Túlio escreveu: ↑Qua Out 27, 2021 12:45 pm
USD 10B POR ANO, e por no mínimo cinco a dez anos ininterruptos (o valor total necessário apenas para voltarem às capacidades que tinham pouco antes das Malvinas seria mais do que suficiente para pagarem integralmente sua dívida externa com o FMI e Clube de Paris). Não há mais Aviação de Combate, Esquadra (especialmente subs) e o EA voa em coisa que até nós já descartamos (Huey). Isso para não falar em outras capacidades perdidas, como o deslocamento vertical em helis pesados (Chinook), meios de manobra anfíbia (não possuem um simples NDD sequer), armamento moderno para a Infantaria & um montão de quetales, além de outras que nunca tiveram, como AEW/AWACS.
Com relação à FAA, se quisessem assumir novamente os mesmos padrões que tinham em 1982, hoje seriam necessários entre 60 e 90 caças a fim de arrumar os cinco esquadrões que possuíam na época. No caso dos caças da marinha, seriam necessárias outras 24 a 36 unidades para equipar os dois esquadrões de então. Estou tomando como referência o padrão genericamente adotado hoje pela maioria das forças aéreas.
Suponde que um único modelo de caça servisse a ambas as forças, estamos falando de 84 a 126 caças, ou aí por baixo, valores entre US 4 e 6 bilhões apenas os aviões, caso o escolhido fosse o FC-17 e seus módicos 50 milhões de dólares, por exemplo. Se fosse o Mig-35, que os russos alegam vender por US 45 a 60 milhões, então estes valores superam fácil a casa das dezenas de bilhões de dólares em apenas uma única compra.
Mesmo que fosse o Su-75 e seus mais que suspeitos US 35 milhões a unidade, os valores envolvidos superariam a casa dos bilhões com uma facilidade imensa no orçamento de um único ano. Nada a ver com a realidade tangível dos nossos hermanos. No mínimo teriam que vender a Patagônia só para poder ter uma força aérea digna do nome com todo o seu acervo renovado na íntegra. E nem estou contando a parte de logística, controle tráfego, e outras questões de responsabilidade de qualquer força aérea séria.
Obviamente que eles nunca teriam condições de fazer tal investimento sem vender a alma, ou o pais, algo que nem de longe veremos acontecer. Só em KC-390, e outros aviões de transporte, emprego geral, treinamento, ISR e AEW, além de vetores não tripulados, seriam no mínimo outros US 10 bilhões (quiçá por ano também) a fim de tentar resgatar sua capacidade operacional.
Se formos contar a reconstrução da ARA e do EA, então, acho que nem 10 bilhões por ano seriam suficientes, já que eles perderam tudo na prática, e hoje as ffaa's argentinas estão muito longe de estarem em condições de servirem ao que lhes faz jus o nome e a missão.
Talvez 10 bilhões para cada força aplicados ao longo dos próximos vinte anos e eles consigam dispor das capacidades necessárias que entendem ser necessárias a sua defesa. Até porque, defesa não é apenas uma questão de dinheiro, já que não se encontra tanques, caças e navios em prateleiras por aí. Vai levar décadas para recompor tudo o que perderam. Se chegarem a tomar uma decisão neste sentido, o que parece ser cada vez mais improvável. Uma pena realmente. Um país tão rico e com enormes qualidades humanas perdido em suas próprias mazelas e diferenças.