NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55288
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2759 vezes
- Agradeceram: 2438 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Ainda ficamos com 8!!!! Party!!!!!
Portugal prepara envio de quatro tanques para a Ucrânia
https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/p ... sNoticias3
Citar
Portugal prepara o envio de quatro tanques Leopard 2 para a Ucrânia, avançou esta terça-feira, ao Correio da Manhã, fonte próxima do Governo, depois de a Alemanha ter cedido finalmente à pressão dos aliados e dado luz verde ao envio daqueles carros de combate. Refira-se que Portugal tem 37 daqueles blindados, 12 dos quais totalmente operacionais.
Portugal prepara envio de quatro tanques para a Ucrânia
https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/p ... sNoticias3
Citar
Portugal prepara o envio de quatro tanques Leopard 2 para a Ucrânia, avançou esta terça-feira, ao Correio da Manhã, fonte próxima do Governo, depois de a Alemanha ter cedido finalmente à pressão dos aliados e dado luz verde ao envio daqueles carros de combate. Refira-se que Portugal tem 37 daqueles blindados, 12 dos quais totalmente operacionais.
Triste sina ter nascido português
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Explico, os restantes pura e simplesmente não estão a ser usados, porque...não há pessoal!P44 escreveu: ↑Qua Jan 25, 2023 9:21 am Ainda ficamos com 8!!!! Party!!!!!
Portugal prepara envio de quatro tanques para a Ucrânia
https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/p ... sNoticias3
Citar
Portugal prepara o envio de quatro tanques Leopard 2 para a Ucrânia, avançou esta terça-feira, ao Correio da Manhã, fonte próxima do Governo, depois de a Alemanha ter cedido finalmente à pressão dos aliados e dado luz verde ao envio daqueles carros de combate. Refira-se que Portugal tem 37 daqueles blindados, 12 dos quais totalmente operacionais.
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55288
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2759 vezes
- Agradeceram: 2438 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Também vamos atacar /defender-nos de quem? Espanha?
Para isso 8 ou 37 vai dar no mesmo
Mas se é como dizes, menos mal do que estarem já avariados
Para isso 8 ou 37 vai dar no mesmo
Mas se é como dizes, menos mal do que estarem já avariados
Triste sina ter nascido português
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Eu sei que nada sei, só estou a vender-te o que disseram. Segundo consta apesar da maior parte da manutenção ser feita cá por portugueses, há ainda coisas que só os Alemães podem fazer e não dão autorização que seja diferente. Como tal há contratos assinados e que têm que ser cumpridos.
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55288
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2759 vezes
- Agradeceram: 2438 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/p ... peracional
"Mais de metade dos 37 Leopard A6 portugueses não estão em condições de ser usados em combate, apurou o Expresso junto de fontes do Exército. A NATO utiliza um sistema de classificação de cores para aferir a prontidão dos equipamentos para serem empenhados e a maioria destes carros que Portugal comprou aos Países Baixos, em 2008, estão no “nível vermelho de operacionalização”, explica um oficial general.
Outro oficial do exército português também contou ao semanário que os exercícios com estes meios em Santa Margarida também não se costumam realizar com mais do que um esquadrão, ou seja com um máximo de 14 carros", salientando depois que "além dos meios inoperacionais, há ainda cerca de uma dezena de veículos no nível “amarelo”: nestes casos, os tanques não estão a 100% mas podem ser utilizados em contexto de guerra. No nível “verde” — com a manutenção em dia e prontos a utilizar — está uma minoria".
Triste sina ter nascido português
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Treinos não são feitos com mais de 14.P44 escreveu: ↑Sex Jan 27, 2023 6:24 amhttps://24.sapo.pt/atualidade/artigos/p ... peracional
"Mais de metade dos 37 Leopard A6 portugueses não estão em condições de ser usados em combate, apurou o Expresso junto de fontes do Exército. A NATO utiliza um sistema de classificação de cores para aferir a prontidão dos equipamentos para serem empenhados e a maioria destes carros que Portugal comprou aos Países Baixos, em 2008, estão no “nível vermelho de operacionalização”, explica um oficial general.
Outro oficial do exército português também contou ao semanário que os exercícios com estes meios em Santa Margarida também não se costumam realizar com mais do que um esquadrão, ou seja com um máximo de 14 carros", salientando depois que "além dos meios inoperacionais, há ainda cerca de uma dezena de veículos no nível “amarelo”: nestes casos, os tanques não estão a 100% mas podem ser utilizados em contexto de guerra. No nível “verde” — com a manutenção em dia e prontos a utilizar — está uma minoria".
Os restantes estão parados! É o que eu tinha dito, não há pessoal, os Leopards a mais não trabalham. O que achas que acontece nos Pandur, ou nos M109?
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55288
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2759 vezes
- Agradeceram: 2438 vezes
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Pelotão de Reconhecimento da NATO READINESS INITIATIVE realizou a prova Team SPIRIT
30-01-202308:30
Nesta prova foram validadas tarefas individuais e coletivas.
30-01-202308:30
Nesta prova foram validadas tarefas individuais e coletivas.
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Militares portugueses executam escolta a coluna de viaturas na Roménia
A Companhia de Atiradores Mecanizada de Rodas do Exército Português, da 2ª Força Nacional Destacada na Roménia, no âmbito das suas atividades de treino, planeou e executou uma escolta a uma coluna de viaturas ("Convoy Escort") , integrando nesta atividade as diversas valências e meios de que a Força dispõe.
A finalidade desta atividade consistiu em praticar as Técnicas, Táticas e Procedimentos inerentes à realização de uma escolta a uma coluna de viaturas e, concomitantemente, criar sinergias entre a Companhia de Atiradores, o Módulo de Defesa Antiaérea e o Módulo Conjunto de Informações.
Nesta atividade foi dada ênfase à utilização dos meios para o apoio à Proteção da Força contra ameaças aéreas, pelo Módulo de Defesa Antiaérea equipado com o míssil Antiaéreo Stinger. Concorrentemente, os meios aéreos não tripulados do Módulo de Informações apoiaram toda a ação, partilhando as imagens recolhidas em tempo real, tirando partido das suas câmaras térmicas, contribuindo significativamente para o Comando e Controlo da Operação.
A Companhia de Atiradores Mecanizada de Rodas do Exército Português, da 2ª Força Nacional Destacada na Roménia, no âmbito das suas atividades de treino, planeou e executou uma escolta a uma coluna de viaturas ("Convoy Escort") , integrando nesta atividade as diversas valências e meios de que a Força dispõe.
A finalidade desta atividade consistiu em praticar as Técnicas, Táticas e Procedimentos inerentes à realização de uma escolta a uma coluna de viaturas e, concomitantemente, criar sinergias entre a Companhia de Atiradores, o Módulo de Defesa Antiaérea e o Módulo Conjunto de Informações.
Nesta atividade foi dada ênfase à utilização dos meios para o apoio à Proteção da Força contra ameaças aéreas, pelo Módulo de Defesa Antiaérea equipado com o míssil Antiaéreo Stinger. Concorrentemente, os meios aéreos não tripulados do Módulo de Informações apoiaram toda a ação, partilhando as imagens recolhidas em tempo real, tirando partido das suas câmaras térmicas, contribuindo significativamente para o Comando e Controlo da Operação.
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55288
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2759 vezes
- Agradeceram: 2438 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
https://sol.sapo.pt/artigo/791623/costa ... ia-tanques
Costa bloqueia tanques
Costa bloqueia tanques
Destaco:Ao contrário do que foi dito por João Cravinho e Helena Carreiras, Portugal não vai mandar tanques Leopard 2 para a Ucrânia. A decisão é de António Costa e os motivos não são explicados. Trata-se de veículos de elevada complexidade tecnológica, de manutenção muito difícil, e cujas munições custam uma fortuna e escasseiam no mercado.
O chefe do Governo recusou o envio para a Ucrânia de carros de combate Leopard 2, do Exército português, mostrando-se apenas disponível para Portugal dar formação a ucranianos nesse domínio – soube o Nascer do Sol de fonte militar.
António Costa contraria, assim, as primeiras declarações de João Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, que disse que Portugal iria fornecer os Leopard à Ucrânia. Seria também esta a intenção da ministra da Defesa, Helena Carreiras, que no entanto, perante a negativa do primeiro-ministro, acabou por anunciar que a decisão seria tomada mais tarde.
As Forças Armadas desconhecem os motivos do bloqueio de António Costa, especulando-se em meios castrenses que podem ir desde a vontade de não hostilizar mais Moscovo até razões de ordem meramente orçamental, dados os custos envolvidos na operação.
Refira-se que a maioria dos 37 veículos existentes em Portugal – estacionados no campo militar de Santa Margarida – não estão operacionais por falta de peças sobressalentes. É que, apesar de terem sido adquiridos em segunda mão aos Países Baixos, pertencem à gama mais avançada de Leopard 2 (o modelo A6), sendo tecnologicamente muito complexos. Além disso, o Exército não tem nem nunca teve uma única munição real para os blindados dispararem, mas apenas munições de treino.
As dificuldades da manutenção
O envio de tanques Leopard 2 para ajudar a Ucrânia a resistir à invasão russa foi decidido na semana passada numa reunião do chamado grupo de Ramstein – um conjunto de meia centena de países aliados de Kiev (do qual Portugal também faz parte), que têm estado a articular formas de apoiar militarmente os ucranianos.
A deliberação foi tomada depois de Berlim, sob pressão dos aliados, ter abandonado as suas reticências ao envio dos Leopard 2, uma vez que os outros países com o mesmo tipo de blindados careciam, contratualmente, da luz verde da Alemanha, como fabricante e proprietária da patente, para poderem reencaminhar os tanques para um país terceiro.
O Leopard 2 é considerado o carro de combate que melhor se adequa às necessidades do exército ucraniano, num momento em que se anuncia uma nova ofensiva russa em larga escala, e daí a pressão exercida por Volodymir Zelensky sobre o Ocidente para aprovar e apressar o envio.
O modelo A6, em particular, com a sua alta tecnologia, é considerado o melhor carro de combate do mundo, nomeadamente em termos de capacidade e precisão de tiro (mantém a torre de artilharia estável, mesmo com os balanços da viatura em movimento).
Mas – dizem os militares portugueses que já experimentaram o veículo – a elevada sensibilidade dos seus sistemas (que não podem estar parados, sob risco de degradação e necessidade de recarregamento energético, como acontece com os carros que estão em Santa Margarida), implica uma assistência permanente, pelo que o Leopard 2 só tem sucesso assegurado quando acompanhado de um complexo aparelho de manutenção.
Os motivos da resistência alemã
Terá sido essa a razão da relutância germânica em fornecer o equipamento, segundo a mesma fonte militar. «Devido às exigências que têm os Leopard 2, e ao facto de não haver em stock peças sobressalentes para a sua manutenção, estes carros de combate podem começar a parar na frente de combate ucraniana, o que irá deixar mal a Alemanha, e daí talvez a explição para a resistência alemã ao seu fornecimento» – disse a nossa fonte, e acrescentou: «Não é só Portugal. Todos os países que têm os Leopard 2 estão com o mesmo problema, até a própria Alemanha. Não há um sistema de alimentação contínua de componentes, por serem demasiado caras, e a fábrica [a alemã Krauss-Maffei Wegmann – KMW] não consegue manter-se em produção permanente, uma vez que os países com blindados Leopard [um grupo designado LEOBEN, com 18 membros, quase todos europeus] não fazem requisição regular de peças. Por vezes, a fábrica pára, e é quando o grupo LEOBEN se reúne para discutir a falta de peças que a produção é retomada, desde que as encomendas sejam em quantidade significativa».
Para o mesmo militar, a opção pela entrega dos Leopard 2 à Ucrânia representa um pesado fardo para a Alemanha, devido à cobertura que Berlim tem de fazer a toda a operação por forma a evitar o seu fracasso: «A tecnologia deste carro de combate torna-o dificilmente sustentável, a não ser em operações em que os alemães estejam diretamente envolvidos, porque levam o sistema de manutenção atrás. É preciso oficinas muito especializadas, e não sei como os alemães vão fazer tanto com as peças sobressalentes como com os equipamentos específicos. Será que os ucranianos têm técnicos capazes de fazer a manutenção (de formação muito mais demorada do que um operador do Leopard 2) ou a Alemanha terá de mandar para lá gente especializada? Ou, ainda, os carros terem de voltar a sair de território ucraniano para serem revistos? É que, se os alemães forem à Ucrânia para garantir a manutenção, isso pode ser interpretado como um novo patamar na guerra. Seja como for, os alemães ainda não sabem quanto é que tudo isto lhes vai custar. Mas só eles podem resolver a questão. Têm a faca e o queijo na mão».
Portugal não tem uma única munição
Provavelmente, para alimentar a intervenção dos Leopard 2 na Ucrânia, a KMW terá de reabrir em plena laboração. O mesmo acontecerá para a produção das munições para os carros de combate, que são de fabrico específico. E essa poderá constituir outra das razões para o Governo português não avançar para o fornecimento dos tanques. «Nós até podíamos oferecer quatro ou cinco carros, mas nem temos munições. São caríssimas. As mais baratas custam 10 mil euros cada. Um carro de combate na Ucrânia dispara para aí 60 tiros por dia. Agora, imagine-se 300 carros [o número pedido por Zelensky] a fazerem tiro. Quem é que produz munições? Se os 300 carros dispararem 40 munições por dia, é fazer as contas [120 milhões de euros]. Imagine-se ao ano [quase 44 mil milhões de euros]! Mesmo que sejam 100 Leopard 2, que deve ser o máximo que se vai conseguir, porque os países estão a tentar fugir de uma vergonha. Se um carro pára por avaria e não há peças, fica abandonado. E há o medo de os carros caírem nas mãos dos russos, que descobririam logo os sistemas de alta segurança de que são equipados. Lá se ia o segredo. Basicamente, pode-se dizer que são bons carros para uma parada militar».
Espanha manda ‘sucata’
O jornal madrileno El País, citando fontes governamentais não identificadas, diz que a Espanha enviará para a Ucrânia quatro a seis Leopard 2 A4 (de um conjunto de 200, que possui parados há mais de 20 anos). Trata-se de um modelo tecnologicamente inferior ao português (que o país vizinho também possui, mas de que não quer abrir mão), o qual é classificado pela fonte do Exército como «sucata».
Por seu turno, Lisboa mostra-se disponível para enviar mais um lote de 14 carros blindados de lagartas para transporte de tropas M113, de fabrico norte-americano, à semelhança do que já fez com o mesmo tipo de veículos na primavera passada, e que se encontram prontos a seguir viagem. Em Santa Margarida existem cerca de 135 veículos deste tipo, que não têm grandes problemas de manutenção e dispõem de motores com poucas horas de funcionamento. «Levam uma pintura e estão prontos», resume a fonte militar.
Portugal está ainda em vias de oferecer à Ucrânia oito geradores de grande capacidade para produção de energia elétrica, mais um lote de munições de 120 mm e duas toneladas de equipamento médico e sanitário (de que já seguiu parte na terça-feira por via aérea).
Quanto à formação de pessoal ucraniano por técnicos portugueses, para o uso do Leopard 2, ainda está por decidir se terá lugar em Portugal ou na Ucrânia.
Do FD«Nós até podíamos oferecer quatro ou cinco carros, mas nem temos munições. (...)
Triste sina ter nascido português
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
A simulação no modelo de avaliação português
Segundo a PTE 245-01 (EME, 2020b), o modelo de avaliação de guarnições é constituído por sete fases distintas, sendo que cada uma prevê a utilização de determinados meios para a execução das avaliações previstas.
Na primeira fase, cujo principal objetivo é dar ao instruendo os conhecimentos teóricos necessários para a operação do CC, é utilizada principalmente a sala de aula. No entanto, como complemento da instrução teórica são utilizados a torre de instrução, o buggy e o próprio CC. A avaliação, ao fim das duas semanas de duração desta fase, é feita através de um teste escrito.
Na fase nº2, o foco incide sobre a execução das tarefas da guarnição, mas a nível individual, isto é, de acordo com cada posto de combate da guarnição. Para tal são utilizados os mesmos meios da fase um, isto é, a sala de aulas, a torre de instrução, o buggy e o CC real. No entanto estes sistemas têm um papel diferente nesta fase, uma vez que vão contribuir diretamente para a consecução das avaliações previstas doutrinariamente. São estas um novo teste teórico, um circuito de avaliação prático e uma sessão avaliativa na torre de instrução. Esta fase tem uma duração de duas semanas e de forma ideal em Espanha, de modo a tirar partido da sua torre de instrução com sistema de simulação integrado. A torre de simulação portuguesa apenas permite o treino de procedimentos no compartimento de combate. O funcionamento e operação da torre espanhola será explicado com mais detalhe no capítulo V.
Na fase nº3, são avaliados os conhecimentos e procedimentos apreendidos anteriormente pela guarnição, mas nesta fase já como um organismo uno, isto é, como guarnição completa e operacional. Para tal, são utilizados o já referido VTE (aqui empregue para avaliar os postos de combate de chefe de carro e apontador) e a torre de instrução, tendo uma duração total de quatro semanas.
Na fase seguinte (fase quatro), são avaliados apenas os procedimentos de controlo de tiro ao nível do pelotão, recorrendo ao sistema VTE e a tabelas de instrução e avaliação que, relembre-se, ainda não existem para o sistema avaliativo português. Nesta fase não existe tiro propriamente dito, apenas são avaliados procedimentos, tendo a duração total de duas semanas.
Na fase nº5 do modelo de avaliação encontra-se contemplada a realização de um exercício de Situational Training Exercise (STX), através de um tema tático de pelotão. No referencial português encontra-se prevista a realização desta fase em Espanha, no campo Militar de San Gregorio, em Saragoça, de modo a utilizar os seus sistemas para o efeito, neste caso o Steel Beasts, com uma duração de duas semanas.
A fase nº6 consiste na conduta de tiro de nível pelotão, para a qual têm vindo a ser desenvolvidos treinos e avaliações em fases anteriores (na fase nº4 foram avaliados os procedimentos de controlo de tiro de nível pelotão), sendo que para tal será utilizado o VTE.
Numa fase posterior, e após uma sessão com recurso ao sistema anteriormente referido executa-se um LFX (Live Fire Exercise), segundo tabelas de avaliação próprias. A conduta de tiro real dura um total de duas semanas e é realizada na carreira de tiro A7 do Campo Militar de Santa Margarida, onde se encontra a BrigMec.
Na última fase (correspondente à fase nº7), é desenvolvido, durante uma semana, um tema tático de nível pelotão recorrendo ao simulador TacOps.
No quadro seguinte encontra-se exposto, de forma simplificada, os sistemas de simulação empregues em cada fase do processo de avaliação das guarnições de CC portuguesas.
- Pirâmide da Instrução Espanhola
A nível de consumo de munições, verificamos que para avaliar uma guarnição de CC portuguesa no nível básico são necessárias 4 munições de CC. Considerando que o custo de uma munição MZ-UB custa em torno de 1.540€ o custo de avaliação de um esquadrão de CC a 14 CC totaliza 64.690€. Sendo que o preço do simulador não deverá ultrapassar algumas centenas de milhares de euros, concluímos rapidamente que obteríamos retorno do investimento ao avaliar guarnições a médio prazo recorrendo à torre de simulação, exclusivamente. É evidente que esta aquisição não dispensa a realização de tiro real, porém aumenta a letalidade das guarnições e consequentemente o aproveitamento das mesmas na execução de tiro real, bastante mais dispendioso.
Ao custo avultado da execução de tiro real de modo a avaliar as guarnições, ainda que no nível básico, junta-se o custo das deslocações e da estadia em Espanha para a execução de uma sessão de avaliação com recurso a simulação, totalizando aproximadamente 3.000€ por pelotão, o que perfaz cerca de 9.000€ para uma deslocação a espanha de um esquadrão de CC como um todo, para fins de simulação. Isto evidencia ainda mais a necessidade da aquisição dos próprios meios de simulação por parte do EP.
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/42202
Segundo a PTE 245-01 (EME, 2020b), o modelo de avaliação de guarnições é constituído por sete fases distintas, sendo que cada uma prevê a utilização de determinados meios para a execução das avaliações previstas.
Na primeira fase, cujo principal objetivo é dar ao instruendo os conhecimentos teóricos necessários para a operação do CC, é utilizada principalmente a sala de aula. No entanto, como complemento da instrução teórica são utilizados a torre de instrução, o buggy e o próprio CC. A avaliação, ao fim das duas semanas de duração desta fase, é feita através de um teste escrito.
Na fase nº2, o foco incide sobre a execução das tarefas da guarnição, mas a nível individual, isto é, de acordo com cada posto de combate da guarnição. Para tal são utilizados os mesmos meios da fase um, isto é, a sala de aulas, a torre de instrução, o buggy e o CC real. No entanto estes sistemas têm um papel diferente nesta fase, uma vez que vão contribuir diretamente para a consecução das avaliações previstas doutrinariamente. São estas um novo teste teórico, um circuito de avaliação prático e uma sessão avaliativa na torre de instrução. Esta fase tem uma duração de duas semanas e de forma ideal em Espanha, de modo a tirar partido da sua torre de instrução com sistema de simulação integrado. A torre de simulação portuguesa apenas permite o treino de procedimentos no compartimento de combate. O funcionamento e operação da torre espanhola será explicado com mais detalhe no capítulo V.
Na fase nº3, são avaliados os conhecimentos e procedimentos apreendidos anteriormente pela guarnição, mas nesta fase já como um organismo uno, isto é, como guarnição completa e operacional. Para tal, são utilizados o já referido VTE (aqui empregue para avaliar os postos de combate de chefe de carro e apontador) e a torre de instrução, tendo uma duração total de quatro semanas.
Na fase seguinte (fase quatro), são avaliados apenas os procedimentos de controlo de tiro ao nível do pelotão, recorrendo ao sistema VTE e a tabelas de instrução e avaliação que, relembre-se, ainda não existem para o sistema avaliativo português. Nesta fase não existe tiro propriamente dito, apenas são avaliados procedimentos, tendo a duração total de duas semanas.
Na fase nº5 do modelo de avaliação encontra-se contemplada a realização de um exercício de Situational Training Exercise (STX), através de um tema tático de pelotão. No referencial português encontra-se prevista a realização desta fase em Espanha, no campo Militar de San Gregorio, em Saragoça, de modo a utilizar os seus sistemas para o efeito, neste caso o Steel Beasts, com uma duração de duas semanas.
A fase nº6 consiste na conduta de tiro de nível pelotão, para a qual têm vindo a ser desenvolvidos treinos e avaliações em fases anteriores (na fase nº4 foram avaliados os procedimentos de controlo de tiro de nível pelotão), sendo que para tal será utilizado o VTE.
Numa fase posterior, e após uma sessão com recurso ao sistema anteriormente referido executa-se um LFX (Live Fire Exercise), segundo tabelas de avaliação próprias. A conduta de tiro real dura um total de duas semanas e é realizada na carreira de tiro A7 do Campo Militar de Santa Margarida, onde se encontra a BrigMec.
Na última fase (correspondente à fase nº7), é desenvolvido, durante uma semana, um tema tático de nível pelotão recorrendo ao simulador TacOps.
No quadro seguinte encontra-se exposto, de forma simplificada, os sistemas de simulação empregues em cada fase do processo de avaliação das guarnições de CC portuguesas.
- Pirâmide da Instrução Espanhola
A nível de consumo de munições, verificamos que para avaliar uma guarnição de CC portuguesa no nível básico são necessárias 4 munições de CC. Considerando que o custo de uma munição MZ-UB custa em torno de 1.540€ o custo de avaliação de um esquadrão de CC a 14 CC totaliza 64.690€. Sendo que o preço do simulador não deverá ultrapassar algumas centenas de milhares de euros, concluímos rapidamente que obteríamos retorno do investimento ao avaliar guarnições a médio prazo recorrendo à torre de simulação, exclusivamente. É evidente que esta aquisição não dispensa a realização de tiro real, porém aumenta a letalidade das guarnições e consequentemente o aproveitamento das mesmas na execução de tiro real, bastante mais dispendioso.
Ao custo avultado da execução de tiro real de modo a avaliar as guarnições, ainda que no nível básico, junta-se o custo das deslocações e da estadia em Espanha para a execução de uma sessão de avaliação com recurso a simulação, totalizando aproximadamente 3.000€ por pelotão, o que perfaz cerca de 9.000€ para uma deslocação a espanha de um esquadrão de CC como um todo, para fins de simulação. Isto evidencia ainda mais a necessidade da aquisição dos próprios meios de simulação por parte do EP.
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/42202
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55288
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2759 vezes
- Agradeceram: 2438 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Tanto dinheirinho que poderia ir para TAP...
Triste sina ter nascido português
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39547
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55288
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2759 vezes
- Agradeceram: 2438 vezes
Re: NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS
Então as munições nunca foram entregues?
Triste sina ter nascido português