ARTILHARIA DA F TERRESTRE
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
A SIATT esta exibindo na BID Brasil um kit de guiagem a laser para foguetes 70mm e de morteiro 120mm, de longe a coisa mais interresante da feira...
podem reclamar do mss 1.2 o quanto for ( eu reclamo também) porém estes dois projetos são filhos dele.
podem reclamar do mss 1.2 o quanto for ( eu reclamo também) porém estes dois projetos são filhos dele.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Caramba, fico imaginando o pesadelo que deve ser a manutenção desse sistema. Pelo que vi, é um sistema pneumático que faz todo o maquinário funcionar.
Sei não, pode não ter não sustentar a mesma cadência de disparos, mas eu, como leigo, preferiria ir para o teatro com um sistema simples, mas que me entregará mais confiabilidade....
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- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Isso aí vai funcionar como apoio das brigadas ou AD para os israelenses. Se espera que sejam no mínimo de fácil manutenção e operação, embora tecnologicamente muito avançados.
Para o TO deles, é de suma importância que os sistemas sejam funcionais e, principalmente, que não deem trabalho na hora de operar. Eles não tem tempo para filigranas logísticas e técnicas durante suas guerras.
Acredito que o projeto deva seguir neste caminho. Do contrário não passa nem da fase de protótipo.
Para o TO deles, é de suma importância que os sistemas sejam funcionais e, principalmente, que não deem trabalho na hora de operar. Eles não tem tempo para filigranas logísticas e técnicas durante suas guerras.
Acredito que o projeto deva seguir neste caminho. Do contrário não passa nem da fase de protótipo.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
https://tecnodefesa.com.br/caesar-o-imp ... rtilharia/
Agora o foco é na artilharia sobre rodas.Com a finalização do projeto VBC Cav, cuja assinatura do contrato foi publicada no Diário Oficial da União, sacramentando um dos mais importantes programas militares brasileiros, Tecnologia & Defesa da inicio a uma nova etapa, destacando e apresentando, de forma séria e confiável, os importantes projetos que se desenvolverão a partir de agora. E para começar, apresentamos o CAESAR, um dos principais concorrentes do projeto VBCOAP 155 SR, prioridade do Projeto Estratégico FORÇAS BLINDADAS.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Corre o risco de ficar na geladeira pelos próximos dois anos, no mínimo.Aim For The Top escreveu: ↑Qui Dez 22, 2022 11:45 pm https://tecnodefesa.com.br/caesar-o-imp ... rtilharia/
Agora o foco é na artilharia sobre rodas.Com a finalização do projeto VBC Cav, cuja assinatura do contrato foi publicada no Diário Oficial da União, sacramentando um dos mais importantes programas militares brasileiros, Tecnologia & Defesa da inicio a uma nova etapa, destacando e apresentando, de forma séria e confiável, os importantes projetos que se desenvolverão a partir de agora. E para começar, apresentamos o CAESAR, um dos principais concorrentes do projeto VBCOAP 155 SR, prioridade do Projeto Estratégico FORÇAS BLINDADAS.
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Espero que a escolha se recaia sob o ATMOS. Obuseiro muito mais moderno que o TRF1 e custando a metade do preço.
Não há nada no CAESAR que o ATMOS já não tenha.
Não há nada no CAESAR que o ATMOS já não tenha.
- FCarvalho
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
A relação de interessados a priori deve ser tão extensa quanto a do VBC CAV. Ver quem chega na short list é o que veremos.
O ATMOS tem boas chances já que tem um pé aqui dentro com a dupla ARES\AEL.
Já os franceses terão de arrumar uma parceria de peso no país se quiserem levar este programa, e por enquanto, a AVIBRAS está de fora de todas as potenciais ofertas.
Creio que checos e eslovacos possam ser sérios candidatos com os seus obuseiros AP SR. Com o apoio da Tatra isso fica bem mais fácil, já que a empresa terá fábrica no país.
Os chineses como sempre devem correr por fora com a Norinco oferecendo o SH-15. A experiência na VBC CAV os capacita a dar um passo adiante nas suas ofertas.
A Bae Systems deve oferecer o FH-77 Archer, talvez o mais caros de todos os sistemas AP SR no mundo hoje.
Poloneses, italianos, alemães e talvez sul coreanos entrem na disputa com seus respectivos sistemas.
O ATMOS tem boas chances já que tem um pé aqui dentro com a dupla ARES\AEL.
Já os franceses terão de arrumar uma parceria de peso no país se quiserem levar este programa, e por enquanto, a AVIBRAS está de fora de todas as potenciais ofertas.
Creio que checos e eslovacos possam ser sérios candidatos com os seus obuseiros AP SR. Com o apoio da Tatra isso fica bem mais fácil, já que a empresa terá fábrica no país.
Os chineses como sempre devem correr por fora com a Norinco oferecendo o SH-15. A experiência na VBC CAV os capacita a dar um passo adiante nas suas ofertas.
A Bae Systems deve oferecer o FH-77 Archer, talvez o mais caros de todos os sistemas AP SR no mundo hoje.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Dez 24, 2022 12:08 am A relação de interessados a priori deve ser tão extensa quanto a do VBC CAV. Ver quem chega na short list é o que veremos.
O ATMOS tem boas chances já que tem um pé aqui dentro com a dupla ARES\AEL.
Já os franceses terão de arrumar uma parceria de peso no país se quiserem levar este programa, e por enquanto, a AVIBRAS está de fora de todas as potenciais ofertas.
Creio que checos e eslovacos possam ser sérios candidatos com os seus obuseiros AP SR. Com o apoio da Tatra isso fica bem mais fácil, já que a empresa terá fábrica no país.
Os chineses como sempre devem correr por fora com a Norinco oferecendo o SH-15. A experiência na VBC CAV os capacita a dar um passo adiante nas suas ofertas.
A Bae Systems deve oferecer o FH-77 Archer, talvez o mais caros de todos os sistemas AP SR no mundo hoje.
Poloneses, italianos, alemães e talvez sul coreanos entrem na disputa com seus respectivos sistemas.
Em minha opinião em relação ao VBC OP SR o EB deveria realizar uma compra direta. Já existem vários projetos em andamento e projetados em parceria com a BID, que uns dois ou três programas poderiam ser realizados desta forma. A compra direta acrescentaria agilidade aos processos e provavelmente economia de recursos. Os sistemas CAESAR da Republica Theca, por exemplo, estão saindo por cerca de E 6,85 milhões a unidade.
Sds
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Olá Lord.Viking escreveu: ↑Sáb Dez 24, 2022 1:44 pmEm minha opinião em relação ao VBC OP SR o EB deveria realizar uma compra direta. Já existem vários projetos em andamento e projetados em parceria com a BID, que uns dois ou três programas poderiam ser realizados desta forma. A compra direta acrescentaria agilidade aos processos e provavelmente economia de recursos. Os sistemas CAESAR da Republica Theca, por exemplo, estão saindo por cerca de E 6,85 milhões a unidade.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Dez 24, 2022 12:08 am A relação de interessados a priori deve ser tão extensa quanto a do VBC CAV. Ver quem chega na short list é o que veremos.
O ATMOS tem boas chances já que tem um pé aqui dentro com a dupla ARES\AEL.
Já os franceses terão de arrumar uma parceria de peso no país se quiserem levar este programa, e por enquanto, a AVIBRAS está de fora de todas as potenciais ofertas.
Creio que checos e eslovacos possam ser sérios candidatos com os seus obuseiros AP SR. Com o apoio da Tatra isso fica bem mais fácil, já que a empresa terá fábrica no país.
Os chineses como sempre devem correr por fora com a Norinco oferecendo o SH-15. A experiência na VBC CAV os capacita a dar um passo adiante nas suas ofertas.
A Bae Systems deve oferecer o FH-77 Archer, talvez o mais caros de todos os sistemas AP SR no mundo hoje.
Poloneses, italianos, alemães e talvez sul coreanos entrem na disputa com seus respectivos sistemas.
Sds
A julgar pelo RO e RTLI da VBCOAP SR é muito provável que o exército opte pelo mesmo sistema de seleção da VBC CAV em busca da melhor relação custo x benefício para si, e para a BID, já que a questão logística e industrial passou a ter uma relevância que antes não tinha nas compras das forças armadas. A lições da Ucrânia estão tendo um peso muito grande por agora.
No caso destes obuseiros, não temos aqui na BID empresas que possam fazer muito mais do que oferecer apoio logístico quanto a partes e peças, e talvez alguns poucos sistemas mais complexos, dado que não há capacidade estabelecida de engenharia e industrial voltada o ramo da artilharia de tubo no país.
De qualquer maneira, ao menos a plataforma a ser utilizada tende a ser um veículo com produção nacional e blindado, mas até nisso as opções que existem por aqui na verdade se reduzem ao Tectran\Tatra da Avibras. A Iveco tem os Trekker, que podem ter a cabine blindada de fábrica, mas eles não fazem isso aqui. VW e MAN não possuem modelos militares no Brasil, e a importação poderia deixar o custo alto demais para uma proposta competitiva. Mercedes Benz idem. A Tatra ainda não tem a sua fábrica no Brasil, mas o EB já demonstrou clara satisfação com os caminhões comprados da empresa tcheca. O que falta para eles começarem a trabalhar no Paraná é uma pergunta que ainda não encontrei resposta.
A Avibras por enquanto está fora de qualquer parceria neste programa, o que não quer dizer que ela permaneça assim. Não duvido que a empresa já tenha sido contata novamente por diversos interessados no futuro obuseiro AP SR do exército, mas como sabemos, eles estão em recuperação judicial, de novo.
Os checos e eslovacos tem boas chances com os seus produtos aqui, dada a inovação e tecnologia do que podem nos oferecer, e também a participação da BID, sem oposição ou barreiras a eventuais transferências de tecnologias e off set.
Mas isso só veremos quando o RFQ for lançado ano que vem, salvo engano.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
No caso especifico destes sistemas de artilharia acredito que provavelmente a Republica Tcheca não deve participar do certame.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Dez 24, 2022 2:14 pmOlá Lord.Viking escreveu: ↑Sáb Dez 24, 2022 1:44 pm
Em minha opinião em relação ao VBC OP SR o EB deveria realizar uma compra direta. Já existem vários projetos em andamento e projetados em parceria com a BID, que uns dois ou três programas poderiam ser realizados desta forma. A compra direta acrescentaria agilidade aos processos e provavelmente economia de recursos. Os sistemas CAESAR da Republica Theca, por exemplo, estão saindo por cerca de E 6,85 milhões a unidade.
Sds
A julgar pelo RO e RTLI da VBCOAP SR é muito provável que o exército opte pelo mesmo sistema de seleção da VBC CAV em busca da melhor relação custo x benefício para si, e para a BID, já que a questão logística e industrial passou a ter uma relevância que antes não tinha nas compras das forças armadas. A lições da Ucrânia estão tendo um peso muito grande por agora.
No caso destes obuseiros, não temos aqui na BID empresas que possam fazer muito mais do que oferecer apoio logístico quanto a partes e peças, e talvez alguns poucos sistemas mais complexos, dado que não há capacidade estabelecida de engenharia e industrial voltada o ramo da artilharia de tubo no país.
De qualquer maneira, ao menos a plataforma a ser utilizada tende a ser um veículo com produção nacional e blindado, mas até nisso as opções que existem por aqui na verdade se reduzem ao Tectran\Tatra da Avibras. A Iveco tem os Trekker, que podem ter a cabine blindada de fábrica, mas eles não fazem isso aqui. VW e MAN não possuem modelos militares no Brasil, e a importação poderia deixar o custo alto demais para uma proposta competitiva. Mercedes Benz idem. A Tatra ainda não tem a sua fábrica no Brasil, mas o EB já demonstrou clara satisfação com os caminhões comprados da empresa tcheca. O que falta para eles começarem a trabalhar no Paraná é uma pergunta que ainda não encontrei resposta.
A Avibras por enquanto está fora de qualquer parceria neste programa, o que não quer dizer que ela permaneça assim. Não duvido que a empresa já tenha sido contata novamente por diversos interessados no futuro obuseiro AP SR do exército, mas como sabemos, eles estão em recuperação judicial, de novo.
Os checos e eslovacos tem boas chances com os seus produtos aqui, dada a inovação e tecnologia do que podem nos oferecer, e também a participação da BID, sem oposição ou barreiras a eventuais transferências de tecnologias e off set.
Mas isso só veremos quando o RFQ for lançado ano que vem, salvo engano.
https://tecnodefesa.com.br/exercito-tch ... ia-caesar/
Em minha opinião o sistema ATMOS 2000 deveria ser uma opção a ser considerada com atenção pelo EB. Existem cerca de 700 sistemas em operação em diversos países.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Digamos que a Excalibur Army não seria pródiga de abrir mão desta oportunidade, visto que o governo checo teria em mãos algumas coisas para negociar conosco em vista de pontos comuns de interesses em defesa.Viking escreveu: ↑Qui Dez 29, 2022 2:11 pm No caso especifico destes sistemas de artilharia acredito que provavelmente a Republica Tcheca não deve participar do certame.
https://tecnodefesa.com.br/exercito-tch ... ia-caesar/
Em minha opinião o sistema ATMOS 2000 deveria ser uma opção a ser considerada com atenção pelo EB. Existem cerca de 700 sistemas em operação em diversos países.
A Eslováquia teria menos capacidade de barganha, mas as opções oferecidas também estão dentro daquilo que os requisitos da VBCOAP SR demandam. O novo sistema EVA 155\52, das opções que se tem entre estes países, me parece ser o sistema mais simples e sem regalos dos três. E sabemos do gosto do EB por equipamentos "bons, nem tão bonitos assim e essencialmente baratos." Se eles terão capacidade, e interesse, de tentar entrar no jogo, veremos.
Aliás, com a encomenda dos Caesar pelos checos, é muito provável que o governo se veja pressionado a apoiar a EA, empresa de casa, neste certame, visto que eles mesmos deploraram dos produtos dela em favor do equipamento francês.
E pelo que eu consigo saber do novo DITA, e do MORANA, assim como o EVA, nenhum deles deixa nada a dever em capacidades ao modelo francês. Ademais, a TATRA tem negócios e interesses no Brasil que podem ser multiplicados por 10 no caso de uma eventual vitória neste programa, e não estou falando apenas das plataformas básica da VBCOAP SR, mas de todo o ciclo de apoio aos sistemas de artilharia do EB, e quiçá além. Não é uma oportunidade algo que se possa pensar em desperdiçar tão facilmente, creio eu. E o EB, pelo que sei, gostou muito dos caminhões da TATRA.
Quanto ao ATMOS 2000, os israelenses já apresentaram o sistema ao exército via ARES, e como é de se esperar, eles serão um dos candidatos mais fortes neste processo seletivo, dadas as vantagens que oferecem por já estar aqui e terem capacidade de apoiar a logística e o pós venda de acordo com os RTLI propostos. É o candidato a meu ver a ser batido neste certame.
O que não se sabe ainda é com quem eles vão entrar juntos para oferecer o veículo base, já que a AVIBRAS não se manifesta, e dos veículos produzidos no Brasil, e militarizados, para uso do EB, nenhum deles sai de fábrica ou tem alternativas de blindagem nos níveis desejados pelos RO, restando assim, basicamente, os Tectran do Astros 2020, ou algum modelo baseado no chassi da TATRA, ou mesmo um caminhão da empresa checa, que terá fabrica no país.
A ver.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Revi esta minha fala, e para trazer em contexto o aspecto da proposta comercial que se poderá fazer pela EA, com a parceria da TATRA, há de se ver que os modelos checos e eslovacos podem contar, não sem razão, com o apoio do governo do Estado do Paraná, onde a empresa checa está instalando sua futura fábrica de caminhões, mais precisamente em Ponta Grossa, a pouco mais de 100 kilometros de Curitiba, não por acaso sede da 5a Bda Cav Blda, e parte de suas subunidades, sem contar que o estado do Paraná também abriga a 15a Bda Inf Mec, e não menos importante, a 5a DE em Curitiba.E pelo que eu consigo saber do novo DITA, e do MORANA, assim como o EVA, nenhum deles deixa nada a dever em capacidades ao modelo francês. Ademais, a TATRA tem negócios e interesses no Brasil que podem ser multiplicados por 10 no caso de uma eventual vitória neste programa, e não estou falando apenas das plataformas básica da VBCOAP SR, mas de todo o ciclo de apoio aos sistemas de artilharia do EB, e quiçá além. Não é uma oportunidade algo que se possa pensar em desperdiçar tão facilmente, creio eu. E o EB, pelo que sei, gostou muito dos caminhões da TATRA.
Foram feitas muitas matérias jornalísticas no Estado e fora dele, principalmente na imprensa do sul do pais sobre a vinda da TATRA para aquele estado, e sobre os investimentos que serão feitos a fim de estabelecer a sua fábrica na região, assim como os benefícios que isso trará indiretamente e que vão muito além da cidade de Ponta Grossa. Além da fábrica, que deve começar a produzir os modelo Phoenix a partir de 2023, a necessidade de nacionalização do veículo é uma demanda que irá atingir paralelamente outras industrias, principalmente a de peças, do setor automotivo, o que já está nos planos da empresa, vide a questão legal imposta para a produção de veículos no país e os devidos incentivos fiscais, de União, Estados e Municípios.
Me parece, neste sentido, que uma possível oferta da EA possa ser vista em termos de off set, e transferências tecnológicas, como sendo muito atraente, se forem bem feitas as devidas tratativas com o stabilishiment local nos estados e municípios. Além da estrutura militar existente no sul do país, onde sabidamente está concentrada a quase totalidade da cavalaria mec e blda do exército.
Como ao menos um dos GAC AD serão equipados com as futuras VBCOAP SR, e considerando que das 3 AD existentes, duas estão sediadas no sul do país, me parece que a simples perspectiva de que a sua fabricação naquela região por si só já torna a sua proposta mais do que atraente, diria, um oportunidade ímpar de juntar o útil (militar\operacional\logístico) e o agradável (político e financeiro).
A eventual fabricação\montagem de qualquer um dos modelos citos acima pode trazer para a região sul do país uma vantagem inequívoca em termos comparativos, já que os investimentos que traria consigo em matéria industrial e comercial, tem uma potencialidade que talvez só os israelenses possam competir, com suas filiais em São Paulo e Porto Alegre.
Aliás, me parece que as federações da indústria na região sul - e seus setores ligados à Defesa\BID - tem, ou terão, todo interesse em trazer a VBCOAP SR para o Estado do Paraná. Os ganhos são visíveis demais para serem ignorados. Até pelo pessoal da cavalaria.
edit: O MORANA é baseado no chassi T815-7 e cabine blindada de fábrica do caminhão Phoenix, todos da TATRA. Seria interessante alguém perguntar se poderíamos, também, fabricar a blindagem destes veículos no país a partir de chapas de aço desenvolvidas localmente, como se propôs no Guarani, após o lote inicial de 36 obuseiros.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
O EB tem no papel a encomenda a priori de apenas 36 obuseiros AP SR para equipar 3 GAC, com 12 undes por OM, o que significa 4 obuseiros por bia em cada GAC. Provavelmente serão utilizados para o desenvolvimento de doutrina, já que nunca operamos nada como estas peças anteriormente. Então desenvolver conhecimento e dominar o plenos uso tático e operacional será necessário. E isso levará muito tempo. Prevendo isso, serão 8 anos até todos os obuseiros chegarem em suas respectivas OM, que também devem passar por adaptações em sua infraestrutura, logística e pessoal.
No manual da artilharia de campanha, cada bia pode ter de 3 a 8 bocas de fogo. Considerando que o exército utiliza 6 obuseiros por bateria com 3 baterias por GAC, temos um saldo de 18 undes para completar aquela compra inicial, que podem vir na forma de adição ao contrato, ou uma nova encomenda para mais unidades, quiçá em maior quantidade, uma vez estabelecida aqui uma linha de montagem já na próxima década do modelo a ser escolhido.
Atualmente a artilharia de campanha conta com um total de 8 GAC para a cav e inf mecanizados:
4 GAC AP SR Bdas cav mec,
4 GAC AP SR Bdas inf mec, (planejamento).
No que diz respeito as AD, o manual reza que elas possuam 2 GAC, não especificando que tipo de obuseiro ou tração utilizado. Observando este critério, temos operacionais hoje as AD1, AD3 e AD 5, com cerca de 6 GAC AR e 3 GAC AP SL. Seriam, em todo caso, conforme o manual, 6 GAC AD a serem equipados com a VBCOAP SR.
Resumindo, temos na teoria uma demanda para 14 GAC AP SR a equipar com o modelo a ser selecionado. Se cada GAC for equipado com os 18 obuseiros que reza o manual, a demanda teórica sobre estes veículos pode chegar a 252 unidades.
Se AMAN, ESA, EscLogEx e CIBld entrarem na conta, como é de se esperar, com pelo menos uma bateria a 6 unidades, para fins de instrução, temos mais 24 unidades a serem adquiridas. Total de 276 veículos.
Esta demanda significa em termos práticos que o modelo do veículo básico, pode ultrapassar facilmente as 500 unidades a serem produzidas em vista das VTE e VTNE que serão necessárias para compor na íntegra cada GAC AP SR. E se o EB decidir homogenizar a frota de veículos de toda a artilharia, não seria exagero dizer que estamos falando da produção de mais de mil veículos nos próximos 10 a 20 anos entre obuseiros, viaturas especiais e viaturas não especializadas.
Me parece, no fim, que este programa da VBCOAP SR não será necessariamente um projeto sem maiores pretensões. Pelo contrário. Veremos quem se interessa e irá se arriscar tendo em vista os eventuais ganhos no longo prazo.
obs 1: a título de ilustração, doutrinariamente um GAC do exército pode ser composto por até 4 Bia a 8 obuseiros, o que dá 32 peças por OM. Com 14 GAC AP SR como visto acima, a demanda hipotética poderia ser de até 448 obuseiros, sem considerar escolas e CIBld. Com estas, sendo 1 bia a 8 peças, poderíamos chegar a 480 unidades.
obs 2: atualmente as DE 2, DE 6 e DE 7, esta última recentemente criada na região nordeste, não possuem artilharia divisionária orgânica, como era de se esperar para este nível de organização. Neste caso, se um dia vierem a ser criadas as AD pertinentes a estes grandes comandos, teremos em mãos mais 6 GAC AP SR para equipar, com até 108 obuseiros em demanda.
No manual da artilharia de campanha, cada bia pode ter de 3 a 8 bocas de fogo. Considerando que o exército utiliza 6 obuseiros por bateria com 3 baterias por GAC, temos um saldo de 18 undes para completar aquela compra inicial, que podem vir na forma de adição ao contrato, ou uma nova encomenda para mais unidades, quiçá em maior quantidade, uma vez estabelecida aqui uma linha de montagem já na próxima década do modelo a ser escolhido.
Atualmente a artilharia de campanha conta com um total de 8 GAC para a cav e inf mecanizados:
4 GAC AP SR Bdas cav mec,
4 GAC AP SR Bdas inf mec, (planejamento).
No que diz respeito as AD, o manual reza que elas possuam 2 GAC, não especificando que tipo de obuseiro ou tração utilizado. Observando este critério, temos operacionais hoje as AD1, AD3 e AD 5, com cerca de 6 GAC AR e 3 GAC AP SL. Seriam, em todo caso, conforme o manual, 6 GAC AD a serem equipados com a VBCOAP SR.
Resumindo, temos na teoria uma demanda para 14 GAC AP SR a equipar com o modelo a ser selecionado. Se cada GAC for equipado com os 18 obuseiros que reza o manual, a demanda teórica sobre estes veículos pode chegar a 252 unidades.
Se AMAN, ESA, EscLogEx e CIBld entrarem na conta, como é de se esperar, com pelo menos uma bateria a 6 unidades, para fins de instrução, temos mais 24 unidades a serem adquiridas. Total de 276 veículos.
Esta demanda significa em termos práticos que o modelo do veículo básico, pode ultrapassar facilmente as 500 unidades a serem produzidas em vista das VTE e VTNE que serão necessárias para compor na íntegra cada GAC AP SR. E se o EB decidir homogenizar a frota de veículos de toda a artilharia, não seria exagero dizer que estamos falando da produção de mais de mil veículos nos próximos 10 a 20 anos entre obuseiros, viaturas especiais e viaturas não especializadas.
Me parece, no fim, que este programa da VBCOAP SR não será necessariamente um projeto sem maiores pretensões. Pelo contrário. Veremos quem se interessa e irá se arriscar tendo em vista os eventuais ganhos no longo prazo.
obs 1: a título de ilustração, doutrinariamente um GAC do exército pode ser composto por até 4 Bia a 8 obuseiros, o que dá 32 peças por OM. Com 14 GAC AP SR como visto acima, a demanda hipotética poderia ser de até 448 obuseiros, sem considerar escolas e CIBld. Com estas, sendo 1 bia a 8 peças, poderíamos chegar a 480 unidades.
obs 2: atualmente as DE 2, DE 6 e DE 7, esta última recentemente criada na região nordeste, não possuem artilharia divisionária orgânica, como era de se esperar para este nível de organização. Neste caso, se um dia vierem a ser criadas as AD pertinentes a estes grandes comandos, teremos em mãos mais 6 GAC AP SR para equipar, com até 108 obuseiros em demanda.
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