UM MBT NACIONAL

[Viktor Reznov]

O CV90 120T ainda não foi vendido.

É, mas como ele usa o chassis comum da plataforma, não faz sentido esse preço insano que a BAE pede nele considerando que já há algumas centenas de CV90 em serviço pela Europa e todos os componentes eletrônicos e o canhão são componentes COTS, aliás, nada lá vai passar por desenvolvimento algum já que o projeto já existe, então também não há a justificativa de R&D inflando o valor final desse tanque leve.

[Túlio]

O CV90 120T ainda não foi vendido.

Que eu saiba nem mesmo o 105. Sobre o 120, venderam pelo menos o conceito para os polacos, que tentaram fazer aquela trapizonga pseudofuturista chamada PL-01. De qualquer modo, IFV com Pç pesada na torre vira MGS, isso até quem chama de MBT de "tanque" sabe.

Spoiler!

De qualquer modo, não chama a atenção o FATO de que ninguém - que eu saiba, claro - tentou demonstrar NO BRASIL algum MBT de verdade? Oras, é uma VTR que cedo ou tarde terá que ser encarada de frente e há umas boas centenas de encomendas em jogo; se até MGS como o Centauro já foi trazido e demonstrado ainda na primeira década...

E lembremos, MBT tem uma coisa em comum com CAÇA: poucos atingem as mil unidades exportadas (falo de zero km), mesmo custando bem menos de um décimo do preço. Oras, uns 300/400 (no mínimo, pois há em diversas versões e quase todas nos são necessárias) valeria um esforcinho, não?

Há ainda os EXERCÍCIOS INTERNACIONAIS: já veio F-16 da ANG/USAF, F-18 da USN/USMC, Mirage 2000 e Rafale da AdlA e sei lá mais o quê (não demora muito para mandarem F-35 para alguma CRUZEX, o que provavelmente será feito tão logo o Gripen esteja operacional, especialmente quando atingir a FOC); mas para o EB só vem unidade SPECOPS e mesmo assim os ianques andaram trazendo uns BHs maneiros, o que "apenas por coincidência" fez o EB sair catando versão parecida em outras partes, menos nos EUA (talvez achem a "coleira" muito apertada), mas e MBT? Não é mais caro de trazer nem de operar, então por que os mesmos EUA, que mandam coisa de ponta e cara pra burro pra treinar com o EB, não tentam trazer pelo menos um Pel de Abrams para participar de um exercício do EB como este que andavam fazendo dia desses aqui no Sul e humilhar devidamente os Leo1A5? Sério, botar quatro M1A2 num navio e mandar pra cá sai mais caro do que mandar uns F-16 (e futuramente F-35, podem me cobrar) em voo? Isso para não falar em C-17 trazendo e levando helicóptero de volta...

Para baixar ainda mais os custos dava até para aproveitar essas operações conjuntas que fazemos com a USN e o USMC e botar os citados carros (e dos Marines, que também os usam mas o fabricante e quem recebe os impostos que ele paga são os mesmos) num LST e mandar até Rio Grande, onde subiriam nos pranchões do EB e iriam para Saicã mostrar quem pode mais. Mas não, nem se fala no assunto.

Por que será? Não seria divertido e potencialmente muito lucrativo PROVAR que aqueles ROB doidíssimos do EB insistindo em "MBT peso-pluma" (mas com punch de Mike Tyson ) não passam de firula de gente cuja mente parou na metade do século passado? A KMW também, teve um baita dum trabalhão para poder finalmente inaugurar sua filial em SM (a demora, acreditem ou não, se prende a antagonismos políticos entre o então governador Tarso Genro e o então prefeito de SM, César Schirmer, e me foi explicada em 2014 no evento de inauguração do SM Tecnopark pelo presidente da ADESM em pessoa, era então o Eng Diogo Gregori - gente finíssima, aliás) e nunca pensou em trazer Leo2 para provar que tinha gente de verde dizendo sandices?

Mas permanece o "mistério", que eu tento explicar com base no que me foi explicado - em alguns ponto até demonstrado - por quem SABE e ninguém dá bola: trazem caças que um só custa muito mais do que um Pel inteiro do MBT mais caro do mundo mas este não mandam nem a pau.

Também ninguém QUER levar em conta o que, entre outros, me foi explicado pelo então TC (hoje Gen Bda) RIBEIRO em seu gabinete, que o M-60 "rodou", apesar de também "ter família" e muito maior disponibilidade de repuestos e mesmo kits de upgrade, por mal ter alguma mobilidade tática aqui. É possível e até fácil, basta ter o guito, "endurecer" pontes e rodovias para permitir a passagem até de um Panzer VIII Maus; já o chão num dá, bem como fazer parar de chover quando se quer deslocar MBT.

OK, é só um Fórum, não o Estado Maior do Exército.

PS.: já notei faz tempo que poucos leem posts mais longos que um tweet; em atenção a estes poucos, tipo o @gabriel219, deixei a parte mais dissertativa oculta, mas a aberta cabe, testei na minha conta lá.

[knigh7]

O Leopard 2A4 tinha a mesma pressão sobre o solo que a 1A5. Mas as versões posteriores foram acrescentando peso, chegando a 11 toneladas a mais que a A4. É melhor mesmo a KMW buscar uma outra alternativa (desistindo do Leo2) para o projeto Nova Couraça.

[Túlio]

O Leopard 2A4 tinha a mesma pressão sobre o solo que a 1A5. Mas as versões posteriores foram acrescentando peso, chegando a 11 toneladas a mais que a A4. É melhor a KMW buscar uma outra alternativa mesmo para o projeto Nova Couraça.

Por quê? Se é essa moleza toda, só encomendar um Leo2 meio downgraded na blindagem, voltando pra umas 56t, pois mesmo a do A4 segurava 105, que é o que há e não vai mudar tão cedo na vizinhança.

[knigh7]

O Leopard 2A4 tinha a mesma pressão sobre o solo que a 1A5. Mas as versões posteriores foram acrescentando peso, chegando a 11 toneladas a mais que a A4. É melhor a KMW buscar uma outra alternativa mesmo para o projeto Nova Couraça.

Por quê? Se é essa moleza toda, só encomendar um Leo2 meio downgraded na blindagem, voltando pra umas 56t, pois mesmo a do A4 segurava 105, que é o que há e não vai mudar tão cedo na vizinhança.

Não é simples assim. Se fosse, a KMW nem tocaria no Puma.
Os requisitos apontam blindagem frontal com capacidade de resistir a munições APDS-T de 120mm disparadas a até 1.000 metros de distância. E blindagem (não apenas frontal) equivalente a 900mm de RHA.

Questão que fica: um carro de combate com as dimensões do Leo 2 é capaz de conciliar?

Qual é a "moleza toda"??

[Túlio]

Não é simples assim. Se fosse, a KMW nem tocaria no Puma.
Os requisitos apontam blindagem frontal com capacidade de resistir a munições APDS-T de 120mm disparadas a até 1.000 metros de distância. E blindagem (não apenas frontal) equivalente a 900mm de RHA.

Questão que fica: um carro de combate com as dimensões do Leo 2 é capaz de conciliar?

Qual é a "moleza toda"??

Puma é um IFV que, convertido em MBT (na verdade MGS), sai mais caro e oferece menos que um de verdade, então tá fora.

Sobre a "sensatez" dos ROB e a "moleza", já discorri no spoiler, se for me repetir fica maior que um tweet, além de redundante.

[knigh7]

Vc escreveu a besteira de propor reduzir a blindagem do Leo2 para chegar a pressão sem sequer atentar para os requisitos da blindagem. Se vc tivesse lido o ROB não teria escrito mas vc não lê nada além do que está em Fóruns.
Eu não dei a entender moleza alguma.

[Túlio]

Vc escreveu a besteira de propor reduzir a blindagem do Leo2 sem sequer atentar para os requisitos da blindagem. Se vc tivesse lido o ROB não teria escrito porque vc não lê nada além do que está em Fóruns.
Eu não dei a entender moleza alguma.

Escrevi "besteira" porque não li APENAS os requisitos da blindagem mas os "não-besteira" da Pç, onde até um 105 tem que fazer o que nem um 120/L55 faz.

Mas tá bão.

[gabriel219]

Vc escreveu a besteira de propor reduzir a blindagem do Leo2 para chegar a pressão sem sequer atentar para os requisitos da blindagem. Se vc tivesse lido o ROB não teria escrito mas vc não lê nada além do que está em Fóruns.
Eu não dei a entender moleza alguma.

O Puma com toda a blindagem jogada dele + motor frontal não chega nem perto de ter essa blindagem nele, mas ainda sim tem General molhando a mão calcinha pra ter ele.

Sem falar no EB passando por cima do próprio ROB pra ter o CAESAR.

[knigh7]

Vc escreveu a besteira de propor reduzir a blindagem do Leo2 sem sequer atentar para os requisitos da blindagem. Se vc tivesse lido o ROB não teria escrito porque vc não lê nada além do que está em Fóruns.
Eu não dei a entender moleza alguma.

Escrevi "besteira" porque não li APENAS os requisitos da blindagem mas os "não-besteira" da Pç, onde até um 105 tem que fazer o que nem um 120/L55 faz.

Mas tá bão.

O ROB exige que o canhão tenha um calibre de 120mm e seja, no mínimo, L50...

[knigh7]

Vc escreveu a besteira de propor reduzir a blindagem do Leo2 para chegar a pressão sem sequer atentar para os requisitos da blindagem. Se vc tivesse lido o ROB não teria escrito mas vc não lê nada além do que está em Fóruns.
Eu não dei a entender moleza alguma.

O Puma com toda a blindagem jogada dele + motor frontal não chega nem perto de ter essa blindagem nele, mas ainda sim tem General molhando a mão calcinha pra ter ele.

O Puma e o Leopard são da KMW...seria muito mais prático para a empresa vender para nós o Leopard como ela faz mundo à fora.

[Túlio]

O ROB exige que o canhão tenha um calibre de 120mm e seja, no mínimo, L50...

Então mudaram, pois o que li falava também em 105. Aliás, encabritei com aquela tabela que o @gabriel219 nos fez a gentileza de mostrar e, querendo saber mais, olha só o que achei (infelizmente não foi em Fórum ):

https://ir.lib.uwo.ca/cgi/viewcontent.c ... ontext=etd

Especial atenção à parte que menciona o Leo2A4 (ponte classe 60).

[knigh7]

O ROB para o novo carro de combate continua o mesmo. Talvez vc tenha confundido com o ROB da Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Corrente, que se trata da modernização dos Leo 1A5.

O ROB para o novo carro de combate é exigente quanto à blindagem(não apenas frontal), capacidade de fogo e também pelo peso. Não é fácil conciliar. O Mitsubishi Type-10 concilia. A KMW não está pegando o PUMA à toa.

Obs: não estou defendendo o PUMA para o EB. E não entendo o que está ocorrendo com a Mitsubishi. Deveriam estar enchendo de propaganda a mídia especializada e colocando os generais no colo. Estão com a faca e o queijo na mão.

[Túlio]

O ROB para o novo carro de combate continua o mesmo. Talvez vc tenha confundido com o ROB da Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Corrente, que se trata da modernização dos Leo 1A5.

OK, concedo isso, porque tenho os PDFs originais no PC mas estou com preguiça de procurar, além de não ver sentido algum em me dar ao trabalho.

O ROB para o novo carro de combate é exigente quanto à blindagem(não apenas frontal), capacidade de fogo e também pelo peso. Não é fácil conciliar. O Mitsubishi Type-10 concilia. A KMW não está pegando o PUMA à toa.

Onde diz que o Type 10 aguenta um tirambaço de um 120 de última geração a um km e ainda por cima tem proteção RHAe-equivalent de 900 mm "não apenas frontal", além do seu 120/L44 poder furar 1,20 m de aço a dois km? Nem o L55 com a Mun mais desgraçada do mundo faz isso, POWS!!!

Obs: não estou defendendo o PUMA para o EB.

Estás defendendo os indefensáveis ROB do EB, pelo que entendi: não existe hoje nem vai existir tão cedo tecnologia que permita conciliar a capacidade defensiva/ofensiva exigida com o peso máximo aceito.


PS.: as três respostas cabem em TWEETs.

[knigh7]

O ROB para o novo carro de combate é exigente quanto à blindagem(não apenas frontal), capacidade de fogo e também pelo peso. Não é fácil conciliar. O Mitsubishi Type-10 concilia. A KMW não está pegando o PUMA à toa.

Onde diz que o Type 10 aguenta um tirambaço de um 120 de última geração a um km e ainda por cima tem proteção RHAe-equivalent de 900 mm "não apenas frontal", além do seu 120/L44 poder furar 1,20 m de aço a dois km? Nem o L55 com a Mun mais desgraçada do mundo faz isso, POWS!!!

Obs: não estou defendendo o PUMA para o EB.

Estás defendendo os indefensáveis ROB do EB, pelo que entendi: não existe hoje nem vai existir tão cedo tecnologia que permita conciliar a capacidade defensiva/ofensiva exigida com o peso máximo aceito.


PS.: as três respostas cabem em TWEETs.

O Paulo Bastos fez uma matéria que foi publicada na edição 161 da T&D sobre os futuros projetos de carro de combate no EB. Segundo ele, os requisitos foram fortemente inspirados no Type 10.