#357
Mensagem
por FCarvalho » Ter Jul 11, 2023 2:04 pm
Interessante como o mundo naval também dá as suas voltas.
Outro dia os Nae eram considerados os últimos navios de porte no mundo militar, não podendo ser suplantados.
Cruzadores e destróyers foram para a lata do lixo do esquecimento da história, com raras aparições graças ao gigantismo soviético.
Aí, quando tudo parecia indicar que navios com 4 mil ton era o futuro, e o máximo que se poder alferir em termos de conjunto tecnologia e desempenho, eis que os chineses dão um tapa na mesa e começam a construir coisas de 5, 6, 7 mil ton sem perguntar ou pedir licença a ninguém. Leia-se USA.
O pessoal na Europa pegou o trem andando e embarcou nos últimos vinte anos em projetos também focados em navios com essa tonelagem, e do nada, o termo destróyer e cruzador voltaram à moda, apesar de ainda serem classificados como "fragatas" para o bem estar dos políticos de plantão.
Ao que parece estamos em um novo momento em que navios com mais de 10 mil ton estão sendo vistos novamente como o parâmetro das esquadras de elite, muito bem equipados, adequados e com grandes capacidades de sobrevivência em diversas esferas de uma guerra multifocal, ou seja, como se esperava de "seus avós" de outrora.
Quanto a nós, bom, o mundo ruma para navios de guerra maiores, mais bem equipados e armados. Por cá, nos contentamos em conseguir transformar um projeto de corveta em uma fragata de bolso a fim de caber no orçamento e na indesculpável sensação da sociedade civil e classe política de que não estamos fazendo nada de errado.
Carpe Diem