Eu sinceramente Gabriel por mais que entenda estas possibilidades que o K-2 permite aos seus usuários no futuro, vejo isso como um sonho de verão para o EB, que mal ou bem, continua sendo essencialmente uma força militar muito mais antenada e preocupada com a vida política interna do país do que com sua missão primária que é defendê-lo.gabriel219 escreveu: Sáb Dez 18, 2021 11:49 pm A diferença é que o K1A2 está no LIMITE de sua modernização, não há mais como melhorar a blindagem dele sem piorar seu desempenho, é um MBT já submotorizado com 1200hp's, fora o próprio design complicar qualquer coisa nele. Já o K2, mais caro, tem expectativa de receber canhão ETC, transmissão elétrica, blindagem eletromagnética e baterias de alta capacidade, já está recebendo suspensão ativa do programa PIP.
Qualquer MBT que comprarmos, será pra operar 50 anos!
Quer mesmo investir barato do K1A2, pra daqui a 20 anos ele já ser obsoleto e ficarmos com ele mais 30 anos sem perspectiva de modernização? Não aprendeu o suficiente disso com o Leopard 1BE e 1A5? Não é possível!
Veja que poderíamos ter substituído os M-41 por Leo II há mais de 10 anos atrás, e não o fizemos por uma série de razões, que vão desde limitações orçamentárias e de custos até questões logísticas e humanas desse mesmo exército. Se elas são aceitáveis ou não, há de se analisar.
Se olharmos como o tema Defesa é tratado no Brasil, e sabedores desta realidade, fica muito difícil para qualquer um que esteja na pele do comandante do EB decidir entre o certo e o duvidoso. Ou seja, entre um CC de versão anterior com menos possibilidades de desenvolvimento, mas que cabe no bolso e é suficiente perante o que temos aqui na vizinhança pelo menos até 2050, e outro que pode ir até 2070 sendo modernizado e que trás consigo tudo do bom e do melhor mas que não seremos na prática capazes de manter e operar, e muito provavelmente, menos ainda de aproveitar todas as suas qualidades tecnológicas, por estarmos sempre na situação de ter de escolher entre cobrir a cabeça ou os pés.
O que vai acontecer quando a VBC CC estiver resolvida? O EB vai arrumar outra conta para tentar pagar, ou seja, as VBC Fuz, que é um trem que pode sair mais caro ainda que os CC, dadas as quantidades e valores envolvidos. E isso logo na sequência em que estaremos recebendo e começando a operar os primeiros CC novos e tentando adaptar toda a atual infraestrutura a ele.
Simplesmente não tem e não haverá recursos para tudo isso ao mesmo tempo. E nem para outros projetos tão ou mais importantes nas demais armas, quadros e serviços. É sempre assim. Tem que cortar de uma lado para poder salvar outro. E assim vamos.