Eu não diria que tudo foi obra do novo governo, até porque temos algumas coisas ainda em "desenvolvimento" que são anteriores mas que nunca encontraram termo.Wolfgang escreveu: Seg Dez 26, 2022 7:45 pm Não me preocupo com novos lotes de Gripen. O novo Governo criou e é adepto do desenvolvimento nacional de Defesa. TUDO que estamos recebendo a partir de agora foram obras deles.
Me preocupo com a virada geopolítica que está ocorrendo muito rapidamente e precisamos não depender de um só fornecedor.
Temos de o braço a torcer, é verdade que fizermos alguns avanços, mas aquela história toda de Brasil 'putência', inclusive na área militar, era mais para discurso ideológico de marketing para consumo interno do que um verdadeiro planejamento de Estado voltado para a área de defesa.
Quanto a depender de um único fornecedor, concordo que não é o ideal, mas aqui nós não temos uma cultura em Defesa que nos propicie pensar, e planejar, no longo prazo fora da seara militar, dado que nenhum governo irá apoiar qualquer iniciativa de longo prazo que não possa assinar embaixo e usar politica e eleitoralmente. E isso inclui os caças que a FAB está recebendo. O máximo que pode acontecer é quererem entubar outro modelo à revelia do planejamento atual por questões e interesse próprio, e aí a FAB tem que se virar no sentido de, ou tentar barrar, ou simplesmente "aceita que dói menos..."
No médio e longo prazo temos muitas opções de negócios e parcerias no setor aeroespacial, mas como disse, é preciso olhar o que vem a frente com racionalidade, senso de oportunidade e uma cavalar dose de paciência e discrição.
Até 2041 a FAB muito provavelmente ainda estará contando apenas com os Gripen E\F em seus esquadrões de caça, mas nada impede que esteja pensando no que teremos para a virada da década.
A realidade do mundo lá fora costuma ser muito mais rápida do que nossa capacidade, e intencionalidade, em decidir as coisas por aqui.