Aviação do Exército

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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gabriel219
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Re: Aviação do Exército

#4696 Mensagem por gabriel219 » Qua Mar 09, 2022 8:28 am

É isso ou o EB aproveita a bagunça e pega aqueles Vipers que os Marines encostaram, que estão relativamente novos. Duro é convencer o EUA a deixar integrar HeliCOAT neles e operarmos Spike a partir dos Vipers.




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Viktor Reznov
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Re: Aviação do Exército

#4697 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Mar 09, 2022 9:41 pm

gabriel219 escreveu: Qua Mar 09, 2022 8:28 am É isso ou o EB aproveita a bagunça e pega aqueles Vipers que os Marines encostaram, que estão relativamente novos. Duro é convencer o EUA a deixar integrar HeliCOAT neles e operarmos Spike a partir dos Vipers.
Conhecendo o EB, eles provavelmente comprariam dois mísseis Spike pra cada helicóptero e se dariam por satisfeitos por deu o mínimo necessário pra formar doutrina.

PS: HelicCOAT?




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Re: Aviação do Exército

#4698 Mensagem por knigh7 » Qua Mar 09, 2022 10:43 pm

Eu tenho até receio dos M119A2 e M198 que viriam para o EB acabarem indo para a Ucrânia afim de reconstruírem o Exército deles que está um caco. O que dirá Vipers e Cobras.




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Re: Aviação do Exército

#4699 Mensagem por gabriel219 » Qui Mar 10, 2022 7:28 am

Viktor Reznov escreveu: Qua Mar 09, 2022 9:41 pm
gabriel219 escreveu: Qua Mar 09, 2022 8:28 am É isso ou o EB aproveita a bagunça e pega aqueles Vipers que os Marines encostaram, que estão relativamente novos. Duro é convencer o EUA a deixar integrar HeliCOAT neles e operarmos Spike a partir dos Vipers.
Conhecendo o EB, eles provavelmente comprariam dois mísseis Spike pra cada helicóptero e se dariam por satisfeitos por deu o mínimo necessário pra formar doutrina.

PS: HelicCOAT?
HeliCOAT - hoje em dia não é chamado mais por esse nome, pois registraram em um simulador, mas é para relembrar - é um sistema da Rafael utilizado para integrar os mísseis Spike LR, ER, NLOS e LAHAT em quaisquer plataformas. Esse sistema possuí ópticos frontais orgânicos, o que dispensa grandes homologações. Isso faz com que o Spike seja o míssil mais utilizado em helicópteros mundo a fora, sendo utilizado no Wildcat, Apache, Cobra, SuperCobra, Mi-17, Hind, W3, UH-60 e assim vai. Esse cabide pode vir sem os sistemas ópticos que citei anteriormente, já que a Rafael oferece integração com link de fibra-óptica até os cabides, que podem ser quádruplos ou duplos.

Imagem

Eu sempre falei aqui que a demanda que as três forças possuem com armas anticarro é gigantesca. A FAB precisa dar ao A-29 capacidade anticarro, pois o Gripen é caro demais pra essa função e o AMX vai dar baixa logo, além da mesma não ter mais o Sabre; a Marinha idem, tanto para terrestre (CLU pra Infante e viaturas) quanto para aéreo e naval (Wildlynx e Seahawk, além do Spike ter versão para navios de patrulha); e o Exército nem se fala, irá adquirir mísseis para os Pantera e os Esquilos, tem a necessidade de operar Pelotões Anticarro em Unidades e Cias Anticarro em Grande Unidades.

Pro EB:
Imagem

Ainda posso citar VANT's e entre outros. É uma demanda enorme para mísseis, mesmo que não sendo comprados aos milhares, do qual não vejo necessidade, mas o suficiente para adquirir uns 600 mísseis e ir produzindo cadenciadamente, com 30% da capacidade, todo o ano e ter a produção nacional das quatro versões, SR, LR2, ER2 e NLOS.

O Tio Jacó ofereceu a produção dessas quatro versões pros Indianos por uma compra inicial de 1 mil mísseis. Lembre que Chile, Peru, Colômbia e Ecuador utilizam Spike e são futuros clientes para esses mísseis, que ficaria até melhor para a Rafael se fossem produzidos aqui, aumentaria um possível lucro com Royalties.

Mesmo com tudo que está ocorrendo, creio que ainda dá sim pro EB operar os Mi-35 e substituir seus mísseis, que são apenas fabricados na Rússia, pelos Israelenses. Munição 23 mm é fabricada por ai a rodo e sem dúvidas existe estoque de peças, aliás até vindos da Rússia, já que não há interrupção no fornecimento de fertilizantes.




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Re: Aviação do Exército

#4700 Mensagem por knigh7 » Qua Mar 16, 2022 7:19 pm





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Re: Aviação do Exército

#4701 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 17, 2022 12:25 pm

Pensando em logística, volto a frisar a necessidade de termos na Avex helos pesados capazes de fazer o serviço de apoio direto aos Bavex.
Melhor ainda, é tempo de rever e priorizar a organização atual da Avex e seus 4 batalhões de sempre.

Seria bom pensar nesta opções para o futuro:

Imagem

Como tenho dito aqui, seria no mínimo plausível que a Avex evoluísse para ao menos um Bavex por comando de área militar, ou seja, termos pelo menos 8 Bavex no exército. O ideal me parece seria dispor de um batalhão por região militar, mas aí já seria querer demais para um país que despreza o tema defesa desde sempre.

A inserção dos VANT na Avex apesar de todo o atraso é bem vinda e chega em boa hora. Eles irão prover capacidades que até então eram apenas vistas nos estudos e análises doutrinárias das academias e centros de formação. É um pequeno passo, mas importante demais para sairmos do quase zero em que o EB se encontra nesta matéria.

Sou de opinião também que deveria haver investimento na formação de Companhias de Aviação nos 7 comandos de fronteira da região norte, abrangendo o CMA e CMN. Tais companhias poderiam ser equipadas com helos médio-leve e médios, na categoria dos AW-139\149 e H-145 a fim de oferecer o suporte in loco para os BIS e demais OM localizadas naquelas áreas fronteiriças a fim de não dependerem totalmente dos Bavex nas capitais. Isto com certeza propiciaria maior e melhor capacidade operacional àquelas OM e por tabela também permitiria ao EB negociar quiçá o investimento em linhas de produção\montagem de helos no Brasil, visto as quantidades a serem adquiridas. Sendo um pouco mais otimista, seria possível até mesmo dotar estas CiaAvex de helos de ataque a fim de prover o apoio de fogo necessário as operações além de cumprir também missões ISR na fronteira. Uma proposta de composição poderia ser esta:

Cmdo
Pel Cmdo
1 Esquadrilha Tranporte \ Emprego Geral - 4 a 6 helos
2 Esquadrilha Manobra - 8 a 12 helos
1 Esquadrilha Reconhecimento \ Ataque (opcional) - 4 a 6 helos

Total Geral para equipar 7 CiaAvex:

Tranporte \ Emprego Geral - 28 a 42 helos
Manobra - 56 a 84 helos
Reconhecimento \ Ataque (opcional) - 28 a 42 helos

Aparentemente seriam quantidades proibitivas para o orçamento do EB, mas considerando que o investimento poderia trazer uma série de off set para o país no sentido de viabilizar outras linhas de produção, e outros adendos industriais e comerciais até mesmo para a BID, se bem negociado ele é possível de ser atingido no médio e longo prazo. Na somatória geral equipar estas 7 possíveis OM de aviação na fronteira seriam necessários de 84 a 126 considerando apenas os helos de manobra e transporte\emprego geral. Se adicionados eventuais helos de ataque, podemos podemos chegar a uma encomenda potencial de 112 a 168 helos.

Parece muito, e com certeza deve ser para um país que vive de costas para o mar, e indiferente ao que acontece em suas fronteiras. Mas não é impossível.




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Re: Aviação do Exército

#4702 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 17, 2022 12:52 pm

Imagem

https://www.cavok.com.br/russian-helico ... rte-pesado

Anos atrás este foi o primeiro desenho do pré-projeto do novo helo pesado sino-russo. Aparentemente ele não será adotado com os chineses apresentado um novo modelo posteriormente.
Seria interessante pensar nas possibilidades que este projeto pode nos oferecer no futuro quando ao estabelecimento de uma capacidade de transporte e manobra pesado para a Avex, e mesmo para FAB e MB.
Um dos parâmetros que se poderia eventualmente utilizar como referência para a definição das quantidades a serem adquiridas é o apoio integral a uma OM do tamanho de batalhão de infantaria como sendo o mínimo para equipar cada Bavex, em temos de transporte de tropas e movimentação de carga.
Ainda está em aberto algumas definições sobre as características deste helo pesado sino-russo, mas a priori, o que já se sabe sobre ele é que terá uma capacidade de 10 a 15 ton de carga suspensa, 630 kms de alcance e 300 km\h de velocidade. A última notícia que se tem é que ele está programado para ser entregue as forças chinesas em 2032, com cerca de 200 unidades já pré-encomendadas apenas para a China.
Supondo que este helo possa transportar pelo menos metade da capacidade do Mi-26 que é de 82 pax, então com 42 infantes a bordo seriam necessários até 4 destes helos para transportar uma Cia de Inf em manobra de assalto, como reza a doutrina atual da Avex. Para levar a termo um assalto em nível btl inf, algo que não temos hoje como fazer por um único Bavex, seriam necessários16 helos pesados. Então, podemos sugerir que cada Bavex deva possuir de 12 a 16 desses helos pesados. Com apenas 4 Bavex hoje, isso sugere uma aquisição de 48 a 64 helos pesados para a aviação do exército.
Novamente, um número surreal para a nossa realidade, mas não impossível.
Seria o momento oportuno para refletir qual a importância da aviação do EB em termos de capacidades operacionais dentro da força.
A ver.




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Re: Aviação do Exército

#4703 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 04, 2022 1:45 pm

Com licença do amigo RobsonCruz, penso que fica bem esta notícia aqui também.
RobsonBCruz escreveu: Sex Abr 01, 2022 10:37 am PORTARIA – EME/C Ex Nº 674, DE 22 DE MARÇO DE 2022

Aprova a Diretriz de implantação do Destacamento de Aviação do Exército no Comando Militar do Norte, com sede em Belém-PA (EB20-D.03-075).
................
c. Premissas para a implantação do DstAvEx no CMN

1) O DstAvEx no CMN, em Belém-PA, será ativado na área da Base Aérea de Belém, por intermédio de um Acordo de Cooperação entre o CMN e o I COMAR com efetivo de 61 (sessenta e um) militares, entre oficiais e praças, e 1 (uma) Seção de Aviação do Exército.

2) Será firmado um Acordo de Cooperação com a Marinha do Brasil com o objetivo de apoiar a manutenção das Aeronaves (Anv) pelo Esquadrão HU-41, que já se encontra instalado na área da Base Aérea de Belém.
.................
10) Deverão ser distribuídas aeronaves modelo Jaguar (HM-4) para o DstAvEx no CMN. O quantitativo de aeronaves ainda será definido. Tal distribuição se deve à necessidade de utilização da estrutura de manutenção do Esquadrão HU-41 da Marinha do Brasil (MB), que opera o mesmo modelo de aeronave e encontra-se operacional na área da Base Aérea de Belém.
Como já alardeava algum tempo, e até em função de comentários dos cmtes do CMN, atuais e anteriores, em favor da necessidade daquele grande comando dispor de uma OM da Avex em seu apoio direto, o exército resolveu se mexer e aproveitar o apoio da MB e FAB para dispor ao CMN de um mínimo de recursos neste aspecto.
Aquela unidade servirá às 22a e 23a Bda Inf Slv as quais se encontram subordinadas ao CMN, cobrindo a região dos Estados do Pará, Amapá e partes do Tocantins e Maranhão.
Espera-se que no futuro com a chegada de todos os 16 H225M que se tem a receber, o CMN possa contar com uma GU na forma de um Bavex, que presumo, possa ser o 2o Bavex, hoje estacionado em Taubaté junto com o 1o Bavex.
Com apenas 16 helos e 4 Bavex a serem atendidos, e a aposentadoria dos HM-2 e HM-3 no visor, é mister dizer que novos helos de manobra são mais que necessários para cobrir esta estrutura, que na minha opinião, ainda é limitada e insuficiente para atender todas as necessidades do exército.
Mas uma coisa de cada vez.




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Re: Aviação do Exército

#4704 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 04, 2022 2:45 pm

Com a devida licença do amigo Knigh7, respondo aqui esse questionamento.
knigh7 escreveu: Seg Abr 04, 2022 12:24 am Olha, se o EB precisar de transportar 3,5 toneladas de material com aeronaves próprias, é uma falta da FAB, que deveria cumprir essa missão.

Eu sou favorável que o EB tenha aeronaves de asa fixa de porte pequeno, para cumprir missões de ligação, assim como ocorre com o US Army: para transportar 1 general, levar 2 militares, levar um soro antiofídico, para essas missões titica não precisa ficar enchedo o saco da USAF. Um dúzia de Grand Caravans (6 para a Amazônia)e 6 para as outras regiões do Brasil, já seriam o suficiente.

Portanto, não concordo que o EB tenha aeronaves como o Sherpa. Atividade para aeronaves desse porte deve ser de responsabilidade da FAB.
Do ponto de vista da distribuição logística aos PEF e outras OM de fronteira, os Sherpa, o ATL-100 ou o STOUT da Embraer estariam de bom tamanho, já que a carga paga deles gira entre 2 e 3 ton. Considerando que estes aviões operariam de Manaus, a carga deles na verdade seria bem menor que isso, no caso de voos no stop até as bases da FAB na fronteira ou mesmo direto aos PEF. Esta é a organização da distribuição atual que FAB e Avex realizam na região norte.

Por outro lado, fazer viagens de quase ou mais 1 mil kms para transportar tão pouca carga ou pax é no mínimo questionável se a Avex operar somente de Manaus, sede do 4o Bavex e\ou de Belém, onde haverá mais uma OM da aviação do exército.

Mas se ela dispuser de bases de desdobramento, ou mesmo permanentes, nas sedes das OM que são comandos de fronteira, 7 ao todo hoje, então a existência destas aeronaves se justifica e potencializa, assim como a própria existência de helos da Avex naquelas localidades.

Esta nova organização do ponto de vista do apoio logístico e pessoal faz todo o sentido até porque estas bases do exército ao longo da fronteira são, não raro, as únicas que contam com os recursos necessários para a realização das muitas e missões de cunho civil demandadas as ffaa's, e que exigem praticamente quase metade do tempo de voo disponível para elas.

A disposição de aeronaves leves como os ATL-100, STOUT, e até mesmo o projeto do IPE-014, baseados nas OM de fronteira dispensam a FAB da responsabilidade com a logística de distribuição capilar do EB, ficando ele mesmo responsável por esta questão. O que de fato foi tentado com a ideia da aquisição dos Sherpa.

Se o EB vier a dispor de tais aeronaves também nas sedes dos Bavex nas outras regiões, além do CMA e CMN, elas podem realizar também as mesmas missões de emprego logístico, principalmente no centro-oeste e no nordeste, onde as missões militares costumam se misturar comumente com ACISO, MMI, SAR e outras de apoio ao poder público nas várias esferas.

Penso que caberia à FAB no futuro investir na sua aviação tática na forma do KC-390, de forma obter uma capacidade tal que proveja as necessidades dela e das demais forças, E isso já é muita coisa. E ainda tem os ETA, que continuarão com suas missões, complementando as necessidades das demais forças, mas já sem todo o peso de carregar esse piano sozinhos.




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Re: Aviação do Exército

#4705 Mensagem por gogogas » Seg Abr 04, 2022 7:51 pm

A grande questão é a FAB , ainda tenho certeza que não chegaram a um acordo com está ideia do EB ter aviões de asa fixa ....




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Re: Aviação do Exército

#4706 Mensagem por knigh7 » Ter Abr 05, 2022 1:03 am

FCarvalho escreveu: Seg Abr 04, 2022 2:45 pm Com a devida licença do amigo Knigh7, respondo aqui esse questionamento.
knigh7 escreveu: Seg Abr 04, 2022 12:24 am Olha, se o EB precisar de transportar 3,5 toneladas de material com aeronaves próprias, é uma falta da FAB, que deveria cumprir essa missão.

Eu sou favorável que o EB tenha aeronaves de asa fixa de porte pequeno, para cumprir missões de ligação, assim como ocorre com o US Army: para transportar 1 general, levar 2 militares, levar um soro antiofídico, para essas missões titica não precisa ficar enchedo o saco da USAF. Um dúzia de Grand Caravans (6 para a Amazônia)e 6 para as outras regiões do Brasil, já seriam o suficiente.

Portanto, não concordo que o EB tenha aeronaves como o Sherpa. Atividade para aeronaves desse porte deve ser de responsabilidade da FAB.
Do ponto de vista da distribuição logística aos PEF e outras OM de fronteira, os Sherpa, o ATL-100 ou o STOUT da Embraer estariam de bom tamanho, já que a carga paga deles gira entre 2 e 3 ton. Considerando que estes aviões operariam de Manaus, a carga deles na verdade seria bem menor que isso, no caso de voos no stop até as bases da FAB na fronteira ou mesmo direto aos PEF. Esta é a organização da distribuição atual que FAB e Avex realizam na região norte.

Por outro lado, fazer viagens de quase ou mais 1 mil kms para transportar tão pouca carga ou pax é no mínimo questionável se a Avex operar somente de Manaus, sede do 4o Bavex e\ou de Belém, onde haverá mais uma OM da aviação do exército.

Mas se ela dispuser de bases de desdobramento, ou mesmo permanentes, nas sedes das OM que são comandos de fronteira, 7 ao todo hoje, então a existência destas aeronaves se justifica e potencializa, assim como a própria existência de helos da Avex naquelas localidades.

Esta nova organização do ponto de vista do apoio logístico e pessoal faz todo o sentido até porque estas bases do exército ao longo da fronteira são, não raro, as únicas que contam com os recursos necessários para a realização das muitas e missões de cunho civil demandadas as ffaa's, e que exigem praticamente quase metade do tempo de voo disponível para elas.

A disposição de aeronaves leves como os ATL-100, STOUT, e até mesmo o projeto do IPE-014, baseados nas OM de fronteira dispensam a FAB da responsabilidade com a logística de distribuição capilar do EB, ficando ele mesmo responsável por esta questão. O que de fato foi tentado com a ideia da aquisição dos Sherpa.

Se o EB vier a dispor de tais aeronaves também nas sedes dos Bavex nas outras regiões, além do CMA e CMN, elas podem realizar também as mesmas missões de emprego logístico, principalmente no centro-oeste e no nordeste, onde as missões militares costumam se misturar comumente com ACISO, MMI, SAR e outras de apoio ao poder público nas várias esferas.

Penso que caberia à FAB no futuro investir na sua aviação tática na forma do KC-390, de forma obter uma capacidade tal que proveja as necessidades dela e das demais forças, E isso já é muita coisa. E ainda tem os ETA, que continuarão com suas missões, complementando as necessidades das demais forças, mas já sem todo o peso de carregar esse piano sozinhos.
Olá, Carvalho.

Eu não pensei nos Caravans da Avex operando apenas à partir de Manaus na Região Norte. Como no Sisfron haverá destacamentos da AvEx operando em RR, AC e talvez Tabatinga (não me lembro ao certo dessa última cidade) poderia haver uma distribuição.

A FAB na Amazônia realiza missões periódicas dentro do planejado, com um número de horas previstos anualmente para o EB. O problema está nas missões inopinadas Do mesmo modo que a FAB presta socorro as populações da região em missões ACISO uma parte das missões inopinada par o EB pode ser abarcado.

Mas obviamente, como ocorre com o US Army ter aeronaves executivas e de pequeno porte porque nem a USAF tem saco para ficar atendendo todas as missões inopinadas titicas e aí entra a justificativa para essa Força ter aeronaves como eu citei.

Eu falei e meia dúzia de Grand Caravans (ou pode ser outro do tipo) para o EB na Amazônia porque a ideia seria apenas um pequeno complemento para missões de ligação, sendo que parte das aeronaves podem ficar desdobradas fora de Manaus.

A outra meia dúzia ficariam distribuídas nos Comandos Militares de área fora da Amazônia. Mas apenas como um pequeno complemento à FAB.




Editado pela última vez por knigh7 em Ter Abr 05, 2022 8:06 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Aviação do Exército

#4707 Mensagem por Matheus » Ter Abr 05, 2022 8:47 am

Não cheguei a ver q notícia aqui, mas li há poucos dias que a FAB comprou meia dúzia de C-47 (!) Pra operar na Amazônia....claro, uma versão modernizada.




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Re: Aviação do Exército

#4708 Mensagem por Lucubus » Ter Abr 05, 2022 8:56 am

Matheus escreveu: Ter Abr 05, 2022 8:47 am Não cheguei a ver q notícia aqui, mas li há poucos dias que a FAB comprou meia dúzia de C-47 (!) Pra operar na Amazônia....claro, uma versão modernizada.
Matheus, esta notícia que voce leu, foi uma brincadeira de 1º de abril.... :lol:

slds




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Re: Aviação do Exército

#4709 Mensagem por Matheus » Ter Abr 05, 2022 11:07 am

Lucubus escreveu: Ter Abr 05, 2022 8:56 am
Matheus escreveu: Ter Abr 05, 2022 8:47 am Não cheguei a ver q notícia aqui, mas li há poucos dias que a FAB comprou meia dúzia de C-47 (!) Pra operar na Amazônia....claro, uma versão modernizada.
Matheus, esta notícia que voce leu, foi uma brincadeira de 1º de abril.... :lol:

slds
sério? rsrs, achei estranha mesmo... mas levando em conta as nossas forças, nem me dei por conta.




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Re: Aviação do Exército

#4710 Mensagem por FCarvalho » Qua Abr 06, 2022 10:54 pm

knigh7 escreveu: Ter Abr 05, 2022 1:03 am Olá, Carvalho.
Eu não pensei nos Caravans da Avex operando apenas à partir de Manaus na Região Norte. Como no Sisfron haverá destacamentos da AvEx operando em RR, AC e talvez Tabatinga (não me lembro ao certo dessa última cidade) poderia haver uma distribuição.
A FAB na Amazônia realiza missões periódicas dentro do planejado, com um número de horas previstos anualmente para o EB. O problema está nas missões inopinadas Do mesmo modo que a FAB presta socorro as populações da região em missões ACISO uma parte das missões inopinada par o EB pode ser abarcado.
Mas obviamente, como ocorre com o US Army ter aeronaves executivas e de pequeno porte porque nem a USAF tem saco para ficar atendendo todas as missões inopinadas titicas e aí entra a justificativa para essa Força ter aeronaves como eu citei.
Eu falei e meia dúzia de Grand Caravans (ou pode ser outro do tipo) para o EB na Amazônia porque a ideia seria apenas um pequeno complemento para missões de ligação, sendo que parte das aeronaves podem ficar desdobradas fora de Manaus.
A outra meia dúzia ficariam distribuídas nos Comandos Militares de área fora da Amazônia. Mas apenas como um pequeno complemento à FAB.
As missões de ligação são via de regra dos ETA, que respondem diretamente aos COMAR, e estes ao COMAE. Como a FAB tem de dar conta da ligação de comando dela mesma, do EB e da MB, além dos demais órgãos públicos federais dentro da esfera de responsabilidade daquelas GU, me parece que seria "simples" resolver esta questão em específico com isto aqui:

Imagem
Phenom 100

Bons, bonitinhos e baratos, além de dentro do orçamento da FAB de forma a serem adquiridos em quantidades razoáveis para operem nos 6 ETA que hoje a FAB mantém. E eles fazem de um tudo um pouco no 6o ETA em Brasília. E serviriam como uma luva para missões de ligação, principalmente. Dotar cada ETA com 4 a 6 deles deixaria a FAB bem melhor arrumada para fazer esse serviço de formiguinha que a ligação de comando das forças e ainda dar conta das mil e uma missões subsidiárias que engordam as horas de voo dos seus esquadrões de transporte.

Eles conseguem operar praticamente em todos os PEF sem problemas, além das muitas pistas curtas existentes nas regiões de fronteira no centro oeste e sul do país.

O que for a mais ou além das capacidades dos jatos da Embraer os helos e futuros aviões de transporte das forças complementam.

edit: e por falar em Phenom 100... olha só o que eu achei. :mrgreen: 8-]
https://www.flightmarket.com.br/pt/aero ... phenom-100




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