AVIBRAS

[FCarvalho]

É aquele negócio de sempre. Quando tudo está bem, ninguém lembra que existe uma BIDS. Quando as coisas vão mau, todo mundo acha que deveria ser bem tratada, apesar de nunca o ser. E quando não existe, todos concordam que deveria existir.

Assim caminha a passos lerdos a nossa responsabilidade e interesse pela indústria do país.

[knigh7]

Esquece 2% do PIB para gastos com defesa. Não seria razoável para um País com tantas demandas sociais e de infraestrutura. Temos que nos ajustar a no máximo 1,5% do PIB. Ser mais eficiente com isso.

Demandas sociais são uma falácia e uma desculpa tosca e ruim para um país com um PIB de mais US$ 1,6 trilhões de dólares.

Estou na Educação há mais de 20 anos e não vi até hoje qualquer coisa mudar efetivamente nela, mesmo com os arroubos dos 10% do PIB que o PNE obriga o país a manter. Aliás, desde 2002, na primeira edição. E nunca chegamos neste percentual menos por falta de intenção do que de de má gestão econômica do país, e das reformas estruturais de verdade que nunca são feitas. Por que se fossem, a mamata acabava para um monte de gente em Brasília e nas capitais estaduais e municipais.

Então, dinheiro para a Defesa existe, sempre existiu. O que não existe é gestão, fiscalização e publicidade com o que se faz com ele. Se o MD se prestar a que, teoricamente, deve servir, então a coisa anda. Agora, se for para continuar deixando nas mão dos militares fazer o que bem entendem com os recursos que solicitam nos planejamentos da vida, mas sem se preocupar em responder a quem de ofício tem a obrigação de gestar os mesmos, então tá difícil.

+70% do orçamento gastos em salários, pensões e aposentadorias, além de outros perdulicários, é completamente inviável para qualquer solução de investimento a longo prazo. Ou isso muda, ou nada muda na Defesa. Depois não adianta reclamar.

Carvalho,

Vc já chegou a ver algum projeto de lei ou demanda das FFAA que garantissem recursos perenes para a Defesa que fosse realista? Eu nunca. Enquanto houver projetos de lei que garantam 2% do PIB (equivalente a R$200 bilhões) ou de investimento de 0,5%(R$50 bilhões) nunca serão votados.

Nós gastamos 0,1% do PIB com investimento para as FFAA. Se houvesse um projeto que vinculasse 0,15% aumentaria então R$5 bilhões, nos livraria do eterno sufoco e seria exequível de ser votado.

[gabriel219]

O risco de dar mais R$ 5 Bilhões para investimento das FFAA é vermos mais programas como MANSUP, M113, Leopard 1A5, e EE-9s da vida, gastando rios de dinheiro pra equipamentos defasados, que depois serão declarados como incompatíveis com emprego Militar moderno.

O orçamento de nossas FFAA são maiores do que Turquia e Algéria, que possuem mais tropas do que nós e uma quantidade de equipamentos infinitamente superior a nossa.

A primeira coisa que deve ser feito é gestão correta dos recursos e não mais dinheiro.

[pewdiepie]

O risco de dar mais R$ 5 Bilhões para investimento das FFAA é vermos mais programas como MANSUP, M113, Leopard 1A5, e EE-9s da vida, gastando rios de dinheiro pra equipamentos defasados, que depois serão declarados como incompatíveis com emprego Militar moderno.

O orçamento de nossas FFAA são maiores do que Turquia e Algéria, que possuem mais tropas do que nós e uma quantidade de equipamentos infinitamente superior a nossa.

A primeira coisa que deve ser feito é gestão correta dos recursos e não mais dinheiro.

Exatamente. Eu gosto de utilizar o Egito como exemplo. Com metade do nosso orçamento, eles possuem forças armadas bem mais equipadas que as nossas.


Precisamos de um tacape na cabeça, quem sabe assim nossos iluminados políticos enxerguem o óbvio. Esse é o problema de termos inimigos abstratos.

[gabriel219]

@pewdiepie a lista é grande. A Turquia é o exemplo mais gritante, com a segunda FFAA mais poderosa e numerosa da OTAN, com um orçamento inferior ao nosso. Outro país é a Grécia.

Então não adianta ficarmos aqui discutindo mais recursoa pra gastarmos em equipamento inadequado e defasado.

Recentemente gastamos inacreditáveis USD 160 milhões para modernizar M113 pra, logo em seguida, ser declarado inadequado e estamos pra gastar dezenas de milhões por EE-9 e 1A5.

Primeira coisa que deveria ser feito é que todo investimento a ser feito deveria ser emitido a necessidade pelas Forças, mas quem faria todo o processo de teste, aquisição e licitação seria uma Secretaria Especial dentro do MD. Precisa tirar urgente a compra de MEM feito diretamente por cada força.

[FCarvalho]

Carvalho,
Vc já chegou a ver algum projeto de lei ou demanda das FFAA que garantissem recursos perenes para a Defesa que fosse realista? Eu nunca. Enquanto houver projetos de lei que garantam 2% do PIB (equivalente a R$200 bilhões) ou de investimento de 0,5%(R$50 bilhões) nunca serão votados.
Nós gastamos 0,1% do PIB com investimento para as FFAA. Se houvesse um projeto que vinculasse 0,15% aumentaria então R$5 bilhões, nos livraria do eterno sufoco e seria exequível de ser votado.

Já houve bem mais de um projeto no congresso versando sobre o orçamento militar. E todos foram defenestrados, antes ou depois, com a ajuda dos próprios militares, uma vez que as mudanças eram tratadas em larga escala, não somente em termos de investimento e custeio. E qualquer coisa que venha do congresso e mexa com os benefícios, regalias e extras que os militares recebem, ou que eles mesmos se dão, negociados com o Palácio do Planalto, além do próprio salário, são imediatamente torpedeados pelos seus "representantes" ali.
A última foi de deputado monarquista, mas que não chegou a ser levada a sério, visto que não contou com o "abits" do pessoal de farda. É lamentável um congresso que se acovarda de tal forma diante das ffaa's sempre que trata um assunto que lhes diz respeito.
A conta da defesa tem que ser assunto prioridade máxima no MD. Mas não temos ministros com culhão, e respaldo, para tratar do assunto.
Muita coisa tem que mudar dentro do MD e sua estrutura de poder, e relação com as ffaa's, antes que ele consiga de fato ser um órgão gestor da defesa do país.
A começar por esse negócio de misturar salários, pensões e quitutes com custeio e investimento. Salário não é e não pode ser tratado como orçamento de defesa. Já começa errado por aí. Mas vai dizer isso para o José Múcio...

[marcusv]

A maior parte do atual orçamento e para previdência e salários e custeio. A parte de investimento é mínima.Em alguns anos até próxima de zero! Nos outros países o orçamento não inclui a previdência de longe o maior custo orçamentário.

[FCarvalho]

A coisa é simples. A conta Defesa Nacional só pode ter duas linhas: custeio e investimento.
O que não for isso, vai para outra pasta, ou encontrar solução adequada. Mas tem que ficar fora do orçamento do ministério da defesa.
Mesmo que para isso se mexa nos pequenos interesses de muita gente nos quartéis e fora deles.
A iniciativa deveria ser do MD, ou do congresso nacional. Mas um e outro são duas lesmas que não servem para nada neste aspecto.

[knigh7]

Carvalho,
Vc já chegou a ver algum projeto de lei ou demanda das FFAA que garantissem recursos perenes para a Defesa que fosse realista? Eu nunca. Enquanto houver projetos de lei que garantam 2% do PIB (equivalente a R$200 bilhões) ou de investimento de 0,5%(R$50 bilhões) nunca serão votados.
Nós gastamos 0,1% do PIB com investimento para as FFAA. Se houvesse um projeto que vinculasse 0,15% aumentaria então R$5 bilhões, nos livraria do eterno sufoco e seria exequível de ser votado.

Já houve bem mais de um projeto no congresso versando sobre o orçamento militar. E todos foram defenestrados, antes ou depois, com a ajuda dos próprios militares, uma vez que as mudanças eram tratadas em larga escala, não somente em termos de investimento e custeio. E qualquer coisa que venha do congresso e mexa com os benefícios, regalias e extras que os militares recebem, ou que eles mesmos se dão, negociados com o Palácio do Planalto, além do próprio salário, são imediatamente torpedeados pelos seus "representantes" ali.
A última foi de deputado monarquista, mas que não chegou a ser levada a sério, visto que não contou com o "abits" do pessoal de farda. É lamentável um congresso que se acovarda de tal forma diante das ffaa's sempre que trata um assunto que lhes diz respeito.
A conta da defesa tem que ser assunto prioridade máxima no MD. Mas não temos ministros com culhão, e respaldo, para tratar do assunto.
Muita coisa tem que mudar dentro do MD e sua estrutura de poder, e relação com as ffaa's, antes que ele consiga de fato ser um órgão gestor da defesa do país.
A começar por esse negócio de misturar salários, pensões e quitutes com custeio e investimento. Salário não é e não pode ser tratado como orçamento de defesa. Já começa errado por aí. Mas vai dizer isso para o José Múcio...

Então diga qual foi o projeto de lei realista que foi apresentado.

[knigh7]

https://veja.abril.com.br/coluna/radar/ ... e-misseis/

[knigh7]

A propósito: há 2 páginas atrás eu coloquei o link da matéria do jornal Valor à respeito do quadro financeiro tenebroso da Avibrás. Está com uma dívida de R$640 milhões e não há perspectiva de superação da situação dela.

[FIGHTERCOM]

[knigh7]

O Governo poderia ajudar a Embraer a comprá-la. Porque na situação financeira que ela está, com inadimplência fiscal,somente através de Lei que eles poderiam conceder empréstimos, mas o Art 150, II, da CF/88 estabelece o princípio da isonomia tributária na qual determina a vedação aos entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) de estabelecerem tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Ou seja, teriam de abrir o leque para várias empresas no país em situação semelhante, o que não são poucas...


Outras soluções seriam o controle da companhia por empresas estrangeiras (não aceitariam tamanha injeção de recursos necesssário para saneá-la para não controlá-la) ou então a estatização.

[gabriel219]

Estatização seria a morte da empresa, pois iria entupir de apadrinhado incompetente na empresa.

Mas a verdade é que a Avibrás cavou sua própria cova, cometendo o mesmo erro da Engesa, que é desenvolver uma penca de produtos que ninguém quer, a exemplo do Guará.

O jeito que o Governo Brasileiro poderia ajudar é adquirir um GMF e já um lote de MTC, além da Avibrás criar um programa de Loitering com financiamento já pago pelo GF via BNDES, o que vejo ser possível.

Uni-se com a Stella pra tal programa e compradores desse tipo de munição é que não vai faltar, especialmente na África.

[pewdiepie]

A Avibrás precisa ser estatizada. É um ativo muito importante para a soberania do país. O setor aeroespacial brasileiro deve muito a Avibrás.

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