vplemes escreveu: Qua Mar 16, 2022 10:14 pm
FCarvalho escreveu: Qua Mar 16, 2022 9:50 pm
A pergunta é: como eles vão levar esses S-300 (nada pequenos eles...) para a fronteira ucraniana e entregar sem que os russos não lancem uma ou mais bombas\mísseis neles antes de atingirem seus lugares de emprego...
Outro dia Putin ameaçou dar o troco a qualquer um no ocidente que enviasse material para os ucranianos e que fossem usados contra tropas russas. O que obviamente é o objetivo destes sistemas.
É o mesmo problema da Polônia com os Mig-29 (quase) doados.
Todo mundo quer ajudar, mas ninguém quer se comprometer com a ajuda.
Aliás, além dos Mig polacos, a Hungria ainda tem os seus, mas todos já fora de serviço, enquanto a Romênia tinha as dezenas deles, mas todos praticamente só servem como sucata e quiçá oferecer peças de reposição aos ucranianos para o que sobrou da força aérea deles.
Todos os países do leste europeu ex=pacto de Varsóvia praticamente estão entupidos de material soviético mas não podem, ou não querem, doar para os ucranianos para não se exporem e no final acabarem na mesma situação daquele país.
Romênia, Eslováquia, Polônia e Bulgária usam ou irão utilizar o F-16 em suas mais diversas versões. O problema é fazer estes aviões chegarem a tempo naqueles países de forma a torná-los operacionais antes que sejam necessários. E os USA ao que parece não estão com pressa nenhuma de adiantar a entrega de nenhum dos novos F-16V aos seus "parceiros" do leste.
Bem, todos os dias estão chegando um monte de novas armas para os ucranianos. O presidente Biden acaba de ordenar mais 800 milhões de dólares em ajuda militar. Imagino que essas armas estejam chegando para os ucranianos (eles não parecem carecer de poder de fogo até o momento). Claro, sempre existem os foderásticos chechenos fantasmas para impedir a chegada dessas armas né?
Os russos muito provavelmente estão se abstendo de atacar diretamente as cidades fronteiriças ucranianas a fim de evitar problemas antes do tempo com a Otan, caso algum sistema empregado resolva falhar e entrar no lugar errado.
Mas é certo que ele monitoram ao menos a parte aérea do oeste ucraniano, e mesmo a terrestre via drones e satélites, coisa que não lhes falta em termos de capacidade.
E se estão deixando tudo isso passar, bem, alguma coisa tem aí. Tanto Otan quanto Moscou tem recursos ISR de sobra para monitorar cada passo que o outro lado dá, e nesta guerra na Ucrânia não deve ser diferente.
Porque eles não estão atuando diretamente para frear as linhas de abastecimento ainda vamos saber.
Os norte americanos e europeus sabem muito bem que Moscou tem capacidade para, se quiser, intervir diretamente no apoio prestado em armas e equipamentos, e tudo o mais, no oeste ucraniano. Mas suponho que deva haver uma espécie de "acordo" de limites para o que vem sendo feito. Ou não.
Se os russos resolverem fechar a fronteira ucraniana com a Otan o que mais há são tropas de assalto aéreo que podem iniciar um cerco as cidades e controlar as estradas de forma a impedir, ou no mínimo dificultar aa sua entrada no país. E os bielorussos seriam usados para isso também, já que estão por ali mesmo. Um eventual ataque aquela região no estilo dos primeiros dias da guerra não se pode descartar de todo. E me parece que talvez isso seja apenas questão de tempo até acontecer. O problema é saber quando os russos farão isso.