Túlio escreveu: Ter Nov 23, 2021 1:17 pm
Falar nisso, e os M-198, vêm ou não vêm?
PARA MING estão longe de ser "refugo", na verdade até superam os M-777 - IMHO - em diversos quesitos, como durabilidade, estabilidade no disparo e custo/rotatividade
de los repuestos.
Seriam um avanço enorme em relação aos M-114 atuais.
Honestamente, não vejo no que avançaremos tanto assim saindo de um projeto dos anos 1930 (M-114) para outro da década de 1970 (M-198) do século XX. No que exatamente o M-198 acrescenta em termos de capacidade tecnológica as AD tal como estão equipadas com os atuais obuseiros? Pergunto porque não sei mesmo. Pelo que já li de um e outro, características técnicas, e nem entro nesse mérito discutir porque sou burro demais para debatê-las, eles não diferem quase nada quanto ao modo de operação, sendo essencialmente a mesma coisa.
Para tentar ilustrar o que digo, o pdf abaixo talvez ajude a explicar.
https://www.aselsan.com.tr/BORANFCSENG_6783.pdf
É possível colocar tudo isso em um M-198 e ainda ser feliz? Ele teria capacidade de receber todas estas tecnologias a fim de ser trazido para o séc XXI e permitir um real avanço, na minha opinião, de todos os processos de operação da artilharia como estamos de fato precisando?
Ou ele é, ou será, apenas e tão somente um tapa buraco sem maiores pretensões e cuja melhor qualidade é simplesmente caber no bolso furado do EB?
Receber um obuseiro simplesmente porque ele é barato e cabe no bolso é no mínimo uma explicação pouco convincente para quem está precisando, e muito, sair de vez da primeira metade do século passado.
Para que adotar um obuseiro já fora de serviço e com peças e partes dependentes do humor das políticas de fornecimento norte americanas, e ainda assim sempre quando convém, quando podemos elencar um processo de substituição no longo prazo e obter off set, tot's e sabe-se lá mais o que para equipar nossos GAC AR?
Sei lá, como disse, o que vem para cá como temporário acaba virando definitivo, e isso é recorrente.
Quanto o EB estaria disposto a pagar para atualizar os M-198 de forma a permitir que este obuseiro trabalhe com os sistemas C2 de artilharia mais modernos, dentre outros recursos que dariam a ele uma efetividade na produção de tiros melhor do que poderia se deixado como serão recebidos?
Aliás, se eles forem doados, teremos de receber o que eles quiserem nos dar e não o que escolhermos suponho. Então, mais uma coisa que não vejo vantagem. Os M-109A5 que chegaram depois foram analisados e selecionados do que havia de menos gasto nos desertos, e ainda assim, vieram para cá no estado e o EB está tendo que colocar eles de volta a operação por risco e conta próprio, como os M992A2. Tudo isso é custo, fora a modernização que se pretende dar aos mesmos a fim de tentar uniformizar a frota. Bem, não me consta que o EB esteja tão bem assim para gastar milhões de dólares a mais para dar uma modernidade operacional a estes bldos de forma a permitir o prolongamento de suas vidas úteis de forma mais produtivas. Isto também é custo. E nós temos sérios problemas com custos.
Não é simplesmente mais útil e melhor no longo prazo simplesmente arrumar alguém que nos ofereça algo novo e que resolva nossos problemas até 2060 e ainda trazer benefícios para a indústria, a P&D e a logística local?