ARMAS ANTICARRO

[FCarvalho]

Lançador de Granada em um GC Anticarro que ficará fora da linha de visada do inimigo, sério isso????

Com os conflitos migrando cada vez mais para os centros urbanos e arredores, isso de ficar fora da vista dos inimigos (em tempo integral?) tem ficado cada vez mais relativo.
Em campo é uma coisa, nas cidades e/ou zonas urbanas é outra.
Então dispor de recursos que possam melhorar a capacidade de auto defesa do pelotão não é nenhuma panaceia.

[gabriel219]

Lançador de Granada em um GC Anticarro que ficará fora da linha de visada do inimigo, sério isso????

Com os conflitos migrando cada vez mais para os centros urbanos e arredores, isso de ficar fora da vista dos inimigos (em tempo integral?) tem ficado cada vez mais relativo.
Em campo é uma coisa, nas cidades e/ou zonas urbanas é outra.
Então dispor de recursos que possam melhorar a capacidade de auto defesa do pelotão não é nenhuma panaceia.

Deve ser zueira, não é possível...

[Alfa BR]

Organização e dotação de armamento da Seção Anticarro do Pelotão de Apoio da Companhia de Fuzileiros Leve e da Companhia de Fuzileiros Paraquedista do Exército Brasileiro.

A Turma de Comando possui constituição distinta para os outros tipos de unidades. Na Companhia de Fuzileiros Motorizada há também o Soldado Motorista dotado de uma pistola. Na Companhia de Fuzileiros Blindados e na Companhia de Fuzileiros Mecanizados há o Cabo Motorista da Viatura também dotado com pistola.

[FCarvalho]

Os Carl Gustav podem ser substituídos por misseis anti-carro neste nível?

[Alfa BR]

Os Carl Gustav podem ser substituídos por misseis anti-carro neste nível?

No Pel Ap é CSR. MAC só no Pel AC. É assim de acordo com o QDM.

E não temos grana para o conceito de "weapons room" dos americanos e ter disponíveis os dois tipos de arma para que a fração empregue conforme necessidade.

[gabriel219]

Não temos grana e não vejo a menor necessidade de operar mísseis anticarro em troca dos Carl Gustav, afinal, vem versão guiada por laser vindo ai.

[FCarvalho]

Não temos grana e não vejo a menor necessidade de operar mísseis anticarro em troca dos Carl Gustav, afinal, vem versão guiada por laser vindo ai.

Não é nem tanto o caso de substituir, mas diria complementar os Carl Gustav.
Nos Pel AC deveria haver mísseis pesados como o Kornet e o Spike MR, enquanto em nível Cia Inf poderia ser adotado modelos menores e mais leves como o Spike LR recém aquiridos, e os SR a nivel de pelotões de infantaria junto com os AT-4.
Seria o caso de escolher os modelos que melhor se adaptassem a nossa realidade e organização.
A Ucrânia mesmo possuindo mais de 1 mil tanques disponíveis está sendo abastecida com milhares de mísseis e lançadores, não só porque os russos possuem superioridade em termos bldos mas, e também, porque é a arma mais adequada para quem pretende lutar uma guerra sabidamente em desvantagem, algo que o EB imagina será o seu papel em um eventual na defesa do país em eventual conflito(s) com potências militares extraregionais.
Considerar também que não temos, e dificilmente teremos, vantagem em meios bldos e mecanizados contra qualquer ator externo da AS. E para lidar com os vizinhos estaria mais do que de bom tamanho o que temos.
O Peru adota vários tipos de mísseis AC, e vem comprando nos últimos anos várias centenas destes sistemas.
Não vejo portanto que comprar maiores quantidades, e tipos diferentes, seja um obstáculo intransponível para o orçamento do EB.

[Strike]

"Espanha vai comprar 1.680 mísseis Spike LR2 e 168 postos de tiro.."
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... estos-tiro

Como queria ver uma noticia desta no Exercito Brasileiro, com estas quantidades de misseis e postos de tiros para equipar nossas tropas, diferente da nossa realidade atual de compras à "conta gotas".

[FCarvalho]

Talvez em uma compra pra lá de oportunidade quando a desgraça bater sem aviso à nossa porta outra vez.
É o que deve acontecer.

[FCarvalho]

Organização e dotação de armamento da Seção Anticarro do Pelotão de Apoio da Companhia de Fuzileiros Leve e da Companhia de Fuzileiros Paraquedista do Exército Brasileiro.
A Turma de Comando possui constituição distinta para os outros tipos de unidades. Na Companhia de Fuzileiros Motorizada há também o Soldado Motorista dotado de uma pistola. Na Companhia de Fuzileiros Blindados e na Companhia de Fuzileiros Mecanizados há o Cabo Motorista da Viatura também dotado com pistola.

AlfaBR, seria possível tu mostrares a organização da Cia Cmdo Ap dos Btl Inf e dos Pel Cmdo Ap da Cia Inf e comparar um com outro em termos de material e pessoal?

grato.

[FCarvalho]

Os Carl Gustav podem ser substituídos por misseis anti-carro neste nível?

No Pel Ap é CSR. MAC só no Pel AC. É assim de acordo com o QDM.
E não temos grana para o conceito de "weapons room" dos americanos e ter disponíveis os dois tipos de arma para que a fração empregue conforme necessidade.

A adoção dos Spike LR dotará então apenas os pel AC das Cia Cmdo Ap nos batalhões de infantaria, presumo.
Entretanto, se por ventura for possível a adoção de um sistema a nível de Cia e Pelotão, estes seriam encaixados obrigatoriamente nas Seç AC dos Pel Ap nas Cia Inf e nos Grupos de apoio dos pel Inf, correto?
Me parece ser plausível que de acordo com o sistema AC adotado é possível planejar uma eventual mescla de mísseis AC, AT-4 e CSR nos diversos níveis previstos de combate anti tanque dos batalhões de infantaria.
A mim me parece ser possível envidar algo assim, não sendo um objetivo inalcançável, considerando que a imensa maioria da infantaria do EB dificilmente contará com apoio blindado o tempo todo.
Neste sentido, prover esta capacidade seria não apenas importante, mas sobretudo necessário.

[FCarvalho]

https://www.armedconflicts.com/9K115-Me ... tis-t26889

Um sistema muito interessante esse Metis-M. Talvez valesse a pena dar uma olhada nele e ver como andam as últimas versões na Rússia.

Olhando este posto novamente me vem à mente o quanto ainda temos e precisamos avançar no mínimo básico necessário no EB.
O conflito na Ucrânia mais uma vez prova que a dependência externa e a ausência de equipamentos basilares de infantaria como simples mísseis AC faz uma tremenda diferença.
Principalmente para exércitos como o nosso, limitado por todos os lados.
Depois que essa chuva passar seria bom conversar com os russos, também, sobre sistemas AC. Do pelotão ao batalhão.

[FCarvalho]

Fazendo as minhas contas de padaria aqui de sempre, com supostos 85 btl de infantaria no EB, a demanda para mísseis AC nestas OM seria de até 340 lançadores, conforme a atual disposição organizacional. A quantidade de mísseis irá variar de acordo com as intenções da força terrestre em manter estoques e sistemas disponíveis para pronto emprego. Se acrescentarmos AMAN, ESA e EscLog, talvez se possa agregar até 36 sistemas lançadores a mais.
Considerando-se que a cav mec e blda também possuem unidades AC em duas dotações, podemos prever uma quantidade relativa a bem mais de 500 undes lançadores em demanda, se todos eles forem baseados em um único modelo.
Eu particularmente duvido que cheguemos um dia a adquirir todos os sistemas necessários, ficando na tradicional disposição para "formar doutrina". E se ao menos as OM de infantaria receberem o que lhes faz jus entendo que podemos nos considerar satisfeitos.
Por outro lado, eu ficaria satisfeito em obter dos russos um bom contrato de off set e transferência de tecnologia para os mísseis do poster acima, uma vez que seria possível amparar o uso de diferentes sistemas desde o nível batalhão até pelotão nas unidades de infantaria. Pode parecer muito, mas diante do que temos visto na Europa, com certeza na hora da necessidade, tudo e mais um pouco que conseguirmos colocar as mãos, sempre será pouco.
Nos anos que virão a Rússia enfrentará uma série de restrições econômicas e comerciais. Será um
bom momento, para nós, de angariar contratos comerciais na área de defesa, dentre outras, que nos sejam extremamente favoráveis diante das necessidades deles.
Nada melhor do que juntar o útil ao agradável. Afinal, negócios são negócios.

[jambockrs]

Meus prezados
Javelin: a arma antitanque símbolo da resistência ucraniana

As imagens de soldados ucranianos portando lança-mísseis Javelin no ombro rodaram o mundo: esta arma antitanque capaz de perfurar as blindagens mais sofisticadas, particularmente útil em um contexto de guerrilha, se transformou no símbolo da resistência ucraniana contra a invasão russa.
Os países ocidentais, que querem apoiar militarmente a Ucrânia sem entrar em conflito direto com a Rússia, multiplicaram as entregas de armas ao exército ucraniano desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro. A isso se somam outros envios feitos nas semanas anteriores à ofensiva.
Segundo um alto funcionário dos Estados Unidos, os ucranianos já receberam 17.000 armas antitanque de vários países ocidentais.
Na terça-feira (15), um dia antes do anúncio programado do presidente americano Joe Biden de apoiar a Ucrânia com 800 milhões de dólares em ajuda adicional para segurança, uma fonte da Casa Branca disse que os Estados Unidos já haviam entregado cerca de 2.600 mísseis Javelin ao país europeu no ano passado.
Além disso, as forças ucranianas receberam milhares de mísseis NLAW britânicos, AT4 e Carl-Gustav de fabricação sueca, Panzerfaust alemães e Instalaza C90 espanhóis.

Militares ucranianos recebem uma carga de mísseis antitanque Javelin em Kiev, em 11 de fevereiro de 2022
(AFP/Sergei SUPINSKY)

(Arquivo) Foto divulgada pelo Ministério da Defesa da Ucrânia mostra militares do país utilizando o lança-mísseis Javelin durante treinamento, em 22 de dezembro de 2012 (AFP/Handout)
'A Santa Javelin'
Não obstante, a arma preferida é a americana Javelin, a tal ponto que um meme que circula nas redes sociais a transformou em um ícone religioso nas mãos de Maria Madalena, uma santa emblemática da tradição ortodoxa.
Convertida em "Santa Javelin", protetora da Ucrânia, a figura religiosa dispara um desses mísseis nas cores amarela e azul da bandeira ucraniana.
Símbolo do apoio dos Estados Unidos, o aliado mais poderoso da Ucrânia contra a Rússia, o lança-míssil Javelin é bem avaliado por militares devido a suas características técnicas.
Equipado com duas cargas explosivas, ele pode perfurar os tanques mais sofisticados do mundo, particularmente os tanques russos T-90, cuja armadura explosiva reage ao impacto de um projétil para reduzir seus efeitos e impedir uma perfuração.
A primeira carga do Javelin explode em contacto com o tanque e libera a segunda carga, ainda mais forte, que perfura a blindagem.
Seu alcance é de 2.500 metros e pode ser utilizado em modo de ataque direto para destruir uma parede ou, quando apontado para cima, para derrubar um elemento que voe em baixa altitude, como um helicóptero.
Também pode ser utilizado em modo de ataque indireto, quando o míssil se eleva até 160 metros e cai sobre o alvo na vertical, como as lanças de arremesso dos legionários romanos.
É esta trajetória que a converte em uma arma formidável contra os tanques, porque a comporta se abre no teto, onde o veículo é mais vulnerável.


Como um videogame
Além disso, o Javelin é mais leve que outros sistemas antitanque que necessitam de um tripé, por isso pode ser utilizado apoiado no ombro.
O projétil é ejetado a poucos metros do atirador antes que o sistema de propulsão seja ativado, o que permite que o soldado passe mais desapercebido e que o armamento possa ser utilizado inclusive do interior de um edifício.
É do tipo "atira e esquece", o que permite determinar o alvo antes de disparar, e depois o projétil é totalmente autoguiado. O atirador pode se proteger inclusive antes de o míssil atingir o alvo.
Segundo um soldado americano consultado pela AFP, é muito fácil de usar. "Se você já jogou videogame, é capaz de utilizá-lo", explica.
Além disso, ao contrário de outras armas de mísseis, que são descartáveis após o uso, o Javelin tem uma unidade de controle de tiro, equipada com GPS, câmera infravermelha e zoom motorizado que pode ser reutilizada várias vezes. Nessa unidade é anexado o tubo que aloja o míssil.
A unidade de comando é valiosa porque "ainda podemos usá-la quando não temos mais munições, para monitorar e observar" o inimigo, assinala o soldado americano.
Produzido pelos fabricantes americanos Raytheon e Lockheed Martin, o lança-míssil Javelin custa 178.000 dólares cada, e inclui o sistema de lançamento e o míssil, segundo o orçamento do Pentágono para 2021. Cada míssil de substituição custa cerca de 78.000 dólares.
Fonte: AFP via Defesanet 17 mar 2022

[FCarvalho]

É, levou quase 40 anos para o EB perceber isso tudo aí. Antes tarde do que nunca.