TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[gabriel219]

Parece que eles retiraram o IRST, pelo menos não consegui ver no vídeo...seria por causa do transporte?

Provavelmente, são sistemas bem sensíveis, apesar de eu ter a leve impressão que essa foto está invertida. Se estiver invertida, não tem como saber, pois o IRST do Gripen fica no lado esquerdo da aeronave.

[Matheus]

Parece que eles retiraram o IRST, pelo menos não consegui ver no vídeo...seria por causa do transporte?

Provavelmente, são sistemas bem sensíveis, apesar de eu ter a leve impressão que essa foto está invertida. Se estiver invertida, não tem como saber, pois o IRST do Gripen fica no lado esquerdo da aeronave.

Tem um vídeo tb ali que aparece quase toda área em frente a canopi, e me pareceu bem "lisa". Talvez seja algo meio "plug-and-play"

[gabriel219]

IRST sempre é plug-and-play, pois na manutenção precisa ser removido tal quão o radar. Talvez o próprio radar nem se quer esteja no radome.

[knigh7]

[knigh7]

[FCarvalho]

Pensando aqui, será que ainda vamos manter essa quantidade de 60 a 70 caças depois de tudo o que estamos vendo na Europa.
Não que haja qualquer possibilidade real de termos 7 grupos de caça, 1 por comando aéreo regional, como eu entendo ser necessário, mas que ficar apenas nisto não soa bem.
Sei lá, alguma coisa tem de ser feita para ultrapassarmos essa eterna fase de defesa para "desenvolver doutrina".

[FIGHTERCOM]

Pensando aqui, será que ainda vamos manter essa quantidade de 60 a 70 caças depois de tudo o que estamos vendo na Europa.
Não que haja qualquer possibilidade real de termos 7 grupos de caça, 1 por comando aéreo regional, como eu entendo ser necessário, mas que ficar apenas nisto não soa bem.
Sei lá, alguma coisa tem de ser feita para ultrapassarmos essa eterna fase de defesa para "desenvolver doutrina".

A Europa está muito longe para esses acontecimentos terem algum efeito aqui. Para a grande maioria dos brasileiros, é como se essa guerra estivesse acontecendo em outro planeta.

Abraços,

Wesley

[faterra]

https://tecnodefesa.com.br/afinal-o-gri ... tera-irst/

[gabriel219]

https://tecnodefesa.com.br/afinal-o-gri ... tera-irst/

Eu ia perguntar se o Tecnologia & Defesa estava sem matéria pra fazer, mas ai vi que era de 2020 e me aliviou. Quase caí pra trás achando que tinha gente que duvidava que o F-39E viria sem IRST.

[knigh7]

Pensando aqui, será que ainda vamos manter essa quantidade de 60 a 70 caças depois de tudo o que estamos vendo na Europa.
Não que haja qualquer possibilidade real de termos 7 grupos de caça, 1 por comando aéreo regional, como eu entendo ser necessário, mas que ficar apenas nisto não soa bem.
Sei lá, alguma coisa tem de ser feita para ultrapassarmos essa eterna fase de defesa para "desenvolver doutrina".

Já eu venho notando na guerra, Carvalho, o déficit de meios ISR que a Rússia tem (para o T.O. na Ucrânia) sendo que a nossa capacidade na área é ínfima. Eles vêm tendo muitas perdas por causa disso.

A FAB precisa investir maciçamente em satélites e SARPs (no caso da Força seriam os estratégicos) afim de melhorar a vigilância e a consciência situacional no teatro de operações.

66 Gripens para nós até que está bom perto desta outra necessidade (ISR), que não será barata de suprir. Poderíamos comprar uns 4 Gripens a mais (totalizando 70) afim de ser mantido em estoque para repor perdas operacionais.

[FCarvalho]

Pensando aqui, será que ainda vamos manter essa quantidade de 60 a 70 caças depois de tudo o que estamos vendo na Europa.
Não que haja qualquer possibilidade real de termos 7 grupos de caça, 1 por comando aéreo regional, como eu entendo ser necessário, mas que ficar apenas nisto não soa bem.
Sei lá, alguma coisa tem de ser feita para ultrapassarmos essa eterna fase de defesa para "desenvolver doutrina".

A Europa está muito longe para esses acontecimentos terem algum efeito aqui. Para a grande maioria dos brasileiros, é como se essa guerra estivesse acontecendo em outro planeta.
Abraços,
Wesley

Apesar da cobertura pesada de todas as formas de mídia, é verdade que a grande parcela da sociedade que não se liga em internet e muito menos está conectada nela, pouca ou nenhum relevância atribui a esta guerra. Mas o perigo não mora aí, mas na parte da sociedade que acompanha quase que diariamente as notícias da guerra e não lhe dá a importância real que tem em relação a nossa realidade. Porque vê, e pensa, a nossa realidade como algo totalmente difuso daquela situação.
Infelizmente enquanto a sociedade não enxergar todos os desdobramentos desta e todas as outras guerras no mundo para além de uma simples questão monetária, ou quando e, e se muito, humanitária, seguimos no nosso caminhar alienado e indiferente a tudo que nos rodeia, como se a "aldeia global" chamada terra seja algo mais ligado ao mundo dos sonhos ou filmes do Spilberg do que vida real.
Mas enfim, segue o trem e seja o que Deus quiser.

[FCarvalho]

Pensando aqui, será que ainda vamos manter essa quantidade de 60 a 70 caças depois de tudo o que estamos vendo na Europa.
Não que haja qualquer possibilidade real de termos 7 grupos de caça, 1 por comando aéreo regional, como eu entendo ser necessário, mas que ficar apenas nisto não soa bem.
Sei lá, alguma coisa tem de ser feita para ultrapassarmos essa eterna fase de defesa para "desenvolver doutrina".

Já eu venho notando na guerra, Carvalho, o déficit de meios ISR que a Rússia tem (para o T.O. na Ucrânia) sendo que a nossa capacidade na área é ínfima. Eles vêm tendo muitas perdas por causa disso.
A FAB precisa investir maciçamente em satélites e SARPs (no caso da Força seriam os estratégicos) afim de melhorar a vigilância e a consciência situacional no teatro de operações.
66 Gripens para nós até que está bom perto desta outra necessidade (ISR), que não será barata de suprir. Poderíamos comprar uns 4 Gripens a mais (totalizando 70) afim de ser mantido em estoque para repor perdas operacionais.

Para veres em que nível de indiferença nós estamos cá no Brasil, tem um tópico aqui sobre os projetos estratégicos da FAB que eu mesmo criei, e não deu em nada, basicamente. Não houve debates e nem procura por mais informações sobre. E revendo ele estes dias, é possível ver que do ponto de vista dos investimentos planejados que temos que fazer até 2041 quando a FAB for centenária não há boas expectativas em relação à maioria deles.
Na verdade, pelo que se pode ver da nossa realidade no curto e médio prazo, vamos chegar em 2041 devendo um mundo de projetos e programas por completar ou dar cabo. Imagino que no final das contas, grande parte deles vai ficar pelo caminho ou simplesmente defenestrado dos planos institucionais por puro e simples vencimento de prazo, como se fosse um enlatado qualquer. E mais lamentável ainda é que eu contribui para que o tópico não despertasse o interesse merecido frente as temáticas abordadas.
É certo que a força aérea tem uma miríade de lacunas que precisa urgentemente tapar de forma definitiva e eficiente, e não somente tentar tapar o sol com peneira. A questão ISR é com certeza uma dos mais eloquentes desses espaços que precisamos superar, mas como se pode ver, não há até o momento qualquer iniciativa além daquelas conhecidas no sentido de modernizar os (poucos) meios existentes e aqui e ali fazer investimentos pontuais sempre que a grana permite. A mesma coisa com a nossa capacidade de transporte estratégico e tático, além dos caças propriamente. O programa espacial nem se fala.
O mais triste disso é que temos em grande parte toda a capacidade para desenvolver as soluções de que precisamos com base em produtos e insumos nacionais, mas até nisso falhamos ao não fazer os investimentos de risco que a BID precisa para poder dar um passo além do mínimo básico necessário com que as forças armadas estão acostumadas a tratá-la.
Enfim, cada dia que passa e deixamos de fazer hoje o que é preciso, diria, necessário, aumenta exponencialmente o trabalho, e os custos, para quem sabe um dia talvez lá na frente, quando e se der, resolvermos fazer - ainda que de improviso, como de costume - o que der para fazer. Infelizmente essa é a nossa sina na Defesa.
Fato é que a guerra na Ucrânia e todas as outras desse mundo não irão mudar efetivamente nada na nossa realidade da defesa. E temo, do jeito que vamos hoje, com o tipo de sociedade que temos, nem uma guerra em casa mude de fato qualquer coisa. Nossos bisavós e avós, a minha geração, a sua, não deram conta de mudar isso. Então, difícil esperar que estas gerações X,Y, Z, W ou K seja capaz de coisa melhor.
Paciência. Está nas mãos de Deus.

[knigh7]

Em 2041 a FAB é a Força que estará razoavelmente bem pois ela vem num movimento de procurar soluções internas afim de empregar melhor o orçamento que tem.

[FCarvalho]

Não acredito em sorte, mas se as futuras gestões da FAB estiverem imbuídas do mesmo senso de zelo por mais operacionalidade e qualidade e menos quantidade e subserviência, em 2041 podemos não ter a força aérea ideal para as nossas necessidades concretas, mas já vai ser com certeza muito melhor do que como está.

Em minha opinião, ou a FAB foca na sua missão primária ou vai se condenar, e ao país, a mantermos uma força aérea caríssima e que de força não tem nada e, sobretudo, incapaz de cumprir com seus deveres mais básicos; pior, manietada pelo poder político como um reles táxi aéreo de luxo, ou de uso por oportunidade para tentar mostrar alguma "utilidade" nas muitas missões secundárias que lhes são impostas.

Na prática, se conseguirmos mais um lote de 36 Gripen E\F, totalizando 72 caças, por mais que isso não seja suficiente, já vai ser um passo significativo no sentido de prover alguma capacidade de defesa aérea mais crível. E se os suecos colocarem mais lotes para comprar do seu caça, pode ser que isso nos ajude em termos de custo para um possível e eventual terceiro lote na FAB para depois de 2035, que é quando devemos estar recebendo os últimos do segundo lote. Ou mesmo antes, visto os aumentos coletivos de investimento em defesa que se vê na Europa. Ponto para nós.

Por outro lado, com apenas dois lotes e 70 caças com entregas até no máximo a primeira metade da próxima década há de se pensar na possibilidade de um caça de 5a ou 6a G a fim de complementar os Gripen E\F a partir do final da década de 2040. Mas isso tem que se pensado com muito cuidado já que não vamos fazer isso sozinhos. Talvez a opção mais viável fosse procurar desde agora parceiros como Turquia ou Coreia do Sul a fim de verificar a disposição destes países em aceitar colaboração nos seus projetos dentro de nossos termos de interesse. Ou simplesmente pensar em comprar algo pronto, como os futuros caças europeus, seja o britânico ou o franco-germânico-espanhol.

Os suecos, penso, não devem se deter muito tempo no Gripen E com a massificação deste tipo de vetor não apenas na Rússia, com a entrada em operação dos Su-57, talvez do Su-75 e outros modelos que vierem a substituir os Mig-31 e parte da aviação naval. Se se comprovar que não vamos passar de dois lotes de Gripen E\F, pensar em um complemento para ele e ao mesmo tempo substituto para a segunda metade do séc XXI é um trabalho que tem de começar agora. Deixar para depois é sempre um atraso de vida.

[FCarvalho]

O Gripen E deu chabu no Canadá. Restamos nós e os suecos.
Interessante pensar em como os caras da SAAB vão pensar em contornar essa falta de capacidade do Gripen E em vencer concorrência mundo afora por aí onde o F-35 esteja junto.
As poucas vendas, na verdade as duas únicas não são suficiente para dar conta do projeto e a empresa lucrar com ele.
Duas opções: uma, investir nos pequenos e pobres, onde o Gripen E e sua relação custo x benefício possa concorrer com outros caças de 4,5a G ou mesmo caças usados e modernizados; e duas, investir pesado em 2o e 3o lotes do caça na FAB e pelo menos mais um lote para a força aérea sueca e tentar obter o máximo de ganhos possível, e depois disso partir para os 5a ou 6a G.
Outra hipótese é simplesmente considerar o Gripen E o último caça de desenho original sueco.
A ver o que é mais fácil, conveniente ou possível.