Moderador: Conselho de Moderação
![[003]](./images/smilies/003.gif "Gargalhada"){kind=small}
Tenho notado que muita gente ficou descabelado quando a Espanha declarou estar do lado da Sérvia, a Espanha é um dos três países da OTAN a não reconhecer Kosovo.
Quem tem cy tem medo
A Espanha não reconhece Kosovo por temer que a Catalunha, ou outras provincias espanholas, proclamem também sua independência de maneira unilateral e reclamem a seguir o reconhecimento pela OTAN.
Brevemente sobre o que está acontecendo no Kosovo, e como tudo começou:
Em 1999, após hostilidades e bombardeios maciços da OTAN, a antiga região sérvia de Kosovo foi ocupada por militantes albaneses. Essas gangues são verdadeiros selvagens, bandidos e assassinos que destruíram igrejas ortodoxas, monumentos e mataram sérvios durante a limpeza étnica.
Em 2020 foi estabelecida uma grande base da OTAN no Kosovo, os militantes tornaram-se desde então "forças de segurança".
17.02.2008 O "Parlamento" do Kosovo declarou a independência da "república".
Os cidadãos da Sérvia permaneceram para viver no enclave no norte da região, eles usam a moeda e os documentos sérvios.
Os líderes dos militantes do Kosovo vêm dizendo à Sérvia há mais de 5 anos que não reconhecerão mais documentos e números sérvios. Em 1º de agosto, esta decisão entrou em vigor.
O presidente da Sérvia anunciou que uma operação punitiva será lançada no Kosovo à noite para reprimir os sérvios.
Os policiais albaneses se reuniram ao norte de Kosovo e unidades sérvias na fronteira;
Sérvios ergueram barricadas em Kosovo para impedir a entrada de militantes albaneses.
Ao final do dia de confronto, o Presidente da Sérvia realizou uma reunião com o Estado-Maior Geral e emitiu uma declaração de que esperava um alívio da tensão e que o Ocidente deveria influenciar isso. O comandante das forças de ocupação da OTAN irá conversar com os sérvios do Kosovo.
Washington pediu aos fantoches do Kosovo que adiassem seus planos até 1º de setembro. Até que o conflito desapareça.
Kosovo je Sérvia
What is happening in Kosovo and Metohija? The situation as the end of July 31, 2022 by @rybar:
The howling of air sirens in Kosovska Mitrovica at 6:30 p.m. Moscow time marked the beginning of another escalation of the long-standing conflict.
From August 1, the self-proclaimed republic of Kosovo was to begin new rules for the entry of Serbs. All cars had to be re-registered with Kosovo license plates, and a special "declaration sheet" had to be obtained instead of Serbian technical passports. Identity cards issued by the Serbian Interior Ministry were now considered invalid.
These requirements apply to ethnic Serbs living in the province, as well as to their relatives from central Serbia. Such measures will make life considerably more difficult for the Serbian population of the province and are, in fact, a violation of the Brussels agreements.
Moreover, this is direct pressure on the Serbian population. Peaceful citizens are bureaucratically forced to give up the truth "Kosovo is Serbia" and recognize that Kosovo is another state. Such measures cause nothing but irritation and desire to close the problem of the self-proclaimed republic once and for all.
Serbian authorities have been warning since June about provocations being prepared in the province.
According to President Aleksandar Vucic, Western conductors of the Kosovo Albanians were actually preparing a cleansing operation against the Serbian population by the fall. However, the Kosovo authorities decided not to wait for either the fall or the official date for the new rules to take effect.
On July 31, the Brnjak and Jarinje border crossings were unilaterally closed, and the passage of vehicles with Serbian plates through the Rudnica crossing was suspended. For his part, Prime Minister of self-proclaimed Kosovo Albin Kurti blamed Serbian authorities for the escalation.
Fakes about hospitalized Kosovo police officers injured in clashes with the Serbian army multiplied on the Web. However, both the Serbian Ministry of Defense and the Kosovo Police denied the clashes. Nevertheless, shooting was recorded at the Brnjak and Jarinje border crossings, and one Serb was hospitalized in Kosovska Mitrovica.
NATO's KFOR and Serbian Armed Forces units were put on high alert, while Kosovo's ROSU special forces were redeployed to the border areas in the north. In the evening, Serbia's General Staff held talks with KFOR, and the American ambassador to Kosovo said he had persuaded the Pristina authorities to delay applying the scandalous decision about the license plates until September 1.
This is not the first time we see the pulling of Kosovo forces, as well as putting the Serbian army on alert and moving its units to the south: last fall at the same checkpoint "Jarinje" the confrontation almost became an armed conflict.
However, one should not underestimate the general background of the international situation today, as well as the support provided to the Kosovo Albanians by Britain and Germany in recent months.
Now we are faced with the usual provocation and probing reaction of both Serbs and the international community. Despite Aleksandar Vucic's calls for peace, the intervention of peacekeepers and Western partners, there is every reason to believe that an armed clash in northern Kosovo and Metohija is only a matter of time. And September 1 and the entry into force of the humiliating for all Serbs rules of travel in Kosovo is just a matter of time.
Sobre a situação nos Balcãs.
Comecemos pelo fato de que esta não é a primeira escalada séria que ocorreu no Kosovo nos últimos tempos. O problema entre Pristina e Belgrado é basicamente que um lado dá passos violentos e o outro recua diante dessa violência (uma situação familiar). É óbvio que os albaneses contam com o apoio das potências ocidentais, principalmente dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Por mais de vinte anos, Washington e Londres tentaram contornar o direito internacional e implementar o projeto de independência do Kosovo. As elites políticas que dirigem o Kosovo vêm de estruturas terroristas e criminosas, não sabem resolver os problemas de outra forma que não seja a violência. Encorajados pelo apoio externo, eles cometem violência constante contra a população sérvia no Kosovo, especialmente nas regiões do norte, que são mais densamente povoadas por sérvios. Além disso, a população sérvia expulsa do Kosovo nunca teve a oportunidade de retornar às suas casas, embora houvesse acordos sobre isso.
Por outro lado, deve-se notar que o governo sérvio apoia esse comportamento de Pristina sem tomar medidas de retaliação. Deve-se notar que a Sérvia tem a oportunidade de virar a situação a seu favor, mas a liderança do estado não faz isso. A título de exemplo, importa referir que quase todas as mercadorias importadas pelo Kosovo provenientes da UE passam pela Sérvia Central. Basta tomar a decisão de suspender o trânsito dessas mercadorias até que a situação no Kosovo volte ao quadro do direito internacional e da resolução 1244.
No outono de 2021, os sérvios foram forçados a colar adesivos cobrindo os símbolos da Sérvia nos números dos carros, algum tempo atrás Pristina introduziu a proibição de cartões de identificação neutros e placas para carros sérvios, isso causou uma nova rodada de agravamento. Além disso, Pristina não permite que sérvios locais realizem eleições para órgãos de governo autônomo com amplos poderes, o que as partes parecem ter acordado sob pressão da UE e registrado nos acordos de Bruxelas. A UE, que parecia atuar como árbitro entre as partes, obviamente não está lidando com a situação e está simplesmente tentando manter as partes nos cantos.
No contexto do conflito ucraniano, a escalada no Kosovo será a abertura incondicional de uma segunda frente, equivalente a Artsakh, ou Transnístria. Para a Ucrânia, esse não será o melhor cenário, como seria o caso da Transnístria, por exemplo, porque levará a uma distração do caso ucraniano - uma guerra no centro da Europa, isso não é uma guerra em seus arredores . Para a UE, este será outro forte golpe econômico, que pode levar a um nocaute profundo. Para a Rússia, o cenário também é negativo, pois as capacidades de Moscou nos Bálcãs são muito limitadas, ao contrário da Transnístria ou Artsakh, onde pelo menos há presença e pelo menos algum tipo de acesso logístico.
