Gostei da sua ideia, mas eu tenho problemas com a carimbação de imposto para uma coisa específica. Acho que cria incentivos errados, o primeiro é gastar todo aquele dinheiro do jeito que der (e de qualquer jeito), vide a verba da Intervenção no Rio que grande parte dela serviu pra PM e Civil andarem de Corolla, e, ao mesmo tempo que cria um mínimo, dá conforto pro político chamar de TETO. Eu seria mais simpático a criação de algum fundo de Defesa para ser aplicado de forma estratégia, seja ano gasto 100 bi, seja ano gastando 2 bi (discrepância meramente ilustrativa).gabriel219 escreveu: Qui Mar 31, 2022 6:04 pmE concordo contigo, dei a ideia lá no tópico do RECOP sobre duas mudanças para mudar o patamar das FFAA:Vinicius Pimenta escreveu: Qui Mar 31, 2022 5:46 pm Na real, nenhuma decisão de equipamento deveria vir da Força, mas sim do MD, que por sua vez deveria nortear as decisões com base em uma END atualizada e aprovada pelo Congresso Nacional como compromisso do Estado brasileiro, não de governo ou dos militares isoladamente.
Em que pese minha absoluta rejeição pelo conjunto da obra (sem querer entrar nesse mérito ou debate), só tivemos parcialmente algo mais próximo disso no final da década passada, ainda com o então Ministro Nelson Jobim e ainda assim de forma bem aquém do ideal.
Utilizar 3,5% do atual imposto de 7% que vai para a empresa reguladora sobre mineração, além de a mesma alícota sobre exploração de petróleo, que, em ambos os casos, seria incidido no LUCRO. Isso não seria mais imposto, mas apenas substitutivo e essa verba iria direto para o MD, já indexada para investimentos. Eu calculo que conseguiríamos entre R$ 12-15 Bilhões por ano, sem contar as futuras projeções, mas usei projeção de ano passado. Uma das previsões é que o Brasil passe a lucrar 3x a mais em dez anos com mineração, ainda mais se permitir em terras indígenas; e
Toda e qualquer compra feita pelas FFAA em relação a MEM - sobre insumos básicos, pagamento de contas, salários e manutenção, ai ok, continua com as forças - e todo investimento em P&D relativo também a MEM fique a cargo do MD. As FFAA emitiram seus requisitos (ROB e RFI) e encaminharão para uma Secretaria Especial de Aquisições do MD, que seria uma expansão da Secretaria de Produtos de Defesa e lá seriam feitos os trâmites. Se o ROB/RFI coincidir com o de outra força, como sistema de AAe ou até Fuzil, os ROB's/RFI's das Forças serão cominados em um ROB/RFI conjunto para aquisição da mesma MEM. Todo processo de avaliação e compra ficará a cargo do MD.
Assim evitamos bizarrices como EB adquirindo Spike e o CFN querendo Javelin ou mesmo EB adquirindo Lince e o CFN querendo JLTV. Isso teria evitado até do EB reinventar a roda pagando caríssimo para desenvolver um produto barato como o Guarani. Sempre gosto de lembrar isso aqui, em 2003 a Patria ofereceu uma fábrica pro Brasil fabricar o AMV, que já em 2004 já tinha chegado na casa do milhar de encomendas e ainda impediria do CFN, anos depois, adquirir o Piranha IIIC, com nós tendo bem mais integração entre as forças utilizando o mesmo MEM.
Ainda tem o caso de projetos sozinhos, como MANSUP, que muito bem poderia ter tido maior parte do seu investimento em conjunto com o EB e o MTC - parte do investimento do MANSUP é justificado sobre a cabeça-de-guerra e só, isso é equivalente a 2/5 do projeto - e outros projetos suicidas, como desistirem do FOG-MMP mas continuarem com MSS 1.2AC.
A MB consegue cagar em 90% daquilo que faz com seu orçamento e isso é inacreditável!
Sobre a compra, além de ser feita pela Defesa (exceto coisas de custeio normais, claro), daria um passo atrás. Os ROBs/RFIs seriam criados MEDIANTE indicação da Defesa, já prevendo a comunalidade possível. Cabe ao MD entender que as 3 Forças precisam de Manpads, então tem que ser compra única, se EB e CFN precisam de algum blindado, que fosse avaliado em conjunto e, aí sim, em caso de necessidade REAL específica da Força, um modelo ou versão diferente seria adquirido. Seria exceção, não regra.