Strike escreveu: ↑Ter Mar 29, 2022 5:43 am
Infelizmente para o Gripen (
/
) esta concorrência era basicamente "cartas marcadas" em favor do F-35! Que foi ainda mais potencializada com o recente conflito russo/ucraniano e todo apelo e alarme que se criou nos membros da OTAN e vizinhos da "mãe" Rússia... Sem contar a ligação "umbilical" entre o canadenses e os Americanos!
Seria prudente com mais está "derrota", a Saab pautar e direcionar sua estratégia de vendas em concorrências de compra de caças mais secundárias, como a na Colômbia ou alguns potenciais países mais "periféricos" europeus e asiáticos onde certamente o F-35 não seria oferecido pela EUA. Até porque a cada ano e concorrência bem sucedida o "favoritismo" e "custo benefício" do F-35 só aumenta..
A partir de agora restaram pouquíssimas opções aos suecos em termos de vendas para o Gripen E, dado que quem poderia ainda acrescer grandes vendas no mercado fechou com o F-35.
Resta na verdade ainda a Índia e sua infindável concorrência para um caça substituto dos Mig-21 e Jaguar. Nesta nova fase diz-se serão pouco mais de uma centena de caças, e os suecos estão lá. De novo. Mas desta vez os concorrentes são todos caças de 4,5a G com o F-16 bombado do LM se destacando, junto com Rafale, Typhoon, Su-35 e Mig-35.
Não descartaria que os russos no meio desta confusão toda possam oferecer o projeto do Su-75 para os indianos, já que se trata de um caça monoplace, e a Sukhoi precisa de alguém que pague pelo desenvolvimento dele. Os indianos são clientes fiéis há décadas, e isto poderia ser um negócio bom para ambos os lados.
Agora, em meio a esta crise econômica pela qual passa o mundo inteiro vide o fim da pandemia e seus efeitos colaterais, ainda vai levar um tempo até a poeira sentar e as coisas voltarem aos eixos. A nível de América Latina só a Colombia até o momento tem um processo seletivo de encomenda de novos caças, embora se possa esperar nos próximos anos que Peru e Chile avancem neste sentido. No mais, o México tem F-5 até hoje, e não está nem um pouco preocupado em substituí-os. Restam países menores e sem dinheiro que não compram caças novos ou vivem de doações, ou dos estoques do deserto americano ou usados promocionais europeus.
África e Ásia são uma incógnita pois onde não existe uma previsibilidade suficiente para se tentar antever investimentos em suas forças aéreas.
Para nós, Angola seria um mercado próximo que poderia ser tentado, já que temos boas relações e o país tem lá seus dividendos com petróleo. A África do Sul pode ser interessante em longo prazo no sentido de trocar seus 26 Gripen C\D no futuro por uns 12 Gripen E\F, usando os modelos usados como moeda de troca. Aliás, estes caças sul africanos seriam uma boa forma de introduzir o Gripen na vizinhança, como Uruguai e Equador. A Embraer atuaria como apoio destes caças no continente. Bolívia e Paraguai seriam um caso a ser estudado.
No mais, no extremo oriente temos Tailândia flertando com o F-35 mas muito próxima dos chineses também, as Filipinas, que parecem deram o seu abit ao Gripen C\D, e acho que é só.