Ministério da Defesa

[FCarvalho]

Trocando em dólares, de modo genérico, o números que me chamaram a atenção:

Com 82 milhões de dólares será possível, se muito, acrescentar um único KC-390 à frota no ano que vem. Isto com certeza ainda acaba mal entre Embraer e FAB/Governo;

Sisfron com apenas 58 milhões de dólares. Não é muito mas já é melhor do que ter verba cortada. O programa segue a sua sina de atraso;

Os valores alocados para a FCT e Gripen E estão de acordo, e permitirão a manutenção dos navios e caças, apesar de que neste último caso, em prejuízo do cargo da Embraer;

O força blindadas receberá 120 milhões de dólares. É bastante dinheiro, e deve apontar para a manutenção da compra dos VBTP Guarani(60?) e dos Iveco LMV(?). O restante do programa, os recursos podem ser utilizados no desenvolvimento das VBE Guarani e, da modernização das demais plataformas bldas como os M-109 e M-113;

Com 86 milhões para o KC-X3 será possível escolher e dar início ao processo de recebimento dos aviões; ainda bem que finalmente este programa vai sair do lugar. Resta ver o vencedor;

São 98 milhões de dólares para a Classe Riachuelo e outros 84 milhões de dólares para o Subnuc. Os novos submarinos da marinha seguem respirando com o nariz fora da água;

E por fim, são 15 milhões de dólares para comprar algum helo de treinamento para FAB e MB. O valor é relativamente pequeno e será possível incluir no máximo de 3 a 4 helos, dependendo do modelo escolhido. É bom ver este projeto sair do lugar.

Manuel, sabes dizer em que pé ficou a questão dos helos do HX-BR e se haverá algum recurso para a substituição dos BH e Cougar da Avex já em 2022? E ainda se a MB tem algum recurso para a substituição dos Esquilo do projeto UHL ou se mantém apenas os 3 H-135 recebidos?

No caso dos AF-1 e KC-2 Trader, os projetos foram aquinhoados com alguma verba na LOA 2022?

Os projetos do NaPaOc BR e do NAPA 500BR tem verba ou continuam na espera de outras fontes de subsídios no caso do FMM?

Grato.

[knigh7]

Vou procurar hoje à noite, Carvalho, para te responder.

O que ficou bastante evidente é que a Defesa, diante das restrições, concentrou fortemente os cortes no projeto KC-390.

[FCarvalho]

Vou procurar hoje à noite, Carvalho, para te responder.
O que ficou bastante evidente é que a Defesa, diante das restrições, concentrou fortemente os cortes no projeto KC-390.

Penso que se queriam dar uma pá de cal no avião da Embraer, acabaram de fazê-lo com apenas 1 unidade sendo encomendada para o ano que vem.
Vai ser muito difícil explicar isso lá fora para os potenciais clientes de exportação. Não queria estar na pele dos executivos da Embraer nesta hora.

[gogogas]

Acredito que o recurso destinado ao KCx3 deveria ser alocado para o KC-390 neste momento , se até agora a FAB se virou para dar conta do recado com tantas obrigações , a força deve investir em seu cargueiro ! Em outra oportunidade ,poderia dar continuidade a este projeto que é importante tbm ...

[knigh7]

Prefiro ver a Embraer reclamando e fazendo pressão a cortarem de outros programas também importantes que ninguém vai dar atenção.

No caso específico do KC-X3 há ainda outro fator que favorece a aquisição: as empresas de aviação comercial ainda sofrem com as consequências do COVID, abrindo o leque de alternativas-e mais baratas.

[knigh7]

Ao procurar no Orçamento aprovado para a MB afim de responder ao @FCarvalho , peguei os valores de outros programas que não havia informado no post da página anterior:

SisGAAz :R$2,6milhões
MANSUP: R$33,06 milhões
NPa 500 ton: R$20,8 milhões

Mas com relação ao programa do Trader e o da modernização dos AF-1 não encontrei nada especificado. SE tiver, pode estar dentro do sequencial 2403 que trata de investimentos para a Recomposição do Poder Naval. Os projetos que constam nele está em alguma separata que eu desconheço.

[Túlio]

Prefiro ver a Embraer reclamando e fazendo pressão a cortarem de outros programas também importantes que ninguém vai dar atenção.

No caso específico do KC-X3 há ainda outro fator que favorece a aquisição: as empresas de aviação comercial ainda sofrem com as consequências do COVID, abrindo o leque de alternativas-e mais baratas.

No fim das contas, a EMBRAER está fazendo o seu papel de empresa privada ao reclamar de uma quebra (parcial) de contrato (afinal, as verbas para o desenvolvimento do 390 continuam fluindo e segue a brecha para não um mas vários processos, e tende a ganhar todos. Assim, prejuízo não está tendo e nem vai ter.

A FAB finalmente viu a diferença entre vacas gordas ("céu de brigadeiro") e vacas magras ("o teto tá baixo") mas, sobretudo, viu que a EMBRAER não é mais a filhinha obediente, agora é adulta, trabalha por conta própria e paga suas próprias contas, logo, tem que aprender a se virar. É o fim de um ciclo apenas, a coisa mais natural da vida, seja de pessoas, seja de empresas.

O mais interessante, no entanto, é algo que foi usado como argumento naquele outro tópico sobre o "casamento" com a BOEING: a FAB tem seu CTA e outros centros de P&D, de onde vem parte importante das tecnologias que fazem a diferença entre o que (e especialmente como) a EMB desenvolve e suas rivais diretas: abrir mão disso aí sim, é jogar dinheiro (e prestígio) no lixo. Como disse, prejuízo não vão ter com o 390 mas especialmente, há mais Programas no horizonte e sem as tecnologias desenvolvidas e repassadas pela FAB isso deve ficar BEM mais caro, prejudicando bastante a competitividade.

E aí até se tiver processo me parece que a própria EMBRAER vai pegar leve (repito, SE tiver processo e SE for mesmo até o fim). Empresa alguma cresce pensando apenas no presente e no futuro imediato, há muito por fazer no longo prazo e, logo, muito dinheiro por ser ganho. É ver que o 390 não tem mais salvação à vista (sempre pode surgir alguma boa surpresa, claro) e bola pra frente, há muito mais a ser feito por ambas as partes.

IMPORTANTE - É apenas a minha opinião de LEIGO, ninguém me falou isso, nem o cabo-barbeiro, nem o Engenheiro, nem o Brigadeiro. Falar em Brigadeiro, o Baptista jr bem que poderia ter seguido uma linha argumentativa mais prática, em alguma coisa semelhante à acima, ao invés daquela pieguice boba de sua lastimável declaração (tipo "Luke, I'm your father" ), que gerou toda essa desnecessária e contraproducente polêmica. IMHO de novo.

[FCarvalho]

Ao procurar no Orçamento aprovado para a MB afim de responder ao @FCarvalho , peguei os valores de outros programas que não havia informado no post da página anterior:
SisGAAz :R$2,6milhões
MANSUP: R$33,06 milhões
NPa 500 ton: R$20,8 milhões
Mas com relação ao programa do Trader e o da modernização dos AF-1 não encontrei nada especificado. SE tiver, pode estar dentro do sequencial 2403 que trata de investimentos para a Recomposição do Poder Naval. Os projetos que constam nele está em alguma separata que eu desconheço.

Valeu pela info Manuel.

Estes dias a MB recebeu a última célula modernizada dos A-4, que é um biplace. Serão apenas 6 aviões. Por isso não deve aparecer nada projetado para este ano no caso dos AF-1.
Quanto ao Trader, por enquanto o projeto segue vivo. Por quanto tempo ainda não se sabe.
Um vergonha o SISGAAZ receber estes um valor tão pífio.
Por outro lado o Mansup continua seu desenvolvimento e o NapA 500 BR parece que finalmente vai sair. Assim espero.
Vamos ver se o Nauta está certo quanto a perspectiva de decisão por um novo NaPaOc para a MB.

[knigh7]

Print de trecho da Lei Orçamentária aprovada para 2022 (estou lendo neste FDS):

Obs 1:houve um erro no resumo abaixo. O que foi efetivamente aprovado para o SISFRON, incluindo as emendas: R$ 329 milhões)
Obs 2: O projeto de aquisição de aeronave de transporte logístico estratégico de pessoal e de carga é o KC-X3 (que provavelmente será o MRTT)


O valor para o desenvolvimento do KC-390 ficou em R$300 mil
Para a modernização do A-1 ficou em R$ 22,5 milhões
Para o programa TH-X ficou em R$89,3 milhões

O Programa mais importante do EB,que é o das Forças Blindadas (que passou a aglutinar as Forças Mecanizadas) só teve uma redução de 0,4% do que foi solicitado. Ufa.

Este é o relatório da comissão que foi votado. Os ajustes que foram necessários eu fiz no próprio post.

[gogogas]

Os gastos de compra vão aumentar ainda mais , boa parte de nosso material está velho e precisando de aposentadoria ! Se tiver um planejamento continuo em compras e atualizações , não teríamos este problema agora ....
Sobre o projeto de helicóptero de instrução , vi alguns boatos que o H-135 tem muita chance de concorrer neste projeto

[prometheus]

EDIT MOD - Túlio

Sigam a thread no Twitter se quiserem ver o resto, assim ficou muito ruim de seguir, um post cheio de repetições e com quase meia página.

[gabriel219]

EDIT MOD - Túlio

Sigam a thread no Twitter se quiserem ver o resto, assim ficou muito ruim de seguir, um post cheio de repetições e com quase meia página.

Eu nunca tive a oportunidade de ler TANTA MERDA na minha vida como acabei de ter esse desprazer.

A transferência de tecnologia dos Submarinos Nucleares é em relação ao casco e, até aonde eu sei, JÁ FOI FEITA. O problema agora sempre foi o reator nuclear, que sempre seria 100% Nacional.

PQP!!!! Depois de mais de 10 anos de debate, inclusive aqui mesmo no DB, tem gente que acha que a França iria transferir a tecnologia até dos reatores nucleares? Tem que ser muito mal caráter ou débil mental!

E que porra tem a ver com pobreza?

Sério, esse talvez tenha sido o pior conjunto de comentários, misturando desconhecimento com coisas que NADA tem a ver que já vi na vida.

[J.Ricardo]

Rapaz, é um imbecil querendo ganhar "like" falando do que não sabe.
Afinal, quem é esse cretino?

[gabriel219]

Rapaz, é um imbecil querendo ganhar "like" falando do que não sabe.
Afinal, quem é esse cretino?

Nem sei, entrei no perfil do jênio e o cara é Economista da FGV. Isso por se só já não é um problema em si, sou Engenheiro e falo sobre defesa, tem nada demais, mas isso diz muito sobre o tipo de gente que a FGV forma.

[FCarvalho]

A FGV forma muita gente nos mais diversos setores do conhecimento. E a opinião pessoal de cada um que sai de lá não diz respeito em nada ao que a instituição pensa ou faz sobre este e outros assuntos.
Se o cara falou que apenas contaram 10% da história do Prosub, ele não contou nem 5%¨dos outros 90% que diz saber.
É apenas mais uma fala casuística, tendenciosa e passional como as muitas que existem hoje em dia na internet para todos os gostos e necessidades.
Não vai ser escutado por muita gente, e menos ainda vai receber a atenção que ele pretendia ter.