Geopolítica Energética

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Re: Geopolítica Energética

#1051 Mensagem por Túlio » Ter Jan 04, 2022 12:29 pm

J.Ricardo escreveu: Ter Jan 04, 2022 11:43 am

Túlio, eu não conhecia essa informação, tem algum lugar onde posso ler a respeito? Não achei nada no "tio google".
Vi em três tipos de lugares, até onde lembro: em algum dos muitos livros (geralmente da Bibliex) que li sobre a FEB nos anos 70/80, ou dos inúmeros artigos em revistas de Defesa que li nos 80/90 e/ou talvez mesmo aqui (quase certeza de que a info está em um artigo postado) em um ou mais de um post, se não me engano dos tempos em que o CLERMONT (ACHO que era ele mas não vou jurar, aproveitei muita coisa no meu tempo no DB mas é sodas lembrar da fuente de cada info interessante que li) só botava coisa boa, que ele geralmente traduzia de algum artigo dos EUA (brabo é achar, tudo das antigas), ou dos que o GUERRA nos contava peculiaridades do EB. Ou um terceiro, vai saber, muito CRAQUE deu as caras aqui.

Provavelmente tem a ver com as tales de "requisições da meia-noite", quando os Pracinhas e os GI's se roubavam mutuamente o que podiam (de pistolas a caminhões), e recordo que os nossos roubavam Springfield (cópia pirata - é, os ianques também já fizeram das deles :twisted: - do Mauser 98 que usávamos) mas não Garand. Outra curiosidade é que o nosso pessoal já era treinado no Mauser mas lá na Itália, ao lado dos ianques, o mais lógico de fazer (e foi feito) era usar Springfield, pela comunalidade de Mun (7,62 x 63 vs 7 x 57); mais ainda, a CARABINA M1(*) era usada pelos nossos, que volta e meia a trocavam - ou seja, normalmente nem precisavam "requisitar" - com as unidades só de negros dos EUA (que usavam Springfield e ficavam BEM espantados ao ver pretos e brancos não apenas lutando lado a lado mas até negro ser superior hierárquico de brancos - Sgt, p ex - o que sequer imaginavam possível, logo, claro que gostavam dos nossos, pois entre os Pracinhas a coisa era como eles queriam que fosse com eles) e outras de retaguarda, como a Art deles, que usou Springfield e M1 Car até o fim da guerra.

Mas a principal razão para eu mencionar isso é que nunca ia esperar que fosse posto em dúvida, pois a rigor é irrelevante. Assim, acredite quem quiser, eu lembro do que li e, ainda partindo do que lembro, nunca vi artigo específico sobre isso mas é (ou era) relativamente comum como curiosidade em textos a respeito da Inf da FEB.


(*) - Isso deve complicar bastante para achar keywords de busca.




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Geopolítica Energética

#1052 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jan 04, 2022 2:29 pm

Grande história Túlio, obrigado.
Vou dar uma olhada nas "catacumbas" do DB. :lol:




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Re: Geopolítica Energética

#1053 Mensagem por knigh7 » Ter Jan 04, 2022 11:59 pm

O Governo Cazaque caiu pela elevação do custo dos combustíveis:







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Re: Geopolítica Energética

#1054 Mensagem por knigh7 » Qua Jan 05, 2022 10:36 pm





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Re: Geopolítica Energética

#1055 Mensagem por knigh7 » Sex Jan 21, 2022 1:59 am

Preços da gasolina podem disparar se Rússia invadir Ucrânia
Vizinho russo é um importante centro de trânsito de energia, por onde flui uma grande quantidade de exportações russas de gás natural para a Europa
Matt Egando CNN Business

20/01/2022 às 16:21

Se a Rússia invadir a Ucrânia, os americanos cansados ​​da inflação provavelmente pagarão o preço na bomba.

Os preços do petróleo já atingiram máximas de sete anos nos últimos dias. Um conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que a Casa Branca alertou que poderia ser iminente, teria o potencial de levá-los muito mais longe.

Isso porque a Rússia é o segundo produtor de petróleo do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. E a Ucrânia é um importante centro de trânsito de energia, por onde flui uma grande quantidade de exportações russas de gás natural para a Europa.

Uma invasão da Ucrânia provocaria temores imediatos de sanções de Washington aos vastos recursos energéticos da Rússia, danos à infraestrutura energética da região e aumentaria o espectro de Vladimir Putin armando exportações de gás natural e petróleo bruto.

Os investidores comprariam primeiro e perguntariam depois.

“Há uma chance muito boa de chegarmos a US$ 100. Isso será inflacionário com um ponto de exclamação”, disse Robert Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho Securities. “Nós não precisamos disso. E não conseguimos pagar por isso.”

‘Todas as apostas estão encerradas’
É impossível dizer até onde os preços subiriam —e por quanto tempo eles permaneceriam altos. Mas o petróleo a US$ 100 certamente elevaria os preços na bomba. E isso significa que um conflito Rússia-Ucrânia tem o potencial de impactar a maioria dos americanos.

Os preços da gasolina, que se movem com um atraso em relação ao petróleo, já começaram a subir nos últimos dias. A média nacional atingiu US$ 3,32 por galão na quarta-feira, acima da baixa recente de US$ 3,28, segundo a AAA.

“Se houver uma guerra com a Rússia, então todas as apostas estão perdidas”, disse Claudio Galimberti, vice-presidente sênior de análise da Rystad Energy.

Os preços do petróleo subiram acentuadamente esta semana e analistas dizem que as preocupações com um conflito Rússia-Ucrânia contribuíram para esses ganhos.

“O mercado tem sido muito lento para avaliar os riscos de uma invasão”, disse Helima Croft, chefe de estratégia global de commodities da RBC Capital Markets. “Putin não é realmente um blefador. Ele é conhecido por apoiar palavras com ação.”

A Casa Branca está conversando com empresas de energia e países
Tudo isso ressalta a difícil situação em que a Casa Branca se encontra, econômica, politicamente e, claro, do ponto de vista da segurança nacional.

A inflação já é um grande problema político e econômico para o presidente Joe Biden. A recente recuperação dos preços da gasolina ameaça agravar ainda mais a inflação. E petróleo a US$ 100 em um conflito Rússia-Ucrânia tornaria ainda pior.

“O que quer que decidamos é o caminho certo para nosso interesse e segurança coletivos”, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional à CNN em comunicado, “estamos preparados para entregar custos severos à economia russa, incluindo seu sistema financeiro e setores considerados críticos para as ambições do Kremlin e do presidente Putin – enquanto minimiza o transbordamento indesejado”.

Essa última parte —mitigar o impacto— pode ser complicada.

Um alto funcionário do governo disse à CNN que as autoridades estão levando o planejamento de contingência muito a sério “para garantir que estamos preparados para mitigar qualquer impacto e avaliar possíveis repercussões”.

Esse planejamento de contingência, disse o funcionário, inclui conversas com empresas de energia e países.

O funcionário do governo acrescentou que a Casa Branca foi “muito clara” sobre como responderia a uma invasão e “isso já deve começar a ser precificado nos mercados”.
Preços do gás natural podem disparar

Os europeus pagariam o maior preço em um conflito. Isso porque a Europa depende da Rússia para o gás natural. Os custos de aquecimento na Europa dispararam no outono passado, com o aumento dos futuros de gás natural.

A Alemanha alertou que consideraria interromper o gasoduto Nord Stream 2, um projeto de gasoduto de Moscou para a Alemanha, se a Rússia atacar a Ucrânia. Isso limitaria ainda mais o fornecimento de gás natural para a Europa.

O impacto para os consumidores americanos é menos direto.

A Rússia envia quantidades relativamente modestas de petróleo para os Estados Unidos, totalizando apenas 200.000 barris por dia em outubro. Isso representa apenas 3% do total de importações de petróleo dos EUA de 6 milhões de barris.

No entanto, o petróleo bruto é uma commodity comercializada globalmente e os preços na bomba são baseados nos preços mundiais do petróleo. Um choque de petróleo em qualquer lugar é sentido em todos os lugares.

Não apenas isso, mas um aumento nos preços do gás natural no exterior teria efeitos significativos em cascata.

Isso porque os preços muito altos do gás natural forçariam algumas usinas de energia e fábricas na Europa e na Ásia a trocar o gás pelo petróleo. Em outras palavras, a demanda por petróleo aumentaria.

‘Energia como arma’
Ao mesmo tempo, a oferta estaria em dúvida.

Primeiro, um conflito militar ameaçaria a infraestrutura energética da região.

Mas mesmo que os oleodutos e refinarias sejam poupados, a Rússia pode decidir reduzir sua oferta de gás natural –ou mesmo petróleo bruto.

“A Rússia pode armar as exportações de energia —para fazer com que todos sintam a dor”, disse Croft, estrategista do RBC. “Muitas pessoas acreditam que a Rússia responderá retendo o fornecimento, para nos fazer pagar o preço.”

E há o risco de que a Casa Branca responda a uma invasão sancionando o petróleo e o gás natural russos.

O presidente Biden alertou na quarta-feira (19) sobre a imposição de “custos severos e danos significativos” à economia russa se Putin invadir a Ucrânia.
“Vai ser pesado, vai ser real e vai ter consequências”, disse Biden.

Biden observou que a Rússia depende de suas exportações de petróleo e gás para sua economia. No entanto, ele não chegou a ameaçar impor sanções energéticas.

Croft, um ex-analista da CIA, sugeriu que a relutância das autoridades norte-americanas em ameaçar com sanções energéticas à Rússia está mostrando uma vulnerabilidade para Putin.

“Se você esculpe energia, está sinalizando que está preocupado com a energia”, disse ela.

Sanções podem piorar a inflação
Nivelar as sanções seria uma decisão difícil para Biden.

Por um lado, a energia é vital para a economia da Rússia, tornando-se um alvo óbvio para sanções e uma maneira de fazer Putin enfrentar consequências reais.

O petróleo bruto e o gás natural representaram cerca de 43%, em média, da receita anual do governo russo entre 2011 e 2020, segundo a Administração de Informações sobre Energia dos EUA.

A receita de petróleo e gás aumentou 60% durante os primeiros nove meses do ano passado, tornando-os o maior motor de crescimento da receita do governo, segundo o Banco Mundial.

“A Rússia é uma cidade de um pônei. Energia é a única coisa que eles têm. É a fraqueza gritante de sua economia”, disse Yawger, da Mizuho.

E, no entanto, aproveitar essa fraqueza limitando o fornecimento de gás natural e petróleo da Rússia elevaria os preços em um momento em que já estão elevados.

“Esta situação de guerra já seria ruim o suficiente. Mas se você começar a impor sanções à energia, isso simplesmente superdimensiona toda a história da inflação e a leva para o próximo nível”, disse Yawger. “Você estaria cometendo suicídio econômico e político ao fazer isso.”

A OPEP e as grandes petrolíferas virão em socorro?
Croft, analista do RBC, disse que o governo Biden provavelmente responderia a um aumento de preços liberando mais barris da Reserva Estratégica de Petróleo, provavelmente de forma coordenada com outras nações. Isso poderia ajudar a amortecer o golpe.

Biden também pode tentar convencer a Opep, liderada pela Arábia Saudita, a abrir as torneiras, argumentando que preços muito altos não são bons para os produtores se destruirem a demanda.

Analistas dizem que as companhias petrolíferas americanas, que até recentemente relutavam em aumentar significativamente a produção, responderiam ao petróleo de mais de US$ 100 aumentando a produção.

Mas isso não se traduziria em mais gasolina da noite para o dia. E, enquanto isso, os preços na bomba continuariam altos.
https://www.cnnbrasil.com.br/business/p ... r-ucrania/




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Re: Geopolítica Energética

#1056 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 07, 2022 7:35 pm


Nord Stream 2 pipeline proves to be a sticking point in Biden and new German chancellor's show of unity
Kevin Liptak-Profile-Image
By Kevin Liptak, CNN

Updated 2221 GMT (0621 HKT) February 7, 2022

(CNN)President Joe Biden and German Chancellor Olaf Scholz sought to put on a united front Monday at the White House, but one key sticking point appeared to remain despite their pledges of unity: The future of the Nord Stream 2 gas pipeline.

After an Oval Office meeting, Biden was explicit the project wouldn't go forward if Russia invades Ukraine. It's the stance he and US officials have taken for weeks, and has been a key point of discussion with the new Scholz government, according to senior administration officials.
But Scholz himself has refused to even name the project, and declined again on Monday to commit to ending the pipeline if an invasion moves ahead.
Appearing later on CNN, Scholz repeated his vow to remain aligned with the US -- though again wouldn't clarify his intentions for the Nord Stream project.
"All the steps we take, we will do together," he told CNN's Jake Tapper on "The Lead."
"There will be no differences in that situation. What we do today is giving this very strong answer to Russia, saying, if you invade Ukraine, this will have a very high price for you," he said.


During the news conference, he had made a similar pledge.
"I say to our American friends, we will be united. We will act together and we will take all the necessary steps and all the necessary steps will be done by all of us together," he said, switching into English to make his point to a broader audience of American officials, Democrat and Republican alike, who have voiced concern at Germany's willingness to confront Putin.
The Nord Stream pipeline, which transmits Russian natural gas under the Baltic Sea to Germany, avoiding Ukraine, underscores Scholz's predicament in confronting Russia for its aggressions in Europe. Germany is heavily dependent on Russian energy, making it difficult to impose severe punishment without risking a shut-off of oil and gas during the cold winter months.
The United States opposes the pipeline and has stated clearly it won't go forward should Putin decide to invade.

"If Russia invades, that means tanks or troops crossing the border of Ukraine again, then there will be no longer a Nord Stream 2," Biden said Monday. "We will bring an end to it."

Yet Scholz declined to specify what he is prepared to do to halt Nord Stream 2, saying only that Germany would undertake the same steps as the United States to punish Russia.
Pressed by a US reporter on whether that meant "pulling the plug" on Nord Stream, Scholz demurred again, appearing to roll his eyes slightly at the question.
"As I said, we are acting together. We are absolutely united and we will not be taking different steps. We will do the same steps and they will be very, very hard to Russia and they should understand," he said.
It wasn't the full-throated declaration that Nord Stream 2 would be halted that some in the US had been looking for as a show of resolve against Russia.
For Biden's part, he brushed off the notion that Germany could "win back trust" by publicly committing in more explicit terms to ending the Nord Stream project should Russia move ahead with an invasion.

"There is no need to win back trust. He has the complete trust of the United States. Germany is one of our most important allies in the world. There is no doubt about Germany's partnership with the United States. None," he said.

Privately, Biden has made clear he believes the Nord Stream 2 issue should not get in the way of improving ties with Germany and recognizes the delicate politics Scholz is facing with the project. His comments at Monday's news conference suggested an understanding between the two men about the pipeline, which is not yet operable at it undergoes environmental reviews.
But even Biden refused to say how the US would stop Nord Stream, as he promised to do should Russia invade Ukraine, without Germany's help.
"I promise you, we will be able to do it," he said.
Scholz has resisted sending lethal aid to Ukraine and won't spell out in much detail his plans to issue sanctions should Russian troops cross the border in an invasion. But in a chummy joint appearance at the White House, both men said fears among US officials that Germany was hiding from a leadership role were misplaced.
"Germany's completely reliable. Completely, totally, thoroughly reliable. I have no doubt about Germany at all," Biden said during a joint news conference, bucking up his visitor during his first official visit to Washington.
Scholz took office in December, succeeding a towering figure in global politics -- Angela Merkel -- whose absence during the current crisis is being felt on both sides of the Atlantic.
He arrived at the White House as Putin has assembled 70% of the military personnel and weapons on Ukraine's borders he would need for a full-scale invasion of the country, based on US intelligence estimates -- though no one seems to know what his true intentions might be.
"I don't know that he knows what he's going to do," Biden said Monday.
Amid the uncertainty, Biden was eager to demonstrate western unity against Putin's aggression.
"There's no need to win back trust. (Scholz) has the complete trust of the United States. Germany is one of our most important allies in the world. There is no doubt about Germany's partnership with the United States, none," Biden said.
Ahead of the President's meeting with Scholz, US officials said the two leaders would spend most of their time together discussing the Ukraine matter, including a "robust sanctions package" being prepared to punish Moscow should an invasion go ahead.
When they sat down in the Oval Office in front of a roaring fireplace, Biden said the US and Germany were "working in lockstep" to deter Russian aggression.
The dire facts on the ground lent Monday's meeting in the Oval Office the air of crisis talks, though Biden also hoped to use the session to get to know Scholz personally, given they are likely to spend a lot more time together in the years to come. They had met once before, when Merkel brought Scholz along to October's Group of 20 summit, but never as equals. Biden has sought to repair ties to Germany after former President Donald Trump publicly accused the country of shirking its international obligations.
Looming over the meeting, however, was the question of Scholz's resolve to confront Putin. Among the United States' major European allies, Germany has appeared the most reluctant to commit to lethal aid, sending thousands of helmets instead of weapons and refusing to allow another NATO ally, Estonia, to send German-made howitzers to Ukraine.
Germany has not joined the United States, France, Spain and other allies in bolstering troops along NATO's eastern flank. And Scholz hasn't spelled out in any details what sanctions he might be willing to impose on a country that is still a major trading partner for Germany.
US officials frustrated
The impression that Germany is unwilling -- or, because of its energy dependence on Russia, unable -- to offer serious deterrence measures has left some US officials frustrated.
Both Republican and Democratic members of Congress have voiced their displeasure, and even Biden has hinted at the discord, saying last month a "minor incursion" by Russia into Ukraine would prompt some disagreement among NATO members over how to respond.
Ahead of Scholz's arrival, a senior administration official on Sunday sought to downplay any concerns over Germany's stance, saying that NATO members each brought their own particular strengths to the table.
"The beauty of having an alliance with 30 NATO allies is that different allies step up to take different approaches to different parts of the problem," the official said, noting the US and Germany were working closely on sanctions and that Germany was a significant economic donor to Ukraine and had provided humanitarian assistance.
The official also pointed out Germany's diplomatic efforts, alongside France, to revive a ceasefire agreement between Ukraine and Russia. And the official said the US and Germany were aligned in their view of the troop buildup along Ukraine's border.


The United States has been hurriedly searching the globe for alternative supplies of energy that could be diverted to Europe, from Asia to the Middle East to domestic American suppliers. It isn't clear how successful the initiative has been, and some countries have said their gas supplies are already spoken for.
Scholz, meanwhile, has faced the awkward association of a predecessor from his political party establishing close ties to the Russian energy industry. Gerhard Schroeder, the last Social Democratic Party politician to serve as chancellor, serves on the board of directors for Nord Stream 2. And last week, Russia's state-owned gas giant Gazprom announced Schroeder had been nominated to its board, as well.
There has only been one other chancellor since Schroeder left office in 2005: Merkel, whose absence from the world stage after her 16-year tenure has been felt acutely, particularly as Putin tests the West's resolve.
When Russia last invaded Ukraine, in 2014, Merkel played a central role as a go-between for Putin and Germany's western allies. She spoke with him consistently and encouraged other leaders to step up their sanctions to punish Moscow for annexing Crimea. She also played a central role keeping Washington updated through the close relationship she'd cultivated with then-President Barack Obama.
This time, it is not the German leader who is emerging in that role but the French. President Emmanuel Macron has spoken several times per week with Putin, and placed his third phone call in a week to Biden on Sunday evening. Macron visited Moscow on Monday and is expected in Kyiv later this week.
Scholz hasn't taken as visible a role in defusing the latest crisis, earning him criticism from Germans who accuse the chancellor of making himself invisible at a moment of strain. In an apparent attempt to dissuade that impression, Scholz, too, will visit Russia and Ukraine later this month.
https://edition.cnn.com/2022/02/07/poli ... index.html




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Re: Geopolítica Energética

#1057 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 14, 2022 1:43 am


França anuncia ‘renascimento’ da energia nuclear com 14 novos reatores
AFP

10/02/22 - 16h12

A França vai retomar a produção de eletricidade de origem nuclear com a construção de 14 novos reatores, no marco de seus esforços para conquistar a neutralidade de carbono em 2050 e deixar para trás as energias fósseis, anunciou nesta quinta-feira (10) o presidente Emmanuel Macron.

“O que temos que construir hoje, porque é o bom momento (…), é o renascimento da indústria nuclear francesa”, afirmou Macron em Belfort (leste), após reconhecer os questionamentos que surgiram na década passada após a catástrofe de Fukushima (Japão) em 2011.

Seu plano passa por encomendar ao gigante energético francês EDF, de maioria estatal, a construção de seis reatores EPR2 para 2050 e analisar a possibilidade de oito adicionais, assim como prolongar a vida do maior número possível de reatores em funcionamento.

Esta última decisão implica uma mudança de rumo em relação a 2018 quando, também sob a presidência de Macron, foi estabelecido o objetivo de fechar uma dúzia, neste país que se destaca no Ocidente pela sua aposta clara pela energia nuclear civil. A Alemanha, por exemplo, fechará suas últimas usinas em 2022.

Impulsionada durante os governos de Charles de Gaulle (1959-1969) e Georges Pompidou (1969-1974), a energia nuclear gerou em 2020 70,6% da eletricidade na França, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Nos Estados Unidos representou quase 20%.

“Precisamos retomar o fio da grande aventura da energia nuclear civil na França”, destacou Macron, que em outubro já anunciou o investimento de 1 bilhão de euros (1,114 bilhão de dólares) em reatores modulares pequenos (SMR), em seu plano para reindustrializar seu país.

O anúncio foi feito em uma fábrica de turbinas Arabelle, fundamentais para equipar os reatores EPR, EPR2 e SMR, pertencentes à americana GE Steam Power, mas que são incluídas no acordo de exclusividade anunciado nesta quinta-feira pelo EDF para comprar atividades nucleares desta empresa.

Desse modo, a França recupera essa estratégica fábrica para o setor nuclear que Emmanuel Macorn, então ministro da Economia do presidente socialista François Hollande, vendeu em 2015 à General Electric. “Era isso ou fechar” as atividades, defendeu ele nesta quinta-feira.

Desde então, a pandemia de covid-19, que paralisou temporariamente as cadeias de abastecimento mundiais, expôs a dependência da França das indústrias estrangeiras e, a nível europeu, foi adotado um plano de recuperação que passa pela transição ecológica e digital.

Embora entre a classe política francesa exista um certo consenso a favor da energia nuclear, sua inclusão pela Comissão Europeia como investimento “verde”, para facilitar a chegada de dinheiro, dividiu os países da União Europeia (UE).

Essa proposta do Executivo comunitário, defendida pela França e que ainda será debatida pela Eurocâmara, foi rejeitada por Alemanha, Luxemburgo e Áustria, que anunciou inclusive um recurso na Justiça europeia, assim como ONGs e grupos ambientalistas.

Macron “está condenando a França a um século de (energia) nuclear”, afirmou antes de seu anúncio o candidato ambientalista à presidência de abril Yannick Jadot, que lembrou dos 17 bilhões de euros e custos extras e o atraso na construção do EPR de Flamanville (oeste).

Essa não é a única polêmica. O EDF anunciou nos últimos meses a suspensão da atividade de vários reatores por problemas de corrosdão nos sistemas de segurança ou para realizar controles, um fato que para Macron comprova a “segurança” do seor na França.

Os novos reatores anunciados serão do tipo EPR e são considerados mais simples e baratos de construir, já que se beneficiam do efeito em série – contrução por pares – e da pré-fabricação na fábrica ou modularização.

Porém, diante do tempo de fabricação dos novos EPR2 e da emergência climática, os planos da França passam também por dobrar a produção de eletricidade de fontes renováveis até 2030, impulsionando a solar e construindo 50 parques eólicos no mar.

“Não há produção industrial estável se não houver energia estável aos preços mais competitivos”, destacou Macron em seu discurso, no qual também expressou os benefícios para a “transição energética e climática”, para a “soberania” e o “poder aquisitivo”.

Com essa última referência, o presidente – que ainda não anunciou sua esperada candidatura à reeleição na presidencial de abril – tocou na principal preocupação dos franceses, em um contexto de aumento dos preços da energia a nível mundial.
https://www.istoedinheiro.com.br/franca ... -reatores/




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Re: Geopolítica Energética

#1058 Mensagem por J.Ricardo » Sex Mar 11, 2022 11:33 am

https://revistaoeste.com/brasil/pela-pr ... Am8zcQg7TU
Pela primeira vez, energia solar no Brasil supera hidrelétrica de Itaipu
De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao país quase R$ 75 bilhões em novos investimentos

A geração de energia solar no Brasil ultrapassou, pela primeira vez neste mês, a capacidade instalada da usina hidrelétrica de Itaipu — que é de 14 gigawatts —, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

O país superou a marca de 14 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os pequenos sistemas de geração própria.

De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil quase R$ 75 bilhões em novos investimentos, gerando R$ 21 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Desde 2012, o setor criou 420 mil empregos.




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Re: Geopolítica Energética

#1059 Mensagem por gabriel219 » Sex Mar 11, 2022 12:34 pm

É o que venho dizendo. Fotovoltaica e Eólica tem que ficar com a iniciativa privada mesmo. O Estado agora tem que focar em terminar Angra com quatro reatores, construir mais uma de grande porte e reatores de 3ª+ ou 4ª geração, além das SMNR, utilizando uma versão menor do reator Brasileiro para criar mini usinas, especialmente no Norte. Dá para ficarmos totalmente independentes de termoelétricas e das chuvas até 2035, desde que seja levado a sério isso.




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Re: Geopolítica Energética

#1060 Mensagem por knigh7 » Seg Mar 14, 2022 11:02 pm

@Duka ,

Sabe dizer se está em andamento projetos de construção de refinarias no Brasil?




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Re: Geopolítica Energética

#1061 Mensagem por Duka » Qua Mar 16, 2022 4:53 pm

knigh7 escreveu: Seg Mar 14, 2022 11:02 pm @Duka ,

Sabe dizer se está em andamento projetos de construção de refinarias no Brasil?
Da Petrobras somente está previsto investimento na RNEST (Abreu e Lima, Pernambuco). A ideia (de acordo com o plano de negócios 2022 - 2026) é finalizar o segundo trem de refino e depois privatizar.

Sei que tem uma refinaria privada (empresa brasileira de capital israelense) em projeto no porto de Pecem. Mas já tem anos que falam e falam, e nada (e seria mais voltada a combustível de navio, na ordem de 100 k barris/dia).

Fora isso, não me vem nenhuma outra na memoria.
Comperj e Premium I e II foram mortas e enterradas.




Abraços
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Re: Geopolítica Energética

#1062 Mensagem por knigh7 » Sáb Mar 19, 2022 1:53 pm

@Duka

Pela Petrobrás então se percebe que iremos continuar tendo de enviar o petróleo cru para o exterior para fazer o refino. Sabe se há empresas interessadas em construir refinarias aqui afim de atender a demanda reprimida?




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Re: Geopolítica Energética

#1063 Mensagem por Duka » Sáb Mar 19, 2022 2:04 pm

Oi @knigh7 ,

A Petrobras firmou um acordo com o CADE se comprometendo a vender ao menos 50% da capacidade instalada de refino. A ideia é ficar com "apenas" com as refinarias do RJ e SP.
Até agora apenas a da Bahia foi alienada, as outras está meio enrolado, algumas até voltou a estaca zero (REFAP-RS e REPAR-PR) (não por falta de vontade de vender, foi mais por falta de acordo/preço justo).

Como empresa, ao menos no que chega de infos "abertas" (nada do que eu escrevo aqui são infos classificadas, são disponíveis ao mercado, por óbvio) não existe perspectiva de se voltar a construir refinarias (a excessao de terminar a RNEST).

Portanto, até onde entendo do mercado, e sabendo que as empresas não estão nem mesmo querendo comprar as refinarias já prontas a venda, o Brasil vai continuar dependendo de importação sim (a menos de uma eventual mudança política no Brasil, com o retorno da política de "PETROBRAS indutora do crescimento nacional" em detrimento da "PETROBRAS vaca leitura de dividendos da bolsa").


A Petrobras e demais petroleiras não investem tanto em refino simplesmente pq da muito pouco lucro. Upstream (produção de petróleo) tem margens absurdamente mais elevadas que o downstream (refino e demais setores).




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Re: Geopolítica Energética

#1064 Mensagem por knigh7 » Sáb Mar 19, 2022 7:32 pm





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Re: Geopolítica Energética

#1065 Mensagem por FIGHTERCOM » Qui Mar 24, 2022 10:24 pm

A velha mania dos europeus de dizerem o que devemos ou não fazer. Isso daí deu "certim" nas bandas de lá, tudo ecoverde. A Rússia agradece... :roll:

Roberta Bonomi: "Brasil não precisa de mais geração a gás, a carvão ou nuclear"

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Abraços,

Wesley




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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