O projeto de NaPaOc baseado na Meko A100 tem 98.5 mts comprimento, 14 mts de boca, pesando cerca de 2250 ton full load. É um navio praticamente dentro do escopo do projeto do CPN, e penso, bastante acessível para o que precisamos e queremos. Nada demais dar este trabalho aos alemães no AMRJ a fim de conseguir matar dois coelhos numa tacada só. E são ainda 12 navios os pretendidos pela MB. Isto com certeza vai deixar o estaleiro ocupado por mais de uma década, conforme os ditames da nossa limitação orçamentária.Viking escreveu: ↑Qua Fev 23, 2022 4:39 pm Prezado FCarvalho.
Perfeita a analise. A escala de capacitação do estaleiro TKMS Sul teria um caminho solido com a sequencia MEKO 100 para a 200 até porque em termos de dimensões a diferença de uma para a outra e de cerca de 13 metros no comprimento e mais 300 ton de deslocamento (acredito que os dois navios opcionais serão MEKO 200), sendo o próximo passo as MEKO 300.
Também acredito que a TKMS contribuiria para adequação do AMRJ para construir os NaPaOc a exemplo do que fez quando da construção da Oficina de Submarinos naquele conjunto industrial.
Sds
Junto a isto pode-se trabalhar no sentido de amparar financeiramente a construção dos NAPA BR em um estaleiro privado, ou em vários, se for vantajoso, pelas quantidades pretendidas.
No mais, como podes ver no link, a A100 possui modelos de corveta e fragata leve que pouco ou nada diferem em termos de dimensões e tonelagem, e são capazes de realizar bem as missões que lhes são dadas sempre que equipadas adequadamente para tanto.
https://www.thyssenkrupp-marinesystems. ... t-frigates
Não vejo porque não investir no futuro na versão Corverta da Meko A100, que apesar de ser um navio um pouco menor, continua sendo muito válido para nós naquilo que ele pode fazer bem, que é ser a presença concreta da MB na ZEE, onde o tráfego de cabotagem e a proteção e vigilância daquela zona carecem de muito mais navios do que a MB pensa poder dispor em termos de escoltas, os quais, aliás, tem/teriam um papel bem diferente destas corvetas.
Seria uma passo humilde, mas muito significativo no sentido de prover massa de manobra para a esquadra que quase já não temos, e por um custo abaixo dos navios de 6 ou 7 mil toneladas com que se sonhou anos a fio sem nunca ter se concretizado.
Como tenho dito, é importante colocar a cabeça no lugar e (re)começar essa casa a partir do piso, até um dia podermos chegar com segurança e respaldados ao telhado.
Acredito na importância de termos navios como as Meko 300, ou até o projeto da A400, na MB. Mas eles só fazem sentido se tiverem por trás deles uma esquadra equilibrada e operacional, e principalmente, dentro daquilo que o país se dispõe a permitir que a marinha tenha e/ou seja. Por mim, antes de chegar nas Meko A300/400 ou equivalentes, precisamos ter uma frota de navios patrulha, corvetas e fragatas a altura de nossas necessidades primárias, que são a proteção da tão falada Amazõnia Azul, que está chegando, ou chegou, a mais de 5 milhões kms quadrados sem que tenhamos sequer capacidade de fazer-nos presentes efetivamente em todos os seus quadrantes.
Proteger as nossas linhas de comunicação marítima é bom e é necessário. Mas antes disso, na verdade, bem antes, precisamos ser capazes de demonstrar dissuasão em nossas próprias AJB. Para tanto, navios patrulha, corvetas e fragatas leves são mais necessárias e acessíveis do que navios de escolta super armados e equipados.
Infelizmente não temos o estaleiro Damen aqui no país. Mas temos outras opções a se ver no sentido de complementar a esquadra com os navios auxiliares e de apoio necessários na Coréia do Sul, Singapura, China, Rússia, e por vamos.