knigh7 escreveu: ↑Sáb Jun 11, 2022 12:34 pm
Dada a importância no assunto levantado sobre o Gripen para a MB, entrei em contato neste FDS com um oficial de alta patente da Força, que está na ativa. Não há nada de concreto sobre o planejamento de aquisição dessa aeronave, não obstante ele reconheça que alguns almirantes acalentem esse sonho.
Se ele também disse que o VF-1 tem existência garantida até 2025. Depois, não.
Mesmo com a atualização realizada na Embraer, operar apenas 6 A-4 Skyhawk torna a operação como um todo totalmente anti econõmica e anti funcional. Os caças hoje só servem na verdade para manter a formação dos pilotos e pessoal de apoio de solo, além da doutrina de "operações aéreas embarcadas" em si. Nada mais. Como elementos operacionais de fato estes caças são totalmente irrelevantes, dado que nem armamento ar-ar possuem. E não há previsão de possuí-los.
Pode-se dizer que o mesmo vale para os KC-2 que até hoje continuam sem conseguir terminar a sua modernização e a consequente introdução em serviço na aviação naval, haja visto a falta recorrente de verbas para uma coisa e outra na MB.
Fato é que o Gripen E\F é uma solução de longo prazo para o VF-1, e mesmo assim, em nenhum momento há hoje qualquer possibilidade de se pensar nele como substituto dos A-4 antes da FAB receber seu último caça lá para o começo da próxima década.
Sobre a questão do VF-1 ter vida garantida até 2025, acredito que o oficial deve estar se reportando ao fato de que o contrato com a Embraer e\ou demais empresas que podem oferecer suporte logístico para os 6 A-4 modernizados tem naquela data um limite expresso anterior. E as verbas consequentemente vão até lá. Depois ninguém sabe.
Infelizmente o VF-1 pode estar realmente com os dias contados caso nenhuma ação seja tomada no sentido de vislumbrar a sua existência no longo prazo. Todo mundo viu o que a FAB fez quando o Exército tentou comprar aviões de asa fixa, e no que deu. Com o Gripen E\F para a aviação naval não seria diferente em nada. Talvez até pior. E com tantas prioridades se amontoando uma após a outra nas últimas duas décadas fica difícil mesmo para qualquer gestor público dispor-se a colocar investimentos em uma OM que na prática não apresenta um custo x benefício positivo para a força naval atualmente e nem no futuro próximo, já que Nae sequer estão na lista de desejos imediatos do almirantado.
Não deixa de ser triste, e até vergonhoso, ter ver o fim de uma OM que é um verdadeiro ponto de inflexão na história da aviação naval brasileira e terminar de forma tão lamentável, desse jeito, por falta de verba, quando mal completou um quarto de século de vida...