É, os chinas jogaram a toalha. Aparentemente viram que essa associação com os russos do jeito que estava não iria longe, e eles ainda se arriscavam a perder no longo prazo a possibilidade de exportar o C-929, dado que os russos teimavam em não colocar nada ocidental neles. O país está pagando um preço muito alto por causa dos delírios soviéticos do tio Putin.
Ao menos agora eles vão poder dar continuidade no projeto com e sem insumos ocidentais. O que é natural e até saudável para o projeto em si. Ninguém no ocidente vai peitar os chineses do ponto de vista econômico como estão fazendo com a Rússia. Mas isto também deve ser analisado em longo prazo, já que USA e Europa estão se movendo no sentido de diminuir a sua dependência de insumos chineses.
A meu ver eles devem trilhar dois caminhos paralelos. Escolher um ou dois motores ocidentais para equipar o avião e manter o cronograma de desenvolvimento original o mais próximo possível do proposto, e dar continuidade ao desenvolvimento de um turbofan nacional, para a próxima década. Nisto, salvo engano, eles já vem trabalhando há tempos. A entrada em operação do WS-20 confirma a capacidade técnica da engenharia chinesa de apor soluções cabíveis aos seus projetos.
Resta saber se GE, PW e RR serão liberadas para vender seus produtos para o widebody chinês. A lógica deles será a mesma do C-919, atendendo primeiro o mercado interno e depois pensando em exportações.
Dedos cruzados aqui para que as três versões estejam voando até o começo dos anos 2030. Se nós ainda estivermos por aqui, claro.
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