FIGHTERCOM escreveu: Dom Jul 03, 2022 9:35 am
O problema é que no final essa conta não fecha. Se o preço da oferta do F-16 para a Colômbia já causou espanto, me pergunto qual será o valor da fatura do F-35? Sabemos que não existe milagre nesse meio...
Abraços,
Wesley
Mas devemos levar em conta questões geopolíticas e mesmo da Natureza Humana: um político é uma pessoa e, como tale, irá ver o orçamento "público" que maneja (não é o dinheiro dele) de maneira bem diferente do seu próprio; com um deve fazer o que é melhor para sua sobrevivência (e conforto) na política, com o outro para sua sobrevivência (e conforto) pessoal. Não é a mesma coisa.
Falando em não ser a mesma coisa, lembremos que os "aliados importantes" dos EUA, envolvidos em suas famigeradas "contenções", têm um tipo de tratamento, enquanto que a malta (nós, p ex) tem outro: basta ver que o República Tcheca, com menos de 1/6 do nosso orçamento, está indo por até duas dúzias de F-35 (podendo chegar a uns 40), enquanto nós mal nos aguentamos com 1/3 a mais de Gripen e já estamos até matando (STOUT/UCAV, etc) ou ativamente sabotando (390) Programas nossos para tentar comprar mais da Suécia. E F-35 aqui nem pra remédio, porque enquanto para os cupinchas, se a coisa esquentar e faltar pixuleco para manter a frota operando, o Pai Sam dá um jeito, já aqui é "ou dá ou desce".
Assim, preço e características técnicas de um SdA importam menos ao gestor político do que o resultado eleitoral de uma compra (curioso o caso da Suíça: a escolha TÉCNICA - Gripen - foi aceita pelo gestor mas foi superada pela escolha POLÍTICA - F-35 - feita pelo PAGADOR DE IMPOSTOS); já ao destinatário final (a Força que irá operar o dito SdA), se for "da tchurma" importa o que consideram como ideal em capacidades tecnológicas, já aqui (e no resto dos outsiders ou mesmo "parceiros" de menor importância, como Portugal) ela precisará equilibrar custo e benefício.
Ou seja, existe "milagre" sim, só não é igual para todos.