Os demais Leopard 1A5 e 1BE seriam canibalizados para manter tanto o Leo 1A5 quanto o Gepard. Com SX 389 GF e DM-23 - bom, temos a foto de ao menos uma DM-23, então talvez tenham mais APFSDS pro Leo - e o controle de fogo atual dão conta das ameaças com o K1E1.
Tentaria leasing de K21 ou compra, via EDA, de M2A2 sem a torre, mas acho bem difícil essa parte. O leasing do K1E1 seria acertado para até o final da década, quando poderíamos pensar em lotes maiores de K2-M/BR.
Terceira parte: aqui considerando que o EB planeja substituir tudo e podendo formar uma 3ª Bda Blind com os RCBs existentes na Cav Mec, que não vejo sentido em existir quando as mesmas serão dotadas de Centauro II no futuro - terão Mobilidade Estratégica E poder de fogo de um MBT, logo um RCB só atrapalha a organização - o EB negociaria o leasing como tapa buraco, para manter ao menos duas Brigadas Blindadas e um RCB em Roraima, enquanto a Hyundai, via financiamento de Banco Sul Coreano com BNDES como fiador, faria uma fábrica nacional pro K2-BR e começar a fabricar entregar as viaturas por volta de 2027, começando a pagar a partir da entrega do primeiro lote.
Os protótipos e o LED seriam construídos na possível fábrica no Egito, enviadas pro Brasil e testadas aqui. Isso poderia abrir o leque pros Sul Coreanos tentarem emplacar o K9A2 e o AS21, que provavelmente perderá para o Lynx na Austrália devido ao LOB pesadíssimo da Rheinmetal lá, vide a vitória duvidosa do Boxer contra o AMV.
Com Hero 30, a necessidade de munições HE-MPAT diminuem bastante - aqui excluo munições HEAT e HE-Frag, que não há mais lugar no combate moderno com a munição mencionada antes - o que salva capacidade de munição pela remoção do Ammorack, onde haveria um Operador de Armas, operando uma estação remota que serviria para enfrentar Infantaria e Drones, além de utilizar as Hero 30 para engajar Infantaria e utilizar os drones quadrirrotores para busca de alvos, com o Cmt do Carro tendo acesso a todas essas informações em tempo real.
O atual K2 tem capacidade de 16 munições no Autoloader, mas pode ser expandida para 22 como o Leclerc, já que utiliza o mesmo Autoloader, porém seu projeto PIP prevê um aumento para 30 munições. É algo que pode ser acompanhado pelo Brasil, principalmente por essa quantidade extra de 14 munições favorecer muito o uso de munições como KSTAM II e mísseis de longo alcance, que provam ser extremamente úteis na guerra da Ucrânia. Uma dotação padrão de 12 APFSDS, 8 HE-MPAT, 4 ATGM e 2 KSTAM II daria um poder de fogo enorme para cada carro, o que multiplicaria em torno do pelotão. E, é claro, sete polias para diminuir a pressão sob o solo, já que a viatura passará das 56 toneladas para as 59-60 toneladas.
Como foi expectado, a modernização do Leo 1A5 custará, ao menos, USD 3.76 milhões cada ou totalizando um programa de USD 197 milhões para dar apenas um par de óculos pro Leopard 1A5 e uma pescoceira, esse dinheiro é mais que o suficiente para garantir leasing de K1E1 e um passo inicial para o K2-BR.
Por que K1E1 e não K1A1, com canhão 120 mm? Motivo simples: disponibilidade. Os Sul Coreanos possuem mais de mil K1 com canhão KM68, enquanto existem pouco mais de 400 K1A1, muitos sendo modernizados pro padrão K1A2. Logo é muito improvável que aceitariam ceder via leasing por 10 anos ou mais, porém o K1E1 já é uma figura mais óbvia. Além disso, aproveitaríamos o estoque de munição que já temos e compra de outras munições, que estão em andamento, no calibre 105 mm. Tentaria pegar as versões que receberam a blindagem SAP, o que protegeria o arco frontal contra a 3BM-42 utilizada pelos T-72B1 Venezuelanos. Claro que, só seriam adversários de dia, pois os T-72B1 Venezuelanos possui ainda o sistema de mira 1K13-49, que só permite uma visão noturna de segunda geração com lanternas ativas - não é câmera térmica, é NVG -, alcance de 800-400 metros, inferior até do Leo 1A5, porém mesmo se o EB tiver estoques de DM23, o Leo ainda é incapaz de penetrar um T-72B1 com essa munição, especialmente por essa versão ter Kontakt-1 - que afeta APFSDS numa margem pequena, mas ainda afeta - e possui mais 20 mm de blindagem, com o aprendizado dos Russos com as munições M111 apreendidas, que por sinal a DM-23 é a munição Israelense produzida na Alemanha Ocidental, da época.
É dito que a K274 tem capacidade de perfurar 400-500 mm a 2 km, o que seria suficiente contra a maior ameaça que teríamos, que é o T-72B1 Venezuelano. Ambas as viaturas são capazes de transpor pontes classe 60 e operando em rodovias classe 4, como o EB deseja.
Outra coisa seria a reorganização das Brigadas Blindadas, antes 2x RCCs e 2x BIBs para 3x RCBs e 1x RRB ou Regimento de Reconhecimento Blindado, uma estrutura nova, inspirada um pouco na OM de reconhecimento das novas ABCTs pós-2016 e também nos Esq Cav Mec, contanto com 1x Esq CC (2x VBC CC para Cmd do Esq e 4x VBC CC por Plt, que seriam quatro, como padrão) e 3x Esq Rec Blind, com estrutura similar a atual Esq Cav Mec, mas com algumas mudanças, que seriam: 1x Plt Rec Blind (4x VBCC, que seriam viaturas semelhantes ao BMPT-72, usando o chassis do K2), 2x GCs Fz Blind (2x VBCI + 9 Fz Blind), 1x Plt Rec Mtz (6x VBMT 4x4, com radares de solo, jammers contra drones e drones de maior alcance, além de levarem Manpads e as viaturas terem capacidade de abater drones com armamento Soft e Hard) e 1 Plt Ap Fg (4x Vtr E, sendo duas Mrt 120 mm e duas Lç Loitering classe Hero 120, com capacidade de transportar 4 combatentes, para operarem 2x CLU de mísseis Spike LR2).
Os RCBs manteriam a formação padrão já existente hoje, com cada Brigada Blindada operando 126 VBC CC. Sendo três delas e um RCB em Roraima, são 414, sem considerar as escolas e as VBEs e VBCC derivadas do mesmo chassis, o que justifica financeiramente uma fábrica no Brasil.
Aqui temos argumentos possíveis diplomáticos (uso do BRICS e venda do KC-390, por tanto, trade-off com o país), financeiros (financiamento por banco estrangeiro com BNDES como fiador) e políticos internos (geração de milhares de empregos, diretos e indiretos, além do aumento de exportações para o Sudestes Asiático e também para a África Sobre-Saahriana).
Não é nem por gosto pessoal, gosto pessoal mesmo eu tenho pro EB conseguir alguma sorte em comprar viaturas de segunda-mão, como M1A1SA ou M60 SLAP/SABRA e adquirir o projeto Objekt 640, desenvolvê-lo com torreta remota e fabricar uma viatura nacional, aquela viatura misturada com o conceito do Armata seria o suprassumo no que veríamos nascer no quesito carros de combate, especialmente o conceito da Kaktus, que era muito superior a Malachit, que em si é uma Relitk - ERA fenomenal, aliás - com 10 cm a mais. Tudo no Black Eagle era mais revolucionário que no Armata, que já tinha um similar anos antes mesmo do T95, que era o M1 TTB. Esse sim é meu gosto pessoal, sonho molhado de verão. A Kaktus sozinha era capaz de dar uma proteção extra de 1070-1160 mm RHAe* contra KE, o que é um absurdo e não entendo o porque dos Russos não terem ido a frente, preferido a Relitk, talvez pela 4S23 (código Russo pra Relitk) ser mais barata.
Um canhão 140 mm, com Bustle Autoloader exclusivamente pra APFSDS e GLGM, com outro em formato carrossel para munições HE-MAP e do tipo KSTAM II, com blow pannels semelhante ao do Ammorack do chassis do Abrams, com um CITV com metralhadora .338NM e uma outra torre remota com canhão 30 mm pra ser usada contra drones, ter drones Hero 30 e do tipo DJI com câmera têrmica e carga pra 40 minutos é o meu sonho de verão, quatro tripulantes em um casulo no chassis, com blindagem NERA e ERA Kaktus desenvolvida seria um monstro e APS dividido em lançadores móveis para mísseis e drones kamizake, o outro com sensores independentes exclusivo para APFSDS como AMAP-ADS, talvez precursor de uma nova geração. Mas sei o quão irrealista é esse meu sonho.
Na minha opinião, se o EB pensasse assim e levasse a ideia até o MD, da forma mais política possível, especialmente quanto a geração de empregos e aumento das exportações (mais dinheiro vindo pra imposto), considerando o mesmo financiamento feito pelo Gripen - os Sul Coreanos fizeram parecido com Poloneses e ofereceram para Noruegueses financiamento pós-recebimento, mas não tenho como confirmar isso - é bem possível que fosse um plano interessante.
Bastava aumentar o ROB para 60 tons e ambos os ROBs que o EB tem sobre VBC CC seriam atendidos com K1E1 e K2-BR.
EDIT: Segundo consta neste manual, o Exército adquiriu DM 23A1 e DM 33 quando adquiriu o Leopard 1A1 ou 1BE, então ao menos tínhamos DM 23A1 e DM 33. DM 33 tem capacidade parcial de perfurar um T-72B1, mas a uma distância que seria o suficiente para o T-72 engajá-lo, diferente do K1E1:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... ip1782.pdf
Um conjunto de Centauro II com - se Deus quiser e o EUA REJEITAR a demanda do EB por munições ultrapassadas - M338 e M339, K1E1 com K274(N) e Leo 1A5 com SX 389 GF, DM 23A1 e DM 33 até estaríamos bem pra região pra esperar a chegada dos novos meios.
Negociação Diplomática: junta o MD, MRE, representantes da Embraer e do EB para oferecer ao Egito e a Coréia do Sul o KC-390. O EB acompanhando as negociações, acompanha o progresso da oferta do K-2M pro Egito, em que haveria a montagem de fábrica lá para de uma quantidade incerta, mas especula-se que sejam cerca de 800+ viaturas. Com isso, ofertando o KC-390 para a Coréia do Sul, o Brasil oferece o apoio diplomático pra fazer a Coréia vender o K2-M pro Egito, usando a força da entrada definitiva nos BRICS para o Egito e também a aquisição por parte deles do KC-390 e até do Guarani. Em troca, alguns K-2M/BR viriam direto das fábricas Egípcias, todos os pretendidos pelo EB, que são 62, talvez todos os 115 sem a modernização do 1A5.
Segunda parte: leasing de 172 K1E1 (canhão 105 mm, KM68) da Coréia do Sul, junto com a aquisição de algo em torno de 300-600 K274, especialmente se forem K-274B. Assim, o K1E1 poderia compartilhar parte das munições que já temos, operando 126 na nova formação da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada - de todas as Blindadas, na verdade - mais 36 num RCB criado em Roraima e 10 em Escolas do EB.
Outros 126 Leopard 1A5, sem serem modernizados, continuariam operando nas demais OMs que restassem, assim desativando, por ora, os RCBs das Bda Cav Mec, que se transformariam em uma Bda Blind no futuro. Os demais Leopard 1A5 e 1BE seriam canibalizados para manter tanto o Leo 1A5 quanto o Gepard. Com SX 389 GF e DM-23 - bom, temos a foto de ao menos uma DM-23, então talvez tenham mais APFSDS pro Leo - e o controle de fogo atual dão conta das ameaças com o K1E1.
Tentaria leasing de K21 ou compra, via EDA, de M2A2 sem a torre, mas acho bem difícil essa parte. O leasing do K1E1 seria acertado para até o final da década, quando poderíamos pensar em lotes maiores de K2-M/BR.
Terceira parte: aqui considerando que o EB planeja substituir tudo e podendo formar uma 3ª Bda Blind com os RCBs existentes na Cav Mec, que não vejo sentido em existir quando as mesmas serão dotadas de Centauro II no futuro - terão Mobilidade Estratégica E poder de fogo de um MBT, logo um RCB só atrapalha a organização - o EB negociaria o leasing como tapa buraco, para manter ao menos duas Brigadas Blindadas e um RCB em Roraima, enquanto a Hyundai, via financiamento de Banco Sul Coreano com BNDES como fiador, faria uma fábrica nacional pro K2-BR e começar a fabricar entregar as viaturas por volta de 2027, começando a pagar a partir da entrega do primeiro lote.
Os protótipos e o LED seriam construídos na possível fábrica no Egito, enviadas pro Brasil e testadas aqui. Isso poderia abrir o leque pros Sul Coreanos tentarem emplacar o K9A2 e o AS21, que provavelmente perderá para o Lynx na Austrália devido ao LOB pesadíssimo da Rheinmetal lá, vide a vitória duvidosa do Boxer contra o AMV.
Com Hero 30, a necessidade de munições HE-MPAT diminuem bastante - aqui excluo munições HEAT e HE-Frag, que não há mais lugar no combate moderno com a munição mencionada antes - o que salva capacidade de munição pela remoção do Ammorack, onde haveria um Operador de Armas, operando uma estação remota que serviria para enfrentar Infantaria e Drones, além de utilizar as Hero 30 para engajar Infantaria e utilizar os drones quadrirrotores para busca de alvos, com o Cmt do Carro tendo acesso a todas essas informações em tempo real.
O atual K2 tem capacidade de 16 munições no Autoloader, mas pode ser expandida para 22 como o Leclerc, já que utiliza o mesmo Autoloader, porém seu projeto PIP prevê um aumento para 30 munições. É algo que pode ser acompanhado pelo Brasil, principalmente por essa quantidade extra de 14 munições favorecer muito o uso de munições como KSTAM II e mísseis de longo alcance, que provam ser extremamente úteis na guerra da Ucrânia. Uma dotação padrão de 12 APFSDS, 8 HE-MPAT, 4 ATGM e 2 KSTAM II daria um poder de fogo enorme para cada carro, o que multiplicaria em torno do pelotão. E, é claro, sete polias para diminuir a pressão sob o solo, já que a viatura passará das 56 toneladas para as 59-60 toneladas.
Como foi expectado, a modernização do Leo 1A5 custará, ao menos, USD 3.76 milhões cada ou totalizando um programa de USD 197 milhões para dar apenas um par de óculos pro Leopard 1A5 e uma pescoceira, esse dinheiro é mais que o suficiente para garantir leasing de K1E1 e um passo inicial para o K2-BR.
Por que K1E1 e não K1A1, com canhão 120 mm? Motivo simples: disponibilidade. Os Sul Coreanos possuem mais de mil K1 com canhão KM68, enquanto existem pouco mais de 400 K1A1, muitos sendo modernizados pro padrão K1A2. Logo é muito improvável que aceitariam ceder via leasing por 10 anos ou mais, porém o K1E1 já é uma figura mais óbvia. Além disso, aproveitaríamos o estoque de munição que já temos e compra de outras munições, que estão em andamento, no calibre 105 mm. Tentaria pegar as versões que receberam a blindagem SAP, o que protegeria o arco frontal contra a 3BM-42 utilizada pelos T-72B1 Venezuelanos. Claro que, só seriam adversários de dia, pois os T-72B1 Venezuelanos possui ainda o sistema de mira 1K13-49, que só permite uma visão noturna de segunda geração com lanternas ativas - não é câmera térmica, é NVG -, alcance de 800-400 metros, inferior até do Leo 1A5, porém mesmo se o EB tiver estoques de DM23, o Leo ainda é incapaz de penetrar um T-72B1 com essa munição, especialmente por essa versão ter Kontakt-1 - que afeta APFSDS numa margem pequena, mas ainda afeta - e possui mais 20 mm de blindagem, com o aprendizado dos Russos com as munições M111 apreendidas, que por sinal a DM-23 é a munição Israelense produzida na Alemanha Ocidental, da época.
É dito que a K274 tem capacidade de perfurar 400-500 mm a 2 km, o que seria suficiente contra a maior ameaça que teríamos, que é o T-72B1 Venezuelano. Ambas as viaturas são capazes de transpor pontes classe 60 e operando em rodovias classe 4, como o EB deseja.
Outra coisa seria a reorganização das Brigadas Blindadas, antes 2x RCCs e 2x BIBs para 3x RCBs e 1x RRB ou Regimento de Reconhecimento Blindado, uma estrutura nova, inspirada um pouco na OM de reconhecimento das novas ABCTs pós-2016 e também nos Esq Cav Mec, contanto com 1x Esq CC (2x VBC CC para Cmd do Esq e 4x VBC CC por Plt, que seriam quatro, como padrão) e 3x Esq Rec Blind, com estrutura similar a atual Esq Cav Mec, mas com algumas mudanças, que seriam: 1x Plt Rec Blind (4x VBCC, que seriam viaturas semelhantes ao BMPT-72, usando o chassis do K2), 2x GCs Fz Blind (2x VBCI + 9 Fz Blind), 1x Plt Rec Mtz (6x VBMT 4x4, com radares de solo, jammers contra drones e drones de maior alcance, além de levarem Manpads e as viaturas terem capacidade de abater drones com armamento Soft e Hard) e 1 Plt Ap Fg (4x Vtr E, sendo duas Mrt 120 mm e duas Lç Loitering classe Hero 120, com capacidade de transportar 4 combatentes, para operarem 2x CLU de mísseis Spike LR2).
Os RCBs manteriam a formação padrão já existente hoje, com cada Brigada Blindada operando 126 VBC CC. Sendo três delas e um RCB em Roraima, são 414, sem considerar as escolas e as VBEs e VBCC derivadas do mesmo chassis, o que justifica financeiramente uma fábrica no Brasil.
Aqui temos argumentos possíveis diplomáticos (uso do BRICS e venda do KC-390, por tanto, trade-off com o país), financeiros (financiamento por banco estrangeiro com BNDES como fiador) e políticos internos (geração de milhares de empregos, diretos e indiretos, além do aumento de exportações para o Sudestes Asiático e também para a África Sobre-Saahriana).
Não é nem por gosto pessoal, gosto pessoal mesmo eu tenho pro EB conseguir alguma sorte em comprar viaturas de segunda-mão, como M1A1SA ou M60 SLAP/SABRA e adquirir o projeto Objekt 640, desenvolvê-lo com torreta remota e fabricar uma viatura nacional, aquela viatura misturada com o conceito do Armata seria o suprassumo no que veríamos nascer no quesito carros de combate, especialmente o conceito da Kaktus, que era muito superior a Malachit, que em si é uma Relitk - ERA fenomenal, aliás - com 10 cm a mais. Tudo no Black Eagle era mais revolucionário que no Armata, que já tinha um similar anos antes mesmo do T95, que era o M1 TTB. Esse sim é meu gosto pessoal, sonho molhado de verão. A Kaktus sozinha era capaz de dar uma proteção extra de 1070-1160 mm RHAe* contra KE, o que é um absurdo e não entendo o porque dos Russos não terem ido a frente, preferido a Relitk, talvez pela 4S23 (código Russo pra Relitk) ser mais barata.
Um canhão 140 mm, com Bustle Autoloader exclusivamente pra APFSDS e GLGM, com outro em formato carrossel para munições HE-MAP e do tipo KSTAM II, com blow pannels semelhante ao do Ammorack do chassis do Abrams, com um CITV com metralhadora .338NM e uma outra torre remota com canhão 30 mm pra ser usada contra drones, ter drones Hero 30 e do tipo DJI com câmera têrmica e carga pra 40 minutos é o meu sonho de verão, quatro tripulantes em um casulo no chassis, com blindagem NERA e ERA Kaktus desenvolvida seria um monstro e APS dividido em lançadores móveis para mísseis e drones kamizake, o outro com sensores independentes exclusivo para APFSDS como AMAP-ADS, talvez precursor de uma nova geração. Mas sei o quão irrealista é esse meu sonho.
Na minha opinião, se o EB pensasse assim e levasse a ideia até o MD, da forma mais política possível, especialmente quanto a geração de empregos e aumento das exportações (mais dinheiro vindo pra imposto), considerando o mesmo financiamento feito pelo Gripen - os Sul Coreanos fizeram parecido com Poloneses e ofereceram para Noruegueses financiamento pós-recebimento, mas não tenho como confirmar isso - é bem possível que fosse um plano interessante.
Bastava aumentar o ROB para 60 tons e ambos os ROBs que o EB tem sobre VBC CC seriam atendidos com K1E1 e K2-BR.
EDIT: Segundo consta neste manual, o Exército adquiriu DM 23A1 e DM 33 quando adquiriu o Leopard 1A1 ou 1BE, então ao menos tínhamos DM 23A1 e DM 33. DM 33 tem capacidade parcial de perfurar um T-72B1, mas a uma distância que seria o suficiente para o T-72 engajá-lo, diferente do K1E1:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... ip1782.pdf
Um conjunto de Centauro II com - se Deus quiser e o EUA REJEITAR a demanda do EB por munições ultrapassadas - M338 e M339, K1E1 com K274(N) e Leo 1A5 com SX 389 GF, DM 23A1 e DM 33 até estaríamos bem pra região pra esperar a chegada dos novos meios.
- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Olá Fábio.Fábio Machado escreveu: ↑Sáb Mai 13, 2023 6:24 pm 2 Em relação ao KF51:
2.1 O chassi comum ao Leopard pode dar alguma vantagem ao MBT da Rheinmetall, todavia a parte principal de um CC é a sua torre e seu recheio eletrônico;
2.2 Nesse sentido, nenhum outro país o adquiriu e não existe previsão para tal feito, o que significa que o EB seria o único operador do deste MBT;
2.3 para se adequar aos requisitos do EB, a Rheinmmetall teria que fazer mudanças que acabariam com a essência do tanque. Para começar, trocar o canhão de 130 mm por um de 120, tirar a tractana que dispara drones, entre outras coisas. Em outras palavras, a Rheinmentall teria que transformá-lo num um CC comum, no entanto, se é para obter um CC comum, seria mais racional, em termos financeiros, adquirir o Leopard 2. Não faz sentido compreende.
O KF-51 inova em virtude de ajustar em uma única torre sistemas que tradicionalmente são operados de forma diferente e separados. Para tanto, lança mão de fusão de dados, data link integrado, IFF, sistemas passivos\ativos de defesa, e gerenciamento de campo de batalha e C2ISR muito avançados. Tudo isso podendo ser adaptado aos requisitos do EB tal como visto no RTLI. Uma das características do projeto da Rheinmetall é justamente sua modularidade. Ele não se prende e nem se fixa neste ou naquele sistema de fornecedor A ou B. É como um lego. Neste aspecto, ele se destaca pelas inúmeras possibilidades de transferência de tecnologia sobre os sistemas da torre e a participação da BIDS no processo.
Como tinha comentado anteriormente o fato do KF-51 ainda não ter sido comprado por um cliente externo não o torna menos atrativo, pelo contrário. Se leres o RO e RLTI da VBC CC verá que o EB não quer uma simples compra de prateleira. E se os alemães estiverem dispostos a abrir a caixa preta para nós em relação ao seu produto, ele pode ser a melhor solução em termos de custo x benefício para nós. Sermos os primeiros pode ser considerado também uma vantagem se soubermos usar isto a nosso favor. A disposição para colaborar com os requisitos do EB de parte dos alemães pode ser bem mais flexível em termos financeiros, tecnológicos, industriais e comerciais.
Com relação a adaptar o KF-51 aos requisitos do EB, podemos ver a questão pelo seguinte prisma, de forma a considerar o que é mais benéfico para nós: abrir-nos às novas tecnologias e inovações que o CC apresenta, de forma a comprometer e capacitar a BIDS\indústria nacional no processo evolutivo coerente e propositivo, com a possibilidade de desenvolver inclusive novas versões a partir do veículo básico, e que serão necessárias, ou simplesmente pelar ele de tal forma que o mesmo ficasse irreconhecível enquanto proposta de projeto, e assim, no máximo conseguir uma compra de oportunidade por um preço nada amigável?
Pelo descrito no RO e RTLI da VBC CC a resposta vai na direção daquela primeira alternativa. A dúvida fica em como ajustar preços, prazos, custos e condições à pauperridade orçamentária do EB e a quantidade de veículos pedidos inicialmente, espero.
Me parece que os conteúdos da torre do KF-51 não sejam uma questão que possa tornar sua aquisição um problema, ao contrário. O nível de nacionalização de sistemas e subsistemas que denota os documentos base da VBC CC mostra que podemos aproveitar quase tudo que é oferecido pelo blindado. A começar, por exemplo, pelo canhão, já que o RO não limita para cima o calibre a ser utilizado, apenas indica o mínimo, no caso, um canhão com 120\50 calibres. É sempre bom lembrar que os futuros projetos de CC na Europa, USA, China e Rússia estão seguindo a tendência de adotar calibres maiores que os atuais. Por que ficarmos para trás neste quesito se podemos correr ao lado ou até mesmo na frente dos demais projetos pelo mundo? Esse é o tipo de consideração que a possível adoção do CC alemão nos trás.
No mais, como dispus em outro texto aqui neste tópico sobre o KF-51, os alemães estão dispostos a desenvolver outro chassi para o seu novo CC. Isso pode, e deve, ser explorado pelo EB de todas as formas possíveis. Pode-se pensar agora em uma compra de prateleira de 65 bdos com o chassi do Leo 2A4, e deixar amarrado o desenvolvimento de um novo chassi sobre nossos requisitos para a compra de novos lotes de tanques que serão necessárias, diria, impositivas. E de preferência já levando em consideração as futuras VBE e VBC necessárias, também. E essa parte com total transferência de tecnologia, off set e tudo o mais que couber. Como cliente de lançamento podemos nos dar ao luxo de ter certos privilégios junto ao fornecedor(es) do projeto. Aliás, podemos mesmo negociar a compra de parte dos direitos intelectuais sobre o projeto se isso tornar a nossa participação mais assertiva ainda no desenvolvimento do mesmo. É questão de olhar para frente. Muito para frente, diria.
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- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Só para ilustrar, o EB comprou 250 Leopard 1A5 da Alemanha no começo da década passada e outros 130 Leopard 1Be ex-Bélgica nos anos 1990. Recebeu ainda 91 M-60A3 norte americanos.
Somando tudo, o exército recebeu nos últimos 26 anos cerca de 471 CC ao todo para equipar 4 RCC e 4 RCB. A imensa maioria está fora de operação, tendo os últimos exemplares ainda em operação dos M-60 não formam sequer um RCB inteiro, e pouco mais de 15\20 unidades dos Leo 1Be também nos RCB. A frota de Leo1A5 tem menos de 30% de disponibilidade segundo o próprio exército.
Dá para notar que em uma eventual compra de novos CC através do programa forças blindadas podemos negociar alguma coisa em termos de produção nacional se quisermos. As demandas concretas de RCC\RCB podem nos ajudar a alcançar tal objetivo. E temos ainda escolas militares e o CIBld para dar conta.
Com apenas 65 CC em lista para comprar nos próximos 10\15 anos, ainda vamos precisar dispor de mais investimentos para chegar nas 324 unidades necessárias para compor apenas aquelas 8 OM blindadas. Ou seja, ainda teremos de negociar cerca de 259 CC, quiçá outras 52 unidades no caso de 1 EsqCavBlda ou até 108 unidades se for 1 RCB para as escolas militares e o CIBld. Se somarmos as VBC\VBE passamos sem maiores problemas de mais 200 undes derivadas sobre o mesmo chassi do veículo que for escolhido.
Tomara saibamos fazer uma boa escolha. E não somente, mas a mais coerente com os nossos interesses, apesar das birras alheias.
Somando tudo, o exército recebeu nos últimos 26 anos cerca de 471 CC ao todo para equipar 4 RCC e 4 RCB. A imensa maioria está fora de operação, tendo os últimos exemplares ainda em operação dos M-60 não formam sequer um RCB inteiro, e pouco mais de 15\20 unidades dos Leo 1Be também nos RCB. A frota de Leo1A5 tem menos de 30% de disponibilidade segundo o próprio exército.
Dá para notar que em uma eventual compra de novos CC através do programa forças blindadas podemos negociar alguma coisa em termos de produção nacional se quisermos. As demandas concretas de RCC\RCB podem nos ajudar a alcançar tal objetivo. E temos ainda escolas militares e o CIBld para dar conta.
Com apenas 65 CC em lista para comprar nos próximos 10\15 anos, ainda vamos precisar dispor de mais investimentos para chegar nas 324 unidades necessárias para compor apenas aquelas 8 OM blindadas. Ou seja, ainda teremos de negociar cerca de 259 CC, quiçá outras 52 unidades no caso de 1 EsqCavBlda ou até 108 unidades se for 1 RCB para as escolas militares e o CIBld. Se somarmos as VBC\VBE passamos sem maiores problemas de mais 200 undes derivadas sobre o mesmo chassi do veículo que for escolhido.
Tomara saibamos fazer uma boa escolha. E não somente, mas a mais coerente com os nossos interesses, apesar das birras alheias.
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- Fábio Machado
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Re: UM MBT NACIONAL
FC, o senhor está se esquecendo de uma coisa. Adquirir o KF 51 neste momento significaria obter um produto cujo o preço ainda esta contaminado pelo o seu custo de desenvolvimento, o que o torna ainda mais caro. Ressaltando ainda que a vantagem de se adquirir um veículo já em produção é justamente o de se beneficiar da diluição dos custos pelos ganhos da produção em escala. No caso do KF 51, teríamos que praticamente inaugurar a sua linha de produção, percebe o tamanho do problema? Não é por acaso que a Rheimmetall está tentando a todo custo empurrar a forceps o seu MBT para a ucrânia, querem um trouxa para cobrir o prejuízo. Aí eu pergunto: será o EB com seus parcos recursos que irá fazer esse papel? para míseros 67 MBTs? Acho que não. Seja qual for a solução adotada pelo exército, certamente será conservadora, como reza a tradição de nossas FFAA, para o bem ou para mal.
- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
Exatamente, penso o mesmo.Fábio Machado escreveu: ↑Qui Mai 18, 2023 9:49 pm FC, o senhor está se esquecendo de uma coisa. Adquirir o KF 51 neste momento significaria obter um produto cujo o preço ainda esta contaminado pelo o seu custo de desenvolvimento, o que o torna ainda mais caro. Ressaltando ainda que a vantagem de se adquirir um veículo já em produção é justamente o de se beneficiar da diluição dos custos pelos ganhos da produção em escala. No caso do KF 51, teríamos que praticamente inaugurar a sua linha de produção, percebe o tamanho do problema? Não é por acaso que a Rheimmetall está tentando a todo custo empurrar a forceps o seu MBT para a ucrânia, querem um trouxa para cobrir o prejuízo. Aí eu pergunto: será o EB com seus parcos recursos que irá fazer esse papel? para míseros 67 MBTs? Acho que não. Seja qual for a solução adotada pelo exército, certamente será conservadora, como reza a tradição de nossas FFAA, para o bem ou para mal.
Precisamos pensar numa viatura que esteja pronta e tenha clientes já comprando.
Se fosse aumentar pra dotação completa, ou seja, mais de 500 viaturas, considerando VBE, até justificaria uma fábrica no Brasil e ainda sim eu seria a favor de um projeto pronto.
KF-51 e EMBT estão no mesmo status que o Black Eagle - que foi totalmente pronto - e o Abrams X, demonstradores tecnológicos e só isso, nem se sabe se aquele é o design final, até pela bizarrice da descessidade de Hero-120 no Panther, o que não faz sentido algum. Hero-30, no máximo Hero-90, fariam o mesmo trabalho.