Também acho errado demais não ter carros de combate, fazem a diferença no campo de batalhe e já estamos vendo esses reflexos, em que tropas Ucranianos reclamam de dois fatores quanto aos Russos: carros de combate e artilharia. Se o problema é orçamento, IFV com canhão não é solução, vai pro saco do mesmo jeito que um 1A5, coisa que um M1A1 e muito menos um K2 irá.
Já emendando com sua última parte, foi você quem citou sobre CV90120-T e ASCOD 2, acho que não é necessário pegar os seus posts falando o quão isso seria "adequar a realidade", ou seja, um IFV com canhão custando mais que um M1A1 e até mais que um K2 se for o CV90120 é dentro da realidade e um M1A1 com motor diesel e um K2 não é. Se não foi o que você quis dizer, transpareceu de forma gritante, especialmente os postos da página 369.
Aliás não havia visto, o @knigh7 disse que um ASCOD 2 seria tão bom quanto um Leopard 2A5. Eu gostaria de saber "tão bom" em relação a o quê, exatamente, pois é tão absurda a comparação que eu sinceramente não consigo pensar numa maneira de comparar ambos.
Ingenuidade? Desculpa, mas ingenuidade é achar que a AL vai estar igual daqui a 50 anos. Você consegue me apresentar algum analista estrangeiro, Militar ou Civil, que faz projeções de 50 anos baseados no presente e mantendo o exato presente por 50 anos? Será que há 20 anos atrás imaginávamos a FAB recebendo um dos melhores caças de 4.5ª geração no futuro no meio da maior recessão da história do nosso país ou imaginávamos AMARG ou Mirage de segunda-mão? Será que alguém imaginava a Marinha fechando acordo das FCTs enquanto discutíamos aqui Type 23 e OPF? Isso num período de 15 anos.
Venezuela ainda detém a maior reserva de petróleo do mundo, tem dinheiro o suficiente para trocar em mais T-72 e até em outros equipamentos. Na Argentina provavelmente dará uma guiada ainda mais a Direita, assim como vários outros países em que a Esquerda voltou e já tá tomando no reto, como no Chile e agora é a vez da Colômbia. Isso estamos falando de um período de 10 anos.
Ainda temos fator Guerra Fria 2.0, aonde China e Rússia irão querer aumentar suas bases na AL, aonde existe uma grande oferta para carros de combate e ambos os países já demonstraram enviar equipamentos
Você quer me dizer que achar que as coisas podem estar um pouco melhores em 50 anos é ingenuidade? Cara, me desculpe, mas seu argumento é pobre demais!
Quanto a 50 anos, muito simples, essa é a média mundial em que um modelo - e quando falo modelo não digo geração, como M1 ser a primeira geração do Abrams e o M1A1 a segunda, mas sim o modelo Abrams - fica em uso, considerando as modernizações progressivas, que é a moda desse mercado. O Abrams entrou em serviço e já faz 42 anos, está previsto pra ser utilizado por no mínimo mais 20 anos; Leopard 2 é mais antigo ainda e vai receber um novo MLU com canhão L/55A1, irá fazer 44 anos; T-72 e T-80 idem, devem receber a nova versão com Arena-M, fazem já mais de 50 anos, dependendo da versão, como T-80UD, pouco mais novo, assim por diante.
Ofertas por ai é o que mais para reequipar, como VT-4 que chegou a ser oferecido por USD 4.9 milhões; T-72B3 custa USD 1.8 milhões a modernização, o modelo básico deve custar por volta de USD 500 mil; T-90MS era oferecido por USD 4.5 milhões; e também existem outras opções, como a vinda mesmo de T-72B e até T-62M. TODOS ELES arregaçam um IFV com canhão. Aqui já listo Peru e Bolívia, grandes parceiros de China e Rússia, apesar do último ser a verdadeira preocupação.
Aliás, como havia dito antes, se considerar o cenário atual da AL, as munições que poderíamos enfrentar são as M735A1 (Argentina), 3BM42 Mango (Venezuela) e MLE 57 (Bolívia), desconsiderando Paraguai e Uruguai por inabilidade e Peru por causa dos Andes, qualquer uma dessas munições transforma um CV90120-T, Lynx ou ASCOD 2 em uma churrasqueira, mesmo com blindagem nível 6 do 4569.
O pior é que essas viaturas não possuem prospecção de atualização, diferente de outras, o Abrams vai receber um novo canhão - apesar do M256A1 ser o suficiente para nós por enquanto - e tem previsão de receber ETC; K2 tem o melhor canhão 120 mm do mercado e tem previsão de receber ETC no futuro; porém e quanto a IFV? Nenhum irá, por motivos simples:
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Aliás, como ninguém quer operar esse tipo de viatura contra MBTs e sim contra outros tipos de viaturas blindadas, além de casamatas, bunkers e áreas edificadas, como um SPG mesmo, não vai atualizar essas viaturas acompanhando as novas ameaças oferecidas por MBTs. Então só nós de otários que ficaremos desenvolvendo pacotes e mais pacotes para IFVs com canhão contra MBTs? A que custo disso, sem querer relacionar ao custo físico de enviar peso numa viatura que não foi desenhada pra isso?
E cara, o suprassumo da argumentação pobre é falar "ah, ter é uma coisa, operar é outra", isso não dá! Qualquer estudo que você for buscar por ai, sempre será relacionado ao que o inimigo pode oferecer, ao que tem no inventário e não se ele opera a 60% disso. Se a Venezuela tem T-72B1, pode ter certeza que darão um jeito de botar esses caras para operar, igual a Ucrânia fez com Bulat e Oplot, que se quer estavam operacionais e foram destruídos numa ofensiva em Kherson. Vai querer mesmo se garantir num "ah eles não operam, pode relaxar", ok, se operar e tiver no campo de batalha, e ai, vai chamar o VAR e pedir para estocarem de volta?
Se for pensar assim, como eu disse antes, acaba as FFAA, força uma gerdarmerie que tem armas anticarro, drone e artilharia, ponto final. Já que ninguém opera nada na AL mesmo, pra que gastar dinheiro com FFAA?